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UNIRIO – Escola de Nutrição – Disciplina: Bromatologia LAUDO TÉCNICO DE ANÁLISE UNIRIO – Escola de Nutrição – Disciplina: Bromatologia LAUDO TÉCNICO DE ANÁLISE UNIRIO – Escola de Nutrição – Disciplina: Bromatologia LAUDO TÉCNICO DE ANÁLISE PRÁTICA Laudo Técnico “1” – Análise físico-química “Açúcar” DADOS DO GRUPO Grupo 1 Componentes (nome/número de matrícula) DADOS DA AMOSTRA Especificar qual amostra, características e apresentar informações do rótulo. Amostra 1: Açúcar Refinado Açúcar refinado tem baixa granulometria, tamanhos não uniformes, baixa cor, dissolução rápida, geralmente utilizado em consumo doméstico e na indústria é utilizado em bolos, pães, biscoitos e misturas sólidas de dissolução instantânea. Ele é obtido através da dissolução do açúcar branco ou bruto, purificação da calda, evaporação, concentração da calda, batimento, secagem, resfriamento e peneiramento. No rótulo as informações que constam são referentes ao tipo do açúcar, porção e composição nutricional. A porção de 5g equivalente a 1 colher de chá possui 5g de carboidrato e 20kcal ou 84Kj. Amostra 2: Açúcar Cristal O açúcar cristal é caracterizado como um tipo de açúcar sem refino, muito utilizado na confecção de bebidas, massas, biscoitos e confeitos. Geralmente utilizado na indústria por ser mais barato devido o grau baixo de refino. Ele é obtido através do processo de extração e clarificação do caldo da cana-de-açúcar por tratamentos físico-químicos com branqueamento, seguidos de evaporação, cristalização, centrifugação e secagem, resfriamento e peneiramento do produto final. No rótulo informa que a porção de 5g equivalente a 1 colher de chá possui 5 g de carboidrato e 20kcal ou 84Kj. LEGISLAÇÃO Citar a legislação e transcrever os parâmetros de qualidade para as análises realizadas, se houver. O segundo artigo considera que açúcar é o produto obtido a partir da cana-de-açúcar pertencente às cultivares provenientes da espécie Saccharum officinarum L. através de processos adequados; é constituído por cristais, com exceção do açúcar líquido. Possui parâmetros para cada análise realizada em laboratório, sendo estas: 1. Cor ICUMSA que é a cor de uma solução de açúcar em concentrações e pH definidos, cuja absorbância é medida em 420 nm, expressa em unidades ICUMSA (UI). 2. Polarização: mede a quantidade de sacarose aparente medida por polarimetria, em condições padronizadas, utilizando o peso normal de 26.0 g em 100 ml de água a 20°C, e expressa em °Z (grau Zucker). 3. cinzas condutimétricas: o teor de cinzas em uma amostra determinada pela medida da condutividade elétrica de uma solução aquosa da amostra de concentração conhecida, expressa em porcentagem (%). 4. Umidade: o teor de água livre encontrada no produto, medida por aquecimento a 105°C, sendo expressa em gramas por 100g do produto. O açúcar do Grupo I, de acordo com o processo de obtenção, será classificado em classes conforme a seguir: a. Cristal branco: aquele obtido por fabricação direta nas usinas através do processo de extração e clarificação do caldo da cana-de-açúcar por tratamentos físico-químicos com branqueamento, seguidos de evaporação, cristalização, centrifugação e secagem do produto final. b. Cristal bruto: aquele obtido por fabricação direta nas usinas através do processo de extração e clarificação do caldo da cana-de-açúcar por tratamentos físico-químicos, seguidos de evaporação, cristalização, centrifugação e secagem do produto final. O açúcar do Grupo I, da Classe Cristal Branco, de acordo com o processo de obtenção e com os parâmetros estabelecidos será classificado em tipos conforme a seguir: I. Cristal: aquele obtido por fabricação direta através do processo de extração e clarificação do caldo da cana-de-açúcar por tratamentos físico-químicos com branqueamento, seguidos de evaporação, cristalização, centrifugação, secagem, resfriamento e peneiramento do produto final e podendo ser comercializado na forma moída ou triturada. II. Refinado amorfo ou refinado: aquele obtido através do processo de dissolução do açúcar branco ou bruto, purificação da calda, evaporação, concentração da calda, batimento, secagem, resfriamento e peneiramento do produto final. III. Refinado granulado: aquele obtido através do processo de dissolução do açúcar branco ou bruto, purificação da calda, evaporação, cristalização da calda, centrifugação, secagem, resfriamento e peneiramento do produto final. IIII. Açúcar de confeiteiro: aquele obtido através do processo de peneiramento ou extração do pó do açúcar cristal ou refinado amorfo. Para as análises, usaram 2 tipos de açúcar - ambos pertencentes ao Cristal Branco -: o açúcar refinado classe cristal branco e o açúcar cristal classe cristal branco. O cristal branco possui os seguintes parâmetros: Polarização: 99.5 (°Z mínima) Umidade: 0.10 (% máxima) Cor ICUMSA: 300UI (UI máximo) Cinzas Condutimétricas: 0.10 (% máximo) Já o cristal refinado possui os parâmetros a seguir: Polarização: 99.0 (°Z mínima) Umidade: 0.30 (% máxima) Cor ICUMSA: 100UI (UI máximo) Cinzas Condutimétricas: 0.20 (% máximo) RESULTADOS OBTIDOS Apresentar média, desvio-padrão, coeficiente de variação, “n” e se os valores comparados são iguais ou diferentes para as análises realizadas. A) Umidade (0,3% máximo) Massa Cápsula Massa Massa seca Massa Açucar seco Umidade integral (%) Grupo 3 51,943 2,021 53,959 0,005 0,25% Grupo 5 77,714 2,031 79,740 0,005 0,25% Grupo 1 75,033 2,410 77,437 0,006 0,25% Grupo 2 73,878 2,094 75,965 0,007 0,33% Grupo 4 59,780 2,063 61,829 0,014 0,68% Média 0,0074 0,35% n 5 Mínimo 0,005 Máximo 0,014 Amplitude 0,009 Teste Q para Grupo 4 0,778 0,710 Nível de confiança de 95% para cinco amostras Como 0,778 > 0,710, então o valor deve ser rejeitado! Realizando novamente o teste para quatro amostras Massa Cápsula Massa integral Massa seca Massa Açucar seco Grupo 3 51,943 2,021 53,959 0,005 Grupo 5 77,714 2,031 79,74 0,005 Grupo 1 75,033 2,41 77,437 0,006 Grupo 2 73,878 2,094 75,965 0,007 Média 0,006 Desvio Padrão n 4 Mínimo 0,005 Máximo 0,007 Amplitude 0,002 Teste Q para Grupo 2 0,500 Umidade (%) 0,25% 0,25% 0,25% 0,33% 0,27% 0,04% 0,829 Nível de confiança de 95% para quatro amostras Como 0,500 < 0,829, então, o valor não deve ser rejeitado Teste t de Student (Máximo: 0,30%) t = 1,419 t(4; 0,05): 2,776 (Tabela fornecida) Como para um valor de 1,419 < 2,776 de p = 0,005, pode-se concluir que o açúcar refinado neves encontra-se dentro das normas no quesito umidade. B) Glicídios Totais pelo método de Fehling (indireto 99 mín.) Massa Amostra Volume Titulação Massa de açucar redutor Massa de Sacarose em 100 ml Teor (%) Grupo 3 Grupo 1 0,519 0,500 9,4 10,0 0,47 0,50 0,45 86,8% 95,8% 0,48 Grupo 5 0,500 10,2 0,51 0,49 97,7% Grupo 4 Grupo 2 0,501 0,501 10,4 11,3 0,52 0,57 0,50 99,5% 108,1% 0,54 Média 0,49 98% Desvio Padrão 8% Fator de Fehling 0,05043 n 5 Mínimo 0,45 Máximo 0,54 Amplitude 0,09 Teste Q para Grupo 2 0,474 Nível de confiança de 95% para cinco amostras 0,710 Como 0,474 < 0,710, então valor NÃO deve ser rejeitado Teste Q para Grupo 3 0,316 Nível de confiança de 95% para cinco amostras 0,710 Como 0,316 < 0,710, então valor NÃO deve ser rejeitado Teste t de Student (Valor referência Mínimo 99%) t = 0,420 t(4; 0,05): 2,776 (bicaudal) Como para um valor de p = 0,005, 0,420 < 2,776 pode-se concluir que o açúcar refinado neves encontra-se dentro das normas no quesito teor de sacarose. C) Sacarose por Polarimetria (oZ mín. 99,00 refinado e 99,50 cristal) Açúcar refinado: 99,16% - acima do Z mínimo de 99% Açúcar cristal: 101,4% - acima do Z mínimo de 99,5% D) Cor ICUMSA (100 UI máx. refinado e 300 UI máx. cristal) Dados Cálculos União Neve União Neve Grupo 1 0,086 0,056 331,4 217,2 Grupo 2 0,087 0,054 335,2 209,5Grupo 3 0,080 0,046 308,3 178,4 Grupo 4 0,058 0,044 223,5 170,7 Grupo 5 0,032 0,031 123,3 120,2 Média 264,3 179,2 Desvio Padrão 90,85 38,44 União Neve n 5 5 Mínimo 123,31 120,25 Máximo 335,25 217,22 Amplitude 211,94 96,97 Neve 0,520 < 0,710 NÃO rejeitado Valor Referência Cristal Refinado 300 100 Unicaudal União Teste Q para Grupo 5 0,473 < Nível de confiança de 95% para cinco amostras0,710 Diagnóstico:NÃO rejeitado Teste t de Student União Neve 0,878 4,608 < > 2,015 2,015 t = t(5; 0,05) = Diagnóstico: Rejeita-se a Não se pode hipótese nula rejeitar a hipótese nula PARECER Emitir parecer sobre as análises realizadas para a amostra estudada no laboratório pelos diferentes grupos das aulas práticas após comparar com a legislação vigente ou rótulo. Utilizar um nível de confiança de 95% ou chance de erro de 5% (nível de significância). Foi realizados algumas análises físico-químicas, que foi possível relatar em cada uma: A) Umidade Houve uma média do teor de umidade de 0,35% das 5 amostras. Foi realizado o teste Q da das duas amostra mais altas encontradas (<0,3%), na qual a mais alta foi rejeitada. A partir disso, a média das 4 amostras foi de 0,27% de umidade, deixando dentro do padrão aceitável (>0,3%). Foi calculado o teste T e foi obtido o valor de 2,776 (1,419<2,776). Com isso, conclui-se que o açúcar NEVE refinado encontra-se dentro das normais, no quesito umidade. B) Glicídios Totais pelo método de Fehling (indireto 99 mín.) A média das 5 amostras foi de 98% de teor de glicídios totais, apesar disso, foi realizado o cálculo de teste Q da amostra mais alta (108,1%) e da mais baixa (86,8), na qual nenhuma ambas não foram descartadas. Diante disso, foi realizado o teste T, foi obtido o valor de 0,420 (que é menor que 2,776) e, assim, concluímos que o açúcar NEVE refinado encontra-se dentro das normas, no quesito de glicídios totais. C) Sacarose por Polarimetria (oZ mín. 99,00 refinado e 99,50 cristal) Açúcar refinado: 99,16% - acima do Z mínimo de 99% Açúcar cristal: 101,4% - acima do Z mínimo de 99,5% Não foi necessário a realização de Teste Q e teste T, tendo em vista a utilização de somente uma única amostra. D) Cor ICUMSA (100 UI máx. refinado e 300 UI máx. cristal) Foram consideradas duas amostras, uma do açúcar NEVE refinado e outra do açúcar UNIÃO cristal, no teste Q, nenhum foi rejeitado, por ser uma amostra de cada. No teste T, o açúcar UNIÃO não se pode rejeitar a hipótese nula (4,608 > 2,015), já o açúcar UNIÃO deve se rejeitar a hipótese nula (0,878 < 2,015). Somado a isso, faz-se necessário a análise microbiológica para a liberação do consumo humano, caso encontrem-se de acordo com os padrões estabelecidos pela legislação vigente, ao realizar uma nova análise.
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