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Tumores hepáticos

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LOURDES LARYSSA
LUANA GONÇALVES
Tumores
Hepáticos
PEDRO ANTONIO
RENATHA LIMA
TUMORES BENIGNOS
ADENOMA HEPATOCELULAR
Mulheres em idade fértil → especialmente com mais de 30 anos que
fazem uso de ACO por mais de cinco anos;
diabetes mellitus, glicogenose tipo I ou III, gravidez e uso crônico de
esteroides anabolizantes
FATORES DE RISCO
CARACTERÍSTICAS
Tumor geralmente único, macio, bem circunscrito, com ou sem cápsula, variando de 1 a 30
cm. Pode haver áreas centrais de necrose e hemorragia;
Histologia: presença de hepatócitos discretamente atípicos (pálidos, pouco aumentados)
dispostos em cordões separados por sinusoides dilatados e com finas paredes.
Dor epigástrica ou em hipocôndrio direito;
Massa abdominal palpável;
Hepatomegalia; 
Dor abdominal crônica ou intermitente, causada por compressão de estruturas próximas; 
Sinais e sintomas compatíveis com ruptura subcapsular: dor abdominal súbita, palidez
cutânea, hipotensão arterial ou morte súbita. 
TUMORES BENIGNOS
ADENOMA HEPATOCELULAR
QUADRO CLÍNICO
DIAGNÓSTICO
TC e RNM são as principais ferramentas, sendo que a arteriografia hepática é um
procedimento de grande valia (tumor hipervascular). Não se consegue afastar a HD de
carcinoma hepatocelular? Ressecção para diagnóstico histopatológico!
TUMORES BENIGNOS
ADENOMA HEPATOCELULAR
As mulheres devem ser orientadas a cessar o uso de ACO e a manter um método
contraceptivo não hormonal;
Manutenção do peso ideal;
Mulheres assintomáticas com HCA ≤5 cm: RNM com contraste de vigilância em seis
meses. Se o tamanho da lesão não aumentar, realizar vigilância anual. Se a lesão tiver
≥20% de aumento no diâmetro ou se tornar > 5 cm, a excisão cirúrgica é normalmente
realizada;
Pacientes do sexo masculino com HCA devem ser submetidos à ressecção cirúrgica,
independentemente do tamanho da lesão
TUMORES BENIGNOS
ADENOMA HEPATOCELULAR
TRATAMENTO
É o tumor sólido hepático mais comum depois dos hemangiomas, 
Lesão nodular encontrada em pacientes de todas as idades e em ambos os
sexos, embora seja mais frequente em mulheres entre 20 e 50 anos de idade;
Resposta hepatocelular hiperplásica (e não neoplásica) à hiperperfusão ou
injúria vascular originadas por uma preexistente artéria anômala no local da
lesão.
Sua relação com os ACO não é bem estabelecida;
Lesão é lobulada e facilmente demarcável, mas não encapsulada;
 São frequentemente únicos, mas podem ser múltiplos;
Em 5 a 10% dos casos, a HNF associa-se a hemangiomas hepáticos
TUMORES BENIGNOS
HIPERPLASIA NODULAR FOCAL
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Indivíduos geralmente são assintomáticos;
Podem ser encontrados hepatomegalia, massa abdominal ou dor abdominal. Essas lesões
raramente se rompem!
TUMORES BENIGNOS
HIPERPLASIA NODULAR FOCAL
QUADRO CLÍNICO
DIAGNÓSTICO
TC (podem ser observadas as cicatrizes hipodensas centrais) e RNM são os exames de
escolha. A cintilografia com enxofre coloidala auxilia a diferenciar do adenoma
hepatocelular: a captação do radioisótopo só costuma ocorrer na HNF, já que os
adenomas quase nunca contêm células de Kupffer!
TRATAMENTO
Expectante
TUMORES BENIGNOS
HEMANGIOMA CAVERNOSO (HC)
São os tumores mesenquimais benignos mais comuns do fígado;
Podem ser encontrados em todas as faixas etárias e sexos, porém mais
frequentemente encontrados em mulheres entre a terceira e quinta
década de vida.
A etiologia é desconhecida e sua relação com ACO não é estabelecida. Os
pacientes geralmente são assintomáticos ou oligossintomáticos.
INTRODUÇÃO
CARACTERÍSTICAS
Quando acima de 5cm de diâmetro é arbitrariamente chamado de HC gigante;
O tratamento em geral é expectante, cirurgia indicada em pacientes muito sintomáticos
ou com complicações (como diátese hemorrágica)
. 
TUMORES MALIGNOS
HEPATOCARCINOMA
É o tumor maligno primário mais comum do fígado;
É consequência principalmente da cirrose hepática, sobretudo quando secundária a
hepatite crônica pelos vírus B e C;
No Brasil, sua incidência é baixa. Acomete de duas a oito vezes mais homens do que
mulheres; 
A hepatite B e C crônicas são os principais fatores de risco, na primeira não é necessária a
cirrose prévia.
Introdução
Fatores de risco outros que não as hepatites crônicas:
Doença Hepática Alcoólica, EHNA, hemocromatose hereditária (prevenção com flebotomia e
moderação no consumo alcoólico), toxinas exógenas (como a aflatoxina do amendoim),
tirosinemia, esteroides anabolizantes. 
TUMORES MALIGNOS
HEPATOCARCINOMA
Tríade clássica: dor em QSD + aumento do volume abdominal + perda de peso
Assintomático com achado incidental
Paciente cirrótico com descompensação
Manifestações paraneoplásicas
QUADRO CLÍNICO
LABORATÓRIO
Pode apresentar AST, ALT, FA, GGY, bilirrubinas e leucócitos elevados
Alfafetoproteína (AFP) no cirrótico: > 20 ng/ml => sugere CHC | >200-400 ng/ml => alta
especificidade
TUMORES MALIGNOS
HEPATOCARCINOMA
Identifica lesões > 2 cm, tipicamente hipoecoicas
Doppler: padrão de vascularização arterial
Confirma o diagnóstico por meio de imagens antes do
contraste, fase inicial (arterial) e fase final (portal)
Lesão sólida, > 2cm, hipercaptante na fase arterial com
wash out (hipodensa na fase portal)
Nódulos satélites e padrão mosaico
USG abdominal
TC helicoidal trifásica 
DIAGNÓSTICO
TUMORES MALIGNOS
HEPATOCARCINOMA
Nódulo < 1 cm => USG 3/3 meses
Nódulo 1-2 cm => exame contrastado dinâmico
-> discordância: Bx guiada por TC/USG
Nódulo > 2 cm => exame contrastado dinâmico
ou AFP > 200 ng/ml -> diagnóstico 
Indicado para cirróticos e portadores de HBV
crônica + história familiar, negros >20 anos
USG abdominal 6/6 meses
RASTREAMENTO ESTADIAMENTO
TUMORES MALIGNOS
HEPATOCARCINOMA
CHC em pacientes não cirróticos e em cirróticos Child A (e alguns Child B): ressecção
(hepatectomia parcial)
Se o tumor não for muito grande e puder ser retirado com margens de segurança de 1 cm,
sem comprometer a função hepática.
Contraindicações à ressecção e ao transplante: invasão do pedículo vascular e as metástases.
Taxa de cura pós-ressecção: 30-60%
Transplante nos cirróticos Child B e C, que têm maior disfunção hepática;
Ressecção nos cirróticos Child A e nos não cirróticos, que ainda toleram perder algum tecido
hepático. Deve ser evitada em pacientes com hipertensão porta.
Cura --> ressecção do tumor ou transplante hepático
TRATAMENTO CIRÚRGICO
TUMORES MALIGNOS
HEPATOCARCINOMA
Injeção intratumoral de etanol:
Tumores únicos < 5 cm de diâmetro;
10-20 ml de etanol a 95% são injetados no interior do tumor;
Necrose total em 75% dos casos e parcial em mais 20%.
Ablação tumoral por radiofrequência:
Eletrodo-agulha é introduzido no tumor (guiado por USG) e ligado no gerador de
radiofrequência que queima o tumor;
Resultados são melhores para tumores < 3-5 cm
TRATAMENTO NÃO CIRÚRGICO
TUMORES MALIGNOS
HEPATOCARCINOMA
Termoablação
Termoablação por laser: utiliza calor para destruir as células neoplásicas
Crioablação: uma sonda é introduzida no tumor, lançando nitrogênio líquido ou gás
argônio em temperaturas muito baixas. Pode ser utilizado para tumores maiores.
Embolização transarterial: 
Indicada para tumores irressecáveis grandes (> 5-10 cm) ou multifocais, não candidatos às
demais terapias não cirúrgicas locais.
Contraindicações: Pacientes com baixa reserva funcional hepática (Child B ou C) ou com
trombose de veia porta
TRATAMENTO NÃO CIRÚRGICO
TUMORES MALIGNOS
HEPATOCARCINOMA
Melhor estratégia: prevenção do desenvolvimento de cirrose hepática e prevenção e
tratamento adequado das hepatites crônicas
Vacinação em massa contra a infecção pelo VHB
Eliminação de procedimentos de risco para a transmissão do VHC
Detecção e tratamento precoce de portadores de hemocromatose hereditária e
outras doenças metabólicas predisponentes
PREVENÇÃO
TUMORES MALIGNOS
CARCINOMA FIBROLAMELAR (CFL)
Variante do CHC
Pode ser encontrada em pessoas jovens (entre 5 a 35 anos), em ambos os sexos;
Não se relaciona ao uso de ACO, não é causado por VHB ou VHC, e quase sempre surge em
um fígado não cirrótico;
Apresenta-se como uma massa abdominal, algumas vezes dolorosa.Histologia: amontoados de células tumorais poligonais, de volume aumentado e altamente
eosinofílicas. Citoplasma repleto de mitocôndrias aumentadas. Nucléolos proeminentes e
as mitoses são raras.
Não secreta AFP
Pode haver pseudo-hiperparatireoidismo com hipercalcemia.
TUMORES MALIGNOS
CARCINOMA FIBROLAMELAR (CFL)
USG: lesões hiperecoicas homogêneas.
TC: lesão hipodensa, a qual capta avidamente o contraste. Pode haver calcificações. 
RM: tumor mostra-se isointenso em T1 e hipointenso em T2. Uma cicatriz central calcificada
pode ser encontrada em até 55% dos casos.
O prognóstico não é muito melhor do que em outras formas de câncer hepático, e piora
muito na presença de metástases para linfonodos regionais.
O tratamento é cirúrgico, através de ressecção ou TOF.
METÁSTASES HEPÁTICAS
São muito mais comuns do que os tumores primários malignos do fígado
Fontes de metástases hepáticas mais comuns: câncer colorretal, pulmões, mamas e
tumores malignos urogenitais. Tumores neuroendócrinos no TGI constituem outra fonte
potencial.
Metástase x Tumor primário:
Metástases se apresentam como múltiplas pequenas lesões de tamanho semelhante
CHC ou colangiocarcinoma possuem uma lesão dominante circundada ou não por
pequenas lesões satélites.
USG, TC e RM identificam facilmente as metástases hepáticas, proporcionando a
confirmação diagnóstica através de exame histológico a partir de biópsia hepática guiada.
METÁSTASES HEPÁTICAS
Presença de metástases hepáticas representa doença em estado avançado, determinando
um prognóstico sombrio e proporcionando poucas opções terapêuticas. 
O carcinoma metastático colorretal e as metástases hepáticas de tumores neuroendócrinos
constituem exceções.
Tumores neuroendócrinos do TGI frequentemente enviam metástases hepáticas de
crescimento lento, mas que podem produzir sintomas associados à síndrome carcinoide ou
de Zollinger-Ellison.
Pode-se realizar a ressecção cirúrgica das metástases hepáticas, com ou sem embolização
arterial. TOF é outra opção disponível.
Referências
CURRY, M. P; AFDHAL, N. Hepatocellular adenoma. UpToDate, 2023
CHOPRA, S. Focal nodular hyperplasia. UpToDate, 2023.
HAMILTON, J.P.A. Hemocromatose hereditária. MSD Manual para profissionais de saúde. Disponível em:
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/hematologia-e-oncologia/sobrecarga-de-
ferro/hemocromatose-heredit%C3%A1ria. Acesso em: 30 de março de 2023.

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