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Unidade 05 - Tempo Geólogico

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O Tempo Geológico
APRESENTAÇÃO
Os processos geológicos ocorrem em escalas de tempo que variam de segundos a dezenas de mil
hões de anos, até bilhões de anos. A noção sobre o tempo geológico mudou o pensamento huma
no sobre como a Terra opera em termos de um sistema. Nesta unidade de aprendizagem, veremo
s mais sobre a escala do tempo geológico e sua evolução, através de técnicas de datação radioati
va. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar a escala do tempo geológico.•
Reconhecer a medição do tempo absoluto.•
Relacionar as idades absolutas da escala de tempo geológico.•
INFOGRÁFICO
Veja agora a escala de tempo geológico e que veremos a seguir:
 
CONTEÚDO DO LIVRO
Os filósofos vêm se debatendo com a noção de tempo ao longo da história humana, mas até 
épocas bem recentes, eles tinham muito poucos dados para limitar suas especulações. Ness
e item conheceremos alguns recursos para descobrimos a idade das rochas.
Vamos acompanhar um trecho do livro Para Entender a Terra de John Grotzinger e Tom Jorda
n, que explica melhor este processo. Inicie a leitura a partir do título Discordâncias: lacunas no r
egistro geológico.
Boa leitura.
CYAN
VS Gráfica VS Gráfica
MAG
VS Gráfica
YEL
VS Gráfica
BLACK
GEOCIÊNCIAS
www.grupoa.com.br
JOHN GROTZINGER
TOM JORDAN
TERRA
P A R A E N T E N D E R A
SEXTA EDIÇÃO
GROTZINGER
& JORDAN
SEXTA 
EDIÇÃO
PA
RA
 EN
TEN
D
ER A
 TERRA
Desde que Frank Press e Raymond Siever lançaram a 
primeira edição de Para Entender a Terra (1965), este manual 
vem sendo paulatinamente atualizado e hoje se tornou um 
dos mais importantes livros-texto de universidades de vários 
países. Sucessores dos grandes mestres que iniciaram esta 
obra, Tom Jordan e John Grotzinger, dois cientistas de gran-
de envergadura na atualidade, terminam, nesta sexta edição, 
o ciclo de uma grande reestruturação em relação à primeira 
edição.
A introdução de desenhos e esquemas inovadores, a mo-
derna concepção sobre tectônica de placas, a concepção da 
Terra como um sistema interativo e a análise de como a di-
nâmica planetária tem infl uenciado a evolução da vida evi-
denciam a profunda modernização deste livro-texto. O leitor 
é estimulado a fazer e pensar como os geólogos, enten-
dendo como eles adquiriram o conhecimento que possuem, 
como esse conhecimento impacta a vida dos cidadãos e o que 
se pode fazer para melhorar o ambiente da Terra. 
Leitura indicada para os cursos de bacharelado e licen-
ciatura em Geologia, Geografi a, Ciências da Terra, Cli-
matologia, Meteorologia, Ciências do Solo, Agronomia, 
Engenharias, Biologia, Ecologia, Ciências Ambientais 
e afi ns. A obra destina-se também a técnicos e profi ssionais 
que necessitem complementar e atualizar seus conhecimen-
tos gerais fora da área de especialização e ao público em geral 
que se interessa pelos fenômenos da Terra e da natureza.
TERRA
P A R A E N T E N D E R A
SEXTA EDIÇÃO
G ROTZ I NG E R & JOR DAN
42685 Para Entender a Terra.indd 142685 Para Entender a Terra.indd 1 31/01/2013 10:05:0731/01/2013 10:05:07
Catalogação na publicação: Natascha Helena Franz Hoppen CRB10/2150
G881e Grotzinger, John. 
 Para entender a terra [recurso eletrônico] / John 
 Grotzinger, Tom Jordan ; tradução: Iuri Duquia Abreu ; 
 revisão técnica: Rualdo Menegat. – 6. ed. – Dados 
 eletrônicos. – Porto Alegre : Bookman, 2013.
 Editado também como livro impresso em 2013.
 Tradução da 4. ed. de Rualdo Menegat, Paulo César 
 Dávila Fernandes, Luís Aberto Dávila Fernandes, Carla 
 Cristine Porcher.
 ISBN 978-85-65837-82-8
 1. Geociências. 2. Geologia. I. Jordan, Tom. II. Título.
CDU 55
Tradutores da 4ª edição
Rualdo Menegat
Professor do Instituto de Geociências/UFRGS
Paulo César Dávila Fernandes
Professor da Universidade do Estado da Bahia
Luís Aberto Dávila Fernandes
Professor do Instituto de Geociências/UFRGS
Carla Cristine Porcher
Professora do Instituto de Geociências/UFRGS
204 PA R A E N T E N D E R A T E R R A
Discordâncias: lacunas no 
registro geológico
Ao compilar a sucessão estratigráfica de uma região, 
os geólogos frequentemente encontram lugares no 
registro geológico onde está faltando uma formação. 
Nenhuma rocha foi depositada ou ela sofreu erosão 
antes que os próximos estratos fossem depositados. A 
superfície entre duas camadas que foram depositadas 
com um intervalo de tempo entre elas – o limite ao 
longo do qual as duas formações existentes encontram-
se – é chamada de dis-cordância (Figura 8.6). A 
sequência sedimentar é uma série de camadas delimitadas 
acima e abaixo por discordâncias. Uma discordância, 
assim como uma sequência sedimen-tar, representa a 
passagem do tempo.
Uma discordância pode implicar que forças tectôni-
cas soergueram a rocha acima do nível do mar, onde 
a erosão removeu algumas camadas rochosas. 
Alternativa-mente, a discordância pode ter sido 
produzida pela erosão de uma rocha recém-exposta, 
enquanto o nível do mar descia. Como veremos no 
Capítulo 21, o nível do mar pode baixar em centenas 
de metros durante as idades do gelo, devido à retirada 
de água dos oceanos para formar os mantos de gelo 
continental.
As discordâncias são classificadas de acordo com as 
relações entre o pacote superior e o inferior de 
camadas. Uma discordância em que o conjunto superior 
de cama-das assenta-se em uma superfície erosiva 
desenvolvida sobre um pacote de camadas não 
deformado e ainda disposto na posição horizontal é 
chamada de desconfor-midade (ver Figura 8.6). Quedas 
no nível do mar e amplos soerguimentos tectônicos 
geralmente criam desconfor-midades. Uma 
discordância em que o pacote superior de camadas 
recobre rochas metamórficas ou ígneas intrusi-vas é 
uma não conformidade
1
 (veja um exemplo no Jornal da 
Terra 8.1, páginas 208-209). Uma discordância em que 
o pacote superior de camadas sobrepõe-se a um inferior
cujas camadas foram dobradas por processos tectônicos e, 
depois, sofreram erosão em uma superfície mais ou me-
nos plana é denominada discordância angular. Em uma 
discordância angular, os planos de acamamento dos dois 
pacotes de camadas não são paralelos. A Figura 8.7 repre-
senta uma impressionante discordância angular encon-
trada no Grand Canyon. A Figura 8.8 ilustra os processos 
pelos quais uma discordância angular pode se formar.
A
B
C
D
A
B
C
D
A
B
C
A
B
C
E
Discordância
Subsidência
Soerguimento
TEMPO 3
A erosão remove a camada
D e parte da C, deixando uma
superfície irregular de morros
e vales.
TEMPO 2
Posteriormente, as forças
tectônicas causam o soergui-
mento das camadas acima do
nível do mar, expondo-as à 
erosão.
TEMPO 1
Os sedimentos acumulam-se,
sob o mar, nas camadas A-D.
TEMPO 4
Com a subsidência da
região, o nível do mar sobe,
permitindo que uma nova
camada, E, se deposite sobre
a C. A superfície irregular no
topo de C é preservada como
uma discordância.
FIGURA 8.6 � Uma discordância é uma superfície entre 
duas camadas rochosas que representa uma camada nunca 
formada ou que sofreu erosão. O tipo de discordância repre-
sentado aqui, criado por meio de soerguimento e erosão, 
seguidos de subsidência e outro ciclo de sedimentação so-
bre o topo de uma superfície não deformada, é chamado de 
desconformidade.
Grotzinger_08.indd 204Grotzinger_08.indd 204 05/12/12 08:5005/12/12 08:50
C A P Í T U LO 8 � R E LÓ G I O S N A S R O C H A S: DATA N D O O R E G I S T R O G E O LÓ G I CO 205
Relações de seccionamento
Outras feições de rochas sedimentares acamadas também 
fornecem chaves para a datação relativa. Lembre que os 
diques podem seccionar e romper as camadas sedimen-
tares; as soleiras podem ser intrudidas paralelamente aos 
planos de acamamento (ver Capítulo 4); e as falhas po-
dem deslocar planos de acamamento, diques e soleiras 
quando separam blocos de rochas (ver Capítulo 7). Essas 
relações de seccionamento podem ser usadas para estabe-
lecer as idades relativas de intrusões ígneas ou falhasna 
sucessão estratigráfica. Sabemos que eventos deforma-
cionais ou intrusivos ocorreram depois que as camadas 
sedimentares afetadas foram depositadas e que, portanto, 
essas estruturas devem ter sido mais novas que as rochas 
que elas cortaram (Figura 8.9). Se os deslocamentos por 
intrusões ou falhas forem erodidos pela superfície de uma 
discordância e, depois, sobrepostos por uma série mais 
nova de formações, saberemos que essas estruturas são 
mais antigas que os estratos mais novos.
Os geólogos podem combinar observações de campo, 
relações de seccionamento, discordâncias e sucessões es-
tratigráficas para decifrar a história de regiões cuja geolo-
Subsidência
Soerguimento
Discordância
angular
TEMPO 1
Os sedimentos acumulam-se
em camadas, sob o nível do mar.
TEMPO 2
Posteriormente, forças tectô-
nicas causam soerguimento,
dobramento e deformação
das camadas sedimentares.
TEMPO 3
A erosão remove os
topos das camadas dobradas,
deixando um plano irregular
com porções expostas de
várias camadas dobradas.
TEMPO 4
Com a subsidência da
região, o nível do mar so-
be, permitindo que novos
sedimentos se acumulem
sobre a superfície erosiva
anterior. A superfície onde
os novos sedimentos e as
camadas dobradas se limi-
tam é preservada como
discordância angular.
Compressão
FIGURA 8.8 � Uma discordância angular é uma superfície que 
separa dois pacotes de camadas cujos planos de acamamento 
não são paralelos entre si. Esta série de desenhos mostra como 
tal superfície pode ser formada.
Seção através dos estratos
do Grand Canyon
Discordância
angular
FIGURA 8.7 � A grande discordância no Grand Canyon, Colo-
rado (EUA), é uma discordância angular entre o arenito horizontal 
Tapeats do Período Cambriano (acima) e as camadas com alto 
ângulo de mergulho do Grand Canyon, do Período Pré-Cambria-
no (abaixo). [GeoScience Features Picture Library]
Grotzinger_08.indd 205Grotzinger_08.indd 205 05/12/12 08:5005/12/12 08:50
206 PA R A E N T E N D E R A T E R R A
gia é complexa (Figura 8.10). O Jornal da Terra 8.1 (páginas 
208-209) fornece um exemplo mais detalhado de como os 
geólogos trabalham no sentido contrário do tempo para 
determinar as idades relativas das rochas em uma região.
A escala do tempo geológico: 
idades relativas
No início do século XIX, os geólogos começaram a aplicar 
os princípios estratigráficos de Steno e Smith em aflora-
mentos por todo o mundo. Os mesmos fósseis caracte-
rísticos foram descobertos em formações semelhantes em 
vários continentes. Além disso, as sucessões faunísticas de 
diferentes continentes frequentemente exibiam as mes-
mas mudanças nas sequências de fósseis. Comparando as 
sucessões faunísticas e usando relações de seccionamen-
to, os geólogos conseguiram determinar as idades relati-
vas de formações rochosas em nível global. Por volta do 
fim do século, haviam montado uma história mundial de 
eventos geológicos – uma escala do tempo geológico.
Intervalos de tempo geológico
A escala do tempo geológico divide a história da Terra em 
intervalos marcados por conjuntos distintos de fósseis, im-
pondo limites nesses intervalos quando esses conjuntos 
sofreram uma mudança abrupta (Figura 8.11). As divisões 
básicas dessa escala de tempo são as eras: a Paleozoica (do 
grego paleo, que significa “antigo”, e zoi, “vida”), a Mesozoi-
co (“vida intermediária”) e a Cenozoica (“vida recente”).
As eras são subdivididas em períodos, a maioria deles 
denominados de acordo com o nome da localidade geográ-
fica onde as formações estão mais bem expostas ou onde 
foram descritas pela primeira vez ou, ainda, por alguma ca-
racterística distintiva das formações. O Período Jurássico, 
por exemplo, é denominado devido às Montanhas Jura, na 
França e na Suíça, e o Período Carbonífero, por causa das 
rochas sedimentares portadoras de carvão da Europa e da 
América do Norte. Os períodos Terciário e Quaternário da 
Era Cenozoica são duas exceções: esses nomes gregos sig-
nificam “origem antiga”e “origem nova”, respectivamente.
Alguns períodos têm outra subdivisão em épocas, 
como a Miocena, a Pliocena e a Pleistocena do Período 
Quaternário (ver Figura 8.11). Hoje estamos vivendo na 
Época Holocena (“completamente nova”) do Período 
Quaternário da Era Cenozoica.
Limites de intervalos marcam 
extinções em massa
Muitos dos principais limites na escala de tempo geoló-
gico representam extinções em massa: intervalos curtos 
durante os quais uma grande proporção das espécies vi-
vendo ao mesmo tempo simplesmente desapareceram do 
registro fóssil, seguidos do surgimento de muitas novas 
espécies. Essas mudanças abruptas nas sucessões faunís-
ticas eram um grande mistério para os geólogos que as 
Dique
Plúton
Falha
TEMPO 1
Os sedimentos acumulam-se
em camadas sob o nível
do mar.
TEMPO 2
Posteriormente, as
forças tectônicas causam
soerguimento, dobramento
e deformação das camadas
sedimentares.
TEMPO 3
Um dique de magma
líquido intrude-se
nas camadas dobra-
das, cortando-as trans-
versalmente. Como é
possível verificar que o
dique corta as camadas
dobradas, é claro que a
sedimentação e o dobra-
mento antecederam
a intrusão.
TEMPO 4
O falhamento des-
loca as camadas e
o dique. Como as ca-
madas sedimentares 
e o dique estão ambos
deslocados, a ocorrência
do falhamento é consi-
derada posterior a eles.
FIGURA 8.9 � As relações de seccionamento permitem que os 
geólogos estabeleçam as idades relativas de intrusões ígneas ou 
falhas em uma sucessão estratigráfica.
Grotzinger_08.indd 206Grotzinger_08.indd 206 05/12/12 08:5005/12/12 08:50
C A P Í T U LO 8 � R E LÓ G I O S N A S R O C H A S: DATA N D O O R E G I S T R O G E O LÓ G I CO 207
FIGURA 8.10 � Os geólogos usam princípios estratigráficos e relações de seccionamento para 
estabelecer uma cronologia relativa de eventos geológicos.
AB
E
F
C
D
Intrusão granítica
Arenito contendo fósseis continentais
Arenitos, calcários e folhelhos
contendo fósseis marinhos
Discordância C
Discordância angular E
Rochas sedimentares
metamorfizadas e deformadas
A
Camadas
sedimentares
Os geólogos usam seções transversais
com base em mapas de campo para
entender as características dos estratos
e das relações entre eles.
DD
EE
A
B
C
7 A erosão aplaina as
 camadas basculadas.
A
B
C
4 Uma superfície de
 erosão desenvolve-se nas
 camadas deformadas.
A
B
3 A intrusão de magma
 líquido corta as camadas
 sedimentares previamente
 deformadas.
2 A deformação e o meta-
 morfismo das camadas
 sedimentares ocorrem
 durante o soerguimento e
 a compressão tectônicos.
B
AA
CC
DDEEFF
Camadas sedimentares
com fósseis continentais
Discordância
angular
8 Finalmente, a deposição de sedimentos arenosos sobre
 a discordância angular ocorre em um ambiente
 continental – evidenciado pelos fósseis
 continentais.
1 Camadas sedimentares
 são depositadas em
 um leito plano e horizontal.
A
B
C
D
Camadas
sedimentares
com fósseis
marinhos
6 Durante um período de compressão
 tectônica, as novas camadas
 marinhas são basculadas e
 soerguidas, iniciando o processo
 de erosão.
Basculamento
A
B
D
C
Discordância
5 Novas camadas de sedimentos
 marinhos formam-se na
 superfície de erosão durante
 a subsidência sob o nível do
 mar, resultando em uma
 discordância.
Grotzinger_08.indd 207Grotzinger_08.indd 207 05/12/12 08:5005/12/12 08:50
208 PA R A E N T E N D E R A T E R R A
Sucessão estratigráfica do Planalto do Colorado, reconstruída a 
partir de estratos expostos no Grand Canyon, no Cânion Zion e 
no Cânion Bryce. [Grand Canyon: John Wang/Photo Disc/Getty Images; Câ-
nion Zion: David Muench/CORBIS; Cânion Bryce: Tim Davis/Photo Researchers]
Jornal da Terra
8.1 Estratigrafia do Planalto do Colorado:
um exercício de datação relativa
Os estratos expostos no Grand Canyon e em outras partes do 
Planalto do Colorado podem ser usados para ilustrar como 
funciona a datação relativa. Essas camadas registram umalonga história de sedimentação em uma variedade de am-
bientes, algumas vezes continentais e, outras, marinhos. Pela 
correlação de formações rochosas expostas em diferentes 
localidades, os geólogos construíram uma sucessão estra-
tigráfica de um intervalo de mais de 1 bilhão de anos, que 
abrange as eras Paleozoica e Mesozoica.
As rochas expostas mais basais e, portanto, as mais an-
tigas do Grand Canyon são as rochas ígneas e metamórficas 
escuras do Grupo Vishnu, um grupo de formações com idade 
de cerca de 1,8 bilhão de anos.
Sobrepostas ao Grupo Vishnu, e mais novas, portanto, es-
tão as Camadas Grand Canyon. Embora essas rochas sedimen-
tares contenham fósseis de microrganismos unicelulares que 
oferecem evidências de vida anterior, elas não contêm os fósseis 
de conchas distintivos do Cambriano e de períodos posteriores 
e, por essa razão, são classificadas como rochas pré-cambrianas.
Uma não conformidade separa as camadas do Grupo 
Vishnu e as do Grand Canyon, representando um período de 
deformação estrutural que acompanhou o metamorfismo 
desse grupo e, depois, de erosão, antes da deposição das ca-
madas mais novas. A inclinação das Camadas Grand Canyon, 
formando um ângulo em relação à posição horizontal de 
quando foram geradas, mostra que elas também foram do-
bradas depois da deposição e do soterramento.
Uma discordância angular separa as Camadas Grand 
Canyon das camadas horizontais sobrepostas do Arenito Ta-
peats (ver Figura 8.7). Essa discordância indica um longo perí-
odo de erosão depois do basculamento das rochas inferiores. 
O Arenito Tapeats e o Folhelho Bright Angel podem ser data-
dos como do Cambriano pelos seus fósseis, muitos dos quais 
são de trilobitas.
Sobreposto ao Folhelho Bright Angel está um grupo de 
formações horizontais de calcário e folhelho (Calcário Muav, 
Calcário Temple Butte e Calcário Redwall) que representam 
cerca de 200 milhões de anos, desde o final do Período Cam-
briano até o Período Carbonífero. Existe um lapso de tempo 
muito longo representado pelas discordâncias dessa sequên-
cia, sendo que os estratos das rochas materializam realmente 
menos de 40% do Paleozoico (ver Exercício 4).
O próximo pacote de estratos, em direção ao topo da pa-
rede do cânion, é o Grupo Supai (Carbonífero e Permiano), que 
reúne formações que contêm fósseis de vegetação terrestre, 
como aqueles encontrados em camadas de carvão na América 
do Norte e em outros continentes. Sobrepondo-se ao Grupo 
Supai, está o Hermit, um folhelho arenítico vermelho.
Continuando em direção ao topo, encontramos outro 
depósito continental, o Arenito Coconino, o qual contém 
rastros de animais vertebrados. Os rastros desses animais 
sugerem que o Coconino foi formado em um ambiente ter-
restre durante o Período Permiano. No topo dos penhascos 
na borda do cânion, estão mais duas formações de idade 
permiana: a Toroweap, constituída predominantemente de 
calcário, sobreposta pela Kaibab, uma camada maciça de cal-
cário arenoso contendo sílex. Essas duas formações registram 
a subsidência da região sob o nível do mar e a deposição de 
sedimentos marinhos.
Acima do calcário Kaibab e da própria borda do cânion, 
mas exposta no Parque Nacional Grand Canyon, está a forma-
ção Moenkopi, um arenito vermelho do Período Triássico – a 
primeira aparição de rochas da Era Mesozoica nessa sucessão 
estratigráfica.
A sucessão de estratos no Grand Canyon, embora pito-
resca e instrutiva, representa uma imagem incompleta da his-
tória da Terra. Períodos mais novos do tempo geológico não 
estão preservados, e devemos nos deslocar para lugares em 
Utah, nos parques nacionais dos cânions Zion e Bryce, para 
completar os últimos eventos dessa história. Em Zion, encon-
tramos as unidades equivalentes de Kaibab e Moenkopi, que 
nos permitem estabelecer uma correlação com a região do 
Grand Canyon e encadear a história dessas regiões. Diferen-
temente da área do Grand Canyon, entretanto, as rochas em 
Zion estendem-se, em direção ao topo, até o tempo jurássico, 
incluindo dunas arenosas antigas representadas pelos are-
nitos da Formação Navajo. No Cânion Bryce, a leste de Zion, 
encontra-se novamente o arenito Navajo, assim como os es-
tratos que se empilham em direção ao topo até a formação 
Wasatch, de idade terciária.
A correlação dos estratos dessas três áreas do Planalto do 
Colorado mostra como as sequências de lugares bastante se-
parados – cada qual com um registro incompleto do tempo 
geológico – podem ser empilhadas para construir um regis-
tro composto da história da Terra.
Grotzinger_08.indd 208Grotzinger_08.indd 208 05/12/12 08:5005/12/12 08:50
C A P Í T U LO 8 � R E LÓ G I O S N A S R O C H A S: DATA N D O O R E G I S T R O G E O LÓ G I CO 209
A
ParqueParque
NacionalNacional
ZionZion
A
B C
Parque NacionalParque Nacional
do Grand Canyondo Grand Canyon
ArizonaArizona
UtahUtah
ParqueParque
NacionalNacional
do Câniondo Cânion
BryceBryce
XistoXisto
VishnuVishnu
Parque Nacional do Cânion Bryce
Parque Nacional do Grand Canyon
Parque Nacional Zion
Ar Tapeat
Cam
adas do Grand Canyon 
Folhelho Bright Angel
Rochas mais antigas não expostas
Rio Colo-
rado
Fm Moav
Cc Temple Butte
Cc Redwall
Cc Kaibab
Fm Moenkopi
Fm Chinle
Ar Wingate
Fm Kayenta 
Rochas mais antigas não expostas
Ar Navajo Ar Navajo
Fm Carmel Fm Carmel
Ar Entrada
Ar Curtis
Fm Winsor
Ar Dakota
Folhelho Tropic
Ar Straight Cliffs
Ar Wahweap
Fm Kaiparowits
Fm Wasatch
Fm Supai
Folhelho Hermit
Ar Coconino
Fm Toroweap
Cc Kaibab
Fm Moenkopi
Cretáceo
Jurássico
Triássico
Permiano
Carbonífero
Terciário
Devoniano
Cambriano
Pré-Cambriano
Fm Formação=
Ar Arenito=
Cc Calcário=
Grand Canyon Cânion Zion Cânion Bryce
Falha
Falha
C
B
N
Localização da secção (abaixo)
Parque Nacional
do Grand Canyon
Parque
Nacional
do Cânion
Bryce
Parque
Nacional
Zion
Utah
Arizona
N
Xisto
Vishnu
N
ev
ad
a
ColoradoColorado
Novo MéxicoNovo México
Colorado
Novo México
Grotzinger_08.indd 209Grotzinger_08.indd 209 05/12/12 08:5005/12/12 08:50
210 PA R A E N T E N D E R A T E R R A
descobriram. A teoria da evolução de Darwin explicava 
como as novas espécies conseguiam evoluir, mas o que 
havia causado as extinções em massa?
Em alguns casos, pensamos ter a resposta. A extinção 
em massa no final do Período Cretáceo, que dizimou 75% 
das espécies vivas, inclusive todos os dinossauros, foi quase 
com certeza o resultado do impacto de um grande mete-
orito que escureceu e envenenou a atmosfera e imergiu a 
Terra em muitos anos de clima extremamente frio. Esse de-
sastre marcou o fim da Era Mesozoica e o início da Ceno-
zoica. Em outros casos, ainda não temos certeza. A maior 
extinção em massa, no fim do Período Permiano, que defi-
ne o limite entre as eras Paleozoica e Mesozoica, eliminou 
aproximadamente 95% de todas as espécies vivas, mas a 
causa desse evento ainda é debatida. Os eventos extremos 
que separam intervalos de tempo geológico são objeto de 
muitas pesquisas ativas, como veremos no Capítulo 11.
FIGURA 8.11 � A escala de tempo geológico, mostrando eras, períodos e épocas, diferencia-
dos por assembleias de fósseis. Os limites desses intervalos são marcados pelo desaparecimento 
abrupto de algumas formas de vida e o surgimento de novas formas. As cinco extinções em 
massa mais dramáticas estão indicadas. Note que este diagrama mostra apenas as idades rela-
tivas dos intervalos.
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Paleozoica Mesozoica Cenozoica
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PERÍODO
Tempo
ERA
ÉPOCA
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esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
 
DICA DO PROFESSOR
O vídeo a seguir apresenta como os princípios básicos da estratigrafia pode nos ajudar a e
ntender o tempo geológico.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
 
EXERCÍCIOS
1) Assinale dentre as alternativas a seguir a que não representa uma Era Geológica. 
A) 
Arqueozoica.
B) 
Cenozoica.
C) 
Proterozoica.
D) 
Criptozoica.
E) 
Paleozoica.
2) Qual foi a Era que ocorreu o surgimento dos atuais continentes e da espécie humana, 
porém em períodos diferentes. 
A) 
Cenozoica.
B) 
Terciário.
C) 
Quaternário.
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D) 
Paleozoica.
E) 
Carbonífero.
3) Os primeiros ancestrais dos seres humanos surgiram há 1 milhão de anos no período: 
 
A) 
Cambriano.
B) 
Secundário.
C) 
Terciário.
D) 
Quaternário.
E) 
Pré-cambriano.
4) De acordo com estudos geológicos, a idade estimada de nosso planeta é: 
A) 
4,5 bilhões de anos.
B) 
15 bilhões de anos.
C) 
400 milhões de anos.
D) 
6000 mil anos.
E) 
600 milhões de anos.
5) Qual Éon marcou a formação do planeta Terra? 
A) 
Arqueano.
B) 
Proterozoico.
C) 
Fanerozoico.
D) 
Hadeano.
E) 
Quaternário.
NA PRÁTICA
Veja como os isótopos nos informam sobre as idades dos materiais terrestres.
Métodos de datação isotópica permitem-nos datar muitos tipos de materiais terrestres para muito
s propósitos práticos: formações rochosas na busca de minerais e petróleo; amostras de água par
a entender a circulação oceânica; núcleos de gelo para criar gráficos de variações climáticas; e at
é bolhas de ar presas em rochas e no gelo para medir mudanças na composição atmosférica.
Considere um grão mineral que se formou no tempo T=0 e contém uma determinada quantidade 
de isótopos-pai, digamos 1000 átomos. Se medirmos a idade do grão mineral nas meias-vidas do 
isótopo-pai, a quantidade deixada em qualquer idade T será 1000 x 1/2T . Em outras palavras, e
m uma meia-vida, ou seja quando T=1, a quantidade inicial do isótopo-pai será reduzida para 1/
2T = 1/2 (500 átomos); em duas meia-vidas, para 1/2² = 1/4 (250 átomos); e assim por diante. C
om isso podemos através do decaimento atômico saber a idade dos materiais.
 
SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professo
r:
Sistema Terra - Legendado - As Ciências da Terra e o Tempo Geológico - parte 1
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Sistema Terra - Legendado - As Ciências da Terra e o Tempo Geológico - parte
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Para Entender a Terra
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