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Bacteriologia Clínica Prof: Melissa Souza S O B R E D IR E IT O S A U T O R A IS E R E P R O D U Ç Ã O Os conteúdos e mídias disponíveis nas aulas da Cruzeiro do Sul Educacional têm finalidade educacional e são destinados para o seu estudo individual. É proibida a cópia, reprodução (total ou parcial) ou disponibilização deste material, por quaisquer meios existentes ou que venham a ser criados, sem autorização prévia de seus autores. ! ATENÇÃO Roteiro da Disciplina 04/04/23 I: Introdução ao Estudo de Bacteriologia Clínica II: Identificação e diferenciação de Cocos Gram-Positivos e enterobacterias de Importância médica 011/04/23 III: Bactérias Causadoras de Doenças do Trato Gastrointestinal, Sistema Nervoso, Trato Respiratório e DST IV: Práticas Laboratoriais em Bacteriologia Clínica Introdução ao Estudo de Bacteriologia Clínica Neste setor, trabalhamos com diferentes tipos de amostras biológicas que são potencialmente contaminadas com bactérias, fungos ou vírus. Além disso, alguns desses microrganismos são capazes de liberar aerossóis e contaminar o ambiente e o profissional através do ar. Biossegurança em Laboratório de Bacteriologia Clínica Biossegurança - proteção e cuidado durante a rotina laboratorial composto por procedimentos, técnicas, métodos e equipamentos que auxiliam na proteção do analista. Biológicos Químicos Físicos Ergonômicos Acidentais Biossegurança em Laboratório de Bacteriologia Clínica Dispositivos de uso pessoal e individual que têm como objetivo proteger a integridade física e a saúde do analista. Estes equipamentos não podem tirar a mobilidade ou serem incômodos, de modo a não prejudicar a execução das atividades no laboratório. No laboratório de Parasitologia: jaleco, luvas de procedimento, óculos, touca e máscara. Outros cuidados: calçados fechados, calças compridas, cabelos presos, não usar acessórios, unhas compridas ou outros acessórios que poderão atrapalhar ou causar algum acidente. Equipamentos de proteção individuais (EPIs) Equipamentos de proteção coletiva (EPCs) Equipamentos utilizados no laboratório para execução de técnicas necessárias para o diagnóstico, tais como como cabines de segurança biológicas ou equipamentos de uso contra acidentes, como extintores, chuveiros de emergência e lava olhos. Estes equipamentos são utilizados para minimizar ou eliminar riscos e devem passar regularmente por manutenções e estarem em perfeitas condições de uso quando necessário. Cabine de Segurança Biológica (CSB) ou Cabine de Fluxo Laminar - é utilizada para proteção durante a manipulação de materiais biológicos altamente infectantes e substâncias tóxicas. Esse tipo de equipamento deve estar em local de pouco trânsito e distante de portas. Os principais tipos de cabines de segurança biológica são divididos em três classes: I, II e III. - possuem um filtro HEPA. Capela de Exaustão - são utilizadas para manipular produtos químicos, e não devem ser utilizadas para microrganismos infecciosos, pois não possuem o filtro HEPA. Equipamentos de proteção coletiva (EPCs) • Orientação sobre a coleta do material biológico; • Processamento da amostra; • Aplicação de técnicas específicas no diagnóstico; • Análise das amostras; • Aprovação e liberação dos laudos; • Controle de qualidade; • Implantação e validação de metodologias novas. O Papel do Biomédico dentro do Laboratório Clínico Bacteriologico Controle de Qualidade em Bacteriologia Clínica Controle de qualidade interno (CQI) e o Controle de qualidade externo (CQE). Controle de qualidade - Programa Nacional de Controle de Qualidade (PNCQ). Manual da qualidade, recursos gerenciais, procedimentos operacionais padrões (POPs), manuais e registros de equipamentos, reagentes e insumos. Controle de qualidade externo interlaboratorial - compara os resultados de um laboratório com outro, mesmo se utilizam métodos diferentes entre si. A troca pode ser de amostra biológica, campo focado (imagem de um parasita do microscópio) ou um caso clínico. Controle de qualidade externo comercial - geralmente formulado por órgãos nacionais e internacionais, citados anteriormente, que são reguladores e de credenciamento. São compostos de amostras preservadas, lâminas de microscopia de esfregaços fixados e casos clínicos. Controle de Qualidade em Bacteriologia Clínica Se estiver dentro da margem de variação aceitável, o teste é tido como válido e o laboratório recebe o certificado de qualidade, a acreditação. Coleta da amostra adequada Entrega ao laboratório rapidamente Sistema de transporte e processamento adequados O microbiologista tem a responsabilidade de selecionar o procedimento e testes microbiológicos adequados para cada tipo de amostra, além disso, pode haver necessidade de o biomédico instruir os coletadores, frente a coleta das amostras, ou ainda se comunicar com o médico para verificar se o diagnóstico clínico está de acordo com os achados laboratoriais. Considerações gerais sobre coleta, seleção de amostras, conservação e transporte de amostras Toda amostra para análise microbiológica deve ser cuidadosamente coletada para que não haja contaminação. Então, a orientação ao paciente e ter um profissional treinado para a realização da coleta é fundamental. Amostras Biológicas Deve-se conhecer os processos fisiopatológicos das doenças, para identificar o momento de coleta; O ideal é que o paciente não tenha feito o uso de terapias antimicrobianas; O local da coleta representativo do local da infecção e evitar contaminação de outros tecidos; Amostras coletadas há mais de 24h, não têm valor de diagnóstico; A quantidade de amostra deve ser suficiente para a realização das técnicas; O médico deve informar ao laboratório quando há suspeita de algum agente infeccioso em particular; Na amostra, deve estar informado a origem e os dados do paciente; Toda amostra deve ser considerada como contaminada e manuseada com cuidado. Coleta e transporte Análise microscópica Cultura da amostra Provas Bioquímicas Detecção de anticorpos Testes de ácidos nucleicos Teste de sensibilidade a antimicrobianos Elaboração de um Fluxo de Amostras em um Laboratório de Bacteriologia Clínica Fatores químicos - água, fontes de carbono, nitrogênio, fósforo, enxofre e sais minerais, além de possuírem fatores de crescimento para aqueles microrganismos que são mais exigentes. Fatores físicos - temperatura, pH e pressão osmótica. Em conjunto, estes fatores aumentam a probabilidade de detecção da bactéria nas amostras. Tipos e Preparação de Meios de Cultura Tipos e Preparação de Meios de Cultura Líquidos Semissólidos Sólidos O ágar é composto pelo ácido poligalacturônico, que é um polímero originário das algas marinhas. Este ágar tem a capacidade de se fundir em torno de 100°C e quando é resfriado, torna-se sólido na temperatura de 40 a 45°C, com aspecto de gelatina. Meios de cultura simples - elementos essenciais para o crescimento de bactérias que são pouco exigentes. Ex: LB broth. Meios de cultura enriquecidos - possuem grande quantidade de nutrientes promovendo o crescimento de microrganismos mais exigentes. Ex: ágar sangue e o ágar chocolate. Meios de cultura seletivos - favorecem o crescimento de determinadas bactérias, e inibem o crescimento de outras. Ex: Ágar MacConkey, contém inibidores de crescimento de bactérias gram-positivas. Meios de cultura diferenciais - diferenciam espécies de bactérias em um mesmo cultivo. Estes meios de cultura são compostos por corantes que sofrerão ou produzirão alterações que serão utilizados para a identificação das bactérias. Meios de cultura de manutenção - Manutenção da viabilidade das bactérias. Meios de Cultura Técnicas de Semeadura Técnica de Semeadura Semiquantitativa Técnica de Esgotamento Técnica de Semeadura em Estrias Técnica de Semeaduraem Picada Utilizada para verificar a possibilidade de contaminação bacteriana em cateteres intravasculares, o que pode causar bacteremia. Existe uma relação estatística entre as bactérias isoladas e a bacteremia associada aos cateteres quando estão presentes mais de 15 colônias da bactéria. A análise semiquantitativa é utilizada para amostras de urina, na qual são utilizadas alças calibradas (0,01 ou 0,001mL) para estimar a quantidade de UFC (unidade formadora de colônia) por mL de amostra. Técnica de Semeadura Semiquantitativa A técnica de esgotamento tem a finalidade de obter colônias isoladas, permitindo distinguir os diferentes microrganismos em um material ou cultura polimicrobiana (com mais de um microrganismos) através da sua morfologia colonial. Esta isola as espécies de bactérias de uma amostra Técnica de Esgotamento Tem a finalidade de obtenção do crescimento microbiano nos meios de cultura para estocar bactérias, verificar o metabolismo (provas bioquímicas), ou ainda analisar a capacidade de crescimento em determinado meio de cultura Técnica de Semeadura em Estrias Esta técnica tem como objetivo avaliar se uma bactéria é móvel ou não, sendo geralmente utilizada em meios de cultura Semissólidos. Se é móvel, o meio de cultura ficará todo turvo, se imóvel crescera bactérias somente no local da picada. Técnica de Semeadura em Picada Os métodos de teste de sensibilidade aos antimicrobianos são realizados com culturas de bactérias vivas puras (extraídas da amostra do paciente). Alguns métodos são qualitativos, ou seja, determinam se as bactérias são sensíveis, resistentes ou intermediárias aos antibióticos, outros métodos são quantitativos, pois determinam a quantidade necessária de antibiótico para matar aquela cepa. Prova de Sensibilidade às Drogas Antimicrobianas Seleção dos antibióticos O agente antimicrobiano deve ter eficácia clinica; Verificar a prevalência de resistência; Indicação do FDA; Recomendações sobre a droga de primeira escolha e alternativas. É um método qualitativo, simples, tem baixo custo, deve ser utilizado em bactérias de crescimento rápido e a leitura dos resultados é manual. Antibiograma: método de difusão de disco • Com uma alça bacteriológica, tocar na colônia a ser testada. Suspendê-la em salina estéril até se obter uma turvação compatível com a Escala 0,5 de Mac Farland (1x108 UFC/mL); • Umedecer o swab no tubo contendo a suspensão e semear na placa contendo o meio de cultura Mueller- Hinton; • Colocar os discos sobre a superfície de meio de cultura; • Incubar a placa com os discos em estufa bacteriológica a 36°C por 18 a 24 horas; • Observar e medir os halos formados ao redor dos discos de papel. Antibiograma: método de difusão de disco As medidas são comparadas com tabelas padrão. Para cada antibiótico é esperado um tamanho específico de halo para concluir se a bactéria é sensível, intermediária ou resistente àquele antibiótico. Antibiograma: método de difusão de disco Sensível: A infecção pode ser tratada com a dosagem recomendada do antimicrobiano. Você visualiza um halo transparente ao redor do disco de antibiótico indicando que ele mata as bactérias e pode ser utilizado no tratamento. Resistente: Indica que as concentrações sistêmicas usuais do antimicrobiano não inibem o microrganismo, gerando ineficácia clínica. Você não visualiza halos transparentes ao redor do disco, indicando que mesmo na presença de antibióticos, as bactérias conseguem crescer normalmente. Intermediário: Microrganismos com CIMs do antimicrobiano que alcançam níveis sistêmicos e teciduais, mas a resposta é baixa. Antibiograma: método de difusão de disco Os métodos quantitativos de análise de sensibilidade a antimicrobianos têm como objetivo determinar a Concentração Inibitória Mínima (CIM). A CIM é equivalente à menor concentração capaz de inibir o crescimento bacteriano. Evita que se use doses maiores do que o necessário. Concentração Inibitória Mínima (CIM) São realizadas diluições de meio de cultura com os antimicrobianos; Em cada tubo é inoculada uma suspensão de bactérias padronizada em uma concentração de 5 x 105 UFC/mL. Após o período de incubação, os tubos são observados a olho nu. O crescimento bacteriano é evidenciado quando o tubo estiver turvo; O primeiro tubo da diluição seriada com ausência de crescimento representa a concentração inibitória mínima (CIM); Os resultados são expressos em µ/mL. Método da diluição em tubo Este método é muito semelhante à diluição em tubo. Entretanto, utiliza quantidades menores de reagentes, uma vez que se realizam as diluições em placas de 96 poços. Método das micro diluições Utilizam-se placas de ágar sólido, e não meio líquido de cultura, para crescimento das bactérias. As amostras são inoculadas utilizando-se um multi-inoculador, que dispensa de 1 a 3 µL de suspensão bacteriana em uma concentração de 1 x 10 4 UFC/mL. Método da diluição em placa Diagnóstico de Infecções do Trato Urinário e Urocultura EQU (Exame Qualitativo de Urina) • avalia aspectos físicos da urina (pH e cor) e aspectos químicos (proteínas, corpos cetônicos, hemácias, entre outros). Urocultura • finalidade de pesquisar bactérias quando se tem suspeita de infecção no trato urinário. Teste de sensibilidade a antimicrobianos (TSA) • avaliar qual antibiótico é mais adequado para o tratamento. Tipos de Amostras para Análise Tipo de Amostra Definição Aleatória Para uso de rotina Primeira da manhã Para uso em rotina e para testede gravidez Duas horas após a refeição Acompanhamento de diabetes Teste de tolerância à glicose Usado opcionalmente com amostras de sangue para testara tolerância à glicose 24 horas Testes químicos quantitativos Cateterizada Cultura de bactérias Jato médio com assepsia Triagem de rotina e cultura de bactéria Punção suprapúbica Urina da bexiga para cultura debactérias e citologia A coleta deve ser feita em recipientes secos, limpos e de material transparente em frascos descartáveis fornecidos pelo laboratório; O paciente deve ser orientado sobre a forma correta de coletá-las por meio de orientação oral e escrita; Após a coleta, a amostra de urina deve ser levada imediatamente ao laboratório; O recipiente precisa ser devidamente identificado. Coleta Coleta A análise microbiológica da amostra compreende a análise de Gram e cultura da amostra. Método de Gram Laminocultivo Análise microbiológica As principais bactérias encontradas em urocultura são Escherichia coli, grupo Klebsiella pneumoniae, Enterobacter spp., Citrobacter spp. Enterococcus spp. e Streptococcus agalactiae. • Homogeneizar bem a amostra de urina; • Retirar 10µL da urina e colocar em gota em uma lâmina. Deixar secar ao ar; • Fixar no calor brando antes de corar; • Realizar a coloração de Gram; • Reportar o número de microrganismos observados e suas características morfológicas e tintoriais por campo de imersão. A quantidade de microrganismos encontrados pode ser reportada como raros, alguns ou numerosos. Microscopia pelo método de Gram Essa coloração é utilizada para diferenciar amostras bacterianas. O protocolo consiste em incubar um esfregaço bacteriano com corante cristal violeta que possui a coloração. Após lavagem do excesso de corante, as amostras são incubadas com iodo, que forma um complexo cristal violeta-iodo (CV-I). De forma sucinta, as bactérias gram-positivas possuem uma parede celular de peptideoglicano bastante espessa que impede a saída do complexo CV-I, mantendo a coloração púrpura após a lavagem com álcool. Já as bactérias gram-negativas possuem uma camada fina de peptideoglicano que não impede a saída do complexo CV-I. Após a lavagem, essas bactérias ficam incolores e precisam ser coradas com safranina (coloração rosa) para serem visualizadas no microscópio. Coloração de Gram Coloração de Gram Pode-se utilizar o ágar CLED e o ágar MacConkey,mas há também meios com substratos cromogênicos como CHROMagar, CPS ID2 e CPS ID3, que permitem uma identificação dos principais gêneros de bactérias isoladas em uroculturas. Homogeneizar a urina; Imergir a alça calibrada; Semear em placa de ágar MacConkey, CLED ou meio cromogênico pela técnica quantitativa; Incubar em estufa de 35±2 °C por 18 a 24h; Interpretar o crescimento das colônias de acordo com a quantidade de urina semeada nas placas. Cultura, contagem e leitura da urocultura Homogeneizar bem a amostra de urina; Colocar aproximadamente 1mL sobre os dois lados do laminocultivo. Com movimentos delicados, fazer com que esse volume entre em contato com toda a superfície. Pode ainda mergulhar a lâmina dentro do frasco de urina; Incubar em estufa a 35±2 °C por 18 a 24h. Laminocultivo A interpretação das culturas nunca é isolada. Deve-se levar em consideração a presença ou ausência de leucócitos, idade do paciente e, se possível, a sintomatologia clínica e histórico do paciente. IMPORTANTE Chamamos de microbiota o conjunto de microrganismos que vivem permanentemente ou transitoriamente em determinado sítio do hospedeiro, e que não causam infecção ou nenhum outro dano em situações normais. A presença da microbiota é muito importante, pois age como proteção ao hospedeiro impedindo a colonização por microrganismos patogênicos, através da competição por nutrientes, sítios de adesão, produção de substâncias nocivas aos patógenos e alterações das condições ambientais, como alteração de pH no local e disponibilidade de oxigênio. Microbiota Staphylococcus, Micrococcus, Enterococcus, Lactobacillus, Bacteroides, difteroides aeróbicos, Pseudomonas, Klebsiella e Proteus na uretra; lactobacilos, Streptococcus, Clostridium, Candida albicans (fungo) e Trichomonas vaginalis (protozoário) na vagina. A parte proximal da uretra em ambos os sexos contém uma micro- biota residente; a vagina tem uma população de micróbios ácidotolerantes em virtude da natureza de suas secreções; O muco e a descamação periódica previnem que muitos microrganismos colonizem o revestimento do trato urogenital. Microbiota sistema reprodutivo e urinário Anexo Invasão Sobrevivência (evasão de defesas de hospedeiro ou aquisição ou nutrientes) Dano Direto Dano Indireto É importante conhecer os fatores de virulência desenvolvidos pelas bactérias, já que estes estão diretamente relacionados com a patogenicidade do microrganismo e são importantes para o diagnóstico das doenças causadas por bactérias. Conceitos de fatores de virulência: fatores próprios da bactéria e fatores causados por bacteriófagos Cite um exemplo de EPC utilizado no laboratório de microbiologia Como podemos cultivar uma bacteriano laboratório? Existe algum exame que seja capaz de auxiliar o médico na escolha do tratamento? Identificação e diferenciação de Cocos Gram-Positivos e enterobacterias de Importância médica • S. aureus, S. epidermidis Staphylococcus • S. pyogenes, S. mutans, S. agalactiae, S. pneumoniaeStreptococcus • Enterococcus faecalis, Enterococcus faeciumEnterococcus • Vibrio cholerae e Vibrio spp. Ordem Vibrionales Geralmente encontradas na microbiota normal das cavidades respiratórias (S. aureus), pele, intestino, sistemas reprodutivo e urinário, mas que, eventualmente, podem causar determinadas doenças, quando essas bactérias saem do nicho onde vivem normalmente como microbiota e se alojam em outros locais, por exemplo, quando a barreira da pele é invadida ou submetida a procedimentos médicos. Coagulase-negativa - Staphylococcus epidermidis, Staphylococcus lugdumenses e Staphylococcus saprophyticus. Coagulase-positiva - Staphylococcus aureus. Staphylococcus (S. aureus, S. epidermidis) A amostra pode ser inoculada em ágar sangue. A olho nu, podem ser observadas colônias lisas, convexas, de bordas contínuas e coloração branco- porcelana ou acinzentadas (exceto o S. aureus, que apresenta colônias amareladas, podendo apresentar hemólise). Morfologia Infecções Nosocomiais Fatores de virulência: antígenos celulares e capsulares, enzimas extracelulares e toxinas estafilocócicas Intoxicação Alimentar Aspectos Clínicos: infecções mais comuns Infecções Nosocomiais: importância clínica da MRSA MRSA vem da sigla em inglês Methicillin Resistant Staphylococcus aureus. Estas intoxicações são decorrentes da ingestão de uma toxina pré-formada presente nos alimentos contaminados com esta bactéria. A contaminação nos alimentos se dá através da manipulação de alimentos que são naturalmente colonizados por esta bactéria. Intoxicação Alimentar Formato de coco que estão dispostos em cachos e Gram positivos. Suas colônias são de cor leitosa, exceto S. aureus, podem apresentar colônias amareladas, crescem bem em ágar sangue (pode ou não produzir hemólise). Para identificação de S. aureus em amostras pode ser utilizado o ágar Manitol, que é um meio seletivo e diferencial. S. aureus tem a capacidade de fermentar o açúcar manitol, alterando a cor do meio de rosa para amarelo ouro. Identificação e diagnóstico laboratorial de staphylococus Outra maneira de identificar Staphylococcus é através das provas de catalase e coagulase. A prova da Catalase tem como objetivo verificar se a bactéria produz esta enzima que decompõe o peróxido de hidrogênio em água e oxigênio (formando bolhas quando positivo). As bactérias pertencentes ao gênero Staphylococcus são catalase positivas, e as do gênero Streptococcus são catalase negativas. Prova da catalase Esta prova tem como objetivo observar se a bactéria analisada produz a enzima coagulase ligada à superfície da parede celular. Na presença desta enzima ocorre a reação dela com o fibrinogênio do plasma, resultando na coagulação. A formação de coágulo (prova positiva) é característica da bactéria S. aureus. Quando não há formação de coágulo (prova negativa), indica Staphylococcus coagulase negativa. Prova da Coagulase Bactérias do gênero Streptococcus têm a morfologia em formato de coco esféricos dispostos em cadeiras ou pares, são Gram positivos e catalase-negativa. Os enterococos também fazem parte desta família. Streptococcus (S. pyogenes, S. mutans, S. agalactiae, S. pneumoniae) Hemólise em ágar sangue α-hemólise - formação de uma zona esverdeada ao redor das colônias, ocorrida pela lise parcial das hemácias presentes no ágar-sangue. A coloração esverdeada é observada, pois o peróxido de hidrogênio que é produzido pela bactéria oxida a hemoglobina em biliverdina (S. mutans, S. pneumoniae). β-hemólise - hemólise total das hemácias, há a formação de zonas claras ao redor das colônias (S.Pyogenes; s. agalactiae). γ-hemólise - nenhum tipo de hemólise. Morfologia Streptococcus causam grande variedade de infecções, como faringites, celulites, impetigo, fascite necrosante e síndrome do choque tóxico estreptocócico, febre reumática e glomerulonefrite aguda, além disso, podem causar meningite em neonatos, doenças do trato urinário e endocardite. Aspectos Clínicos: infecções mais comuns Streptococcus pyogenes são capazes de produzir enzimas relacionadas à inflamação , tais como a hialuronidase, a estreptocinase e a DNAse. A enzima hialuronidase realiza a degradação do ácido hialurônico que compõe os tecidos subcutâneos. Esta enzima é considerada como fator de disseminação, pois promove a rápida disseminação do Streptococcus pyogenes quando há infecções de pele. A estreptocinase, também chamada de fibrinolisina, participa ativando plasminogênio, formando plasmina, que tem papel de dissolver a fibrina em coágulos, trombos e êmbolos. Já a enzima DNAse degrada o DNA em exsudatos ou tecidos necróticos. Antígenos Celulares e Enzimas extracelulares - Teste da Catalase: Quando negativo (não há formação de bolhas) é indicativo de Streptococcus sp. - Teste de PYR (pyrrolidonil arilamidase): este teste determina a atividade da enzimaPYR produzida por Streptococcus pyogenes. Com uma pinça, colocar o disco de PYR em uma lâmina de Petri, pingar uma gota de água destilada estéril, realizar um esfregaço da bactéria a ser testada sobre o disco úmido, aguardar alguns minutos e colocar uma gota do reagente PYR. Se o teste for positivo, aparecerá uma cor vermelha, indicando ser Streptococcus pyogenes ou Enterococcus sp. Se o teste for negativo, aparecerá uma coloração amarela. - Bile-esculina: Este teste diferencia Enterococcus sp. de Streptococcus. A hidrólise da esculina em esculetina reage com o citrato férrico formando um complexo negro, o que garante a diferenciação entre os dois gêneros. Bile- esculina negativa indica Streptococcus. Identificação e diagnóstico laboratorial de Streptococcus - Teste de sensibilidade à optoquina: Para realizar este teste, utiliza-se um disco de optoquina de 5µg. A bactéria é inoculada em ágar sangue. Em seguida, realiza-se a leitura do halo de inibição. Se o halo for ≥14 mm, a bactéria é sensível à optoquina, indicando a presença de Streptococcus pneumoniae. Identificação e diagnóstico laboratorial de Streptococcus - Crescimento com NaCl 6,5%: Avalia a capacidade da bactéria de crescer em altas concentrações de sal. Quando há presença de turvação ou mudança de cor há crescimento microbiano, indicando a presença de Enterococcus sp., pois Streptococcus sp. não cresce em altas concentrações de sal. - Teste de sensibilidade à Bacitracina: O teste realizado é semelhante ao teste da optoquina . A presença de qualquer tamanho de halo ao redor do disco contendo bacitracina indica sensibilidade, característico de Streptococcus pyogenes. - Hidrólise do hipurato de sódio: A espécie Streptococcus agalactiae possui a enzima hidrolase. Nesse teste, a bactéria é incubada com o reagente ninidrina e hipurato de sódio. Na presença da enzima hidrolase e do reagente ninidrina, ocorre a hidrólise do hipurato de sódio resultando em glicina e ácido benzoico. A desaminação do aminoácido glicina resulta na visualização de uma coloração púrpura, indicando uma reação positiva. Identificação e diagnóstico laboratorial de Streptococcus - Prova de CAMP: Este teste identifica a presença de Streptococcus agalactiae. Estas bactérias possuem a capacidade de produzir o fator CAMP (Christie, Atkins e MunchPetersen), que atua sinergicamente com a β-hemolisina produzida por Staphylococcus aureus em ágar sangue. O teste é realizado através da semeadura de uma cepa de Staphylococcus aureus padrão de um ponto ao outro da placa de ágar sangue. Perpendicularmente, deve-se semear a amostra a ser testada sem que haja contato com a estria do S. aureus. Se houver a formação de uma seta em direção à estria de Staphylococcus aureus, na região da intersecção, indica que o resultado do teste é positivo e há presença de Streptococcus agalactiae. Identificação e diagnóstico laboratorial de Streptococcus E. faecalis e E. faecium. Estas espécies estão presentes em áreas ricas em nutrientes, mas pobres em oxigênio (trato gastrointestinal, vagina e cavidade oral), além de serem encontradas nas fezes. Apesar de fazerem parte da microbiota entérica, podem causar doenças quando instaladas em outras regiões do corpo. Estas espécies de bactéria são a principal causa de infecções hospitalares. São bactérias resistentes e persistem por tempo maior em superfícies, lençóis e gases, sendo transmitidas principalmente pelas mãos da equipe hospitalar e dispositivos médicos. Essas espécies possuem alta capacidade de desenvolverem resistência a maioria dos antibióticos, sendo um grave problema de saúde pública. Enterococcus (Enterococcus faecalis, Enterococcus faecium) Têm morfologia de cocos (ovoides) dispostos frequentemente aos pares ou em cadeias e são GRAM- positivas. A identificação das colônias pode ser feita através da cultura em ágar sangue, sendo verificada a presença ou ausência de hemólise. Crescem na presença de 40% de bile e são resistentes à optoquina; hidrolisam a esculina; toleram temperaturas relativamente altas (crescem a 45 °C), e concentrações elevadas de cloreto de sódio (NaCl a 6,5%). Morfologia Podem acometer principalmente feridas cirúrgicas e trato urinário, mas podem também entrar na corrente sanguínea por via dos procedimentos invasivos. A transmissão pode ocorrer entre pacientes hospitalizados, mas acredita-se que a maior parte das infecções ocorrem endogenamente, já que estas bactérias habitam o intestino humano e de animais. A patogenicidade causada por estas bactérias é devida a toxinas e outros fatores de virulência que ainda não são totalmente identificados, mas acredita-se que a hemolisina mediada por plasmídeos possa ter algum papel. O tratamento das infecções é realizado através do uso de penicilinas associadas com aminoglicosídeos. É relatada grande incidência de bactérias resistentes às cefalosporinas e vancomicina, tornando-se um grave problema. Aspectos clínicos de enterococos Gram, cultura e provas bioquímicas. A maioria das espécies de Enterococcus apresentam as provas bioquímicas com o seguinte perfil: catalase negativa, PYR positivo, crescimento em caldo NaCl a 6,5% e hidrólise da esculina. Identificação e diagnóstico laboraórial de Enterococcus Geralmente estão relacionadas à ingestão de alimentos contaminados. O quadro clínico que estas bactérias causam não são iguais, vai depender do gênero e espécie da bactéria, da presença ou ausência de certos fatores de virulência, do estado de saúde dos indivíduos e também da quantidade de bactérias. Bactérias Causadoras de Doenças do Trato Gastrointestinal As bactérias causadoras de doenças gastrointestinais, na sua grande maioria, são bacilos gram negativos, representadas pelas enterobactérias. Morfologia Características de cultivo (meios seletivos e de enriquecimento) Ágar MacConkey - é um meio de cultura seletivo e diferencial, que favorece o crescimento de bactérias gram negativas e ainda consegue diferenciar estas bactérias em fermentadoras e não fermentadoras de lactose. Ágar SS (Salmonella-Shigella) - favorece o crescimento das bactérias do gênero Salmonella spp. E que pode ser aplicado para isolamento de Shigella spp. Neste meio de cultura, o tiossulfato de sódio e o citrato férrico permitem a detecção da produção de sulfureto de hidrogênio como se pode verificar pelas colônias com centros pretos, característicos do gênero Salmonella sp. Bacilos gram negativos pertencentes à família Enterobacteriaceae são as bactérias mais comumente identificadas em amostras clínicas. Estas bactérias estão distribuídas no ambiente (solo, água, plantas) e no trato gastrointestinal de animais e humanos. Muitos patógenos são responsáveis por doenças diarreicas. Citrobacter, Cronobacter, Enterobacter, Erwinia, Escherichia, Klebsiella, Pantoea, Plesiomonas, Proteus, Salmonella, Serratia, Shigella e Yersinia. Ordem Enterobacteriales A espécie do gênero Escherichia de maior importância clínica é a Escherichia coli. Esta bactéria está presente na microbiota normal intestinal de homens e animais. Entretanto, existem cepas de E. coli que possuem fatores de virulência capazes de causar doenças do trato intestinal ou de outros sítios, como infecções urinárias. Estas cepas, chamadas de sorotipos ou patotipos, possuem diferentes mecanismos de patogenicidade por possuírem fatores de virulência distintos. Gênero Escherichia: Sorotipos Causa uma infecção chamada Shigelose, ou disenteria bacilar (para diferenciar da disenteria amebiana). O principal sintoma desta infecção é a diarreia (pode causar até 20 evacuações em um dia e pode apresentar sangue), febre e cólicas estomacais. Os sintomas aparecem com 1 a 2 dias após a infecção e podem durar 7 dias. O diagnóstico é realizado através da presença da bactéria nas fezes. Geralmente não há necessidade de tratamento, pois há cura espontânea. Assim como em todos os casos de diarreias,é importante manter a reidratação oral. A terapia com antimicrobianos é necessária somente em casos de indivíduos com doenças graves. Gênero Shigella Esta bactéria que causa principalmente Salmonelose, mas pode causar outras doenças como a febre tifoide e paratifoide. As pessoas que se contaminam com esta bactéria geralmente apresentam diarreia, febre e cólicas estomacais que podem durar de 4 a 7 dias. Todas as espécies de Salmonella são patogênicas em algum grau. O diagnóstico é dado pela presença da bactéria nas fezes, tecidos e fluidos corporais, quando se apresenta de forma sistêmica. Normalmente, a recuperação completa ocorre em alguns dias, mas muitos pacientes continuam a disseminar a bactéria em suas fezes por até seis meses. O tratamento é baseado no uso de antibióticos somente quando há casos graves, indivíduos imunocomprometidos, bebês ou idosos. Gênero Salmonella Estão associadas a doenças transmitidas entre homens e animais (zoonoses) e frequentemente transmitidas pela carne ou leite. São bacilos gram negativos, não flagelados e encapsulados. Possuem a capacidade de crescer em temperaturas a 4ºc. Yersinia enterocolitica - A infecção ocorre através da ingestão de carne de porco contaminada crua ou mal-cozida. A prevalência é maior em crianças e é mais comum durante o período de inverno. Os sintomas são febre, dor abdominal e diarreia (sanguinolenta), geralmente aparecem após 4 a 7 dias após exposição e têm duração de 1 a 3 semanas. O diagnóstico é realizado pela presença da bactéria nas fezes. Yersinia pseudotuberculosis - É considerada zoonose oportunista. Os sintomas se parecem com a tuberculose ou escarlatina em humanos (febre, erupção cutânea, hipotensão, gânglios inflamados e dor abdominal). O diagnóstico é realizado através de amostras como fezes, cultura de nódulos (lifadenite) e hemocultura. Yersinia pestis - Esta doença ocorre através do contato com roedores infectados, ou através da picada de pulgas contaminadas. Pode assumir diferentes formas clínicas, peste bubônica, pneumonia e septicemia. O diagnóstico laboratorial é através de sangue ou parte da glândula linfática inchada para identificar a bactéria. Gênero Yersinia As bactérias do gênero Enterobacter também são bacilos gram negativos, móveis. As principais representantes deste gênero são E. cloacae, E. aerogenes e E. agglomerans. São responsáveis por causar infecções hospitalares que podem acometer os pulmões, trato urinário, cavidade intraabdominal e dispositivos intravasculares. A transmissão é por meio do contato direto ou indireto das superfícies da mucosa. O diagnóstico deste gênero é de fácil identificação, através da hemocultura da amostra e testes bioquímicos. Gênero Enterobacter As espécies representantes do gênero Citrobacter são: C. freundii, C. amalonaticus e C. diversus. São bacilos entéricos gram negativos. Geralmente, estas espécies estão associadas à sepse neonatal e meningite. O diagnóstico é feito através da identificação da bactéria em sangue, líquor ou expectoração (crianças mais velhas). Quase todas as cepas isoladas são resistentes à ampicilina. O tratamento precoce é importante, pois há alta taxa de mortalidade em neonatos. Gênero Citrobacter Indivíduos com vibriose são contaminados pela ingestão de frutos do mar crus, malcozidos, ou exposição de feridas em água do mar contaminada. Quando ingerida, esta bactéria causa uma diarreia aquosa, que pode estar acompanhada de cólicas abdominais, náuseas, vômitos, febre e calafrios. Os sintomas geralmente ocorrem dentro de 24h após a ingestão e podem durar cerca de 3 dias. A doença grave é rara e geralmente ocorre em pessoas com sistema imunológico comprometido. O diagnóstico laboratorial é através da pesquisa da bactéria em amostras de fezes, feridas ou sangue de pacientes sintomáticos. O tratamento somente é necessário em casos graves, mas o paciente deve beber muito líquido, podendo ser necessária a reposição intravenosa de fluidos e eletrólitos perdidos. Ordem Vibrionales: Vibrio cholerae e Vibrio spp. Os bacilos gram negativos são classificados em dois grandes grupos pela sua capacidade de fermentar carboidratos. Esta fermentação pode ser vista através do cultivo em ágar MacConkey (fermentação de lactose), ou ágar TSI (fermentação de lactose, glicose e sacarose). Como muitas bactérias possuem características comuns, um amplo espectro de testes é necessário para identificar a espécie ou sorotipo. Por causa da importância clínica, vários testes foram desenvolvidos e estão disponíveis no mercado para isolamento e identificação rápida. Diagnóstico de Bacilos Negativos Fermentadores e Não Fermentadores Importância do Diagnóstico e Tratamento Rápido Um diagnóstico adequado e rápido é fundamental quando se trata de doenças infecciosas, pois a decisão terapêutica adequada evita o uso inadequado de antibióticos. O uso indiscriminado de antibióticos causa o aumento da prevalência de bactérias resistentes. O diagnóstico é composto por etapas fundamentais. Coleta, testes laboratoriais adequados para cada tipo de amostra, juntamente com o controle de qualidade validam os laudos laboratoriais. Qual a principal diferença morfológica entre Streptococcus e Staphylococcus? Staphylococcus apresentam a prova de catalase positiva ( ) Verdadeiro ( )Falso Cite um exemplo de Enterobactérias A coloração de Gram serve para corar apenas cocus ( ) Verdadeiro ( )Falso ATÉ A PRÓXIMA! melissa.eh@hotmail.com Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81 Slide 82 Slide 83 Slide 84 Slide 85 Slide 86 Slide 87 Slide 88 Slide 89 Slide 90 Slide 91 Slide 92 Slide 93 Slide 94 Slide 95 Slide 96 Slide 97 Slide 98 Slide 99 Slide 100 Slide 101 Slide 102