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CRISTIANE LOVATI DAL’COL AZEREDO DAIANA LUZIA ERIKA SILVESTRE RAMALHO DE MOURA LUIZA CONTARINI MACHADO MARIZA BITENCOURT LUGON MEIRIELLEM MORAIS DA SILVA PATRÍCIA FARDIM LOUZADA VERA LÚCIA PASCHOAL BRITES ROCHA WAGNER JOSÉ INACIO IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA DE SAÚDE DO TRABALHADOR NO MUNICÍPIO DE GUAÇUI – ES São Paulo 2017 CRISTIANE LOVATI DAL’COL AZEREDO DAIANA LUZIA ERIKA SILVESTRE RAMALHO DE MOURA LUIZA CONTARINI MACHADO MARIZA BITENCOURT LUGON MEIRIELLEM MORAIS DA SILVA PATRÍCIA FARDIM LOUZADA VERA LÚCIA PASCHOAL BRITES ROCHA WAGNER JOSÉ INACIO IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA DE SAÚDE DO TRABALHADOR NO MUNICÍPIO DE GUAÇUI – ES Projeto Aplicativo apresentado ao Instituto Sírio Libanês de Ensino e Pesquisa para certificação como especialista em Vigilância em Saúde Gestor de Aprendizagem: Ana Clara Lopes Costa Coordenadora do curso: Marilda Siriani de Oliveira Facilitadora: Ana Carolina Abdalla Duarte Calvi São Paulo 2017 RESUMO · De acordo com Glanzner (2011), o local de trabalho é um lugar de realização, de identidade, valorização e reconhecimento, além de ser neste ambiente que muitos profissionais passam grande parte da vida. A gravidade do quadro de saúde dos trabalhadores brasileiros está expressa, entre outros indicadores, pelos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. A necessidade de implementação de um setor de apoio à Saúde do Trabalhador na Secretaria Municipal de Saúde do município de Guaçuí/ ES evidencia-se pela carência de dados estatísticos quanto às causas de afastamento por incapacidade temporária, bem como deficiência de arquivos acessíveis aos exames de saúde dos funcionários, carência de estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde, assim como a ausência de estratégias que promovam a conscientização dos trabalhadores sobre os riscos inerentes a sua atividade, através de ações de prevenção de doenças e promoção da saúde. Diante desta realidade, considera-se não apenas importante, mas urgente, a implementação de um Sistema de Apoio à Saúde do Trabalhador no município. Dessa forma, o presente projeto objetivou propor estratégias de promoção de saúde do trabalhador para os servidores públicos de saúde com vínculo municipal em Guaçuí – ES, trabalhando em prol da redução dos índices de acidentes de trabalho. PALAVRAS-CHAVE: Saúde do trabalhador; Promoção de saúde; Guaçuí SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4 2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 5 2.1 Objetivo Geral ................................................................................................................. 6 2.2 Objetivos Específicos .................................................................................................... 7 3 FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA .......................................................................................... 8 3.1 Legislações Brasileiras ................................................................................................. 3.1.1 Da Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT............................................................... 3.1.2 Das Normas Regulamentadoras – NR’s.......................................................................... 3.2 A Importância do Ambiente de Trabalho à Saúde do Trabalhador.............................. 4 PERCURSO METODOLÓGICO ................................................................................... 5 PLANO DE INTERVENÇÃO ........................................................................................... 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 7 REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 1 INTRODUÇÃO Guaçuí é um município localizado no sul do estado do Espírito Santo, com distância de 230 Km da capital Vitória e possui uma população estimada em 30.685 (trinta mil, seiscentos e oitenta e cinco) habitantes (CENSO IBGE, 2015). Para atendimento à demanda populacional, relacionado à oferta dos serviços de saúde, a Secretaria Municipal de Saúde – SEMSA - dispõe de quadro funcional com 354 (trezentos e cinquenta e quatro) servidores, assim distribuídos: 136 Servidores Efetivos, 16 Cargos Comissionados e 202 Servidores Contratados (fonte: RH SEMSA). Tendo em vista a atual abordagem à saúde, voltada para a construção de um novo olhar para a Atenção Primária, e, apesar do grande número de profissionais atuantes, a Secretaria não dispõe de Programa de Assistência à Saúde do Trabalhador efetivo, prejudicando desta forma, a execução das ações previstas, de forma eficaz. Constatamos que, em diversos setores da SEMSA-Guaçuí, os profissionais se encontram desinformados quanto às atuais condutas no trato para com a própria saúde, ocasionando doenças ocupacionais, que levam ao absenteísmo, implicando diretamente em prejuízo à qualidade do atendimento, à continuidade do cuidado e à satisfação do usuário do sistema. De acordo com Glanzner (2011), o local de trabalho é um lugar de realização, de identidade, valorização e reconhecimento, além de ser neste ambiente que muitos profissionais passam grande parte da vida. O autor ressalta ainda que as instituições, públicas ou privadas, devem buscar estratégias que promovam a segurança e mesmo o prazer no ambiente de trabalho, construindo um clima favorável e que mantenha a integridade da saúde física e psíquica dos profissionais. A partir da análise da produção científica a respeito da relação entre saúde e trabalho para os trabalhadores da área da saúde, observou-se que houve um grande aumento de teses e dissertações sobre o assunto na década de 80, coincidindo com a epidemia de AIDS; até então, nenhuma outra doença havia provocado tanto questionamento sobre a segurança dos profissionais de saúde em seu labor. Em 1984, um ano após a descoberta do HIV, ocorreu o primeiro relato de transmissão em ambiente de trabalho, suscitando protocolos e recomendações do CDC (Centers of Disease Control and Prevention) de prevenção e cuidados, os quais foram adotados universalmente. No Brasil, todo este contexto reforçou os debates sobre o trabalho e saúde, culminando com o surgimento da Norma Regulamentadora 32 (NR-32) do Ministério do Trabalho e Emprego, legislando especificamente sobre o trabalho em área de saúde (REINHARDT, 2009). A gravidade do quadro de saúde dos trabalhadores brasileiros está expressa, entre outros indicadores, pelos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. Diante desta realidade, considera-se não apenas importante, mas urgente, a implementação de um Sistema de Apoio à Saúde do Trabalhador nos municípios. Este projeto aplicativo tem como objeto a elaboração e implementação de ações programadas que visem o bem-estar e a prática segura das diversas atividades dos trabalhadores dos setores de saúde no município de Guaçuí/ES. A necessidade de implementação de um setor de apoio à Saúde do Trabalhador na Secretaria Municipal de Saúde do município de Guaçuí/ ES evidencia-se pela carência de dados estatísticos quanto às causas de afastamento por incapacidade temporária, bem como deficiência de arquivos acessíveis aos exames de saúde dos funcionários, carência de estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde, assim como a ausência de estratégias que promovam a conscientização dos trabalhadores sobre os riscos inerentes a sua atividade. 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral · Propor estratégias de promoção de saúde do trabalhador para os servidores públicos de saúde com vínculo municipal em Guaçuí – ES 2.2 Objetivos Específicos · Implementar o sistema de Vigilância em Saúde do Trabalhador, efetivamente, no município de Guaçuí – ES, através de uma equipe multidisciplinar;· Reduzir os índices de acidente de trabalho e aumentar as notificações, através da criação dos protocolos e fluxogramas referentes à Vigilância em Saúde do Trabalhador; · Propor mecanismos para discussão de temas de relevância em saúde do trabalhador e promover a sensibilização dos profissionais de saúde com vínculo municipal no Sistema Único de Saúde (SUS). 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Segundo Marx (1987), o trabalho é um processo entre o homem e a natureza, determinado pela força em que ocorre produção, distribuição, intercâmbio e produtos dos meios de vida pelos diversos grupos humanos. O trabalho implica no processo de reprodução social, com dois momentos distintos, pela produção e consumo, que formam uma unidade. No entanto, a produção é o verdadeiro ponto de partida e por isso, também representa o momento predominante na relação. A preocupação com a proteção do trabalhador, em quase todos os países, tem-se verificado através de suas constituições, onde os objetivos das mesmas estão ligados a proporcionar o direito a saúde e a segurança no ambiente de trabalho. Portanto, a redução dos riscos inerentes ao trabalho é direito de todo trabalhador, podendo valer-se de instrumentos jurídicos, quando ameaçado ou agredido nas relações laborais ou no ambiente de trabalho. A Carta Magna consagra o princípio de que a ordem econômica está fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, e tendo por finalidade assegurar a todos existência digna conforme os ditames da justiça social (MORAES FILHO apud MORAES, 2002, p.48). Silva (2003) ressalta que o atendimento em nível de saúde do trabalhador ainda é escasso para atender a demanda, sendo que a alternativa mais favorável é a aquisição de tratamentos articulares que, muitas das vezes, acabam por desconhecer medidas preventivas e por ignorarem os fatores que levam a tais acometimentos. [...] “multidão de trabalhadores sofre com lesões de causa ou agravos ocupacionais, ligadas a atividade laborativa, porém é inadmissível que outra multidão sofra por causa de tratamentos inadequados. Diante deste quadro alarmante, em que se encontra a maioria dos trabalhadores, torna-se evidente a necessidade de adoção de medidas eficazes no âmbito preventivo e corretivo” (SILVA, 2003, p.14). 3.1 Legislações Brasileiras 3.1.1 Da Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT Decreto – lei nº. 5.452, de 1º de maio de 1943 – Consolidações das Leis do Trabalho Art. 1º - Esta consolidação estatui as normas que regulam as relações individuais e coletivas de trabalho, nela previstas. Art. 2º - Considera-se empregador a empresa individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Art. 3º - Considera-se empregado toda a pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. O Capítulo V, que trata da Segurança e da Medicina do Trabalho, em seu Art. 155º diz: “Incumbe ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança e medicina do trabalho: I - Estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre as aplicações dos preceitos deste capítulo, especialmente os referidos no art. 200º; II - Coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização e as demais atividades relacionadas com a segurança e a medicina do trabalho em todo território nacional, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho. III - conhecer, em última instância, dos recursos voluntários ou de ofício, das decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e medicina do trabalho”. Art. 157º - Cabe às empresas: I - Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; II - Instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais; III - adotar as medidas que lhe sejam determinadas pelo órgão regional competente; IV - Facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente. Art. 158º - Cabe aos empregados: I - Observar as normas de segurança e medicina do trabalho inclusive as instruções de que trata o item II do artigo anterior; II - Colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste capítulo. 3.1.2 Das Normas Regulamentadoras – NR’s As Normas Regulamentadoras Relativas à segurança e Medicina do Trabalho, classificam entre NR – 1 á NR – 33, estendendo para as NRR – Normas Regulamentadoras Rurais, classificando-as em NRR – 1 a NRR – 5. A Portaria nº. 3.214 de 08 de junho de 1978, aprova e regulamenta as NR’s, com redação dada pela lei nº. 6.514 de 22 de dezembro de 1977, resolve: Art. 1º - Aprovar as normas regulamentadoras – NR – do capítulo V, Título II, da CLT, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho. A seguir, citaremos partes de algumas NR’s, pertinentes ao tema abordado: NR – 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT 4.1 As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela CLT manterão, obrigatoriamente, serviços especializados em engenharia de segurança e em Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho, onde o dimensionamento do SESMT vincula-se a gradação do risco da atividade, principalmente, ao número total de empregados do estabelecimento. NR – 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA 5.1 A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. NR – 6 – Equipamentos de Proteção Individual – EPI 6.1 - Para os fins de aplicação desta NR, considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. NR – 7- Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO 7.1.1. Esta NR estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. NR – 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA 9.1.1. Esta NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção. NR – 15 – Atividades e Operações Insalubres 15.1 São consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem: 15.1.1 Acima dos limites de tolerância previstos; 15.1.5 Entende-se por "Limite de Tolerância", para os fins desta Norma, a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará danos à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral. 15.2 O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os subitens do item anterior, assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo* da região (* Com a publicação da Súmula Vinculante nº 4 do STF, a partir de 09 de maio de 2008 a base de cálculo do adicional de insalubridade é o salário base do empregado e não o salário mínimo), equivalente a: 15.2.1 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo; 15.2.2 20% (vinte por cento), para insalubridadede grau médio; 15.2.3 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo. 15.3 No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa. 15.4 A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do pagamento do adicional respectivo. NR – 17 – Ergonomia 17.1. Esta NR visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. NR – 32 – Segurança e Saúde do Trabalho em Serviços de Saúde 32.1.1. Esta NR tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. 3.2 A Importância do Ambiente de Trabalho à Saúde do Trabalhador Segundo Moraes (2002), a necessária integração do trabalho com o ambiente de trabalho é fator primordial à saúde e segurança de todos. Viver e trabalhar em ambiente saudável são condições para uma melhor qualidade de vida. A importância do ambiente de trabalho traz em si a questão de proteção, prevenção, e posicionamento das empresas, dos trabalhadores e do Estado. Esta visão do ambiente de trabalho como favorável a adaptação dos trabalhadores, tem-se caracterizado pela implantação de ordens preventivas. O ambiente de trabalho é um conjunto de fatores interdependentes, que atua direta e indiretamente na qualidade de vida das pessoas e nos resultados do próprio trabalho. Esta visão global das influências do trabalho facilita a compreensão das dificuldades e desconfortos, da insatisfação, dos baixos desempenhos, das doenças camufladas e/ou na ocorrência de acidentes do trabalho (ILO, 1986 apud FISCHER et al. 1989, p.21). Segundo Moraes (2002), o ambiente de trabalho, junto com o tipo de organização do trabalho, são fatores contribuintes para o bom desempenho dos trabalhadores, e principalmente, para o desempenho saudável, sem prejuízos de nenhuma das partes envolvidas. Conforme Fischer et al. (1989), limites de tolerância, níveis aceitáveis de exposição ou níveis de exposição ocupacional, refletem que se trata de controlar a exposição e não o ambiente. Segundo o mesmo autor, existem dificuldades em encontrar um valor padrão de exposição, devido a diversidade de recursos e valores discordantes. Na descrição da NR 15 (2006), item 15.4.1, a eliminação ou neutralização deverá ocorrer: a) com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; b) com a utilização de equipamentos de proteção individual. Na maioria das vezes é possível eliminar a insalubridade através de intervenções no próprio ambiente de trabalho. O grande problema é que esta intervenção implica geralmente em gastos que não se transformam em lucros, no primeiro caso; ou numa redução da produção no segundo caso (REBOUÇAS, 1989). Segundo Moraes (2002), a proteção do ambiente de trabalho busca a qualidade de vida de todo e qualquer indivíduo, garantindo seus direitos não só como indivíduo, mas como um trabalhador. O homem é resultado do meio no qual se insere; motivo pelo qual analisamos a relação entre meio ambiente sentido amplo e meio ambiente do trabalho, pois se constituem partes de um mesmo sistema, no qual o homem é o principal elemento na participação, formação e alteração das condições ambientais (MORAES, 2002, p 33-34). Uma análise do conjunto das pesquisas sobre a relação entre saúde e trabalho mostra que a preocupação com a saúde dos trabalhadores no setor saúde foi mais tardia do que em outras categorias profissionais. Para que os programas de prevenção de acidentes e doenças sejam mais efetivos, as evidências sugerem que a organização deve estar realmente comprometida com a segurança e a saúde de seus trabalhadores e que esse compromisso deve ser visível e permear as tomadas de decisão gerenciais e as normas, expectativas, práticas, políticas e os procedimentos de segurança existentes. Em outras palavras, os programas de prevenção de acidentes e doenças devem ser considerados como integrantes da gestão dos serviços de saúde, e não como programas à parte, isolados dessa gestão (REINHARDT, 2009). Para aumentar a adesão, há sugestões na literatura da necessidade de cursos e treinamentos periódicos, dirigidos às necessidades específicas de um grupo ou departamento e elaborados de modo a obter uma mudança permanente na prática cotidiana de trabalho de profissionais, que inclua a valorização e a integração efetivas das medidas de prevenção (OSÓRIO, 2005). Além da conscientização e da educação permanente dos trabalhadores, também é necessário proporcionar condições materiais e ambientais para um trabalho seguro, controlando as situações que interferem com a adesão, como a carga de trabalho, a percepção do risco envolvido e a disponibilidade de equipamentos e vestimentas de proteção e tempo para a execução das atividades (ELIAS, 2006). O compromisso dos gestores seria uma das condições necessárias à criação de um ambiente de trabalho seguro e saudável. Assim, as dificuldades em se obter um compromisso genuíno seriam limitantes do processo, pois o foco primário das organizações é a produção, não a segurança e a saúde. Uma das sugestões desses autores seria a intensificação das ações do poder público, por meio de fiscalização, intervenções e outras ações punitivas e persuasivas, deslocando o foco um pouco mais para a criação e a manutenção desses ambientes (REINHARDT, 2009). 4 PERCURSO METODOLÓGICO A primeira oficina, voltada para a elaboração do projeto aplicativo, foi com o tema “Identificando problemas no Âmbito da Vigilância em Saúde no contexto real”. Nesta oficina, cada participante do grupo colocou em tarjetas três problemas voltados para a Vigilância em Saúde que lhe causasse desconforto, em relação ao seu município ou no âmbito de trabalho. As tarjetas foram afixadas em um local de fácil visualização e explicadas por quem as descreveu. Em seguida, as tarjetas que continham conteúdos semelhantes foram agrupadas e foram definidos quatro macroproblemas. A partir dos macroproblemas identificados, foram elaborados objetivos que o grupo colocou como desejo de mudança daquela realidade apresentada. Na etapa posterior, através do uso de matrizes decisórias, foi elencado o macroproblema “Baixa Integração da Vigilância em Saúde com as ações da Assistência” para a elaboração do nosso projeto aplicativo. Foi realizada a apresentação da síntese do projeto aplicativo para o curso de Especialização em Regulação, para os facilitadores desse curso, para a nossa facilitadora, e para duas especialistas que estavam representando o Hospital Sírio Libanês - HSL. Após a apresentação de todos os grupos, Ana Clara Lopes, representante do HSL, teceu comentários sobre as apresentações. As sugestões sobre o nosso projeto foram que deveríamos rever a forma de escrever o nosso problema, para deixa-lo mais claro, e que deveríamos contextualizá-lo melhor, definir uma localidade para execução, os tipos de serviços envolvidos e privilegiar o diálogo e as parcerias para a continuação do projeto. Em seguida, o grupo se reuniu para discutir sobre as sugestões dadas pela Ana Clara. Nosso grupo definiu que nosso foco seriam as ações da Vigilância em Saúde relacionadas com as Estratégias de Saúde da Família de um município e que seria melhor definido no encontro seguinte. Nosso macroproblema foi reescrito como “Baixa integração entre Vigilância em Saúde e Estratégias de Saúde da Família”. Nosso título passou a ser “Vigilância em Saúde & ESF: Articulação e integração nas ações”. Realizamos algumas oficinas de trabalho sobre o projeto aplicativo, tendo esse macroproblema como foco principal. No entanto, nestas oficinas, pudemos perceber que estávamos encontrando bastante dificuldadepara dar continuidade ao projeto, pois com o decorrer das discussões, percebeu-se que este macroproblema estava fora da nossa realidade: apesar de nos incomodar, não era da nossa governabilidade e não contemplava a todos os membros do grupo. A partir desta visão, o grupo, com o consenso e comprometimento de todos os membros, passou a trabalhar em cima de outro macroproblema que incomodava e fazia parte da realidade de todos: a falta de estratégia de promoção da saúde do trabalhador para os servidores públicos de saúde. Para a implantação do projeto, escolhemos o município de Guaçuí –ES. A partir da decisão de realizar essa mudança em nosso projeto, o grupo refez as etapas anteriores que já haviam sido realizadas com o macroproblema anterior. Foi identificado um nó crítico para o problema: a necessidade de implementar o sistema de Vigilância em Saúde do Trabalhador efetivamente no município de Guaçuí. A partir desse nó crítico, foi elaborado o mapa explicativo, no qual foram identificados os seguintes tópicos: - Resultados esperados: · Programa de Vigilância em Saúde do Trabalhador (VST) implementado no município de Guaçuí-ES e com ações efetivas; · Notificação e encerramento dos casos de acidente de trabalho em tempo oportuno. - Ações: · Definir a equipe de profissionais de referência da VST; · Criar protocolos e fluxogramas sobre acidente de trabalho; · Divulgar protocolos e incentivar as notificações pela Vigilância Epidemiológica (VE) e pelos locais onde os profissionais de saúde encontram-se lotados; · Confeccionar material gráfico e informativo sobre Saúde do Trabalhador; · Instituir reuniões periódicas, para fins de Educação Permanente em Saúde do Trabalhador (EPST), envolvendo profissionais de saúde e a Vigilância em Saúde. - Responsáveis: · Referência técnica municipal em Saúde do Trabalhador; · Coordenação da Vigilância em Saúde (VS); · Alunos do curso de Especialização em Vigilância em Saúde (EVS); · Gestor municipal. - Parceiros/ Opositores: · Opositores - Profissionais não qualificados; - Profissionais exercendo várias funções; - Profissionais não comprometidos. · Parceiros - Secretário municipal de saúde; - Profissionais da APS e VS; - Chefia imediata dos profissionais. - Indicadores: · Total de Acidentes de Trabalho (AT) notificados / total de AT; · AT notificados e encerrados /Total de AT notificados; - Recursos necessários: · Técnicos; · Políticos; · Organizacionais; · Econômicos. - Prazo: · 12 meses Após a confecção da árvore explicativa, o grupo utilizou uma matriz de análise de motivação dos atores sociais (MATRIZ 1), frente às ações idealizadas, a fim de verificar a viabilidade do projeto. O grupo chegou ao resultado abaixo, onde considera-se: (+) a favor; (-) contra; (0) indiferente; (A) valor alto; (M) valor médio; (B) valor baixo. A partir dela, pudemos perceber que os atores sociais envolvidos seriam aliados na execução do projeto, favorecendo sua viabilidade. MATRIZ 1 - ANÀLISE DE MOTIVAÇÃO DOS ATORES SOCIAIS ATORES Definir a equipe de profissionais de referência da VST Criar protocolos e fluxogramas sobre acidente de trabalho Divulgar protocolos e incentivar as notificações pela VE e pelos locais onde os profissionais de saúde encontram-se lotados Confeccionar material gráfico e informativo sobre Saúde do Trabalhador Instituir reuniões periódicas de educação permanente em saúde do Trabalhador, envolvendo profissionais de saúde e os do setor de Vigilância em Saúde. ATOR 1 - Gestor Municipal +A +A +A +M +A ATOR 2 - Referência técnica municipal em ST +A +A +A +A +A ATOR 3 - Alunos do EVS +A +A +A +A +A ATOR 4 Coordenador da VS +A +A +A +A +A Em seguida, foi utilizada uma matriz de análise de estratégias de viabilidade (MATRIZ 2), segundo ações conflitivas. Nessa matriz, a viabilidade poderia ser considerada como alta, média ou baixa, a depender da disponibilidade dos recursos disponíveis para viabilizá-las. MATRIZ 2 - ANÁLISE DAS ESTRATÉGIAS DE VIABILIDADE Ações conflitantes do plano de ação Recursos necessários Recursos que temos e não temos Viabilidade Definir a equipe de profissionais de referência da VST -Político - Técnico - Organizacional Temos: Político Técnico Não temos: Organizacional Sim Criar protocolos e fluxogramas sobre acidente de trabalho; - Técnico - Organizacional Temos: Técnico Não temos: Organizacional Sim Divulgar protocolos e incentivar as notificações pela VE e pelos locais onde os profissionais de saúde encontram-se lotados - Técnico - Organizacional Temos: Técnico Não temos: Organizacional Sim Confeccionar material gráfico e informativo sobre Saúde do Trabalhador; - Políticos - Econômicos - Técnicos - Organizacionais Temos: Técnico Organizacional Não temos: Político Econômico Sim Instituir reuniões periódicas de educação permanente em saúde do Trabalhador, envolvendo profissionais de saúde e os do setor de Vigilância em Saúde. - Técnico - Organizacional Temos: Técnico Organizacional Não temos: -------- Sim Em sequência a esta atividade, foram utilizadas matrizes para gestão e monitoramento do plano de ação (MATRIZ 3). Como não havíamos iniciado a implantação do nosso projeto, em decorrência do tempo, agrupamos em uma só matriz a parte de gestão e monitoramento. Nossos resultados estão apresentados no Plano de Intervenção (tópico a seguir). Elaboramos também um cronograma no qual estipulamos os prazos previstos para implementação do plano de ação. O período estipulado foi entre janeiro a dezembro do ano de 2018, sendo que a ação “Instituir reuniões periódicas de educação permanente em saúde do trabalhador, envolvendo profissionais de saúde e o setor de Vigilância em Saúde” apenas será iniciada a partir de dezembro e será permanente. Além do cronograma de acompanhamento da implementação do plano de ação (MATRIZ 4), fizemos uma planilha orçamentária, na qual consideramos as despesas previstas para a implementação das ações. Consideramos que apenas para a ação “Confeccionar material gráfico e informativo sobre Saúde do Trabalhador” seria necessária a utilização de recursos financeiros para custeio. 5 PLANO DE INTERVENÇÃO Na Matriz de Gestão e Monitoramento do plano (MATRIZ 3), discutimos as ações, viabilidade, impacto, comando, duração, recursos e precedência de cada ação. Cinco ações foram pactuadas pelo grupo nos encontros, são elas: - Ação 1: Definir a equipe de profissionais de referência de Vigilância em Saúde do Trabalhador; - Ação 2: Criar protocolos e fluxogramas sobre Acidentes de Trabalho; - Ação 3: Divulgar protocolos e incentivar as notificações pela Vigilância Epidemiológica e pelos locais onde os profissionais encontram-se lotados; - Ação 4: Confeccionar material gráfico informativo, sobre saúde do trabalhador; - Ação 5: Instituir reuniões periódicas de Educação Permanente em Saúde do Trabalhador, envolvendo profissionais de saúde e os do setor de Vigilância em Saúde. MATRIZ 3 – GESTÃO E MONITORAMENTO DO PLANO Ações Viabilidade Impacto Comando Duração Recurso Precedência Situação Definir a equipe de profissionais de referência da VST ALTA ALTO Gerentes e atores internos CURTA Político Técnico Organizacio-nal 1ª NI Criar protocolos e fluxogramas sobre acidente de trabalho ALTA ALTO Atores internos articulados com atores externos MÉDIA Técnico Organizacio-nal 2ª NI Divulgar protocolos e incentivar as notificações pela VE e pelos locais onde os profissionais de saúde encontram-se lotados ALTA ALTO Atores internos articulados com atores externos MÉDIA Técnico Organizacional 3ª NI Confeccionar material gráfico e informativo sobre Saúde do Trabalhador ALTA MÉDIO Gerentes e atores internos LONGA Político Econômico Técnico Organizacional 4ª NI Instituir reuniões periódicas de educação permanente em saúde do Trabalhador, envolvendo profissionais de saúde e os do setor de Vigilância em Saúde. ALTA ALTO Atoresinternos articulados com atores externos MÉDIA Técnico Organizacional 5ª NI No Cronograma de Acompanhamento da Implementação do plano de ação, elencamos o nó crítico priorizado e, dentro do nó crítico, as cinco ações propostas. O nosso projeto aplicativo, inicialmente, terá a duração de doze meses, iniciando-se em janeiro de 2018, seguindo até dezembro de 2018, conforme MATRIZ 4. MATRIZ 4 – CRONOGRAMA DE ACOMPANHAMENTO DA IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO NÓ CRÍTICO Necessidade de implementar o sistema de Vigilância em Saúde do Trabalhador efetivamente no município JAN 2018 FEV 2018 MAR 2018 ABR 2018 MAI 2018 JUN 2018 JUL 2018 AGO 2018 SET 2018 OUT 2018 NOV 2018 DEZ 2018 Definir a equipe de profissionais de referência da VST 10/01 a 10/02 Criar protocolos e fluxogramas sobre acidente de trabalho; 10/02 a 10/06 Divulgar protocolos e incentivar as notificações pela VE e pelos locais onde os profissionais de saúde encontram-se lotados 10/06 a 10/09 Confeccionar material gráfico e informativo sobre Saúde do Trabalhador; 10/06 a 10/12 Instituir reuniões periódicas de educação permanente em saúde do Trabalhador, envolvendo profissionais de saúde e os do setor de Vigilância em Saúde. A partir de 10/12 Na planilha orçamentária (MATRIZ 5), descrevemos apenas a 4ª ação proposta, considerando que somente essa ação demanda recursos econômicos. Esta ação iniciará em 10 de junho de 2018 e as despesas serão: Custeio ~= R$ 3.000,00; Investimento ~= R$ 2.000,00; Total ~= R$ 5.000,00. MATRIZ 5 – PLANILHA ORÇAMENTÁRIA Ação Data inicial Data final Despesas de custeio Despesas de Investimento Total Confeccionar material gráfico e informativo sobre Saúde do Trabalhador 10/06/2018 10/12/2018 Aprox. R$ 3.000,00 Aprox. R$ 2.000,00 Aprox. R$ 5.000,00 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os profissionais que atuam na área da saúde têm a missão de zelar pelo bem-estar físico e psicológico de seus pacientes. Ademais, as profissões têm passado por um processo evolutivo, muitas vezes se esbarrando com problemas associados a fatores históricos, à formação adquirida, às exigências e deficiências de um complexo aparelho sistêmico inserido em um determinado contexto sócio-político. Diante desses fatores, conclui-se que para impactar positivamente no desenvolvimento de uma instituição de saúde, se faz necessário criar condições seguras e saudáveis de trabalho nas suas práticas profissionais, o que seguramente importará em melhores resultados na qualidade do atendimento prestado e maior resolutividade. Entretanto, observamos nos dias atuais, uma grande exigência por maior produtividade desses profissionais, sem para tanto oferecer condições favoráveis e dignas para desenvolvimento de suas atividades laborais, incorrendo em sérios prejuízos a sua saúde e, consequentemente, atingindo aos beneficiários desse trabalho, que são os usuários. Na área da saúde, as baixas remunerações, as atividades que exigem esforços maiores do que o trabalhador pode contribuir, as rotinas estressantes, cansativas e repetitivas, e as altas taxas de rotatividade de pessoal, acabam agravando esta situação, provocando o absenteísmo, a diminuição do desempenho e da produtividade, se tornando fatores determinantes na satisfação com o trabalho. Outra triste constatação é que as políticas de Saúde do Trabalhador inexistem nas instituições públicas, ou ainda são muito tímidas. Portanto, sugerem-se que medidas de prevenção sejam valorizadas, em detrimento do tratamento direcionado às consequências dos distúrbios do trabalho, com isso, proporcionando qualidade de vida, e aumento da autoestima do profissional, que por certo interferirá em seu comportamento na organização. Deve-se despertar uma consciência preventiva, porém, os procedimentos não devem acontecer como intervenção imposta, ao contrário, deve-se valorizar o sujeito, seu ambiente de trabalho e as especificidades do mesmo. Concluindo, esta proposta de intervenção constitui numa contribuição essencial para a prevenção de riscos no trabalho da Secretaria Municipal de Saúde de Guaçuí, dada a importância do tema. Também cumpre uma importante função social, pois contribui para a formação de um grupo de pessoas comprometidas nas atividades do cuidar. 7 REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 de outubro de 1998. art. 6º, caput. BRASIL. Ministério da saúde. Doenças relacionadas ao trabalho: Manual de procedimentos para os serviços de saúde. Brasília. Ed MS, 2001. BRASIL. Decreto n.611, de 21 de julho de 1992 // LCX: Coletânea de Legislação e Jurisprudência, São Paulo, v.56, p.488, jul./set., 1992. BRASIL. Decreto n.791, de 27 de setembro de 1890. 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