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Revisão Processo Penal Art. 427, CPP ( Desaforamento) Única exceção para que um processo Penal seja julgado fora de sua competência. O desaforamento consiste no deslocamento da competência de uma comarca para outra, para que nesta seja realizado o julgamento pelo Tribunal do Júri, Art. 427. Se o interesse da ordem pública o reclamar ou houver dúvida sobre a imparcialidade do júri ou a segurança pessoal do acusado, o Tribunal, a requerimento do Ministério Público, do assistente, do querelante ou do acusado ou mediante representação do juiz competente, poderá determinar o desaforamento do julgamento para outra comarca da mesma região, onde não existam aqueles motivos, preferindo-se as mais próximas. § 1o O pedido de desaforamento será distribuído imediatamente e terá preferência de julgamento na Câmara ou Turma competente. § 2o Sendo relevantes os motivos alegados, o relator poderá determinar, fundamentadamente, a suspensão do julgamento pelo júri. § 3o Será ouvido o juiz presidente, quando a medida não tiver sido por ele solicitada. § 4o Na pendência de recurso contra a decisão de pronúncia ou quando efetivado o julgamento, não se admitirá o pedido de desaforamento, salvo, nesta última hipótese, quanto a fato ocorrido durante ou após a realização de julgamento anulado. a) Por interesse da ordem pública (justifica-se no interesse da ordem pública, o julgamento deve ser sereno, seguro, sem obstrução, perturbação ou influências externas, no afã de garantir o livre julgamento pelos senhores jurados) b) Quando pairar dúvida sobre a imparcialidade do Júri )há dúvida sobre a imparcialidade dos jurados, ocorre nos casos em que a repercussão do crime ganha tamanha intensidade que é capaz de gerar dúvida quanto imparcialidade da decisão, ocasião em que os jurados mesmo sem ouvir as partes e conhecer as provas, já apresentam uma convicção previamente formulada, um exemplo foi o caso Nardoni, em que até mesmo o advogado chegou a ser hostilizado pela população que acompanhava o julgamento, há situações ainda, em que a família do réu exerce grande influência política e econômica na comunidade, o que também pode gerar parcialidade dos jurados). c) Quando houver risco à segurança pessoal do acusado (justifica-se para segurança pessoal do acusado, garantindo a preservação da sua incolumidade física, bem como o devido processo legal, afastando qualquer vingança privada ou justiça com próprias mãos eventualmente perpetrada por populares, exemplo, linchamento). d) Quando injustificadamente o Júri não se realizar no prazo de seus meses contado do trânsito em julgado da decisão de pronúncia. (no caso de atraso na realização do julgamento, no prazo de seis meses contados do trânsito em julgado da decisão de pronúncia, havendo excesso de serviço na Vara do Júri, a defesa pode requerer o desaforamento). Por fim, destaco ainda a possibilidade da reaforamento, ou seja, o retorno de processo a vara que determinou o desaforamento, quando não mais subsistirem os motivos que o determinaram OBS.: o “simples” terror público/agitação publica não é motivo para ocorrer o desaforamento. Art. 565 a 568, CPP (NULIDADES) Art. 565. Nenhuma das partes poderá arguir nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha concorrido, ou referente a formalidade cuja observância só à parte contrária interesse. (ninguém pode se prevalecer da própria torpeza, ou seja, dar causa para “lá na frente” se prevalecer.) Art. 566. Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa. (não faz sentido pedir anulação de um ato em que não interferiu em nada, nem incidiu para ajudar, nem incidiu para prejudicar) Art. 567. A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo, quando for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente. ( todos os outros atos se aproveitam, só anula os atos em que ele decidiu, ato que não decidiu nada, se aproveita.) Art. 568. A nulidade por ilegitimidade do representante da parte poderá ser a todo tempo sanada, mediante ratificação dos atos processuais. (vício sanável) Art. 576 a 580 CPP (Recurso) Art. 576. O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto. ( O MP não pode desistir de ação penal, nem recurso) OBS.: se o recurso for “voluntário”, ele pode querer entrar ou não, mas quando ele interpor o recurso que até então era voluntário, torna-se esse obrigatório de continuidade Art. 577. O recurso poderá ser interposto pelo Ministério Público, ou pelo querelante, ou pelo réu, seu procurador ou seu defensor. Se ligar na legitimidade de interpor o recurso Parágrafo único. Não se admitirá, entretanto, recurso da parte que não tiver interesse na reforma ou modificação da decisão. Para interpor um recurso, deve que ter os três requistis das condições da ação: 1 parte legitima 2 pedido possível 3 interesse de agir) Art. 578. O recurso será interposto por petição ou por termo nos autos, assinado pelo recorrente ou por seu representante. § 1o Não sabendo ou não podendo o réu assinar o nome, o termo será assinado por alguém, a seu rogo, na presença de duas testemunhas. (assinar a rogo é: assinar no lugar do outro que não tem condições de assinar. Coloca-se a impressão digital do analfabeto no documento e o outro coloca o nome e o número identidade ou cpf, e assina. Devendo duas pessoas maiores e capazes que presenciaram o fato, assinar no documento como testemunha. § 2o A petição de interposição de recurso, com o despacho do juiz, será, até o dia seguinte ao último do prazo, entregue ao escrivão, que certificará no termo da juntada a data da entrega. Art. 579. Salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela interposição de um recurso por outro. (principio da fungibilidade) Parágrafo único. Se o juiz, desde logo, reconhecer a impropriedade do recurso interposto pela parte, mandará processá-lo de acordo com o rito do recurso cabível. Art. 580. No caso de concurso de agentes (Código Penal, art. 25), a decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros. (Norma processual penal garantidora de tratamento jurídico isonômico para os réus que apresentarem idêntica situação jurídica à do réu beneficiado em seu recurso.) Art. 95 CPP (EXCEÇÕES) Art. 95. Poderão ser opostas as exceções de: I - suspeição; (Utiliza-se a suspeição latu sensu quando se desconfia da imparcialidade do juiz. A suspeição é puramente processual, pois define se aquele juiz pode julgar aquele processo) II - incompetência de juízo (A competência é a parcela de jurisdição que detém o juiz de acordo com os critérios do CPP. A competência é definida em razão da matéria (criminal é criminal; civil é civil; etc.), em razão da pessoa (foro de prerrogativa de função), que são absolutas, ou em razão do local, que é relativa. Quando se discute incompetência, então, primeiramente há de se verificar qual a espécie de competência a que se relaciona o fato, pois as competências absolutas podem ser alegadas em qualquer tempo, a relativa não. III – litispendência (Litispendência é a existência de dois processos ainda em curso e instaurados para julgarem o mesmo fato. Deve-se opor a exceção de litispendência que, se considerada procedente, deverá causar a extinção do feito iniciado por último. Será processada da mesma forma que as demais). Imaginem que uma pessoa praticou o crime em São Paulo, mantendo a vítima em cárcere privado em Campinas. Em São Paulo, corre um processo e em Campinas corre outro tratando do mesmo crime, quando o réu for denunciado no segundo processo, oporá a exceção de litispendência. O segundo processo é extinto. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art25. http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/código-processo-penal-decreto-lei-3689-41IV - ilegitimidade de parte: legítima é a parte que não pode figurar em um dos polos, seja porque não possui capacidade processual para isso (ilegitimidade ad processum), seja porque não detém o status de autora ou ré (ilegitimidade ad causam). A ilegitimidade ad processum pode ser corrigida, retificada; enquanto a ilegitimidade ad causam é irreparável. V - coisa julgada: Todo processo criminal tem como objeto um fato e sua autoria. Caso essa relação já tenha sido tratada em outro processo e tenha sido definitivamente decidida, poderá ser oposta a exceção de coisa julgada. Será autuada em apartado e, caso seja julgada procedente, causará a extinção do processo na qual foi alegada Art. 302 CPP (DA PRISÃO EM FLAGRANTE) PRISÃO EM FLAGRANTE Flagrante: Do latim “flagrare”, quer dizer aquilo que queima, que arde. A prisão em flagrante possui natureza cautelar e processual, independente de ordem escrita do juiz competente, e é cabível tanto para crime como para contravenção penal, podendo ser realizada por qualquer pessoa do povo (flagrante facultativo – “pode”) ou por agentes do Estado (flagrante compulsório ou obrigatório – “deve”). O estado de flagrância não tem prazo fixo, pode variar e, dessa forma, não existe o lapso temporal de 24 horas para se findar, como se crê popularmente. Atualmente, por força de pactos internacionais de que o Brasil é parte, após a prisão em flagrante, no prazo de 24 horas, a pessoa presa deve ser apresentada a um juiz, que avaliará se a prisão é irregular, se deve ser mantida ou se o cidadão poderá responder ao crime em liberdade. Trata-se da audiência de custódia, regulamentada pela Resolução CNJ n. 213/2015. Espécies de flagrante Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração penal; II - acaba de cometê-la; III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. 1. PRÓPRIO (PROPRIAMENTE DITO/ REAL/ VERDADEIRO) I - está cometendo a infração penal; II - acaba de cometê-la; Ocorre quando o agente está cometendo ou acaba de cometer a infração penal, sem qualquer intervalo de tempo. Traduz a idéia de absoluta imediatidade. No que prevê que “acaba de cometê-la”, imagine que o crime já aconteceu, os policiais chegam logo depois, mas ainda vêem o agente no local. 2. IMPRÓPRIO (IRREAL/ QUASE FLAGRANTE) III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; Ocorre quando o agente é perseguido logo após cometer o delito, o que presume ser ele o autor da infração. Admite um intervalo de tempo maior entre a prática do delito, a apuração dos fatos e o início da perseguição – que pode levar até dias, desde que ininterrupta. Quanto a perseguição ininterrupta, o Estado declara perseguição quando a autoridade policial/delegado emite uma “ordem de serviço” para que a equipe policial vá atrás do sujeito. A equipe volta e emite uma “parte do serviço”, relatando o que houve na perseguição. Se esta equipe folgar, a autoridade policial/delegado emite uma nova ordem de serviço para outra equipe e assim sucessivamente. Se o Estado parar de perseguir, já não se considera perseguição ininterrupta. 3. PRESUMIDO (FICTO/ ASSIMILADO) IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. Ocorre quando o agente é encontrado logo depois de cometer a infração, com elementos que presumam ser ele o autor da infração. O “logo depois” do trecho implica num espaço de tempo ainda maior que o do flagrante impróprio que utiliza do termo “logo após”. Não é necessário que haja perseguição, bastando que a pessoa seja encontrada logo depois do ilícito em situação suspeita. Outros tipos de flagrante: 1. PREPARADO/ PROVOCADO/ DELITO-ENSAIO/DELITO DE EXPERIÊNCIA/ DELITO PUTATIVO POR OBRA DO AGENTE PROVOCADOR É aquela prisão em flagrante que ocorre indução ou instigação para que alguém pratique o crime, tudo com o objetivo de efetuar a prisão, tornando o crime impossível de ser cometido (Art. 17 do CP), sendo a conduta considerada atípica. Súmula 145/ STF: “Não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação”. Exceção: Tráfico de drogas (Lei 11.343/06) http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/95503/lei-de-tóxicos-lei-11343-06 2. FORJADO/ FABRICADO/ MAQUINADO/ URDIDO Ocorre quando os policiais ou particulares criam provas de um crime inexistente. 3. ESPERADO Ocorre com o aguardo do momento do cometimento do crime, sem qualquer induzimento ou instigação, ou seja, sem que haja agente provocador. É aquele em que, por exemplo, policiais ficam sabendo que um crime será praticado e, com base nessa informação, vão ao local e esperam a prática do crime para dar voz de prisão. 4. PRORROGADO/ RETARDADO/ DIFERIDO/ CONTROLADO Possível somente diante da ocorrência de crime organizado. É a possibilidade que a polícia possui de retardar a realização da prisão em flagrante, para obter maiores dados e informações a respeito do funcionamento, componentes e atuação de uma organização criminosa. Nesta modalidade, o agente tem discrionariedade quanto ao momento da prisão para concretizá-la no momento mais eficaz. Possível ainda, em relação aos crimes previstos na nova Lei de Drogas, em qualquer fase da persecução penal, mediante autorização do juiz e ouvido o MP (Art. 53 da Lei 11.343/2006). Art. 310 CPP Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente: I - relaxar a prisão ilegal; ou II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato nas condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de revogação. ( se o juiz entender que ele agiu : I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) II - em legítima defesa; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art312... http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art23i http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art23i Art. 283, 311 a 313 CPP (DA PRISÃO PREVENTIVA) PRISÃO PREVENTIVA Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva. § 1o As medidas cautelares previstas neste Título não se aplicam à infração a que não for isolada, cumulativa ou alternativamente cominada pena privativa de liberdade. § 2o A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade do domicílio. Momento da decretação (Art. 311): Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial. Assim sendo,o juiz, pode decretar a prisão preventiva de ofício apenas no curso do processo penal, não podendo agir de ofício na fase investigatória, necessitando de requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente de acusação, ou de representação da autoridade policial para que possa decretar a prisão preventiva. São pressupostos para a decretação (Art. 312): a) Prova da materialidade; b) Indícios suficientes de autoria. Sem estes, não há porque se falar em prisão preventiva. São uma “casadinha” indispensável para sua decretação. Para decretar a prisão provisória, ao contrário do que acontece no momento da condenação/absolvição, milita o princípio do in dúbio pro societate. Hipóteses em que pode ser decretada a prisão preventiva (Art. 312): ✓ Garantia da ordem pública/econômica: Impedir que o agente volte a delinqüir ou de acautelar o meio social (periculum in mora) ✓ Conveniência da instrução criminal: Impedir que o agente pertube ou impeça a produção de provas, ameaçando testemunhas, apagando vestígios do crime, destruindo documentos, etc. ✓ Assegurar a aplicação da lei penal: Impedir uma provável evasão que inviabilizaria a futura execução da pena. ou; ✓ Em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4o). Hipóteses de admissão da prisão preventiva (Art. 313): Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: I - nos crimes dolosos punidos com PPL máxima superior a 4 (quatro) anos; (CRIMES CULPOSOS E PENA INFERIOR A 4 ANOS NÃO CABE PRISÃO PREVENTIVA) REGRA II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado (réu reincidente em crime doloso, independente do quantum da pena), ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do CP (ou seja, salvo se decorrido o lapso temporal de 05 anos). III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida. Não é possível em... • Crimes culposos; • Contravenção penal; • Crimes em que o réu se livre solto, independente de fiança; • Quando o réu agir acobertado por causa de excludente de ilicitude (estado de necessidade; legítima defesa; estrito cumprimento do dever legal; exercício regular de direito). Há a necessidade de motivação/fundamentação (Art. 315): A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva deve ser sempre motivada. O juiz pode revogar, bem como decretá-la de novo (Art. 316): O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm#art282. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm#art312... http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art64i do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial. Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4o). Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida. Art. 5º LXI, CF LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; Art. 5, LXIII, CF (Habeas corpus) LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. (Remédios constitucional) O habeas corpus é um instrumento judicial que visa proteger a liberdade de locomoção do indivíduo. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art282. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art312... http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art64i http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art64i A liberdade de locomoção é expressa pela liberdade de ir, vir e permanecer no território nacional. As ações praticadas mediante ilegalidade ou abuso de poder, que causam restrição ou ameaçam a locomoção de uma pessoa, se encontram no âmbito de proteção desse instrumento. É uma ação que possui natureza penal, de procedimento especial e isento de custas (gratuito). Espécies: Habeas Corpus Preventivo: Haverá impetração de Habeas Corpus Preventivo quando há uma ameaça séria e efetiva de violência ou há uma ameaça séria e efetiva de coação à liberdade de locomoção. Disso, pode-se concluir que, a privação ainda não foi efetivada, mas, dadas as circunstâncias, sua imposição é iminente. Portanto, como a própria denominação evidencia, a impetração é anterior à privação à liberdade. Após a sua concessão, será expedido salvo-conduto, que terá o condão de impedir a prática da ilegalidade que conduziria a segregação da liberdade do paciente. Habeas Corpus Repressivo: Também chamado de Habeas Corpus Liberatório, será impetrado em face de coação ilegal ou abuso de poder, já praticados, portanto, a privação à liberdade já está materializada. Nessa hipótese, haverá a expedição de alvará de soltura com vistas ao restabelecimento da situação anterior, qual seja, a de liberdade. OBS.: Não cabe habeas corpus para medida disciplinar militar • Direito Protegido: Liberdade de Locomoção • Motivo: Violência ou coação da liberdade de locomoção • Quem pode usar: qualquer pessoa • Contra quem pode usar: Autoridade pública que use de ilegalidade ou abuso de poder; particular que use de ilegalidade. • Tipo Preventivo: quando haja ameaça de sofrer coação. • Tipo Repressivo: quando esteja sofrendo a coação • Custas: Gratuitas Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal: I – quando não houver justa causa; II – quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei; III – quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo; IV – quando houver cessado o motivo que autorizou a coação; V – quandonão for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza; VI – quando o processo for manifestamente nulo; VII – quando extinta a punibilidade. Art.382, 619 e 620 CPP (EMBARGOS) (ATACA SENTENÇA-1º GRAU) Art. 382. Qualquer das partes poderá, no prazo de 2 (dois) dias, pedir ao juiz que declare a sentença, sempre que nela houver obscuridade, ambiguidade, contradição ou omissão. Suspensão do prazo para recurso (PARA ATACAR ACORDÃO-ORGÃO COLEGIADO)Art. 619. Aos acórdãos proferidos pelos Tribunais de Apelação, câmaras ou turmas, poderão ser opostos embargos de declaração, no prazo de dois dias contados da sua publicação, quando houver na sentença ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão. Art. 620. Os embargos de declaração serão deduzidos em requerimento de que constem os pontos em que o acórdão é ambíguo, obscuro, contraditório ou omisso. § 1o O requerimento será apresentado pelo relator e julgado, independentemente de revisão, na primeira sessão. § 2o Se não preenchidas as condições enumeradas neste artigo, o relator indeferirá desde logo o requerimento. CABIMENTO: Embargos de declaração são cabíveis quando a decisão for omissa, contraditória, obscura ou ambígua. A omissão se dá se a decisão deixa de abordar um tema trazido por uma das partes. A contradição se faltar nexo, lógica ou incoerência. A decisão contém dois pontos que não poderiam coexistir em uma mesma decisão. Obscuridade ocorre se há algum trecho da decisão que seja incompreensível, com falta de clareza, de inteligibilidade. Por fim, a ambiguidade ocorre quando há trechos que permitem mais de um sentido, de modo a não ser possível saber qual o sentido empregado pela decisão. COMPETÊNCIA: Mesmo órgão que proferiu a decisão (juiz, câmara ou turma). PRAZO O prazo para oposição dos embargos declaratórios será de 2 dias nas seguintes hipóteses: primeira instância e 2ª instância (art. 619, CPP). Será de 5 dias no (JECRIM )e no STF LEGITIMIDADE: Podem opor embargos de declaração, a defesa e a acusação, ou seja, Ministério Público e assistente de acusação ou querelante. Embargos infringente(1º INSTÂNCIA) 530 - Cabem embargos infringentes quando o acórdão não unânime houver reformado, em grau de apelação, a sentença de mérito, ou houver julgado procedente ação rescisória. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto da divergência. Embargos infringentes é um recurso que existe em processos criminais. É usado pelo réu quando ele não concorda com uma decisão no processo. Os embargos infringentes permitem que a decisão seja analisada novamente e seja alterada, de acordo com o pedido do acusado. Para que servem os embargos infringentes? Os embargos são usados para pedir que uma questão ligada ao crime que está sendo julgado ou ao acusado seja analisada outra vez. No Direito essas questões são chamadas de mérito. Os embargos infringentes só podem ser usados pela defesa do réu na decisão que acontece em um Tribunal Superior. A decisão do Tribunal Superior é uma segunda decisão no processo e só acontece depois do primeiro julgamento feito por um Juiz. Se o acusado usar o recurso de embargos infringentes, uma Turma formada por outros Juízes vai analisar e revisar a decisão do anterior. Quando podem ser usados os embargos infringentes? Para que os embargos infringentes sejam usados basta que um dos Juízes da Turma não concorde com outros. Ou seja, se a decisão não for de todos os Juízes, o réu pode pedir a revisão dela. Os embargos infringentes só podem ser usados para pedir a revisão de dois tipos de decisões: decisão de apelação ou decisão de um recurso em sentido estrito. A apelação é um recurso em uma sentença definitiva. É usada se: • existir uma nulidade no processo, • a decisão for contrária ao que diz a lei, • a decisão for contra as provas apresentadas no processo, • existir um erro na aplicação da pena. • Já o recurso em sentido estrito é mais amplo e pode ser usado em vários casos. São exemplos: • contra uma decisão que diga que o Juiz não pode julgar o processo, • sobre a aplicação de fiança, • sobre liberdade provisória, • prisão em flagrante. Os embargos infringentes devem ser usados se a defesa do réu quiser pedir a revisão da decisão em um destes dois casos. Prazo para os embargos infringentes De acordo com o Código de Processo Penal a defesa do réu tem 10 dias para usar os embargos infringentes. O prazo começa a valer a partir da data que foi publicada a decisão da apelação ou do recurso em sentido estrito. Embargos infringentes no Código de Processo Penal Os embargos infringentes estão previstos no art. 609, parágrafo único do Código de Processo Penal (CPP). Parágrafo único. Quando não for unânime a decisão de segunda instância, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, que poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicação de acórdão, na forma do art. 613. Art. 197, LEP – Agravo a execução Art. 197. Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo. (TODA DECISÃO DO JUÍZ CABE AGRAVO) forma de recurso utilizado na impugnação de toda e qualquer decisão, despacho ou sentença prolatada pelo juiz da vara da execução criminal, que de alguma forma prejudique as partes principais envolvidas no processo. Dentre as decisões podemos exemplificar as conversões, homologação de faltas graves, incidentes da medida de segurança, livramento condicional, progressão e regressão de regime, saída temporária, surcis, trabalho externo, unificação de penas, dentre outros. Para que servem os embargos infringentes? Quando podem ser usados os embargos infringentes? Prazo para os embargos infringentes Embargos infringentes no Código de Processo Penal
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