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RESUMO DO TEXTO DIREITO, POLÍTICA, AUTORITARISMO E DEMOCRACIA NO BRASIL DA REVOLUÇÃO DE 30 À PROMULGAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 1988, DE CRISTIANO PAIXÃO

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RESUMO DO TEXTO “DIREITO, POLÍTICA, AUTORITARISMO E DEMOCRACIA NO BRASIL: DA REVOLUÇÃO DE 30 À PROMULGAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 1988”, DE CRISTIANO PAIXÃO
- Aluno
O texto em comento trata de um artigo que trata da história política do Brasil, correlacionando-a às questões históricas e sociais que transpassaram todos os momentos do Brasil, com enfoque especial na consolidação do regime democrático em território brasileiro. 
Nota-se que há uma preocupação em delimitar os momentos históricos compreendidos entre os períodos de 1930 e 1945, bem como o período de 1964 a 1988, ambos marcados por regimes anti-democráticos, os quais prejudicaram o desenvolvimento e obstaram o fortalecimento da democracia no país. Por fim, o autor faz uma reflexão a respeito da importância da Constituição de 1988 e de que forma sua promulgação representou uma quebra de paradigmas, o qual até hoje é importante e é um marco para a democracia brasileira. 
Pois bem. Em que pese a história nacional estar marcada pelo autoritarismo em grande parte de sua cronologia, é certo que a constituinte instituída em 1987 representou uma aliança do Poder Constituinte com a democracia em si. Isso ocorreu principalmente em razão da necessidade em dar fim ao regime autoritário que antes vigorava no país, bem como a necessidade de se criar mecanismos para que a Constituição fosse, novamente, um instrumento forte que garantisse ao Estado segurança e aos brasileiros maiores garantias e mais direitos subjetivos. 
Destaca-se, entretanto, que nem mesmo a CF/88 foi o suficiente para alcançar todas as mudanças sociais e demais avanços tecnológicos, o que é comprovado não apenas pelo alto número de emendas realizadas, como também pelas diversas interpretações jurisprudenciais realizadas e conferidas por meio dos tribunais superiores. Este ponto é ressaltado pelo autor não como uma questão preocupante, mas sim uma característica natural das constituições. Para ele, “nenhuma constituição deve ser vista como livro sagrado, portador de uma carga semântica imutável”. E tal premissa faz sentido, à medida em que se analisam todas as transformações sociais e as associa ás condições sob as quais a Constituição de 88 foi criada (um período pós-ditadura, cujo conservadorismo ainda impregnava a sociedade). 
A memória, contudo, é uma questão preocupante para o autor. Não a memória enquanto um elemento subjetivo, mas sim a memória enquanto elemento jurídico e coletivo, consubstanciado, por exemplo, no poder punitivo do Estado e busca pela Justiça. 
Isso, para Paixão, deixado de lado pelo direito brasileiro, à medida em que se observa o fato de que a ditadura brasileira até o momento não aponta culpados. Ao contrário, todos foram anistiados, sob uma ótica de renovação. Para o autor, o problema desse “esquecimento” é o enfraquecimento coletivo das relações nacionais com a própria historicidade do país. A partir da inobservância da importância de se preservar a memória, o país acaba desvalorizando, também, sua própria história. 
Assim, trazendo essa discussão para a Constituição em si, levanta-se uma discussão a respeito de sua importância para o futuro e de que forma ela pode levar a sociedade à preservação de sua própria história e de que forma os princípios nela postos podem ser disseminados socialmente, de maneira ideal e sem que nenhum direito seja violado. 
Sobre as respostas para essas perguntas, nota-se que não há qualquer uma. Isso porque, para Paixão, tratam-se de questionamentos sensíveis, nunca resolúveis, tendo em vista a volatilidade da sociedade atual. Assim, entende-se e reconhece-se a fragilidade normativa constitucional frente à realidade dinâmica e histórica.

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