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Fichamento 7 - MORGENTHAU Hans A Política entre as Nações grifado

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Universidade Anhembi Morumbi 
Graduação em Relações Internacionais 
Disciplina: Introdução aos Estudos das Relações Internacionais 
Professora Dra. Tatiana Garcia 
1°semestre - período noturno 
Campus Vila Olímpia 
Integrantes e seus respectivos RAs: 
Beatriz Paulino de Lima – 21369799 
Julia Silva Cavalcanti - 21428599 
Rafaela da Silva Adão - 20762694 
Victoria Evangelista Aguiar da Silva - 21470397 
 
 
 
 
 
 
MORGENTHAU, Hans. A Política entre as Nações. Brasília: Ed. UNB, 2003. (Parte 
1: teoria e prática da política internacional, p. 3-28). 
Morgenthau inicia explicando o objetivo do capítulo, no qual visa mostrar a 
teoria sobre a política internacional: 
“A prova pela qual tal teoria deve ser julgada tem de caracterizar-se por uma 
natureza empírica e pragmática, e não apriorística e abstrata”. (p.03) 
Continua constatando o fato da existência de uma matéria e de uma história do 
pensamento e natureza política. 
“A matéria suscitada por essa teoria diz respeito à natureza de qualquer 
política. A história do pensamento político moderno não é mais do que a crônica da 
contenda entre duas escolas doutrinárias que diferem fundamentalmente em suas 
concepções da natureza do homem, da sociedade e da política”. (p.03) 
Dessa forma, “com a natureza humana tal como ela se apresenta, e com os 
processos históricos, à medida que eles ocorrem, fez com que a teoria aqui 
caracterizada ganhasse o nome de realista” (p.03). Diante disso, o realismo político é 
uma teoria que tenta esclarecer, exemplificar e prescrever o que se refere às relações 
políticas mediante a arena internacional. 
● Seis Princípios do Realismo Político. 
 
 
 
 
 
 
1) “O realismo político acredita que a política, como aliás a sociedade em geral, é 
governada por leis objetivas que deitam suas raízes na natureza humana’’. 
(p.04) 
Para Morgenthau, a política internacional obedece a leis objetivas, que estão 
associadas a natureza humana. Então ele faz uma analogia da natureza humana à 
natureza dos Estados, que buscam seus próprios interesses. 
“Ele também acredita, portanto, na possibilidade de distinguir, no campo da 
política, entre a verdade e a opinião; entre o que é verdadeiro, objetiva e 
racionalmente, apoiado em provas e iluminado pela razão, e aquilo que não 
passa de um julgamento subjetivo, divorciado da realidade dos fatos e 
orientado pelo preconceito e pela crença de que a verdade consiste nos 
próprios desejos.” (p.05) 
“Uma teoria política deve ser submetida ao teste duplo da razão e da 
experiência.” (p.05) 
Nos trechos acima fica explícito seu viés realista, onde busca sempre o 
caminho da objetividade e racionalidade, o que não descarta nem a teoria mais antiga 
nem a mais moderna. Hans promove o sentido teórico, colocando-se em uma 
determinada circunstância e averiguando o real problema ou interesse a ser seguido, 
sempre fazendo ligações na estrutura histórica de forma racional para, assim, dar o 
real sentido. 
2) “[...] a situar-se em meio à paisagem da política internacional é o conceito de 
interesse definido em termos de poder”. [...] a razão que busca compreender a 
política internacional e os fatos a serem compreendidos. Ele situa a política 
como uma esfera autônoma de ação e de entendimento, separada das demais 
esferas, tais como economia (entendida em termos de interesse definido como 
riqueza), ética, estética ou religião. Uma teoria política, de âmbito internacional 
ou nacional, desprovida desse conceito, seria inteiramente impossível, uma vez 
que, sem o mesmo, não poderíamos distinguir entre fatos políticos e não-
políticos, nem poderíamos trazer sequer um mínimo de ordem sistêmica para 
a esfera política”. (p.06-07) 
 
 
 
 
 
 
O poder é uma capacidade política que possui como mediador os Estados, 
dessa maneira eles estabelecem formas de exercício de poder como um modo de 
impor sua vontade perante os outros atores. Mediante a isso, Morgenthau 
compreendeu que o poder político é uma relação psicológica entre quem exerce e 
aqueles sobre os quais se exerce, assim como visto em aula. 
“Ela nos permite como que remontar ou antecipar os passos que um político - 
passado, presente ou futuro - deu ou dará no cenário político”. (p.07) 
Ligando esse trecho ao anterior, nota-se que eles se interligam de modo que a 
interpretação de poder é entendida desde o nível doméstico, no qual nas primícias 
aconteceram os primeiros agrupamentos e processos colonialistas, de forma que 
sucessivamente veio o período de República, que é a forma como se estrutura os 
Estados atualmente. Nesse caso, passou-se a ter a existência de relações de 
subordinação e países com maior influência começaram a ditar o comportamento dos 
demais, seja de forma impositiva ou legítima pela persuasão. À vista disso, os políticos 
são os responsáveis por usar ferramentas de persuasão para coagir, usando seus 
recursos de poder, como os naturais, demográficos, econômicos e até ideológicos, 
ou seja, “raciocinando em termos de interesse definido como poder, passamos a 
pensar como ele. Na qualidade de observadores desinteressados, compreendemos 
seus pensamentos e suas ações talvez melhor até mesmo do que ele próprio, que é 
o ator na cena política”. (p. 07) 
“As políticas de apaziguamento de Neville Chamberlain, até o ponto em que se 
pode julgá-las, eram inspiradas em bons motivos e ele era, provavelmente, menos 
motivado por considerações de poder pessoal do que muitos outros primeiros-
ministros britânicos. Ele buscou preservar a paz e assegurar a felicidade de todos. 
Não obstante, suas políticas contribuíram para tornar inevitável a Segunda Guerra 
Mundial e para acarretar sofrimentos incomensuráveis para milhões de pessoas”. 
(p.08) 
Neville Chamberlain foi o primeiro-ministro do Reino Unido e o responsável por 
criar uma política externa de apaziguamento, onde, através dela, o Acordo de Munique 
foi assinado, fornecendo à Alemanha a região da Checoslováquia. No entanto, um 
tubarão furioso como Adolf Hitler não se contentaria, ficando evidente com o passar 
 
 
 
 
 
 
dos tempos já que ele invadiu a Polônia e a Segunda Guerra Mundial acabou 
acontecendo. Novamente, Maquiavel é o “vidente do futuro”, uma vez que ele disse 
“aquele que quer ser tirano e não mata a bruto e o que quer estabelecer um Estado 
livre e não mata os filhos de Bruto, só por breve tempo conservará sua obra”. Isso se 
encaixa perfeitamente, já que a paz só pode ser estabelecida se todos estiverem de 
acordo, mas, como visto nas relações internacionais, se um ator for contra é capaz de 
causar um desequilíbrio imensurável. 
“Robespierre foi um dos mais virtuosos homens que já existiram e, no entanto, 
foi exatamente o radicalismo utópico dessa mesma virtude que o levou a matar os 
menos virtuosos que ele e que o arrastou ao cadafalso e acabou destruindo a 
revolução de que ele era um dos líderes”. (p.09) 
Com a Revolução Francesa em 14 de julho de 1789, a população se revolta e 
ocorre a Queda da Bastilha, algo muito simbólico por conta da cadeia ser composta 
por presos políticos que representavam a força do regime absolutista francês. Nesse 
contexto, surge a República Jacobina, que instaurou o período do Terror no qual levou 
milhares de perseguidos políticos a guilhotina e fez a figura de Robespierre aparecer 
nessa época: membro do terceiro estado e um líder importante na Revolução 
Francesa, porém a ditadura levou à derrubada dos jacobinos e à decapitação de 
Maximilien. 
● “O que é importante saber, para alguém desejoso de entender política externa, 
não são os motivos primordiais de um político, mas sua aptidão intelectual para 
captar os elementos essenciais da política exterior e sua capacidade política 
para concretizar tudo o que ele absorveu em ação política bem sucedida”. (p. 
09) 
3) “O realismo parte do princípio de que seu conceito-chave de interesse definido 
como poder constituiuma categoria objetiva que é universalmente válida, mas 
não outorga a esse conceito um significado fixo e permanente. A noção de 
interesse faz parte realmente da essência da política, motivo por que não se vê 
afetada pelas circunstâncias de tempo e lugar. A afirmação de Tucídides, 
fortalecida pelas experiências da Grécia antiga, de que "a identidade de 
interesses é o mais seguro dos vínculos, seja entre Estados, seja entre 
 
 
 
 
 
 
indivíduos", foi retomada no século XIX pela observação de lorde Salisbury, 
segundo a qual "o único vínculo de união que permanece" entre as nações é 
"a ausência de quaisquer interesses em conflito”. (p.16-17) 
Logo, compreende-se que não é possível desconectar-se do contexto histórico 
político e cultural pois cada Estado tem seu modelo de política, que é embasado na 
individualidade de seu povo. O poder então está ligado a toda conjuntura histórica e 
ao contexto em que está inserido. 
"A identidade de interesses é o mais seguro dos vínculos, seja entre Estados, 
seja entre indivíduos" (p.17). A explicação para essa frase é bem simples, foi o que 
gerou o conceito de sociedades homogêneas, isto é, aquelas que possuem o mesmo 
interesse possuem uma grande chance de se tornarem sociedades amigas, pois 
almejam o mesmo objetivo. Esse discurso se tornou tema de campanha de inúmeros 
políticos, como por exemplo o George Washington, que em sua campanha transforma 
a fala do pensador filosófico da Grécia para tentar implantar uma política de Paz nos 
Estados Unidos. 
“[...] O realista acredita realmente que o interesse é o padrão constante com 
base no qual a ação política deve ser julgada e dirigida, a conexão contemporânea 
entre o interesse e a nação constitui um produto da história, motivo por que está 
destinado a desaparecer no curso dessa mesma história. Nada, na posição realista, 
invalida a presunção de que a presente divisão do mundo político em estados-nações 
será um dia substituída por unidades de maiores dimensões de natureza muito 
diferente e mais consentâneas com as potencialidades técnicas e exigências morais 
do mundo contemporâneo.” (p.19) 
Portanto, o realismo trata o poder de cada Estado como subjetivo, uma vez que 
os interesses que os movem não são os mesmos, já que cada país tem seus próprios 
interesses de governo relacionados à sua singularidade. 
4) “O realismo político é consciente da significação moral da ação política, como 
o é igualmente da tensão inevitável existente entre o mandamento moral e as 
exigências de uma ação política de êxito”. (p.20) 
 
 
 
 
 
 
Existe uma linha tênue entre o que o político de fato quer fazer e o que ele deve 
fazer, obrigado por questões políticas e morais. Essa divisória tensa entre suas 
convicções e suas obrigações não é uma posição fácil, dando a impressão que o moral 
é mais flexível e mais satisfatório do que o modo em que ele se apresenta de fato, 
acarretando uma linha de raciocínio em que a lei moral é menos exigente do que 
aparenta ser na realidade. 
“O realismo sustenta que os princípios morais universais não podem ser 
aplicados às ações dos Estados em sua formulação universal abstrata, mas que 
devem ser filtrados por meio das circunstâncias concretas de tempo e lugar.” (p.20) 
Tanto o Estado como o povo devem julgar as atitudes do político em um sentido 
moral. As vontades têm de ir de encontro pois, se não houver consenso, o Estado 
entra em guerra civil, prejudicando a política externa e abalando o sistema por 
completo. É de suma importância que o político agrade seu povo para que o mesmo 
respeite seu “líder”. Vale ressaltar que as punições para o representante do povo são 
bem mais rígidas do que as para um civil, ou supostamente deveriam ser. O que um 
político faz não afeta apenas ele e sua família, mas sim um todo um Estado. As 
consequências de seus atos podem gerar inúmeros problemas, como por exemplo 
desemprego, o que, da forma como o governo lida, pode chegar a um cenário de fome 
e morte no país. 
Portanto, no realismo não existe uma moral universal, uma vez que o princípio 
está ligado a interesses particulares, o que seria o melhor a ser seguido pelo Estado 
conforme a sua necessidade e meio de busca pelo poder, trabalhando sempre na 
visão empírica e pragmática, lidando com a realidade da forma que ela realmente é, 
sem a intervenção de outra visão de mundo que possa carregar valores morais. 
5) “O realismo político recusa-se a identificar as aspirações morais de uma 
determinada nação com as leis morais que governam o universo. [...] Todas as 
nações são tentadas a vestir suas próprias aspirações e ações particulares com 
a roupagem dos fins morais do universo - e poucas foram capazes de resistir à 
tentação por muito tempo. Uma coisa é saber que as nações estão sujeitas à 
lei moral, e outra, muito diferente, é pretender saber, com certeza, o que é bom 
ou mau no âmbito das relações entre nações”. (p.21) 
 
 
 
 
 
 
O sistema é como uma rede onde estão envolvidos os atores e as ações 
exercidas por eles sobre determinados assuntos, que geram determinados 
acontecimentos e que se desdobram através de comportamentos, até por fim 
influenciar os demais. Assim conseguimos entender como se dá a dinâmica nas 
relações internacionais. Nesse sentido, o sistema global é um sistema anárquico, ou 
seja, há a ausência de uma autoridade supranacional que emane e imponha as regras 
de comportamento para os Estados. 
O quinto princípio do Realismo Político afirma que não se deve julgar um 
Estados a partir das leis de outros ou da maioria. Cada Estado possui um código de 
leis montado pelo legislativo e feito exclusivamente para determinado país, sendo 
assim não cabe a outro Estado julgar o que o restante do globo julga como certo ou 
não. Em razão disso, nota-se um consenso absoluto para alguns pontos, como por 
exemplo a igualdade entre as pessoas. 
“Há um mundo de diferença entre a crença de que todas as nações se 
encontram sob o julgamento de Deus, entidade inescrutável à mente humana, e a 
convicção blasfema de que Deus está sempre do seu lado, e que aquilo que se deseja 
tem de ser também a vontade de Deus” (p.21). 
É válido ressaltar a questão da religião estabelecida por conta do ser humano 
sempre precisar de um motivo e de algo ao qual seguir. Assim, como visto no decorrer 
história, o homem tem a fé para explicar seus atos de violência a benefício próprio. A 
título de exemplo temos o cristianismo no Brasil: apesar do país ser denominado um 
Estado laico, a sociedade muitas vezes segue padrões do cristianismo, sendo que a 
religião não deveria ser ponto de partida para nenhuma decisão. Diferentemente de 
países no Oriente Médio, que adoram deuses e os mantém nas suas leis, de forma 
muito presente no cotidiano da nação. 
Portanto, ao julgar outras nações, estamos vendo do nosso ponto de vista e da 
nossa cultura. Então, ao entendermos que as culturas e nações são diferentes, 
criando um conjunto de leis que respeitem todas, estamos promovendo uma política 
externa saudável, assim como estaremos suprindo nossos próprios interesses e 
tornando sociedades mais próximas, levando a uma política de paz e evitando assim 
os conflitos. 
 
 
 
 
 
 
6) “Portanto, é real e profunda a diferença existente entre o realismo político e 
outras escolas de pensamento. Por mais que a teoria do realismo político tenha 
sido mal compreendida e mal interpretada, não há como negar sua singular 
atitude intelectual e moral com respeito a matérias ligadas à política. 
Intelectualmente, o realista político sustenta a autonomia da esfera política, do 
mesmo modo como o economista, o advogado e o moralista sustentam as 
deles. Ele raciocina em termos de interesse definido como poder; enquanto o 
economista pensa em função do interesse definido como riqueza; o advogado, 
toma por base a conformidade da ação com as normas legais; e o moralistausa como referência a conformidade da ação com os princípios morais. O 
economista indaga: "de que modo esta política pode afetar a riqueza da 
sociedade, ou de um segmento dela?" O advogado quer saber: "estará esta 
política de acordo com as normas da lei?" Já o moralista pergunta: "está esta 
política de acordo com os princípios morais?" E o realista político questiona: 
"de que modo pode esta política afetar o poder da nação?" (Ou, conforme o 
caso em tela: do governo federal, do Congresso, do partido, da agricultura, 
etc)”. (p.22-23) 
Morgenthau coloca em evidência a hierarquia de temas considerando a 
instância política como a principal antes mesmo de todas as outras instâncias e 
colocando toda sua teoria intrínseca na esfera política. 
“Uma vez que admíte a existência dessas distintas facetas da natureza, o 
realismo político também reconhece que, para compreender qualquer uma delas, é 
necessário tratar de cada uma em seus próprios termos. Isso quer dizer que, se desejo 
compreender o "homem religioso", é imperioso que eu tenha, no momento, de abstrair 
os demais aspectos da natureza humana e concentrar-me no aspecto religioso, como 
se ele fosse o único.” (p.27) 
O realismo é uma corrente teórica única e singular que estuda a política 
externa, ele sustenta seu ponto: deve-se estudar a política externa sozinha para 
termos respostas conclusivas e profundas, se houver o envolvimento de qualquer 
outro assunto envolvido não estaríamos estudando apenas a política externa, 
teríamos que nos aprofundar em outros aspectos, o que tiraria o foco do que realmente 
 
 
 
 
 
 
o autor quer falar no primeiro capítulo deste livro. Ademais, é importante lembrar que 
o político não ignora outros fatores como economia, cultura e saúde, ele estudará isso 
em seus devidos momentos. A política afeta diretamente todos esses pontos de 
modos diferentes, por isso o estudo da política vem antes do estudo de suas 
ramificações. 
Hans, ao final de suas explicações sobre a corrente realista, cita inúmeros 
exemplos de políticas externas envolvendo grandes potências da Europa, como Grã 
Bretanha, Itália e Alemanha. Todos os exemplos envolvem conflitos internacionais 
desses Estados, então ele conta esses momentos para se basear em fatos reais que 
sustentam sua tese de que a política vem antes das outras esferas. 
 
Questões: 
1. Para o autor no que se distingue o poder de uma nação? 
Resposta: O autor enfatizou diversas vezes ao decorrer do primeiro capitulo, 
que o Estado que possui um bom governo, consequentemente possui uma boa 
concentração de poder. Diante disso, um bom governo é aquele, que se dedica a 
entender e canalizar a vontade de seu povo, tende a ser bem elaborado e 
representado em meios internacionais. A organização do sistema nacional é 
fundamental para uma boa relação com o meio internacional. Dessa forma um 
governo é uma fonte de força ou fraqueza e sem a sua moralidade nacional, assim o 
poder nacional nada mais seria, do que uma força material. 
2. Conforme citado pelo autor, "não podemos, com base nas boas intenções de 
um político, concluir que suas políticas externas serão moralmente elogiáveis 
ou politicamente bem-sucedidas. Julgando por seus motivos, podemos dizer 
que ele não seguirá de modo consciente políticas moralmente erradas, mas 
nada conseguiremos deduzir sobre a probabilidade de sucesso das mesmas” 
(p.08). Diante disso, explique o por que não devemos levar em consideração 
as motivações pessoais dos políticos. 
Resposta: Conforme Maquiavel dizia, toda a ação é designada em termos do 
fim que procura atingir, ou seja, os governantes procuram fins que convém com o seu 
 
 
 
 
 
 
Estado conseguindo assim, benefícios em prol da sua nação e não nos seus gostos 
pessoais, pois isso não ajudaria na legitimação de seu poder e afetaria tanto sua 
política interna, quanto externa.

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