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AVA 2 - SOCIOLOGIA

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Sociologia 
Aluno(a): João Victor Monteiro C. da Costa
N° de matrícula: 1210302026
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As reflexões de Marx e Engels sobre a dinâmica das relações sociais de produção e a relação entre as classes na sociedade foram fundamentais para a compreensão do capitalismo. Segundo esses autores, as relações sociais de produção no capitalismo são marcadas pela opressão de uma classe sobre a outra, com a exploração do trabalho da classe trabalhadora pela classe dominante. Nesse contexto, o Estado tem um papel crucial na manutenção das relações de poder estabelecidas no capitalismo. Neste texto, analisaremos como as relações sociais de produção e o Estado são importantes para a compreensão do capitalismo, a partir de uma perspectiva crítica e analítica.
As relações sociais de produção e a opressão de classe
Para Marx e Engels, as relações sociais de produção são o fundamento das sociedades humanas, pois são elas que determinam a forma como a produção é organizada e distribuída na sociedade. No capitalismo, as relações sociais de produção são baseadas na propriedade privada dos meios de produção, o que permite que uma classe detenha o controle sobre a produção e o trabalho da classe trabalhadora.Essa relação de dominação é marcada pela opressão de uma classe sobre a outra, uma vez que a classe dominante utiliza seu poder para explorar o trabalho da classe trabalhadora e manter sua posição privilegiada na sociedade. Essa exploração se dá por meio da extração de mais-valia, ou seja, a diferença entre o valor produzido pelo trabalhador e o valor que ele recebe como salário. A classe dominante se apropria dessa diferença como lucro, enquanto a classe trabalhadora vive em condições precárias e é impedida de participar dos frutos do seu próprio trabalho.
Essa opressão não se dá apenas no âmbito econômico, mas também na esfera política e ideológica. A classe dominante utiliza sua posição de poder para controlar as instituições políticas e o Estado, impedindo que a classe trabalhadora tenha voz e participação na tomada de decisões políticas. Além disso, a classe dominante também controla os meios de comunicação e a produção cultural, disseminando uma ideologia que justifica e naturaliza a desigualdade e a opressão de classe.
O papel do Estado no capitalismo
Para Marx e Engels, o Estado é uma instituição criada para manter a dominação da classe dominante sobre a classe trabalhadora. No capitalismo, o Estado é controlado pela classe dominante e age em seu benefício, protegendo seus interesses e reprimindo a luta da classe trabalhadora por seus direitos.
O Estado desempenha um papel fundamental na reprodução das relações sociais de produção do capitalismo, pois é ele quem garante a propriedade privada dos meios de produção e assegura a exploração do trabalho da classe trabalhadora. Para tanto,Para Marx, o Estado era uma instituição criada pelas classes dominantes para manter a ordem e proteger seus interesses. Dessa forma, o Estado é um instrumento da classe dominante que serve para manter a opressão das classes subalternas. Segundo o autor, o Estado burguês é uma 
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"máquina de repressão" que utiliza a força para manter a dominação da burguesia sobre o proletariado. Nesse sentido, as relações sociais de produção e o Estado estão intimamente ligados na compreensão do capitalismo.
Outro autor importante para a compreensão do papel do Estado no capitalismo é Nicos Poulantzas. Ele defende que o Estado é um "condensador de relações de poder" que serve para garantir a hegemonia da classe dominante. Para Poulantzas, o Estado é um espaço de luta entre as classes sociais, e as políticas públicas são resultado dessas lutas. Assim como Marx, Poulantzas vê o Estado como uma instituição criada pelas classes dominantes para manter a ordem e proteger seus interesses. A partir da análise de Marx e Poulantzas, é possível compreender como as relações sociais de produção e o Estado são importantes para a compreensão do capitalismo. As relações de produção são a base econômica do sistema capitalista, que se caracteriza pela exploração do trabalho assalariado e pela acumulação de capital. O Estado, por sua vez, é o instrumento político que garante a reprodução do sistema e a manutenção da dominação da classe burguesa.
No entanto, é importante destacar que a relação entre as classes sociais e o Estado não é estática e nem sempre é pacífica. As lutas sociais e políticas podem resultar em mudanças no papel do Estado e nas relações de produção. Um exemplo disso são os movimentos sociais que lutam por direitos e por uma distribuição mais justa da riqueza. Esses movimentos podem pressionar o Estado a adotar políticas públicas que favoreçam as classes subalternas, o que pode resultar em mudanças nas relações de poder. Além disso, é importante lembrar que o Estado não é uma entidade monolítica e homogênea. Há disputas internas e tensões entre diferentes setores e frações da burguesia, bem como entre diferentes agências e setores do Estado. Essas disputas podem resultar em mudanças nas políticas públicas e nas relações de poder
No Brasil, por exemplo, a relação entre as classes sociais e o Estado é marcada pela desigualdade e pela exclusão social. O Estado brasileiro sempre foi controlado por elites econômicas e políticas, que se beneficiam da exploração do trabalho e da concentração de riqueza. As políticas públicas adotadas pelo Estado, em geral, favorecem as classes dominantes em detrimento das classes subalternas. A falta de acesso à educação, saúde, moradia e emprego é um reflexo dessa desigualdade estrutural.
Conclusão
Em síntese, as relações sociais de produção e o Estado são fundamentais para a compreensão do capitalismo. As relações de produção são a base econômica do sistema, que se caracteriza pela exploraO Estado capitalista, assim como a burguesia, é um produto histórico do capitalismo. Ele surge como uma resposta à necessidade de regulação das relações sociais e de proteção da propriedade privada. O Estado é responsável pela criação e aplicação das leis, pela garantia do cumprimento dos contratos e pela 
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manutenção da ordem pública. Além disso, ele é responsável pela implementação de políticas públicas que visam a manutenção do sistema capitalista e, em última instância, a proteção dos interesses da classe dominante, de acordo com os autores Pierre Bourdieu e Nicos Poulantzas, o Estado capitalista é um espaço de disputa entre as diferentes classes sociais. Para Bourdieu, o Estado é um campo de luta pelo poder simbólico e material, no qual os diferentes agentes sociais buscam exercer sua influência. Já Poulantzas enfatiza a importância da análise das instituições estatais e das relações de poder que se estabelecem entre elas. Para ele, o Estado é uma relação social de poder que se manifesta em diferentes níveis, desde a produção ideológica até a repressão física. 
No entanto, é importante destacar que o Estado não é neutro, como muitas vezes é propagado. Ele é uma instituição que atua em defesa dos interesses da classe dominante, o que se reflete na implementação de políticas públicas que beneficiam essa classe em detrimento das demais. Por exemplo, políticas fiscais que favorecem os grandes empresários e a redução dos gastos públicos em áreas como saúde e educação, afetando principalmente a classe trabalhadora. As relações sociais de produção e o Estado, portanto, são fundamentais para a compreensão do capitalismo. É por meio das relações sociais de produção que se estabelecem as condições em que o trabalho é realizado e se produz riqueza na sociedade. E é por meio do Estado que se garantem as condições para a manutenção desse sistema econômico, em que a exploração do trabalho é a base para a acumulação de riqueza pela classe dominante.
Em resumo, Marx e Engels nos ensinam que as relações sociais de produção e o Estado são pilares fundamentais para a compreensão do capitalismo. Por meio dessas análises, é possível compreender as dinâmicas que regem o funcionamento desse sistema econômico e as lutas sociaisque emergem a partir das contradições presentes nesse processo. Para que possamos construir uma sociedade mais justa e igualitária, é preciso compreender e transformar essas relações sociais e as instituições que as mantêm.
Referências:
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002
POULANTZAS, Nicos. Poder político e classes sociais. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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