Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Manual de Estágio Curso de Farmácia Disciplina: Microbiologia Geral e Clinica Título da Aula: Preparo de Meio de Cultura: Meio Sólido AULA 1 Objetivo: aprender sobre os cuidados no preparo e na esterilização de meios de cultura. Materiais Quantidades Meio de ágar nutriente, Mac Conckey, Sabouraud, Manitol (qualquer um que esteja disponível) Frasco sobre a bancada Placas de Petri estéreis (médias – com capacidade para 25 mL cada) 5 por grupo Balão volumétrico 1 por grupo Tripé e tela de amianto 1 conjunto por grupo Papel-kraft, fita de autoclave, algodão hidrofóbico, barbante qsp Balança de precisão Bancada Procedimento para o preparo de meios de cultura solidificados 1. Pesar a quantidade do meio de cultura desidratado indicado no rótulo do frasco, o suficiente para o preparo de 130 mL de meio. 2. Medir a quantidade de água destilada indicada no rótulo em uma proveta; 3. Em um balão volumétrico, dissolver o pó nos 100 mL de água destilada; 4. Deixar descansar por 10 minutos para que ocorra a hidratação do pó, facilitando a dissolução; 5. Aquecer o meio em uma chapa aquecedora até que ocorra a total dissolução do ágar, ou seja, quando o ágar “chorar” (as partículas de ágar escorrem pela parede do balão), o aquecimento deverá ser associado com agitação constante; 6. Esterilizar em autoclave o meio de cultura; 7. Fazer o plaqueamento do meio de cultura: Verter – uma pequena quantidade do meio de cultura em placas de Petri esterilizadas, ao redor do bico de bunsen; deixar que ocorra a solidificação do meio; 8. Efetuar o controle de qualidade dos meios de cultura: colocar as placas de Petri com o meio de cultura em uma estufa a 37 °C. Após 24h, observar se houve o crescimento de alguma colônia. Se houve, é porque ocorreu contaminação desse meio e ele não está esterilizado, não podendo ser utilizado – deve-se descartá-lo. Se não houve o crescimento de nenhuma colônia é porque o meio está realmente esterilizado, podendo ser utilizado; 9. Os meios que passaram no teste de esterilização devem ser armazenados na geladeira para posterior uso. Atividade de fixação 1. Por que os microrganismos utilizam meios quimicamente definidos? 2. Por que o ágar é o agente solidificante ideal para uso em microbiologia? 3. Qual é a constituição do ágar? Qual é a finalidade de sua incorporação no meio de cultura? 4. Quando um microbiologista utiliza um meio de enriquecimento para o cultivo de microrganismos? 5. Como são preparados os meios de cultura? Descreva o procedimento. Curso de Farmácia Disciplina: Microbiologia Geral e Clínica Título da Aula: Semeadura Bacteriana AULA 2 Roteiro 1 Objetivo: o procedimento de semeadura bacteriana é importante para a execução da maior parte dos exames microbiológicos. A aula também deve abordar a questão da seletividade dos meios de cultura. Semeadura em meios sólidos 1.1 Semeadura em tubos de ensaio: esgotamento de alça: técnica utilizada para obtenção de crescimento bacteriano e/ou para a observação de propriedades bioquímicas da bactéria. A semeadura é, geralmente, feita da base do meio para a extremidade dele (pode também ser chamada de estriamento). A semeadura também pode ser realizada da base para a extremidade do meio, de forma uniforme. Essa técnica é realizada para que haja crescimento bacteriano, bem como podemos utilizá-la para observar funções metabólicas de algumas bactérias. Servięo Social Em picada: essa técnica de semeadura é utilizada para que se possa observar funções metabólicas de alguns microrganismos (bactérias) que são submetidas a análise microbiológica. 1.2 Semeadura em placas de Petri: o material a ser semeado deverá conter poucos microrganismos, porque o inóculo para o isolamento deve ser leve. Lembrar que cada colônia formada na superfície de um meio sólido é originada de um ou alguns microrganismos. Quanto maior o número, menor a possibilidade de isolamento e maior probabilidade de crescimento confluente. Quando o inóculo for obtido a partir de meio sólido (inóculo pesado), este poderá ser diluído em salina estéril ou ser utilizada a técnica de esgotamento adequada. Estrias múltiplas para isolamento: consiste em espalhar o material com o auxílio de uma alça bacteriológica, fazendo estrias sucessivas até o esgotamento do Manual de Estágio material, de modo a se obter um perfeito isolamento das bactérias existentes na amostra. Quando o material é muito denso, a alça deverá ser flambada. A semeadura poderá ser realizada em um sentido ou em vários, de acordo com a pessoa que realizará a técnica, lembrando-se sempre que o objetivo principal dessa técnica de semeadura é a obtenção do isolamento bacteriano. Alternativamente, para se obter um tapete uniforme de crescimento microbiano ou colônias isoladas (após diluição), utiliza-se o método de “espalhamento” em placa. Consiste em espalhar o material (suspensão bacteriana na maioria das vezes) com o auxílio de um swab (para obtenção de tapete uniforme) ou alça de Drigalski (para obtenção de colônias isoladas após diluição), fazendo a semeadura por toda a superfície da placa de Petri a ser utilizada nessa técnica. Deve-se ter o cuidado para que toda a superfície da placa seja semeada, evitando regiões sem semeadura. Recomenda-se que faça o procedimento de semeadura com o swab em três direções distintas, com a alça em toda a superfície rodando a placa. Servięo Social Em profundidade ou incorporação: Pour-Plate – técnica que consiste em se adicionar 1 mL de uma suspensão bacteriana que esteja sendo estudada (analisada) a 20 mL de um meio de cultura fundido e resfriado, com posterior homogeneização com movimentos circulares. É utilizada por alguns microbiologistas para quantificar microrganismos. Técnica para semeadura em superfície (meios sólidos) · Retira-se uma alíquota microbiana (o inóculo) do tubo com a alça já flambada e fria; · Abre-se a placa, de modo que a tampa forme um chapéu com a placa; · Coloca-se o inóculo junto à parte superior da placa, procede-se então a técnica de semeadura escolhida; · A seguir, a alça deve ser flambada ao rubro esfriada e acondicionada no suporte apropriado, ou a alça de Drigalski ou o swab devem ser desprezados em recipiente apropriado a ser posteriormente esterilizado; · Depois de terminada a semeadura, fechar a placa e identificar, levando-a a seguir para incubação na estufa, com a tampa voltada para baixo. 1.3 Semeadura em meios líquidos Difusão: técnica que consiste em acrescentar microrganismos através da alça ou agulha de platina em meios líquidos. Tem como principal finalidade a observação de propriedades bioquímicas por testes microbiológicos, bem como poderá ser utilizada para o favorecimento do crescimento bacteriano, quando é realizada em meios que possibilitem o enriquecimento. Manual de Estágio Técnica para semeadura em meios líquidos · Segurar a alça com a mão direita, flambar primeiro na chama azul, depois na amarela. Esperar esfriar (a alça é flambada na posição vertical e deverá ficar atrás da chama para proteção do operador); · Retirar a rolha de algodão do tubo que contém o microrganismo a ser semeado ou repicado (que deverá estar na mão esquerda), utilizando-se o dedo mínimo da mão direita. A ROLHA DEVERÁ PERMANECER SENDO SEGURADA COM O DEDO MÍNIMO ATÉ O FINAL DA OPERAÇÃO; · Flambar a boca do tubo e retirar o inóculo com a alça fria; flambar novamente a boca do tubo e fechar; · Pegar o tubo onde se irá realizar a semeadura, retirar a rolha e flambar; · Semear o material, flambar a boca do tubo e fechar; · Esterilizar a alça, identificar o tubo semeado e levar para incubação em estufa. 1.4 Semeadura em meios semissólidos – em picada: essa técnica de semeadura é utilizada para que se possam observar funções metabólicas ou características físicas, como motilidade de alguns microrganismos que são submetidos à análise microbiológica. Servięo Social Técnica para semeadura em meios semissólidos · Retirar o microrganismo do meio sólido ou líquidocom o auxílio de uma alça em agulha já flambada e fria; · Abrir o tubo que contém o meio semissólido e semear o microrganismo através de picada até mais ou menos 1/3 ou 1/2 do tubo; · Fechar o tubo, identificar e levar para incubação; · Flambar a agulha, deixar esfriar e colocar no suporte adequado. Materiais Quantidades Placas de Petri contendo meio de cultura ágar simples (ágar nutriente) 3 por grupo Tubos de ensaio contendo caldo simples esterilizado 3 por grupo Tubo de ensaio com 2 mL de cultura (BHI inoculado com S. aureus ou E. coli) 1 por grupo Placa de Petri de ágar Manitol ou Mac Conckey (com respectivamente S. aureus e/ ou E. coli) 1 por grupo Tubo com ágar nutriente inclinado 1 por grupo Tubo com ágar M.I.O. 1 por grupo Alça bacteriológica 1 por grupo Alça de Drigalski 1 por grupo Alça bacteriológica ponta agulha 1 por grupo Pipeta de vidro esterilizada (1 mL) 1 por grupo Swab de algodão 3 por grupo Curso de Farmácia Disciplina: Microbiologia Geral e Clínica Título da Aula: Coloração de Gram AULA 2 Roteiro 2 Objetivo: a avaliação da morfologia microbiana é muito importante para a execução da maior parte dos exames microbiológicos. A coloração de gram também deve ser revisada dada sua grande importância no diagnóstico clínico das amostras microbiológicas. Materiais Quantidades Solução salina 10 mL (por grupo) Corantes para a coloração de gram 1 por grupo Cristal de violeta, lugol, álcool – acetona e safranina 1 por grupo Placas pré-cultivadas com S. aureus 1 por grupo Placas pré-cultivadas com E. coli 1 por grupo Placas pré-cultivadas com leveduras 1 por grupo Óleo de imersão 1 por grupo Equipamentos Quantidades Lâminas 5 por grupo Microscópios 1 por grupo Alças bacteriológicas 1 por grupo Estufa 37 °C 1 Manual de Estágio Técnica coloração de gram 1) Em uma lâmina, pingar uma gota de solução salina estéril. 2) Recolher uma colônia pré-cultivada com alça bacteriológica. 3) Colocar a colônia selecionada junto à lâmina e homogeneizar. 4) Fixar o esfregaço no calor. 5) Cobrir o esfregaço com cristal de violeta por 1 minuto. 6) Lavar o esfregaço com água corrente, removendo o excesso de corante. 7) Cobrir o esfregaço com lugol por 1 minuto. 8) Repetir o passo 6. 9) Descorar com álcool acetona até remover o excesso de corante. 10) Repetir o passo 6. 11) Cobrir o esfregaço com safranina por 30 segundos. 12) Lavar e secar. 13) Examinar ao microscópio (1000x). Atenção! Todas as práticas da presente disciplina devem ser executadas seguindo as boas práticas em microbiologia no que diz respeito à manipulação e ao descarte de microrganismos. Descarte do material utilizado conforme normas internacionais de segurança. Servięo Social Manual de Estágio Procedimento Cada grupo deverá reproduzir as seguintes técnicas de semeadura: · Semeadura por estrias múltiplas; · Semeadura por espalhamento com swab de algodão e alça de Drigalski; · Semeadura em meio líquido com alça bacteriológica; · Semeadura por estrias em meio sólido em tubo; · Semeadura em picada em tubo com meio semissólido. Os materiais devem ser identificados e incubados a 37 °C, por 48h, em estufa bacteriológica. Interpretação dos resultados e discussão. Avaliar o crescimento microbiano nos diferentes meios de cultura e relacionar o tipo de crescimento à técnica de semeadura realizada. Descarte do material utilizado conforme normas internacionais de segurança. Curso de Farmácia Disciplina: Microbiologia Geral e Clínica Título da Aula: Provas Bioquímicas AULA 3 ROTEIRO 1 Procedimento As provas bioquímicas são essenciais para o diagnóstico e a identificação das bactérias patológicas. A interpretação dos resultados dessas provas bioquímicas permite ao profissional identificar os microrganismos. Prova TSI Essa prova avalia em um só tubo a utilização de glicose e lactose pelas bactérias, também verifica a formação de h2S pelas bactérias. 1) Semear bactérias (bacilos gram negativos previamente semeados) por picada e por estrias na superfície do meio TSI. 2) Encubar por 24 horas. 3) Verificar os resultados no cilindro do tubo e na superfície do tubo. Cilindro ácido (amarelo) e rampa alcalina (vermelha), fermentação apenas da glicose. Cilindro ácido (amarelo) e rampa ácida (amarela), fermentação de lactose e glicose. Produção de gás: observa-se se houve fratura no meio. Verificação do uso da lactose 1) Semear bacilos gram negativos em ágar Mac Conkey. 2) Verificar a formação de colônias Pink (lactose positiva). Servięo Social 3) Encubar a 37 °C por 48 horas. Materiais Quantidades Ágar TSI 1 por grupo Ágar Mac Conkey 1 por grupo Alças bacteriológicas 1 por grupo Bacilos gram negativos pré-cultivados 1 por grupo Equipamento Quantidade Estufa 37 °C 1 Atenção! Todas as práticas da presente disciplina devem ser executadas seguindo as boas práticas em microbiologia no que diz respeito à manipulação e ao descarte de microrganismos. Curso de Farmácia Disciplina: Microbiologia Geral e Clínica Título da Aula: Diagnóstico dos cocos Gram + AULA 3 ROTEIRO 2 Objetivo: os cocos gram positivos são um importante grupo de bactérias causadoras de patologias nos seres humanos. A identificação das principais bactérias desse grupo é de vital importância em laboratórios clínicos. Procedimento Verificação da morfologia das bactérias (lâminas pré-preparadas). Prova da catalase 1) Em uma lâmina, pingar uma gota de água oxigenada. 2) Remover uma colônia pré-semeada e adicionar à lâmina. 3) Homogeneizar e verificar a formação de bolhas (Staphylococcus sp) ou não (Streptococcus sp). Verificação de hemólise em ágar sangue 1) Em placas pré-semeadas com Estreptococos, solicitar ao aluno que verifique o tipo de hemólise (halo esverdeado, incolor e sem hemólise). Manual de Estágio Prova da coagulase 1) Em tubos contendo 0,5 mL de plasmacoagulase ou soro humano, inocular uma alçada da colônia de Staphylococcus aureus e levar para estufa a 37 °C, aguardar formação do coágulo após aproximadamente 2 horas. Materiais Quantidades Água oxigenada 100 mL Alças bacteriológicas 1 por grupo Lâminas 5 por grupo Placas de ágar sangue 1 por grupo Placas pré-semeadas com Staphylococcus e Streptococcus 1 por grupo Tubos com 0,5 mL de plasmacoagulase ou soro humano 1 por grupo Equipamento Quantidade Microscópio 1 por grupo Atenção! Todas as práticas da presente disciplina devem ser executadas seguindo as boas práticas em microbiologia no que diz respeito à manipulação e ao descarte de microrganismos. Curso de Farmácia Disciplina: Microbiologia Geral e Clínica Título da Aula: Antibiograma AULA 3 ROTEIRO 3 Objetivo: o antibiograma se constitui da principal prova microbiológica. Essa prova direciona o tratamento antimicrobiano das infecções. Procedimento (Parte 1 – esta aula será continuada em aula posterior) 1. Preparar o inóculo em tubos de solução fisiológica estéril utilizando as colônias de Staphylococcus aureus segundo a escala de Mac Farland. 2. Semear bactérias (por espalhamento) em ágar Müller Hünton (usando swab). 3. Colocar com pinça os discos de antibiograma sobre o meio. 4. Incubar por 24-48 horas. 5. Verificar o crescimento ou não de bactérias. 6. Medir o diâmetro dos halos de inibição em cada disco. Se igual ou superior a 2 centímetros (considerar sensível). Materiais Quantidades Ágar Müller Hünton 2 por grupo Discos de antibiograma (diversos) 1 por grupo Swab 2-3 por grupo Escala de Mac Farland Bancada Alça de platina 1 por grupo Placa de ágar sangue contendo colônias crescidas de Staphylococcus aureus 1 por grupo Tubos contendo 2 mL de solução fisiológica estéril 1 por grupo Servięo Social Equipamento Quantidade Estufa 37 °C 1 Atenção! Todas as práticas da presente disciplina devem ser executadas seguindo as boas práticas em microbiologia no que diz respeito à manipulaçãoe ao descarte de microrganismos.
Compartilhar