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ENFERMAGEM DO TRABALHO 
 
 
1 
 
Sumário 
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3 
PROCESSO DE ENFERMAGEM DO TRABALHO ................................. 6 
PROGRAMAS DE SAÚDE OCUPACIONAL ........................................... 9 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM DO TRABALHO ............................ 11 
ENFERMAGEM DO TRABALHO FRENTE A PANDEMIA .................... 13 
DEONTOLOGIA E ÉTICA EM ENFERMAGEM DO TRABALHO ...... 16 
COMPETÊNCIAS DO ENFERMEIRO DO TRABALHO ..................... 18 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM ........................................................... 19 
ESPECIALISTA ..................................................................................... 20 
COORDENADOR .................................................................................. 22 
GESTOR ................................................................................................ 23 
PREVENÇÃO PRIMÁRIA E PROMOÇÃO DE SAÚDE ......................... 25 
FORMADOR e INVESTIGADOR ........................................................... 26 
CONCLUSÃO ........................................................................................ 27 
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 28 
 
 
 
 
 
2 
 
FACUMINAS 
 
A história do Instituto Facuminas, inicia com a realização do sonho de um 
grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos 
de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criada a Facuminas, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A Facuminas tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Vídeos de Apoio 
 
Visando promover mais um pouco de conhecimento sobre o assunto de 
ENFERMAGEM DO TRABALHO, foram selecionados alguns vídeos que 
deverão ser assistidos antes de inciar a leitura do conteúdo da apostila. 
 
➢ Vídeo 1: ENFERMAGEM DO TRABALHO | Saúde do 
Trabalhador 
Disponível em: < < https://www.youtube.com/watch?v=kNC1Y3wCDL0 >> 
Sinopse: no vídeo do canal Prepara Enfermagem, a professora Fernanda 
Barbosa, aborda os aspectos relevantes na assistência de enfermagem no 
âmbito do trabalho. 
 
➢ Vídeo 2: Medo, esperança e saudade: relatos de profissionais 
na luta contra a Covid-19 
Disponível em: < < https://www.youtube.com/watch?v=f8WLkMoEhWE >> 
Sinopse: O trabalho de auxiliares, técnicos e enfermeiros tem sido 
fundamental para o enfrentamento da Covid-19, a doença causada pelo novo 
CoronaVírus. Eles são os responsáveis por cuidar diretamente da medicação, 
da alimentação, do banho e dos equipamentos que mantêm os sinais vitais dos 
internados nos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) com a doença. No 
vídeo do canal Folha de São Paulo, são destacados relatos destes profissionais. 
 
➢ Vídeo 3: Documentário - Saúde mental de quem atua na linha 
de frente de combate à pandemia 
Disponível em: < < https://www.youtube.com/watch?v=gqGXAeC5Fac >> 
https://www.youtube.com/watch?v=kNC1Y3wCDL0
https://www.youtube.com/watch?v=f8WLkMoEhWE
https://www.youtube.com/watch?v=gqGXAeC5Fac
 
 
4 
Sinopse: Os profissionais da saúde cuidam de toda a população, no 
entanto fica o questionamento de quem cuida deles. O estresse da pandemia, a 
sobrecarga de trabalho e as difíceis condições de lidar com uma situação 
inusitada trouxe diversos prejuízos a médicos, enfermeiros e técnicos. Além do 
risco de contrair a doença, eles têm que lidar com as próprias emoções. O 
documentário Saúde Mental na Linha de Frente aborda o drama vivido pelos 
profissionais durante a pandemia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
INTRODUÇÃO 
Na atualidade, observa-se o aparecimento de novos modelos de trabalho, 
como por exemplo: o trabalhador home office. Apesar disto, nota-se o aumento 
do desemprego estrutural, formas de trabalho precárias, aumento da 
terceirização, crescimento do número de trabalhadores informais. Frente a esse 
cenário socioeconômico, foram formuladas políticas e práticas relacionadas à 
saúde do trabalhador. Seja pela via da objetivação dos danos à saúde, tais como 
postulados pelos saberes médicos, ou pela via do objeto adoecimento psíquico 
formulado por psicólogos e psiquiatras (psicopatologias do trabalho), práticas 
são construídas para vigorar o bem-estar dos então “sujeitos-trabalhadores”. 
O Enfermeiro do Trabalho possui habilidades que lhe possibilita fazer a 
realização de atividades que visam a promoção da saúde. Ademais, participa no 
processo da prevenção de acidentes e de doenças relacionadas ao trabalho, 
tendo a incumbência de capacitar os trabalhadores para situações emergenciais, 
fatos de extrema relevância para redução do número de faltas ocasionadas por 
doenças, e melhora da produtividade dos funcionários. 
Os acidentes de trabalho tornaram-se foco de preocupação das grandes 
empresas, públicas ou privadas. Nesse cenário está integrado considerável 
parcela de trabalhadores atuando em serviços de saúde, em prol da população. 
A assistência prestada, em casos de epidemias ou pandemias, tende a 
necessitar da convocação em massa de profissionais da saúde, aumentando as 
possibilidades de combate, diminuindo o número de mortes. 
O enfermeiro do trabalho, atuando de forma independente ou integrada à 
equipes multidisciplinares, integra a linha da frente na proteção e promoção da 
saúde dos trabalhadores. O cuidar da saúde destes, demanda uma atuação Inter 
profissional, na qual o enfermeiro, colabora de forma essencial na preservação 
e programação da saúde no trabalho. 
 
 
6 
PROCESSO DE ENFERMAGEM DO TRABALHO 
O Processo de Enfermagem do Trabalho é pautando em uma vasta 
estrutura teórica, possuindo como objetivo desenvolver a qualidade da 
assistência de enfermagem prestada aos indivíduos, sua família e comunidade 
através de ações sistematizadas e pertinentes às necessidades do profissional. 
Deve ser estabelecida uma visão holística, tendo em consideração cada 
indivíduo como único em seus aspectos biopsicossociais. 
O processo de enfermagem do trabalho cumpre uma série de etapas, 
sendo elas: 
• Conhecimento do local de trabalho e das características da classe 
de profissionais; 
• Identificação de riscos e perigos no ambiente de trabalho; 
• Elaboração e aplicação dos programas de saúde a grupos 
prioritários; 
• Verificação dos trabalhadores com predisposição a doenças; 
• Consulta de enfermagem aos trabalhadores em risco; 
• Monitorização continua dos trabalhadores inseridos nos programas 
e consultados pelo enfermeiro; 
 
É indiscutível que o enfermeiro, concentra diversas atribuições no 
ambiente das instituições empregadoras que fogem do repertorio de atividades 
de outros profissionais da Enfermagem, devido algumas empresas o 
contratarem devido exigência legal, não admitindo a relevância do trabalho 
deste. Em decorrência disso, há a denominação das atribuições e funções não 
específicas da área como uma responsabilidade do enfermeiro especializado em 
Enfermagemdo trabalho, posicionando em um nível secundário, a assistência 
de Enfermagem. 
 
 
7 
Na área da saúde do trabalhador, o enfermeiro possui um exercício bem 
intensivo, que engloba ações assistenciais, administrativas, de treinamento, 
educativas, promoção da saúde e pesquisa, tendo foco na promoção de saúde 
e prevenção de riscos ocupacionais, agravos e acidentes de trabalho, e em 
situações necessárias, auxiliar na reabilitação da saúde do funcionário 
Conforme as leis dispostas acerca da saúde e segurança do trabalhador, 
pode-se destacar as atribuições do enfermeiro do trabalho de acordo com a 
Associação Nacional de Enfermagem do Trabalho (ANENT), sendo as 
seguintes: estudar as condições de segurança e periculosidade da empresa, 
realizando considerações nos locais de trabalho, possibilitando a discussão com 
a equipe, visando o reconhecimento das necessidades no campo atribuições 
técnicas a ANENT recomenda como atribuições técnicas ao enfermeiro: 
• A realização da consulta de enfermagem com auxílio do processo 
de enfermagem para com os trabalhadores, atentando na 
anamnese, minimizando o absenteísmo; 
• Diagnóstico das necessidades de enfermagem do trabalho com 
auxílio de um plano estratégico de assistência a ser prestada pela 
equipe de enfermagem do trabalho para a proteção, recuperação, 
preservação e reabilitação da saúde do trabalhador; 
• Realização de testes de acuidade visual; 
• Realizar curativos e medicações conforme prescrição médica; 
• Implantação da sistematização da assistência de enfermagem, em 
prol de defesa do profissional, trabalhador e responsáveis pela 
instituição (pública ou privada); 
• Promover campanhas de promoção a saúde: hipertensão, diabete, 
vacinação, tabagismo, alcoolismo, primeiros socorros, obesidade; 
• Realizar a desinfecção e esterilização de materiais, através das 
medidas de biossegurança; 
 
 
8 
Uma das dificuldades recorrentes no ambiente ocupacional para a equipe 
de saúde bem como para os empregadores diz respeito a necessidade de 
redução dos níveis de absenteísmo e do afastamento do trabalho, por meio do 
reconhecimento correta das possíveis causa, assim como a aplicação de 
técnicas convenientes para diminuir ou extinguir os danos provocados aos 
profissionais devido ao exercício profissional. Isso engloba condutas no próprio 
ambiente ocupacional, nas relações interpessoais, provendo melhorias nas 
condições de trabalho. 
A aplicação do processo de enfermagem no ambiente ocupacional 
pretende garantir a promoção de saúde. É iniciada através da visita ao local de 
trabalho, identificação de grupos de trabalhadores e riscos específicos da 
atividade, coleta de dados, implementação e desenvolvimento de programas de 
saúde e posterior avaliação. 
A coleta de dados, é realizada por meio de questionários ou de uma 
entrevista, permitindo obter informações sobre o estado de saúde do 
profissional, suas crenças, seus valores, suas necessidades, seus processos de 
resolução de problemas, entre outros. É necessário conhecer a filosofia da 
empresa e as suas características, bem como o ambiente ocupacional, 
efetuando uma análise direta do funcionário em seu posto. 
As visitas aos locais de trabalho auxiliam na avaliação e controle de riscos 
ocupacionais, recolhendo informações, assim como observando a causa das 
queixas do profissional. Consequentemente, o enfermeiro consegue sugerir 
melhorias nas condições de saúde ou segurança, estimando as medidas de 
prevenção. A avaliação do funcionário em seu posto e a análise de como sua 
função é desempenhada contribuem para avaliação e compreensão do processo 
de trabalho. 
 
 
 
 
9 
PROGRAMAS DE SAÚDE OCUPACIONAL 
Os programas de saúde ocupacional elaborados pela equipe 
multidisciplinar aspiram a educação para a saúde conduzindo os colaboradores 
a obter conhecimentos, aperfeiçoando as condições de saúde e segurança dos 
locais de trabalho. Estes devem ser elaborados e organizados conforme as 
demandas de saúde dos profissionais, apresentando de forma direta os objetivos 
e finalidades, assim como quais os ganhos de produtividade e rentabilidade que 
são prováveis. 
Deve-se buscar não atrapalhar o usual desempenho da organização, e 
dessa forma, apesar que não seja provável envolver todos os profissionais no 
decorrer das reuniões, formações ou sessões, é fundamental que ao menos um 
ou dois trabalhadores dos distintos setores da empresa participem, estes que 
poderão difundir as orientações aos restantes. É necessário também que o 
diretor da empresa participe nos programas para tomar ciência da sua 
importância e finalidade. 
PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – NR 7 
A Norma Regulamentadora – NR 7 determina diretrizes e requisitos para 
a realização do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO 
nas organizações de trabalho, com o intuito de proteger e preservar a saúde dos 
profissionais em relação aos riscos ocupacionais, de acordo avaliação de riscos 
do Programa de Gerenciamento de Risco - PGR da instituição. Esta é aplicada 
em organizações e órgãos públicos da administração direta e indireta, da mesma 
forma que os órgãos dos poderes legislativo e judiciário e ao Ministério Público, 
que disponham de funcionários regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho 
- CLT. 
AET – Análise Ergonômica do Trabalho – NR 17 
Documento legal que analisa a adaptação das condições de trabalho às 
características psicofisiológicas dos profissionais, incluindo aspectos associados 
 
 
10 
ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos 
equipamentos, às condições ambientais do posto de trabalho e à própria 
organização do trabalho. 
 
Laudo de Insalubridade – NR 15 
Documento técnico que avalia os riscos ambientais apresentados na 
espécie de atividade realizada pelo empregado em sua jornada de trabalho, 
analisando os limites de tolerância, taxas de metabolismo e o tempo de 
exposição, considerando os limites máximos de tolerância estabelecidos pela 
legislação vigente. 
Através deste, é estabelecido se há necessidade do trabalhador receber 
o adicional de insalubridade, variando entre 10%, 20% ou 40% do salário 
mínimo, dependendo do agente prejudicial a que estão expostos, sendo os graus 
máximo, médio e mínimo, respectivamente, conforme prevê o artigo 192 da CLT. 
Além das conclusões do perito, o laudo geralmente possui recomendações 
técnicas para eliminar ou diminuir a exposição dos profissionais aos agentes 
nocivos. 
Laudo de Periculosidade – NR 16 
Este documento, de caráter obrigatório, possui como intuito a 
caracterização e classificação das atividades perigosas, seja explosivos, líquidos 
inflamáveis, entre outros, em atividades realizadas pelos profissionais, por meio 
de uma perícia em toda empresa ou no setor pertinente. Este ainda define se o 
trabalho faz jus ao recebimento do adicional de 30% incidente sobre o salário, 
sem acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros 
da empresa, o funcionário pode decidir acerca da insalubridade que lhe será 
conferida. 
 
 
 
11 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM DO TRABALHO 
A consulta de enfermagem é uma atividade privativa do enfermeiro, em 
que é usada a metodologia científica na detecção de problemas e 
estabelecimento de diagnósticos de enfermagem. Para um diagnóstico de 
enfermagem certeiro o Enfermeiro deve realizar a coleta e análise de dados, 
identificando problemas, que podem ou não ser expostos devido a exposição ao 
agente no ambiente de trabalho, bem como efetuar seleção de prioridades. 
O enfermeiro inicia o processo de assistência de enfermagem através da 
etapa de histórico, formada por três parcelas, sendo elas, a identificação, a 
anamnese e o exame físico, possibilitando o reconhecimento dos trabalhadoresde risco. Este, pode abordar os aspectos de vida do trabalhador, no entanto 
deve-se considerar aqueles relacionados com o ambiente de trabalho. 
A anamnese é um exame direto ao trabalhador, baseando-se na coleta de 
informações acerca dos seus antecedentes de saúde, história de doenças 
pregressas, realização de cirurgias, hábitos de vida, entre outros. Durante esta 
etapa podem ser utilizados formulários e questionários, necessitando elaborar o 
seu registo escrito, com intuito de documentar os dados obtidos, 
O exame físico, é realizado por último, sendo este um registo minucioso 
de dados pessoais, assim como sinais e sintomas expostos pelo próprio 
paciente. Seu objetivo é reconhecer problemas de enfermagem que necessitam 
de intervenções e orientações do enfermeiro. 
Após os passos descritos, deve ser realizada a observação e 
interpretação dos dados obtidos, visando reconhecer problemas, pertinentes 
para a formulação de diagnósticos de enfermagem 
O diagnóstico de enfermagem é um julgamento clínico acerca do 
paciente, sua família ou comunidade alcançado através de um processo 
sistemático e deliberado de coleta e análise de dados. Este determina as 
 
 
12 
necessidades humanas afetadas, para realização da implementação das 
intervenções de enfermagem. 
As intervenções de enfermagem podem ser definidas como uma série de 
ações realizadas através da observação do diagnóstico de enfermagem 
efetuado em relação ao trabalhador e ambiente de trabalho. Sendo essas 
necessárias à promoção, manutenção e restauração da saúde, podem ser 
autónomas, interdependentes ou dependentes conforme as competências 
necessárias à sua prescrição e execução. 
Na etapa da avaliação o enfermeiro avalia os efeitos de cada fase e faz a 
avaliação final do grau de eficácia dos multiplicadores. Esta deve ser 
compreensível, sucinta, mensurável e suscetível a avaliação da prestação de 
cuidados de enfermagem. Permite conferir os resultados alcançados, o grau de 
sucesso e eficiência a atingir os objetivos propostos, devendo ser considerada 
como uma possibilidade de fechar o círculo identificando novos problemas de 
saúde e reiniciando o ciclo do processo de enfermagem. 
O sucesso da assistência de enfermagem depende da colaboração e 
envolvimento da equipe de saúde ocupacional, chefias e profissionais. O 
conhecimento do enfermeiro de trabalho torna-o um agente de mudança uma 
vez que os trabalhadores são integrantes dessa mudança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
ENFERMAGEM DO TRABALHO FRENTE A PANDEMIA 
A demanda de trabalho cresceu desenfreadamente na área de saúde 
desde o ano de 2020, fato diretamente relacionado a pandemia do Covid-19, na 
área da enfermagem em especial, ocorreram diversas convocações de 
profissionais em razão da urgência do combate à doença, evitando as mortes e 
garantindo os cuidados necessários aos contaminados pelo novo CoronaVirus. 
A imensa quantidade de infectados provocou amplo atendimento, demandando 
dos profissionais realização de dobras de turno, devido a contaminação inclusive 
de boa parcela da equipe. 
O profissional de saúde se encontra em um cenário de imensa exposição 
a agentes patogênicos. Apesar da orientação que estes possuam suas carteiras 
de vacinação atualizadas, no caso do Covid-19, o impasse estava focado 
exatamente na proteção através da vacina, o que inicialmente não era possível, 
devido a inexistência desta. O trabalhador que prestava assistência de forma 
direta aos pacientes contaminados estava exposto integralmente ao vírus. É 
necessário destacar, que aconteceram diversos acidentes de trabalho com 
profissionais de enfermagem, durante a realização de suas tarefas. 
Segundo dados fornecidos pelo Ministério da Saúde, até março de 2021, 
cerca de 484.081 profissionais da área da saúde foram contaminados pelo Novo 
CoronaVírus no exercício de sua profissão. Desse número, pelo menos 470 
evoluíram a óbito, totalizando cerca de 1,3 morte por dia, ou uma a cada 19 
horas. Os dados utilizados nos referenciais metodológicos do Ministério da 
Saúde demonstram como são realizadas as classificações de diagnósticos, 
intervenções e resultados de enfermagem. Estes que estão fundamentados no 
atendimento de enfermagem tanto para analisar como para consolidar as teorias 
abrangentes sobre riscos de contaminações aos profissionais de saúde por 
acidente de trabalho durante o combate ao Novo Coronavírus. 
Os problemas exibidos transpassam os riscos de contaminação por 
acidente de trabalho, surgindo outras implicações derivadas da doença que 
 
 
14 
podem levar o profissional a óbito. A incerteza em relação a saúde provoca 
grande sofrimento psíquico, causando transtornos de ansiedade e altos níveis 
de estresse, gerando distúrbios do sono. A aflição do profissional de saúde com 
acontecimento de acidentes de trabalho envolve a vulnerabilidade dos indivíduos 
ocasionados pelas condições instáveis de trabalho ofertadas pelos serviço de 
saúde. 
Na área da enfermagem do trabalho manifesta-se a demanda da 
manutenção da saúde física, através de equipamentos recomendados para 
reduzir os riscos de contaminação. A condição não satisfatória de trabalho 
causa a perda da capacidade laboral do trabalho em sua totalidade, podendo 
acarretar doenças ocupacionais e acidentes de trabalho que levam ao 
afastamento temporário ou permanente das atividades laborais. 
Os acidentes de trabalho podem acontecer devido determinados 
profissionais desconsiderarem as normas estabelecidas não cumprindo os 
protocolos de atendimento. Em relação aos fatores de riscos provocados pelo 
CoronaVírus, pode-se destacar o risco biológico na área hospitalar. 
O risco de contaminação entre a equipe de saúde indica a rápida mudança 
de papel do profissional de saúde para paciente, acarretando um sentimento de 
frustração e desamparo e estigma. O nível de comprometimento da saúde 
mental é diretamente proporcional com a exposição à pacientes confirmados ou 
com suspeita de estarem infectados pelo COVID-19, desse modo, quanto maior 
a exposição, maior o agravamento dos sintomas psicológicos sofridos pelos 
profissionais de saúde. 
Quando as mortes de profissionais de saúde começam a ser divulgadas, 
os níveis de ansiedade e estresse crescem, especialmente frente a possibilidade 
de realocação involuntária para outras áreas devido à escassez de recursos 
humanos. Diversos profissionais da saúde no Brasil não possuem experiência 
de em assistência a emergências de grande porte, como é o caso abordado, o 
que reflete um estressor complementar. Vale destacar a carência de indivíduos 
 
 
15 
capacitados para manejo de equipamentos de ventilação mecânica, fisioterapia 
respiratória e cuidados avançados direcionados aos pacientes graves de 
COVID-19. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
DEONTOLOGIA E ÉTICA EM ENFERMAGEM DO TRABALHO 
É necessário indicar a função dos profissionais de saúde no trabalho e 
suas relações com outros profissionais, autoridades competentes e atores 
sociais envolvidos, devido as políticas económicas, sociais, ambientais e de 
saúde, o que solicita uma visão acertada sobre a ética e seus padrões de 
conduta no exercício das suas profissões. 
Há três princípios básicos que norteiam o Código Internacional de Ética 
para os Profissionais de Saúde no Trabalho, sendo eles: 
• O propósito da saúde no trabalho é servir a saúde e o bem estar 
dos trabalhadores. O exercício desta deve ser executado por meio 
dos mais altos padrões profissionais e princípios éticos; 
• Os deveres dos profissionais incluem a proteção da vida e da 
saúde do trabalhador, respeitando a dignidade humana. A 
integridade na conduta profissional, a imparcialidade e a proteção 
da confidencialidade dos dados de saúde e a privacidade dos 
trabalhadores constituemparte desses; 
• Os profissionais de saúde no trabalho são especializados tendo 
ampla independência no exercício das suas funções, adquirindo e 
mantendo a competência profissional necessária, exigindo 
condições que os permitam executar as suas tarefas 
Na prática de enfermagem do trabalho são diversas situações que 
implicam conflitos ou dilemas éticos. O profissional atuante nessa área pode 
encontrar-se em circunstâncias de conflitos de interesses colocadas por meio 
das expectativas e necessidades dos trabalhadores, da administração, dos 
interesses económicos, das seguradoras, dos sindicatos, outras associações 
profissionais ou da sociedade. 
A identificação dos dilemas éticos e a forma de refletir acerca deles, em 
diversas situações durante período de tempo muito limitado e em situações de 
 
 
17 
interdisciplinaridade nem sempre de forma correta e clara, torna essencial que o 
enfermeiro possua o conhecimento e a experiência para contribuir para a exata 
compreensão, análise e tomada de decisão, à luz de referências bem 
ponderadas. Para estas situações não há uma resposta padronizada, é preciso 
ter em conta os valores pessoais do profissional, uso de reflexão crítica e a 
ponderação dos princípios em que pauta a sua ação. 
Devem ser respeitados os princípios formais da autonomia, beneficência, 
não maleficência, justiça, equidade e não descriminação para que se determine 
uma exata avaliação dos valores em causa. Assim como é necessário considerar 
que este está incluído em uma equipe multidisciplinar e que as soluções devem 
ser debatidas e distribuídas entre os vários membros que a compõem, com a 
participação dos trabalhadores. 
Na realização de exames clínicos ou ocupacionais deve ser solicitado o 
consentimento informado do profissional, sendo que os resultados lhe devem ser 
comunicados. Estes ficam arquivados em um local confidencial e devem ser 
utilizados exclusivamente para propósitos de saúde no trabalho. A 
confidencialidade é crucial na efetividade dos programas de saúde no trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
COMPETÊNCIAS DO ENFERMEIRO DO TRABALHO 
O grande dever de qualquer profissional da área de saúde ocupacional é 
prezar pela manutenção da saúde do trabalhador Os principais focos de atenção 
da enfermagem nesse segmento, em distintas organizações compreendem a 
identificação dos trabalhadores, vigilância constante do seu estado de saúde, 
cuidados primários de saúde, orientação, promoção e proteção de saúde, 
prevenção de doença, administração de terapêutica prescrita, gestão da equipe, 
garantia de qualidade, investigação e colaboração com a equipe de saúde no 
trabalho. 
Baseado em organizações internacionais procura-se delimitar as 
competências do enfermeiro do trabalho, apresentando-as organizadas 
conforme os seguintes campos de atuação: 
• Cuidados de Enfermagem 
• Especialista 
• Coordenador 
• Gestor 
• Prevenção primária e promoção de saúde 
• Formador 
• Investigador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
O enfermeiro do trabalho possui experiência clínica para lidar com 
pessoas doentes. Este desempenha a primeira assistência de emergência em 
caso de trabalhadores vítimas de acidentes, administrando a medicação 
prescrita, providenciando o seu encaminhamento para unidades de saúde, ou 
transmitindo informações aos serviços de emergência. 
No domínio de suas atribuições de enfermeiro generalista, este possibilita 
tratamentos aos trabalhadores que deles carecem, em parceria com o médico 
do trabalho ou da família. Assim como determina as necessidades de saúde, 
determina diagnósticos de enfermagem, prescreve as intervenções mais 
apropriadas em conjunção com o indivíduo ou grupo. 
O diagnóstico de enfermagem é utiliza um método holístico que não se 
baseia somente no tratamento de uma doença específica mas analisa o indivíduo 
como um todo, no contexto físico, psíquico, social e emocional. Propões a 
redução de riscos levando em conta perigos de saúde e segurança ocupacional 
e ambiental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
ESPECIALISTA 
Como elemento da equipe de saúde ocupacional, o enfermeiro 
especialista participa na definição de políticas de saúde, incluindo aspectos 
saúde no trabalho, saúde no local de trabalho e promoção de saúde. Assim como 
auxilia na implementação, monitorização e avaliação da saúde no trabalho. O 
trabalho próximo a outros especialistas tende a colaborar para uma avaliação e 
monitorização de riscos. 
O enfermeiro também realiza aconselhamento junto à administração para 
prevenção do absentismo por doença, respeitando os direitos dos trabalhadores 
e confidencialidade clínica. Além disso, elabora estratégias de reabilitação de 
regresso ao trabalho, monitoriza o progresso e comunica os resultados à equipe 
multidisciplinar a colaboradores que passaram um processo de doença ou 
acidente. 
Cabe destacar ainda, como funções do enfermeiro do trabalho, a 
elaboração de estratégias de manutenção de capacidade de trabalho para novos 
trabalhadores, mulheres que retornem ao trabalho após a gravidez, 
colaboradores idosos, mesmo antes de ser diagnosticado algum problema de 
saúde. Este ainda possui conhecimento de legislação de saúde e segurança, 
gestão de risco e controlo de perigos, podendo auxiliar na melhoria da saúde e 
segurança, com foco na saúde. 
Devido o enfermeiro possuir um contato próximo com os trabalhadores, 
este possui mais noção das mudanças do ambiente de trabalho, conseguindo 
identificar riscos e perigos. Os perigos podem surgir em razão de novos 
procedimentos ou práticas de trabalho ou de mudanças informais de processos 
existentes que os enfermeiros podem rapidamente identificar. Isto requer a 
presença assídua ou muito frequente do enfermeiro no local de trabalho para 
manter um conhecimento atualizado dos processos e práticas de trabalho. 
 
 
21 
O profissional de enfermagem age aconselhando acerca das estratégias 
de controlo, efetuando vigilância de saúde e comunicando riscos. Assim como, 
desenvolve atividades de investigação de temas de enfermagem, toxicologia, 
saúde ambiental, psicologia, saúde pública e utilizando informações de estudos 
científicos na sua prática diária. Vale destacar também, que este estipula 
objetivos e metas anuais e procede à sua avaliação, detectando áreas que 
necessitam de melhoria. 
A ética e deontologia profissional são regidas pelo Conselho Federal de 
Enfermagem (COFEN), como garantia da qualidade dos cuidados prestados e 
conforme o guia de ética para profissionais de saúde no trabalho, da Associação 
Internacional de Saúde no Trabalho (I.C.O.H.). É mantida a confidencialidade de 
informação de saúde e implementada uma prática de trabalho pautada na ética. 
Em relação ao ensino, e enfermeiro produz um projeto pessoal de 
educação académica, formação profissional, mantendo uma contínua 
atualização de conhecimentos, legislação e documentos científicos. Este 
também, age como modelo e mentor, desenvolvendo a excelência da prática, 
servindo como suporte e direção a colegas e assumindo a liderança no avanço 
da profissão a todos os níveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
COORDENADOR 
O Enfermeiro do Trabalho tem a capacidade de ser coordenador da 
equipe de saúde ocupacional, aplicando na prática as suas habilidades de 
gestão, planejamento, comunicação. Este também consegue comandar a 
educação dos trabalhadores ao nível dos programas de saúde elaborados para 
prevenção de riscos e doenças profissionais, assim como, desenvolve, e avalia 
a redução de risco da população e serviços e programas de vigilância de saúde. 
O enfermeiro coordenador pode ser considerado como um perito em 
saúde e ambiente ocupacional para a instituição, governo, organizações e 
comunidade, contribuindo para a políticade redução de riscos. 
Especialmente em pequenas e médias instituições, que não possuam 
responsável pela saúde ambiental, o enfermeiro pode orientar sobre medidas 
simples de redução da utilização de recursos naturais, minimizando a produção 
de lixo, promovendo a reciclagem e assegurando que a saúde ambiental seja 
colocada na agenda organizacional. 
O enfermeiro coordenador interage com as organizações na comunidade 
que prestam serviços de higiene e segurança no trabalho, caso necessário 
prestação de serviços externos. Assim como, identifica recursos internos que 
podem ser usados em caso de emergência interna, local ou regional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
GESTOR 
Em determinadas situações o Enfermeiro do Trabalho pode atuar como 
gestor da equipe multidisciplinar, dirigindo e coordenando o trabalho de outros 
profissionais de saúde ocupacional. Desse modo, possuindo responsabilidade 
sobre toda a equipe, pessoal de enfermagem ou programas específicos. 
É capaz de colaborar com a equipe multidisciplinar na gestão, definição, 
incrementação e avaliação de programas, políticas e estratégias de saúde e 
segurança conforme a cultura da empresa, objetivos de gestão e necessidades 
dos funcionários. Nesse cargo, o enfermeiro possui o dever de manter registros 
médicos e de enfermagem, respeitando a confidencialidade, assim como efetua 
a coleta de dados nos exames de saúde e estudos de acidentes de trabalho. 
Na área de gestão de risco, o enfermeiro mantém e desenvolve um 
ambiente e cultura que aumentam a saúde e segurança, implementando o plano 
de proteção de riscos. Vale destacar, que o gestor deve gerir os recursos 
financeiros e materiais do departamento de Saúde no Trabalho, reportando à 
organização o seu uso. 
O enfermeiro gestor também desempenha ações de marketing 
providenciando informações e aconselhamento em relação a melhor forma de 
utilizar os serviços de Saúde no Trabalho de acordo conforme as suas 
necessidades. 
Em organizações descentralizadas podem-se realizar acordos de 
prestação de serviços a clientes internos ou externos, nos quais o enfermeiro 
gestor é capaz de estar envolvido na sua determinação. 
É fundamental a garantia e melhoria de qualidade na prestação de 
serviços de Saúde no Trabalho, podendo o enfermeiro contribuir e estar incluído 
na monitorização da qualidade, bem como nas iniciativas de melhoria e 
construção de métodos de avaliação para medir os coeficientes de saúde. 
 
 
24 
O enfermeiro deve buscar um contínuo desenvolvimento, atualização e 
formação relativos a melhora da prática, legislação, tecnologia e normas 
internacionais, com intuito de prestar assistência qualificada, indo de encontro 
com as necessidades da organização a que pertençam. 
Pode-se destacar ainda como funções do gestor: 
• Identificar precocemente necessidades de intervenção de gestor 
de acordo com critérios predefinidos, conduzindo a sua ação de 
modo objetivo; 
• Usar e avaliar os recursos disponíveis para atingir os objetivos e 
colabora na abordagem multidisciplinar para os realizar; 
• Identificar mudanças na prática de gestão de casos de modo a ser 
mais eficiente, desenvolvendo e gerindo programas e sistemas de 
gestão; 
• Possuir um papel consultivo ou executivo em caso de auditorias 
internas ou externas; 
• Tomar decisões de acordo com normas éticas. 
• Desenvolver competências individuais e dos outros em áreas de 
prática, implementando uma cultura de qualidade, igualdade e 
variedade de valores; 
• Organizar e gerir os exames de admissão, após doença ou 
acidente e exames periódicos; 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
PREVENÇÃO PRIMÁRIA E PROMOÇÃO DE SAÚDE 
O enfermeiro do trabalho está capacitado para prevenção primária da 
doença ou acidente, podendo identificar necessidades e planejar intervenções 
para alterar o ambiente, o sistema ou a prática de trabalho, com intuito de reduzir 
a exposição a riscos. 
Pode-se destacar ainda, que este possui habilidade em considerar fatores 
como comportamento e hábitos humanos em relação às práticas atuais de 
trabalho e, dada a relação próxima que estabelece com os funcionários, verifica 
mudanças e preocupações destes com a saúde e segurança, sendo um 
catalisador de medidas de prevenção primária. Assim como, determina as 
necessidades de saúde, desenvolvendo, monitorizando e revendo planos que as 
supram, induzindo os trabalhadores a erguerem e preservarem o seu potencial 
de saúde e bem estar. 
Vale salientar também, que o enfermeiro planeja, desenvolve, implementa 
e avalia estratégias, politicas, programas e serviços de promoção de saúde e 
prevenção de doença, comunicando à administração iniciativas de prevenção e 
os ganhos de saúde, por exemplo, princípios de higiene no local de trabalho e 
alimentar, programas de vacinação e imunização, entre outros. Deve adquirir 
informação de produtos, máquinas e riscos com intuito a ensinar acerca do seu 
uso seguro, solicitando equipamento de proteção individual (EPI) para os 
funcionários. 
A reabilitação faz parte do programa de prevenção, cabendo ao 
enfermeiro assistir o retorno do colaborador incapacitado ou acidentado à vida 
laboral produtiva, se atentando as suas necessidades físicas e psicossociais, 
envolvendo-as no plano de adaptação ao trabalho. É importante destacar, a 
responsabilidade de adotar medidas de apoio a colaboradores que consumam 
substâncias aditivas, que tenham problemas económicos e ou sofram com 
problemas psicológicos, como ansiedade. 
 
 
26 
FORMADOR e INVESTIGADOR 
O enfermeiro como formador desenvolve, implementa e avalia programas 
de formação em saúde e segurança, comunicando resultados e ganhos em 
saúde. Como investigador, por meio de averiguação, pauta a sua prática na 
informação mais recente, elaborando protocolos ou linhas de conduta a serem 
aplicadas, através de metodologias cientificas e pesquisa necessidades de 
saúde, investiga capacidades e redige estudos epidemiológicos. 
O enfermeiro do trabalho está capacitado no recolhimento de dados, 
através de registros minuciosos e nítidos, os quais podem constituir uma fonte 
incalculável para a identificação das tendências de doenças e lesões e de outros 
acontecimentos no contexto dos funcionários. 
Por fim, este auxilia a equipe multidisciplinar na investigação de 
problemas e na busca de soluções. Desta forma, concebe e atesta conhecimento 
científico que é não apenas útil para a entidade em causa, como também, por 
via da publicação dos resultados, para outras em situação semelhante. Sendo 
assim, através dos resultados alcançados persuada a política de saúde no 
trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
CONCLUSÃO 
O Enfermeiro do Trabalho é detentor de capacidade que propiciam a 
realização de atividades que visam a promoção da saúde. Além disso, participa 
no processo da prevenção de acidentes e de doenças relacionadas ao trabalho, 
possuindo o dever de capacitar os funcionários para ocorrência de situações 
emergenciais, auxiliando na redução da quantidade de faltas relativas a 
doenças, e contribuindo na melhoria da produtividade dos trabalhadores. 
A área de enfermagem do trabalho na atualidade encontra-se diante de 
um grande desafio, devido a pandemia da Covid-19. Se faz necessário o debate 
de propostas pautadas na preservação da saúde física e psicológica. Os 
profissionais mais atuantes durante esse período foram aqueles que integravam 
a linha de frente de combate a doença. O enfermeiro do trabalho, como 
especialista, deve procurar aprofundar, desenvolver conhecimentos e ampliar 
seu papel junto à área de saúde do trabalhador. Sendo os acidentes de trabalho 
com exposição a material biológico é uma realidade preocupante nas instituições 
de saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
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