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Funções do enfermeiro do trabalho – Saúde do Trabalhador. O conhecimento da relação saúde-trabalho-doença, dos riscos laborais, das doenças ocupacionais, dos acidentes de trabalho e de tantos outros fatores que comprometiam a saúde do trabalhador, em meados do século 20, suscitou na sociedade o interesse por medidas e soluções que minimizassem os riscos de os indivíduos adoecerem e morrerem em decorrência de atividades laborativas. Essas medidas e soluções implicaram o surgimento de outras ciências além das tradicionais, vinculadas ao tema, como respostas a esses anseios da sociedade. Entre essas ciências estão a higiene industrial, a segurança do trabalho, a saúde ocupacional, a medicina do trabalho e a enfermagem do trabalho. A Enfermagem do Trabalho é um ramo da saúde pública e, como tal, utiliza os mesmos métodos e técnicas empregados por ela (figura 2) visando à: •Promoção da saúde do trabalhador •Proteção contra os riscos decorrentes de suas atividades laborais •Proteção contra agentes químicos, físicos, biológicos, mecânicos, ergonômicos e psicossociais •Manutenção da saúde no mais alto grau do bem-estar físico e mental e recuperação de lesões, de doenças ocupacionais ou não ocupacionais e reabilitação para o trabalho. Em 1959, ocorreu a Conferência Internacional do Trabalho, resultando na recomendação de número 112 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que conceituou a Medicina do Trabalho, limitando-se apenas à área médica. Em 1963, foi incluída nos cursos médicos a disciplina de medicina do trabalho. Logo em seguida, em 1964, a Escola de Enfermagem da Universidade do Estado da Guanabara (atualmente Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ) incluiu a disciplina de saúde ocupacional no curso de graduação. O auxiliar de enfermagem do trabalho foi incluído na equipe de saúde ocupacional em 1972 pela Portaria no 3.237 do Ministério do Trabalho. O primeiro curso de especialização para enfermeiros do trabalho aconteceu em 1974 no Rio de Janeiro. Entretanto, a inclusão do enfermeiro do trabalho na equipe de saúde ocupacional aconteceu por meio da Portaria no 3.460 do Ministério do Trabalho em 1975 após um movimento de protesto da Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em conjunto com a ABEn. Observa-se que a história da enfermagem do trabalho no Brasil é bastante recente. Inicialmente, a assistência de enfermagem o trabalho limitava-se ao atendimento emergencial na indústria, o que não a valorizava muito. Contudo, o espaço para o desempenho profissional, principalmente do enfermeiro do trabalho, amplia-se a cada dia, seja na assistência direta aos trabalhadores e aos familiares, seja no desempenho de funções administrativas, educacionais, de integração, de pesquisa e consultoria. Equipe de enfermagem do trabalho A equipe de enfermagem do trabalho é composta por técnicos e auxiliares de enfermagem e por enfermeiros do trabalho. Enfermeiro do trabalho O enfermeiro do trabalho é o profissional com certificado de conclusão de curso de especialização em enfermagem do trabalho em nível de pós-graduação. Ele assiste aos trabalhadores, zelando por sua saúde e promovendo a prevenção de doenças ocupacionais e de acidentes do trabalho ou ainda prestando cuidados aos doentes e aos acidentados, visando ao bem-estar físico e mental dos seus clientes. Ele planeja, organiza, dirige, coordena, controla e avalia toda a assistência de enfermagem. A lei do exercício profissional de enfermagem, Decreto no 94.406/87, artigo 8o, inciso II, alíneas “o” e “p”, propaga que ao enfermeiro incumbe como membro integrante da equipe de saúde: o) Participação nos programas de higiene e segurança do trabalho e de prevenção de acidentes e de doenças profissionais e do trabalho; p) Participação na elaboração e na operacionalização do sistema de referência e de contrarreferência do paciente nos diferentes níveis de atenção à saúde. Visando ao planejamento adequado da sua assistência, esse profissional deve ter um bom conhecimento sobre a empresa, incluindo a atividade principal, a planta física, o esquema de todas as seções, o processo de trabalho, os equipamentos e as substâncias utilizadas nos processos laborais. São também importantes outras informações, tais como o número de empregados, a proporção de homens e mulheres, a média de idade, a etnia, os turnos de trabalho, os níveis salariais, entre outros. Ele também deve se manter preocupado com a atualização de seus conhecimentos específicos. Leavell e Clark (1976) desenvolveram um esquema que é considerado clássico pela amplitude de ações de prevenção e pela sua praticidade. Trata-se dos níveis de aplicação de medidas preventivas: primário (que inclui a promoção da saúde e a proteção específica), secundário e terciário (Tabela 1). Tabela 1. Elementos do programa de saúde ocupacional. Prevenção primária A prevenção primária abrange a promoção da saúde e da proteção específica, tendo como finalidade promover a saúde e afastar os agravos. O âmbito da saúde ocupacional consiste, portanto, em manter ou melhorar o bem-estar dos indivíduos. As atividades envolvidas nessa assistência buscam mudanças nas atitudes e nos padrões de comportamento dos indivíduos, refletindo melhoria da saúde e segurança no trabalho. Promoção da saúde A promoção do ajustamento do indivíduo ao trabalho consiste em: •Consulta de enfermagem, utilizando as etapas do processo de enfermagem •Atuação junto a outros profissionais na execução de exames e de procedimentos complementares, conforme determinação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) da NR 7 •Elaboração de Programas de saúde (tais como saúde mental, ambiental etc.) •Orientações, esclarecimento de dúvidas dos trabalhadores e aconselhamento •Educação em higiene, saúde e segurança do trabalho •Promoção, junto a outros profissionais do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) ou de Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho Rural (SESTR), de um ambiente laboral saudável, isento de riscos ou com riscos minimizados •Criação de programas de prevenção contra alcoolismo, uso de drogas e substâncias psicoativas, contra tabagismo, sedentarismo, obesidade, doenças mentais e transmissíveis. A aquisição de hábitos saudáveis de vida consiste em: •Consulta de enfermagem, utilizando as etapas do processo de enfermagem •Ensino e orientação de grupos de trabalhadores em relação a alimentação, hidratação, repouso, exercícios, postura, funcionamento de órgãos e de sistemas, vida afetiva familiar e sexual, lazer, higiene corporal e ambiental Distribuição de material educativo de apoio. A proteção específica ao trabalhador consiste em: •Programa de imunização do trabalhador •Promoção, junto a outros membros do SESMT ou do SESTR, de saneamento e de higiene no ambiente de trabalho Promoção, junto a outros membros do •SESMT ou do SESTR, da manutenção de ambiente laboral saudável •Proteção dos trabalhadores contra acidentes e doenças ocupacionais por meio do uso de equipamentos de proteção individual (EPI) •Treinamentos da equipe de enfermagem em primeiros socorros e em emergências •Treinamento de trabalhadores em primeiros socorros •Atenção à saúde de grupos específicos como mulheres, menores, idosos e deficientes •Participação na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) ou entrosadamente com a CIPA na prevenção de acidentes na empresa ou provisão de meios para a CIPA. Prevenção secundária •Envolve diagnóstico precoce, pronto atendimento ou tratamento imediato e limitação de outros danos à saúde do trabalhador. •Adequação das condições sanitárias do ambiente laboral •Exames de saúde direcionados pelo Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) − NR 7 •Promoção da redução do tempo de afastamento •Detecção de incapacitados ou de limitação da incapacidade (exames pré-admissionais, periódicos, acompanhamento dos funcionários colaboradorescom doenças crônico-degenerativas, vigilância epidemiológica) •Educação para a saúde do trabalhador•Distribuição de material educativo de apoio. Prevenção terciária A reabilitação é o foco do programa de prevenção terciária para o trabalhador, com objetivo de restabelecer e manter sua saúde. Essa assistência tem início quando ocorre a lesão ou quando se toma conhecimento do problema de saúde; e continua até o regresso do trabalhador incapacitado ou acidentado à vida laboral. Atribuições do enfermeiro do trabalho Função assistencial Conjunto de cuidados e de medidas que visam atender às necessidades de promoção, proteção e recuperação da saúde do trabalhador. A assistência deverá ser apoiada pela aplicação do processo de enfermagem em todas as suas fases: histórico de enfermagem (que envolve a identificação, a anamnese e o exame físico), o diagnóstico, a prescrição e a evolução. Na vigilância da saúde dos trabalhadores, dois enfoques principais podem e devem ser adotados: o enfoque individual e o coletivo. No enfoque individual está compreendida a abordagem clínica por meio da consulta de enfermagem dos exames complementares, seguida ou não de visita ao local de trabalho para complementação de dados. Roteiro para visita aos locais de trabalho •Identificação da empresa: atividade principal, Código Nacional Atividade Econômica (CNAE) e grau de risco; denominação dos diversos setores e departamentos; riscos mais frequentes •Aspectos históricos da organização da empresa e dos trabalhadores •Processo de produção: matérias-primas, meios de produção, fluxograma, processos auxiliares e/ou paralelos, situações de transtorno, subprodutos, produtos, resíduos •Organização do trabalho: divisão do trabalho, controle de ritmo, produtividade e modo operatório, política gerencial de cargos e de salários, relações sociais na empresa, jornada de trabalho, rotatividade da mão de obra •Instalações: leiaute das instalações e dos postos de trabalho; dimensões dos locais de trabalho •Condições ambientais de trabalho: riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e acidentais (natureza, dose, fonte, pontos críticos), medidas de proteção individual e coletiva (adequação, manutenção, eficácia, uso efetivo) •Relação com o meio ambiente: poluentes do ar, da água e do solo, formas de tratamento, informações ao consumidor, embalagens, transporte de cargas •Observação de funções/postos de trabalho específicos: identificação dos trabalhadores, o que, como, o quanto fazem, conteúdo da tarefa (qualificação, requisitos, responsabilidade, repetitividade, monotonia, decisão, iniciativa etc.), mecanismos de controle do ritmo de trabalho e do modo operatório •Descrição das condições ambientais no posto de trabalho •Percepção dos trabalhadores sobre o trabalho: sentimentos com relação ao trabalho; relacionamentos interpessoais; influência do trabalho nas relações familiares e sociais e outras •Existência e atuação do Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) •Existência e atuação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) •Dados epidemiológicos: demanda ao Serviço Médico ou SESMT, causas médicas de absenteísmo etc. •Educação/informação do trabalhador. Função administrativa Trata-se de importante função do serviço de saúde ocupacional, ao proporcionar a estrutura e a orientação para elaboração, implementação e avaliação do serviço de saúde ocupacional e da assistência prestada aos trabalhadores. São as tarefas relativas a planejar, a prever, a coordenar, a organizar, a dirigir, a supervisionar, a elaborar projetos e a recrutar, além de selecionar e dimensionar recursos humanos, avaliar, auditar e controlar todas as atividades de enfermagem da área ocupacional. Tem como ações de enfermagem participar na elaboração dos projetos de construção e reforma dos serviços de saúde ocupacional; planejamento, organização e implantação do serviço de saúde ocupacional; e planejamento, execução e avaliação dos programas de saúde. Responde, ainda, por elaborar os fluxogramas de atendimento dos trabalhadores; dirigir os serviços e a enfermagem do trabalho; elaborar normas, instruções, rotinas e procedimentos de enfermagem; e dimensionar recursos humanos, participando do recrutamento e da seleção de pessoal de enfermagem. Organiza, também, programas de educação continuada e treinamentos; realiza reuniões periódicas, avaliando o desempenho da equipe de enfermagem e estimulando a elevação do padrão técnico-científico; prevê, requisita, controla e guarda materiais, equipamentos e medicamentos; e realiza, também, auditoria e consultoria com emissão de parecer sobre assuntos de enfermagem do trabalho. Para exercer suas funções com desenvoltura, competência e qualidade, os enfermeiros do trabalho precisam conhecer os recursos da empresa e da comunidade e o distrito sanitário. Função de educação Com as reformas curriculares dos últimos anos para o curso de graduação em enfermagem, aumentam os cursos de pós- graduação lato sensu e strictu sensu, destaca-se a função de ensino e amplia-se a área de atuação do profissional ligado à saúde ocupacional, especialmente aquele com experiência e titulação. O enfermeiro do trabalho poderá também lecionar nos cursos técnicos de enfermagem geral, cursos de complementação na área ocupacional e na área de educação continuada de enfermagem. As funções específicas do enfermeiro do trabalho docente são: •Planejar, implementar e avaliar matrizes curriculares nos diferentes níveis de formação acadêmica •Promover a enfermagem do trabalho como área de especialização •Planejar e implementar cursos de aperfeiçoamento e de educação continuada na área da saúde ocupacional •Colaborar com outros profissionais em questões relacionadas com o ensino, a pesquisa e a assistência. Quanto a essas funções nas empresas, trata-se das atividades relacionadas com a educação dos trabalhadores, relativas à promoção, à proteção, à manutenção e à recuperação da saúde e à prevenção de acidentes e de doenças profissionais, além das atividades de educação continuada dos membros da equipe de enfermagem do trabalho. Função de integração São as atividades que ajudam os trabalhadores, os órgãos da empresa e as entidades de classes, as organizações sociais e a comunidade, relacionadas com a empresa, a melhorar o sentimento de unidade e de participação conjunta em torno de causas de interesse de todos. Têm como ações de enfermagem: atuar como elemento de ligação entre empregados e profissionais do SESMT, membros da CIPA, outros setores da empresa, familiares dos empregados e a comunidade, além de estabelecer um bom relacionamento com os profissionais de saúde pública. Função de pesquisa A função de pesquisa na saúde ocupacional compreende estudos e investigações permanentes no campo da prática profissional, utilizando metodologia adequada para assegurar a veracidade das conclusões, a correção das medidas e a satisfação dos resultados. São ações de enfermagem a pesquisa de fatos e de fenômenos relacionados com a saúde do trabalhador e a participação em estudos sobre riscos de doenças ocupacionais e sobre segurança com o objetivo de diminuir índices de morbidade e de mortalidade; informa também aos trabalhadores sobre os resultados de pesquisas realizadas; desenvolve métodos de trabalho e de tecnologia apropriados à solução de problemas de enfermagem ocupacional; e participa de estudos epidemiológicos relacionados com o trabalho. Função de consultoria Figura 5. Consultoria e soluções. https://neilpatel.com/br/blog/consultor-o-que-faz/ A consultoria é também outra função exercida pelo enfermeiro, a quem são solicitados a avaliação, o diagnóstico e a formulação de soluções ou de projetos sobre um determinado assunto ou uma área de especialidade. O consultor faz o diagnóstico da situação encontrada, destaca os pontos a serem melhorados e sugere a mudança, mas geralmente não tem responsabilidade direta na implementação ou no cumprimento das ações propostas. Ele atua como um orientador nas tomadas de decisões, fazendo recomendações sobre ações e alternativas específicas para se alcançar os resultados desejados pelainstituição contratante. Assim como na assessoria, a consultoria avalia sistematicamente algum aspecto em que a instituição esteja necessitando de um parecer. Mas difere da assessoria, pois não inclui a execução dos projetos. O enfermeiro consultor pode fazer parte dos recursos humanos da empresa como um consultor interno ou ser alheio à empresa, sendo então um consultor externo. Dessa maneira, o consultor interno pode ser um funcionário da própria instituição a quem é solicitado um trabalho de consultoria. O consultor externo pode exercer a atividade de maneira autônoma ou pertencer a uma empresa de consultoria. As ações de enfermagem envolvidas nessa função são: •Participar no planejamento e da implantação de serviço de saúde ocupacional com a concepção das instalações físicas necessárias, recursos humanos, recursos financeiros, equipamentos e materiais diversos •Concepção de programas de vigilância de saúde e de vigilância ambiental •Esclarecer dúvidas e orientar a execução de atividades específicas na área de saúde ocupacional, fornecendo subsídios com embasamento técnico-científico •Criação de manual, normas e procedimentos •Elaboração de protocolos assistenciais ou de avaliações para certificação de qualidade •Aconselhar os contratantes dos serviços com base na avaliação e na análise dos serviços de saúde ocupacional •Orientar a execução de atividades específicas em matéria consultada de acordo com as diretrizes e as normas da instituição, com os princípios científicos e os requisitos legais •Auxiliar na atualização e na educação continuada de enfermeiros do trabalho e no treinamento de novos funcionários •Aconselhar sobre questões de boas práticas de enfermagem do trabalho •Participar em atividades de pesquisa na área da saúde ocupacional e na divulgação de resultados •Realizar consultoria nas reformas curriculares de graduação ou de pós-graduação ou, ainda, em projetos de cursos de pós-graduação em enfermagem do trabalho •Dar parecer sobre problemas específicos de enfermagem ocupacional. Técnico de enfermagem do trabalho É o profissional de nível de ensino médio que, após realizar o curso de técnico de enfermagem, nos termos da Lei no 7.498 de 25 de junho de 1986 e do Decreto no 94.406 de 8 de junho de 1987, e estar legalmente registrado no Conselho Regional de Enfermagem, faz o curso de técnico de enfermagem do trabalho conforme a NR 4 da Portaria no 3.214 do Ministério do Trabalho (ANENT, 2012). Atribuições do técnico de enfermagem do trabalho O técnico participa com o enfermeiro: •No planejamento, na programação e na orientação das atividades de enfermagem do trabalho •No desenvolvimento e na execução de programas de avaliação da saúde dos trabalhadores •Na elaboração e na execução de programas de controle das doenças transmissíveis e não transmissíveis e na vigilância epidemiológica dos trabalhadores, na execução dos programas de higiene e de segurança do trabalho e na prevenção de acidentes e de doenças profissionais •Na execução de todas as atividades de enfermagem do trabalho, exceto as privativas do enfermeiro •Na integração da equipe de saúde do trabalhador. DICAS DO PROFESSOR Sugiro que assistam à entrevista com um enfermeiro do trabalho disponível no youtube pelo link abaixo: https://www.youtube.com/watch? v=VbRIEWtET80&ab_channel=RICtvEntretenimento Na próxima unidade vamos abordar sobre o processo de enfermagem na saúde ocupacional. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Questão 1: O enfermeiro do trabalho precisa desenvolver ações voltadas para aspectos preventivos. Nesse sentido, a prevenção primária abrange: a) a promoção da saúde e da proteção específica do trabalhador. - A prevenção primária abrange a promoção da saúde e da proteção específica, tendo como finalidade promover a saúde e afastar os agravos. O âmbito da saúde ocupacional consiste, portanto, em manter ou melhorar o bem- estar dos indivíduos. As atividades envolvidas nessa assistência buscam mudanças nas atitudes e nos padrões de comportamento dos indivíduos, refletindo melhoria da saúde e segurança no trabalho. b) o diagnóstico precoce, tratamento imediato e limitação de outros danos à saúde do trabalhador. c) o objetivo de restabelecer e manter sua saúde do trabalhador d) a promoção da saúde e o diagnóstico precoce para auxiliar o trabalhador. Questão 2. O enfermeiro do trabalho precisa desenvolver ações voltadas para aspectos preventivos. Nesse sentido, a prevenção secundária abrange: a) a promoção da saúde e da proteção específica do trabalhador. b) a promoção da saúde e o diagnóstico precoce para auxiliar o trabalhador. c) o objetivo de restabelecer e manter sua saúde do trabalhador d) o diagnóstico precoce, tratamento imediato e limitação de outros danos à saúde do trabalhador. - A prevenção secundária envolve diagnóstico precoce, pronto atendimento ou tratamento imediato e limitação de outros danos à saúde do trabalhador. Questão 3. O enfermeiro do trabalho precisa desenvolver ações voltadas para aspectos preventivos. Nesse sentido, a prevenção terciária abrange: a) a promoção da saúde e da proteção específica do trabalhador. b) a promoção da saúde e o diagnóstico precoce para auxiliar o trabalhador. c) o objetivo de restabelecer e manter sua saúde do trabalhador - A reabilitação é o foco do programa de prevenção terciária para o trabalhador, com objetivo de restabelecer e manter sua saúde. Essa assistência tem início quando ocorre a lesão ou quando se toma conhecimento do problema de saúde; e continua até o regresso do trabalhador incapacitado ou acidentado à vida laboral. d) o diagnóstico precoce, tratamento imediato e limitação de outros danos à saúde do trabalhador. Questão 4. O conjunto de cuidados e de medidas que visam atender às necessidades de promoção, proteção e recuperação da saúde do trabalhador corresponde a qual função do enfermeiro do trabalho: a) Administrativa b) Integrativa c) Assistencial - Conjunto de cuidados e de medidas que visam atender às necessidades de promoção, proteção e recuperação da saúde do trabalhador. A assistência deverá ser apoiada pela aplicação do processo de enfermagem em todas as suas fases: histórico de enfermagem (que envolve a identificação, a anamnese e o exame físico), o diagnóstico, a prescrição e a evolução. d) Consultiva Questão 5. Realizar o diagnóstico da situação encontrada, destacar os pontos a serem melhorados e sugerir mudanças corresponde a qual função do enfermeiro do trabalho: a) Administrativa b) Integrativa c) Assistencial d) Consultiva - A consultoria é também outra função exercida pelo enfermeiro, a quem são solicitados a avaliação, o diagnóstico e a formulação de soluções ou de projetos sobre um determinado assunto ou uma área de especialidade. O consultor faz o diagnóstico da situação encontrada, destaca os pontos a serem melhorados e sugere a mudança, mas geralmente não tem responsabilidade direta na implementação ou no cumprimento das ações propostas. Ele atua como um orientador nas tomadas de decisões, fazendo recomendações sobre ações e alternativas específicas para se alcançar os resultados desejados pela instituição contratante. Assim como na assessoria, a consultoria avalia sistematicamente algum aspecto em que a instituição esteja necessitando de um parecer. Mas difere da assessoria, pois não inclui a execução dos projetos. O enfermeiro consultor pode fazer parte dos recursos humanos da empresa como um consultor interno ou ser alheio à empresa, sendo então um consultor externo.