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ÁCIDOS GRAXOS Profa. Monique M. L. S. do Amaral Aguiar Classificação • Cadeia curta (C2-4) – veia porta • ácido acético [C2:0]; ácido propiônico [C3:0] e butirato [C4:0] • Cadeia média (C6-10) – veia porta • caproico [C6:0]; caprílico [C8:0]; cáprico [C10:0] • Cadeia longa (C14-18) – quilomícrons • láurico [C12:0]; mirístico [C14:0]; palmítico [C16:0]; esteárico [C18:0] SATURADO • Monoinsaturado (oleaginosas, abacate, azeite) • Maior → Oléico→ ômega 9 • Palmitoléico→ ômega 7 INSATURADO (Cadeia longa) 90% do total de compostos na região colônica. Fermentação é a principal fonte (exógena) Classificação • Poliinsaturado • Ômega 3 • Marinha → EPA e DHA (peixes – salmão, cavala, arenque, sardinha, etc, óleo de krill) • Vegetal → Alfa-linolênico – ALA (óleos vegetais, soja, canola, linhaça e chia) • Ômega 6 • Alfa-linoléico – AL (óleos soja, girassol, milho, nozes e castanha do pará) → araquidônico INSATURADO • Mais comum: Elaídico (18:1, n-9t) • Biscoitos, sorvete, pães, folhados, pão de batata, etc TRANS – isômeros geométricos Classificação • Introdução de AG saturados na posição sn-2 do glicerol, posição normalmente ocupada por AG insaturados em óleos vegetais INTERESTERIFICADA • Gema de ovo, leite e derivados, camarão, carne bovina, pele de aves e vísceras COLESTEROL CONSIDERAR • Inconsistência nos protocolos quanto ao tempo de estudo, população estudada, tamanho da amostra e tipo de nutriente utilizado como comparação. Resultados controversos: • SAT por POLI e MONO diminui o RCV • SAT por CHO refinados aumenta RCV A substituição das calorias: • Padrão alimentar no qual se inserem. • Contexto de dieta rica em açúcares e pobre em fibras → AGS podem se associar a efeitos deletérios do ponto de vista CV • Contexto de padrão alimentar saudável → impacto negativo pode ser menor. Interfere na análise do papel dos AG: Nem todo AG SAT causa danos → AGCC Nem todo INSAT é benéfico → Quantidade SATURADO • AGCC • Acetato → fígado ou colón (estimula proliferação de cél das criptas intestinais, motilidade ileal e fluxo sanguíneo), adipogênese, imunidade (reduz TNF-alfa, IL6 e NF-kB) • Propionato → fígado (inibe produção de col), aumenta leptina, imunidade (reduz TNF-alfa e NF-kB), cólon (anticarcinogênico) • Butirato→ cólon (promove diferenciação celular, suprime inflamação, interrompe ciclo celular em cél cancerosas), imunidade (reduz TNF-alfa, IL8 e IL12 e eleva IL10) SATURADO • AGCM • Incongruência sobre definição → 6 a 12 ou 6 a 14 carbonos (láurico e mirístico?) • TCM → AGCM → albumina → veia porta → fígado → oxidado sem carnitina palmitoil transferase • Saciedade precoce, termogênese, redução de gordura? • Cuidado: Láurico e mirístico compõem a fração lipídica do LPS, que ativa os receptores Toll (TLR) → ativa NF-kB (TNF- alfa, IL-1beta, IL6) INTERESTERIFICADA • Ausência de AG trans→ elevada concentração de AGS. • Rearranjo dos AG na molécula de glicerol → TGL constituídos por 3 AGS (especialmente palmítico e esteárico) • Efeitos: • óleo de soja interesterificado → aumento na razão LDLc/HDLc quando comparados ao óleo de palma • reduzindo a concentração plasmática de insulina e aumentando a glicemia de jejum→ controverso • não há evidências que permitam concluir o efeito sobre parâmetros metabólicos e de desenvolvimento da aterosclerose e desfecho CV. INSATURADAS • Incorporados a membrana pelos fosfolipídeos • Liberados no interior da célula → eicosanoides (leucotrienos ou prostaglandinas) IMPACTOS NA SAÚDE • Níveis de lipoproteínas, CT e TGL • DCV e coronariana • Disfunção endotelial • Inflamação • Resistência a insulina • DHGNA • Microbiota intestinal LIPOPROTEÍNAS E COL TGL DCV e coronariana SAT Eleva CT, LDL e HDL (perece linear) C14 > C16 > C12 Produz + (ativa SREBP → Acetil-CoA carboxilase-1 e da ácido graxo sintase) Diminuição reduz em 17% os ECV W3 Reduz LDL, HDL ALA – efeito mínimo ou nenhum Reduz (bloqueia SREBP e eleva LPL) reduz 5% a 10% para cada 1 g ALA – nulo Reduz marcadores inflamatórios e de agregação Melhora função endotelial Reduz PA Conflitos em relação ao RCV W6 Nulo Efeito mínimo ou nenhum MONO Reduz CT, LDL (total, oxi e peq), HDL Menos EVC SAT por W3 Reduz CT, LDL, HDL, ApoA-I e ApoB Reduz Reduz: - em 27% ECV - em 10% o risco de DAC - mortalidade por DCV, câncer e neurodegenerativas SAT por W6 Reduz DCV e DCo SAT por MONO Reduz CT, LDLc, HDLc e ApoB Reduz Incerto Reduz em 15% o RCV SAT por CHO complexo Reduz 11% risco de DCo SAT por CHO Reduz CT, LDL, HDL, ApoA-I e ApoB Eleva Trans Eleva CT, LDL, VLDL Reduz HDL Eleva risco Dco e 13% mortalidade total Subst 2% por insaturadas: reduz em 53% o RCV Pode não ser suficiente para suplantar os efeitos deletérios do LDL sobre o RCV → cautela → esse HDL se enriquecem com ptn inflamatórias, podendo diminuir a sua funcionalidade e prejudicar alguma etapa do transporte reverso. POLI e MONO Em substituição – efeitos benéficos Suplementação – resultados distintos INFLAMAÇÃO SAT Eleva inflamação (componente da porção endotóxica do LPS) →Modula NF-kB Ativa proteína inflamassomal NLRP3 (torna madura a IL1β e IL18, induzidas pelo NF-kB) Láurico ativa o gene TLR4 (codifica Toll 4) Mirístico e palmítico → associação + com PCR W3 Precursores de eicosanoides anti-inflamatórios Menor concentração de marcadores inflamatórios (moléculas de adesão e PCR) Atenua resposta inflamatória em DM2 e hipertrigliceridêmicos Ainda assim → incerto devido a controvérsias ALA - relação inversa com parâmetros inflamatórios como PCR W6 Relação inversa com PCR MONO Não ativam via TRL4 Insaturados → reduz o efeito pró-inflamatório induzido pelo láurico Estimula IL10 → anti-inflamatória → impede NF-kB Trans Aumento de IL-1β, IL-6, TNF-α e proteína quimiotática de monócitos (MCP) em portadores de DCV MICROBIOTA SAT Diminui diversidade bacteriana, endotoxemia e inflamação sistêmica de baixo grau Aumenta a permeabilidade paracelular intestinal → elevam níveis plasmáticos de LPS → aumento da resposta inflamatória pela ativação do TRL4 pelo LPS Gorduras totais ECR → indivíduos saudáveis → comparou dietas isocalóricas crescentes em gordura (20%, 30% e 40%) e a mesma quantidade de fibras (14 g/ dia). Rica em gordura aumentou as concentrações fecais de palmítico, esteárico e araquidônico (positivamente associado com aumento de mediadores inflamatórios como PCR e prostaglandina E2 e tromboxano B2). Mesmo com quantidades adequadas de fibras, o alto consumo de gorduras impediu a formação de AGCC. E o maior consumo de gordura reduziu a diversidade bacteriana. AQUISIÇÃO E PREPARO • Cuidado com AG poliinsaturados (óleo de gergelim e linhaça) • Soja, milho, girassol, amendoim (estabilizados pelas vitaminas) • Linhaça (óleo, farinha ou semente) FORMAS DE PREPARO • Cozimento em água • Boa resistência a alteração químicas e físicas • Temperatura insuficiente para oxidação • Cuidado com compostos fenólicos (80ºC) • Cozimento em óleo (fritura) • Aquecimento em fogo moderado e nunca alto • A temperatura indicada para a maioria das frituras encontra-se entre 170°C e 175°C. Acima de 180°C a temperatura é tida como alta e já traz grandes consequências para o óleo OBRIGADA POR HOJE E ATÉ A PROXIMA AULA!!!