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Farmacotécnica II - Avaliação Final (Discursiva)

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24/04/2023, 21:23 Avaliação Final (Discursiva) - Individual
about:blank 1/3
Prova Impressa
GABARITO | Avaliação Final (Discursiva) - Individual (Cod.:828269)
Peso da Avaliação 4,00
Prova 61231125
Qtd. de Questões 2
Nota 8,50
Os medicamentos orais de liberação modificada utilizam tecnologia farmacêutica em prol de paciente. A partir da tecnologia de sistemas matriciais, 
diferentes formas e tempos de liberação do fármaco podem ser obtidas. Observe as figuras a seguir:
Descreve brevemente qual o tipo de sistema matricial é observado nas figuras.
Fonte: PEZZINI, B. R.; SILVA, M. A. S.; FERRAZ, H. G. Formas farmacêuticas sólidas orais de liberação prolongada: sistemas monolíticos e 
multiparticulados. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, 43(12), 2007. Disponível em: 
https://www.researchgate.net/publication/237686594_Formas_farmaceuticas_solidas_orais_de_liberacao_prolongada_sistemas_monoliticos_e_multiparticulados.
Acesso em: 4 ago. 2022.
Resposta esperada
- Figura 1: sistemas matriciais hidrofílicos (denominados, também, de matrizes solúveis e intumescíveis) sofrem hidratação e intumescimento
(formação de uma camada gelificada) a partir da água presente do TGI, que penetra na superfície da forma farmacêutica. Se o IFA presente nessa
camada é solúvel, deve se dissolver e se difundir a partir da matriz, ou, se insolúvel, é liberado a partir de uma erosão. Ao ocorrer a erosão, acontece a
exposição de uma “nova” superfície e o processo se repete. Assim, a velocidade de liberação do medicamento é controlada pela difusão e pela erosão da
forma farmacêutica (normalmente, um comprimido).
- Figura 2: sistemas matriciais lipídicos (também, chamados de insolúveis), após a administração, a água presente nos TGI penetra na FF e dissolve o
IFA, desse modo, formam-se canais na estrutura da matriz, e o IFA passa a ser, gradativamente, liberado por difusão.
- Figura 3: sistema reservatório, nesse há um núcleo revestido de uma matriz polimérica (microporosa ou não) que contém o IFA. Esse núcleo pode ser
um comprimido, um grânulo, um pellet ou um minicomprimido. Quando uma membrana não porosa é utilizada, a liberação é conduzida pela difusão do
IFA através do polímero, e, assim, a difusidade do polímero é o determinante para a velocidade da liberação. No caso de membranas microporosas, o
que determina a liberação do IFA é a difusão dos fluidos do TGI, os quais permeiam esses poros. Nesse sistema, também, é possível recorrer à
alternância entre camadas de ativo e de polímeros hidrossolúveis. O IFA é, gradualmente, liberado, conforme a dissolução da camada de polímero, a
qual está condicionada à espessura e ao polímero empregado.
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24/04/2023, 21:23 Avaliação Final (Discursiva) - Individual
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- Figura 4: sistemas de bombas osmóticas utilizam pressão osmótica para modular a liberação do fármaco. Na superfície, revestida de uma membrana
semipermeável, há um orifício feito a laser (0,4 mm de diâmetro), e, no núcleo, que pode ser um comprimido, em uma cápsula gelatinosa dura ou mole,
está contido o gradiente osmótico que pode ser o próprio ativo ou outro adjuvante. Ao administrar a forma farmacêutica, os fluidos TGI penetram no
núcleo (por atração do agente osmótico), aumentando a pressão interna, o que gera a liberação do IFA dissolvido ou disperso, através do orifício na
membrana. Nesse orifício, só é possível passar IFA em solução. Alguns sistemas osmóticos possuem dois compartimentos: um contém a substância
ativa e outro um polímero hidrofílico (agente osmótico). Quando o solvente penetra, o polímero é hidratado e intumesce, o que aumenta a pressão e
bombeia o IFA, com o solvente, para fora, através do orifício. Esses sistemas são chamados de “push-pull”. O sistema pioneiro de bomba osmótica,
para a liberação de fármacos, é o OROS. Nesse sistema ocorre a entrada de poucas gotas de água penetrem no comprimido a cada hora. A velocidade de
influxo da água e o funcionamento da bomba dependem do gradiente osmótico entre os conteúdos da bicamada do núcleo e do fluido do trato
gastrintestinal. A liberação do fármaco é constante enquanto o gradiente osmótico permanece constante. A velocidade de liberação do fármaco pode ser
alterada com a mudança da área superficial, da espessura ou da composição da membrana e/ou do diâmetro do orifício para a liberação do fármaco. A
velocidade de liberação não é afetada pelo pH do TGI, alimentos ou motilidade gastrintestinal. Os componentes, biologicamente, inertes do comprimido
permanecem intactos durante o trânsito no TGI e são eliminados nas fezes, como um invólucro insolúvel.
Minha resposta
Essas matrizes podem ser elaboradas sob as formas de comprimidos, como ilustrado nas Figuras 1 e 2, cápsulas gelatinosas, grânulos, péletes ou mini
comprimidos. Nos sistemas matriciais, a liberação do fármaco pode envolver processos de intumescimento do polímero, erosão da matriz e difusão do
fármaco. Nas matrizes insolúveis, constituídas por ceras ou polímeros insolúveis, o fármaco é liberado por difusão, como ilustrado na Figura 1. Matriz
insolúvel: após a administração, a água presente nos fluidos TGI penetra na FF e dissolve o fármaco. Após isso, formam-se canais na estrutura da
matriz, através dos quais o fármaco é gradualmente liberado via difusão. Matriz hidrofílica: a água presente no TGI entra na FF, hidratando o polímero,
aumentando o volume e formando uma camada gelificada. O fármaco nessa camada dissolve e difunde a partir da matriz. Quando a camada gelificada
erode, é exposto a superfície da FF e o processo repete. Sistema reservatório: a água entra na FF, dissolvendo o fármaco, e difunde através da membrana
de revestimento na superfície da FF. Bomba osmótica “push-pull”: a água penetra na FF por osmose, desintegrando o núcleo e o polímero hidrofílico
aumenta de volume. A expansão da camada osmótica, é liberado o fármaco através do orifício no revestimento.
Retorno da correção
Parabéns, acadêmico(a)! Sua resposta se aproximou dos objetivos da questão, mas poderia apenas ter apresentado mais argumentos acerca dos
conteúdos disponibilizados nos materiais didáticos e estudos. Confira no quadro "Resposta esperada" a sugestão de resposta para esta questão.
Os comprimidos representam 75% de todas as formas farmacêuticas sólidas de administração oral. Sendo assim, é de suma importância o farmacêutico 
conhecer e entender o passo a passo para sua fabricação. Dentre as diversas fases do processo merece destaque os métodos de obtenção de comprimidos que 
podem ser: granulação úmida, granulação seca e compressão direta.
Descreva as etapas da granulação por via úmida.
Resposta esperada
A granulação por via úmida é amplamente empregada para obtenção de comprimidos. As etapas envolvidas são: pesagem e mistura, preparo da massa
úmida, obtenção da massa úmida em pellets ou grânulos, secagem da granulação, calibração dos grânulos e adição de lubrificação e mistura.
Pesagem e mistura: após cálculo previsto, as quantidades especificadas de fármaco e excipientes devem ser pesadas e misturadas em maquinário
específico até a mistura estar uniforme.
Preparo da massa úmida: um excipiente importante para esse método é o aglutinante líquido, o qual é adicionado para proporcionar a adesão das
partículas de pó, de modo a formar uma massa úmida, que será útil na preparação dos grânulos.
Obtenção da massa úmida em pellets ou grânulos: a massa úmida obtida é passada por um tamis (malha 6 ou 8) para preparar os grânulos. Os
grânulos obtidos são distribuídos uniformemente em grandes bandejas forradas e secos até a obtenção de a peso ou umidade constante.
Secagem da granulação: sugere-se que a secagem dos grânulos seja feita em temperatura controlada (fornos termostatizados)
Calibração dos grânulos: quando secos os grânulos são passados ¿¿por um tamis de malha menor do que a anterior (12 a 20 mesh). O tamanho no
lumem do tamis é dependente do tamanho das punções a serem usados, ou seja, quanto menor for o comprimido a ser produzido,menor os
grânulos.
Adição de lubrificação e mistura: após a calibração dos grânulos, é polvilhado um lubrificante em pó, este tem o objetivo de melhorar o fluxo da
granulação; impedem a adesão da formulação às punções e nas matrizes durante a compressão; reduzem o atrito entre o comprimido e a parede do
molde durante a sua ejeção da máquina. Além de dar brilho ao comprimido acabado.
Minha resposta
Esse processo é muito utilizado na indústria farmacêutica e é baseada na obtenção de granulado através da adição de um agente aglutinante. Este
processo permite a produção de comprimidos com friabilidade e dureza, são mais adequados e permite a compressão dos fármacos com altas
concentrações na formulação, sendo esta sua principal vantagem. E suas principais limitações são relacionadas com fármacos hidrolisáveis, termolábeis
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e o tempo requerido pelo processo. As etapas da granulação à úmido são: preparo da solução do aglutinante, umectação dos pós, granulação da massa,
secagem, calibração. O aglutinante é um composto sólido, é necessário preparar uma soluçåo. É o caso da dissolução do PVP em água ou álcool, do
preparo da goma de amido.... O aglutinante após estar preparado, inicia a umectação dos pós, que ocorre com o equipamento, geralmente uma masseira,
em movimento, espalha-se de maneira uniforme a solução de umectante sobre os pós. O ponto que deve se chegar, é quando ocorre a quebra de massa.
A granulação da massa é feita em seguida, passando por um tamis, em um granulador oscilante. O granulado obtido é coletado em tabuleiros e é
espalhado e levado à estufa. Na secagem, a temperatura e o tempo utilizados vão variar conforme a constituição do produto. Se utilizam estufas com
circulação forçada do ar, ou equipamentos de leito fluidizados. Deverá ser deixada uma umidade residual de 2 ou 3%, que é fundamental para a etapa de
compressão. Após a secagem, acontece a calibração do granulado.
Retorno da correção
Olá, acadêmico(a)! Sua resposta abordou alguns dos elementos da questão com base nos materiais disponibilizados, porém, poderia ter explorado mais
os conteúdos fundamentais da disciplina. Confira no quadro "Resposta esperada" a sugestão de resposta para esta questão.
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