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Asma e DPOC

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1 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
Asma E DPOC 
PROBLEMA 1M2 - FÔLEGO CURTO 
Iracema, 67 anos, foi encaminhada de um Centro de 
Saúde para o ambulatório de Pneumologia do 
Hospital Municipal de Goiânia por apresentar há 4 
anos quadro de tosse produtiva diária com 
expectoração em pequena quantidade e de 
coloração mucóide, pigarro, além de dispnéia 
progressiva aos esforços, chegando a mMRC:4, 
tendo, inclusive, parado de trabalhar em decorrência 
da dispnéia. Refere que nos últimos 5 dias vem 
apresentando piora da tosse com aumento da sua 
frequência e do volume da expectoração, além de 
mudança da coloração da expectoração para 
amarelada e piora da dispnéia. 
Dna Iracema é fumante desde os 15 anos de idade, 
com uma média de 30 cigarros por dia (78 anos-
maço), e até os 18 anos de idade residiu em casa com 
fogão de lenha. Sempre trabalhou com serviços 
gerais e faxina. 
Refere 3 internações hospitalares no último ano por 
apresentar “pneumonias”, com catarro bastante 
amarelado e abundante, além de piora da dispnéia, 
sendo tratada com antibióticos, embora não lembra 
quais. 
No exame físico, há evidência de dispnéia mesmo em 
repouso, com ausência de cianose de extremidades. 
SpO2: 88% em ar ambiente. Tórax com aumento do 
diâmetro ântero-posterior, expansibilidade 
diminuída, hipersonoridade à percussão global e 
murmúrio respiratório diminuído difusamente, com 
alguns roncos bilaterais. FR=20 rpm. Hiposonoridade 
das bulhas cardíacas. Perda da massa muscular em 
membros superiores e inferiores. Peso 52kg, e altura 
de 1,72m (IMC: 17,57). 
Veio com os resultados dos seguintes exames já 
solicitados pelo clínico geral e realizados há 
aproximadamente 20 dias: radiografia de tórax, 
espirometria, teste de caminhada dos 6 minutos e 
gasometria arterial em repouso. 
 
 
 
 
Teste de Caminhada de 6 minutos: 
SpO2 inicial em repouso: 88% 
SpO2 após 6 minutos de caminhada: 82% 
Distância percorrida: 176 metros 
 
Gasometria arterial em repouso e em ar 
ambiente:PaO2: 50mmHg; PaCO2: 38 mmHg e 
SaO2: 86% 
 
Os alunos acharam interessante, porque pouco 
tempo depois, chegou um caso que apresentava 
importantes semelhanças e diferenças do quadro de 
Dona Iracema. 
Thiago, estudante, 14 anos, foi trazido por sua mãe ao 
ambulatório de Pneumologia da UniRV por 
apresentar desde a infância crises de dispnéia, tosse 
seca, sibilância e aperto no peito, relacionadas à 
poeira, mofo, cheiros fortes, fumaça de cigarro e 
 
2 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
mudança climática. Relata melhora dos sintomas após 
o uso de broncodilatadores de curta duração. Refere 
também ficar assintomático nos períodos intercrise. 
Nega uso de qualquer medicação inalatória de 
manutenção para tratamento, mas relata uso 
frequente de corticoide oral e de aerolin spray. 
Apresenta crises frequentes, cerca de 7 ou 8 por ano, 
com necessidade de idas ao Pronto Socorro (última 
ida há cerca de 10 dias), mas nega internações 
prévias. Nos últimos 6 meses, refere piora do quadro 
com sintomas diários, necessidade de uso de aerolin 
spray cerca de 3 a 4 vezes ao dia, despertares 
noturnos frequentes (cerca de 4 vezes por semana), e 
faltas frequentes à escola. Gosta de jogar bola, mas 
ultimamente não está conseguindo direito em 
decorrência de piora da dispnéia e chieira no peito 
durante as partidas. A mãe relata que ele apresenta 
ainda sintomas frequentes de obstrução nasal, 
rinorréia anterior mucóide e espirros, principalmente 
se tiver contato com alérgenos e irritantes. Nega 
epigastralgia em queimação e pirose. Mora com os 
pais, e mais 3 irmãos em casa forrada e com mofos em 
paredes da sala e quartos. Tem 2 cachorros em casa e 
pai é fumante. Refere que uma tia tem asma e que 2 
de seus 3 irmãos apresentam sintomas semelhantes 
aos seus. Ao exame físico: BEG, eupnéico, acianótico. 
AR: MVF com sibilos esparsos e bilateralmente. FR: 16 
ipm. ACV: RCR, 2T, BNF sem sopros. 
Trouxe espirometria solicitada pelo clínico geral que 
o encaminhou. 
 
Instrução: Compreender a Asma e a importância do 
controle ambiental como forma de controle da 
doença e entender a principal doença pulmonar 
obstrutiva relacionada ao tabagismo e à combustão 
de lenha – DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva 
Crônica) 
 
QUESTÕES DE APRENDIZAGEM: 
O1: ESTUDAR SOBRE DOENÇA PULMONAR 
OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) – 
DEFINIÇÃO, EPIDEMIOLOGIA, 
FISIOPATOLOGIA, QUADRO CLÍNICO E 
DIAGNÓSTICO; 
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma 
limitação do fluxo aéreo das vias aéreas inferiores, 
não reversível, provocada por uma resposta 
inflamatória a toxinas inalatórias, principalmente a 
fumaça de cigarro. 
No entanto, diversas outras toxinas também podem 
desencadear este processo. O processo inflamatório 
crônico pode provocar alterações nos brônquios 
(bronquite crônica), bronquíolos (bronquiolite 
obstrutiva) e parênquima pulmonar (enfisema 
pulmonar). 
 
Pacientes com asma que apresentam obstrução 
reversível do fluxo de ar nas vias aéreas inferiores 
NÃO tem DPOC. A asma só pode ser considerada um 
subtipo de DPOC quando causa obstrução não 
reversível com uso de broncodilatadores, ou seja, 
quando mesmo após o uso de broncodilatadores, a 
relação VEF1/CVF < 0,7. Essa relação entre o volume 
expiratório forçado em 1 segundo (VEF1) e 
capacidade vital forçada (CVF), indica existência de 
obstrução, que é uma redução da capacidade 
expiratória. 
 
Cerca de 15% dos tabagistas desenvolvem DPOC no 
decorrer da vida. Além disso, a DPOC tem uma 
relação comprovada com atividades laborais 
específicas, como exposição nas indústrias de 
borracha, plásticos, couro, têxtil, moagem de grãos, 
produtos alimentícios, etc. Entre os fatores genéticos 
que podem causar esta doença, um dos principais é a 
deficiência de alfa-1-antitripsina, que é uma causa 
importante de enfisema em não tabagistas. 
 
Em 2003, a DPOC foi a quinta maior causa de 
internamento no sistema público de saúde no Brasil 
em maiores de 40 anos. Esta doença ocupou, nos 
últimos anos, entre a 4ª e 7ª posição entre as 
principais causas de morte em território nacional. 
SE LIGA! É notório que o tabagismo é a principal 
etiologia da DPOC, no entanto, cerca de 20% dos 
pacientes com DPOC nunca fumaram. É preciso 
realizar uma boa investigação e avaliar exposições 
ocupacionais, ambientais e fatores familiares para não 
deixar de suspeitar de DPOC em pacientes com 
quadro clínico compatível, apenas pela ausência de 
história de tabagismo. 
 
Fisiopatologia: 
 
3 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
A exposição inalatória provoca uma resposta 
inflamatória nas vias respiratórias e nos alvéolos. O 
processo é mediado pelo aumento da atividade da 
protease, liberadas pelos neutrófilos e outras células 
inflamatórias, e pela diminuição da atividade da 
anti-protease. 
As proteases pulmonares provocam a lise da elastina 
e do tecido conjuntivo no processo normal de 
reparação tecidual. A atividade dessas proteases 
costuma ser balanceada por antiproteases, como alfa-
1 antitripsina. Esse desbalanço entre as proteases e 
as antiproteases é o principal mecanismo do 
componente enfisematoso da doença, uma vez 
que causa hiperinsuflação e dificuldade de 
expiração. 
A inflamação causa estreitamento e obstrução das 
vias respiratórias, além de hipersecreção de muco, 
espasmo brônquico, fibrose peribrônquica e 
destruição das pequenas vias respiratórias. Isso 
normalmente costuma ocorrer devido a exposição 
crônica a substâncias inalatórias irritantes (tabagismo 
sendo a causa mais comum), que induzem a uma 
reação inflamatória crônica nas pequenas vias aéreas, 
com presença de linfócitos CD8+, macrófagos e 
neutrófilos. 
Essa inflamação crônica resulta na proliferação das 
células caliciais e hipertrofia das glândulas 
submucosas, causando hipersecretividade de muco e 
estreitamento das pequenas vias aéreas. 
A maior resistência das vias respiratórias aumenta o 
trabalho de respiração. A hiperinsuflação pulmonar, 
emboradiminua a resistência das vias respiratórias, 
também aumenta o esforço respiratório. A força 
expiratória depende, em grande parte, da 
elasticidade pulmonar, que está diminuída na DPOC. 
Trata-se do fenômeno do aprisionamento de ar, que 
promove um aumento do volume residual, da 
capacidade residual funcional e da capacidade 
pulmonar total. 
Este aprisionamento ocorre por causa da degradação 
da elastina alveolar por proteases, como foi dito 
anteriormente. A elastina é um componente 
responsável por resistir à insuflação, auxiliando o 
esforço expiratório, algo semelhante ao que 
observamos em uma bola inflável, em que o 
componente elástico resiste à distensão e busca 
retornar ao seu estado de repouso. 
Os espaços alveolares dilatados às vezes se fundem 
em bolhas, definidas como espaços aéreos ≥ 1 cm de 
diâmetro. As bolhas podem estar totalmente vazias ou 
ter filamentos de tecido pulmonar que as atravessam 
em áreas de enfisema localmente e, ocasionalmente, 
ocupam todo o hemitórax. 
 
Sinais e sintomas: 
A DPOC leva anos para se desenvolver e progredir. A 
maioria dos pacientes fumou ≥ 20 cigarros/dia 
durante mais de 20 anos. 
Habitualmente, a tosse produtiva é o sintoma inicial 
em pacientes tabagistas com 40 a 50 anos de idade. 
A dispneia que é progressiva, persistente, relacionada 
com o esforço ou que piora na vigência de infecção 
respiratória surge eventualmente no momento em 
que o paciente está entre os 50 e os 60 anos de idade. 
Em geral, os sintomas progridem rapidamente em 
pacientes que continuam a fumar e têm exposição 
mais elevada ao tabaco durante a vida toda. A cefaleia 
matinal desenvolve-se na doença mais avançada e 
sinaliza hipercapnia ou hipoxemia noturnas. 
Os sinais de doença pulmonar obstrutiva crônica 
incluem sibilos, uma fase expiratória prolongada da 
respiração; hiperinsuflação pulmonar que se 
manifesta pela atenuação dos sons cardíacos e 
pulmonares; e aumento do diâmetro anteroposterior 
do tórax (tórax em barril). Pacientes com enfisema 
avançado perdem peso e desenvolvem perda 
muscular decorrente da imobilidade; hipóxia; ou da 
liberação de mediadores inflamatórios sistêmicos, 
como FNT-alfa. 
Os sinais da doença avançada envolvem respiração 
com lábios cerrados, uso de músculos respiratórios 
acessórios, movimento paradoxal da caixa torácica 
inferior para dentro durante a inspiração (sinal de 
Hoover) e cianose. Os sinais de cor pulmonale 
incluem distensão da veia do pescoço; 
desdobramento da 2ª bulha cardíaca, com 
hiperfonese do componente pulmonar; sopro da 
insuficiência tricúspide; e edema periférico. Os 
impulsos do ventrículo direito são incomuns na 
doença pulmonar obstrutiva crônica, em virtude da 
hiperinsuflação pulmonar. 
O pneumotórax espontâneo pode ocorrer 
(possivelmente relacionado com ruptura das bolhas) 
e deve-se suspeitar dele em qualquer paciente com 
doença pulmonar obstrutiva crônica cujo estado 
pulmonar piora de maneira abrupta. 
Os sintomas podem ser classificados de acordo com 
as atividades que causam dispneia. 
 
 
 
Exacerbações agudas 
As agudizações ocorrem de forma esporádica 
durante a evolução da doença pulmonar obstrutiva 
crônica e são anunciadas pelo aumento da gravidade 
dos sintomas. A causa específica de qualquer 
 
4 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
exacerbação é quase sempre impossível de ser 
determinada, mas as exacerbações são 
frequentemente atribuídas à infecção da via 
respiratória superior de etiologia viral, bronquite 
bacteriana aguda ou exposição a irritantes 
respiratórios. À medida que a doença pulmonar 
obstrutiva crônica progride, as agudizações tendem a 
se tornar mais frequentes, chegando a cerca de 1 a 3 
episódios/ano. 
 
Diagnóstico da DPOC: 
• Exames de imagem do tórax 
• Testes de função pulmonar 
Sugere-se o diagnóstico pela história clínica, exame 
físico e achados de exames de imagem do tórax e é 
confirmado por testes de função pulmonar. Sintomas 
semelhantes podem ser causados por asma, 
insuficiência cardíaca e bronquiectasia (ver tabela 
Diagnóstico diferencial da doença pulmonar 
obstrutiva crônica). Doença pulmonar obstrutiva 
crônica e asma são, às vezes, facilmente confundidas 
e podem se sobrepor (chamada sobreposição de 
doença pulmonar obstrutiva crônica e asma). 
As doenças sistêmicas que podem ter um 
componente de limitação do fluxo aéreo podem ser 
sugestivas de doença pulmonar obstrutiva crônica e 
incluem a infecção pelo vírus da imunodeficiência 
humana (HIV), sarcoidose, síndrome de Sjögren, 
bronquiolite obliterante, linfangioliomiomatose e 
granuloma eosinofílico. Pode-se diferenciar a doença 
pulmonar obstrutiva crônica das doenças pulmonares 
intersticiais por exames de imagem do tórax, que 
mostram aumento das marcações intersticiais nas 
doenças pulmonares intersticiais, e testes de função 
pulmonar, que revelam um defeito ventilatório 
restritivo em vez de um defeito obstrutivo. Em alguns 
pacientes, a doença pulmonar obstrutiva crônica e 
doenças pulmonares intersticiais coexistem [fibrose 
pulmonar e enfisema combinados (FPEC)]. Nesse 
caso, os volumes pulmonares estão relativamente 
preservados, mas as trocas gasosas estão gravemente 
comprometidas. 
 
 
 
 
 
 
Testes de função pulmonar: 
Pacientes com suspeita de doença pulmonar 
obstrutiva crônica devem ser submetidos a testes de 
função pulmonar para confirmar a limitação do fluxo 
aéreo e quantificar a sua gravidade e reversibilidade 
e para distinguir a doença pulmonar obstrutiva 
crônica de outros distúrbios. (Alguns especialistas 
recomendam rastreamento com testes de função 
pulmonar a todos os pacientes com história de 
tabagismo.) Os testes de função pulmonar também 
são úteis para o acompanhamento da progressão da 
doença e o monitoramento da resposta ao 
tratamento. Os principais testes diagnósticos são 
• VEF1: o volume de ar expirado vigorosamente 
durante o primeiro segundo depois de fazer uma 
inspiração completa 
• Capacidade vital forçada (CVF): o volume total de 
ar expirado com força máxima 
• Curvas de fluxo-volume: registros espirométricos 
simultâneos do volume e fluxo aéreos durante 
expiração e inspiração máximas 
A redução do VEF1, da CVF e da razão VEF1/CVF é 
um aspecto característico da obstrução das vias 
respiratórias. As curvas de fluxo-volume revelam 
padrão côncavo do traçado expiratório. 
 
5 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
 
 
Há 2 vias básicas pelas quais a doença pulmonar 
obstrutiva crônica pode se desenvolver e se 
manifestar com sintomas mais tarde na vida: 
• Na primeira via, os pacientes podem ter função 
pulmonar normal no início da idade adulta, o que 
é seguido por um declínio mais rápido do VEF1 
(cerca de ≥ 60 mL/ano). 
• Com a segunda via, os pacientes têm função 
pulmonar prejudicada no início da idade adulta, 
frequentemente associada à asma ou a outras 
doenças respiratórias da infância. Nesses 
pacientes, a doença pulmonar obstrutiva crônica 
pode apresentar-se com um declínio normal 
relacionado com a idade no VEF1 (cerca de 30 
mL/ano). 
Embora esse modelo de 2ª via seja conceitualmente 
útil, é possível uma ampla variedade de trajetórias 
individuais (1). Quando o VEF1 cai abaixo de 1 L, os 
pacientes desenvolvem dispneia durante as 
atividades cotidianas [embora a dispneia esteja mais 
relacionada ao grau de hiperinsuflação dinâmica 
(hiperinsuflação progressiva devido à exalação 
incompleta) do que ao grau de limitação ao fluxo 
aéreo]. Quando o VEF1 cai abaixo de cerca de 0,8 L, 
os pacientes têm risco de hipoxemia, hipercapnia e 
cor pulmonale. 
VEF1 e CVF são facilmente medidos com espirometria 
no consultório. Os valores normais de referência são 
determinados por idade, sexo e altura do paciente. É 
controverso se deve-se ajustar os valores de acordo 
com a raça e/ou etnia. Pode-se classificar a gravidade 
da limitação das vias respiratórias em pacientes com 
doença pulmonar obstrutiva crônica e VEF1/CVF < 
0,70 com base no VEF1 pós-broncodilatador (2): 
• Leve: ≥80% do previsto 
• Moderada: 50% a 79% do previsto 
• Grave: 30% a 49% do previsto 
• Muito grave: < 30% do previsto 
 
Testes adicionais da função pulmonar só são 
necessários em circunstâncias específicas, como antes 
de procedimentos de redução do volume pulmonar. 
Outras anormalidades nos testes podem incluir 
• Aumento total da capacidade pulmonar 
• Aumento da capacidade residual funcional 
• Aumento do volume residual 
• Diminuição da capacidade vital 
• Diminuição da capacidade de difusão de 
monóxido de carbono em respiração única 
(DLCO) 
Achados de aumento da capacidade pulmonar total, 
capacidade residual funcional e volume residual 
podem ajudar a diferenciar doença pulmonar 
obstrutiva crônica de pneumopatia restritiva, em que 
essas medições estão reduzidas. 
A diminuição de DLCO é inespecífica, estando 
reduzida em outras enfermidades que comprometem 
o leito vascular pulmonar, como acontece na 
pneumopatia intersticial, mas pode ajudar a distinguir 
a DPOC da asma, em que a DLCO está normal ou 
elevada. 
 
Exames de imagem: 
Radiografia do tórax pode revelar achados 
característicos. Nos pacientes com enfisema, as 
alterações podem incluir hiperinsuflação pulmonar 
manifestada pela retificação do diafragma (aumento 
do ângulo formado pelo esterno e diafragma anterior 
do valor normal de 45° para > 90°, na incidência 
lateral), rápida atenuação dos vasos hilares e bolhas 
(isto é, radiolucências > 1 cm circundadas por 
sombras lineares delgadas e arqueadas). Outros 
achados típicos incluem aumento do espaço aéreo 
retroesternal e uma sombra cardíaca estreita. 
Alterações enfisematosas localizadas 
predominantemente nas bases pulmonares indicam 
deficiência de alfa-1 antitripsina. Os pulmões podem 
ter aspecto normal ou revelar aumento da 
transparência secundária à perda de parênquima. A 
radiografia de tórax de pacientes com bronquite 
obstrutiva crônica pode ser normal ou demonstrar 
acentuação da trama broncovascular em ambas as 
bases, decorrente do espessamento da parede 
brônquica. 
A proeminência dos hilos pode sugerir o aumento das 
artérias pulmonares centrais, observado na vigência 
de hipertensão pulmonar. A dilatação do ventrículo 
direito evidenciada no cor pulmonale pode ser 
mascarada pela hiperinsuflação pulmonar ou se 
manifestar por meio da invasão do espaço 
retroesternal pela imagem cardíaca ou por meio do 
alargamento da imagem cardíaca transversa, em 
comparação com radiografias de tórax pregressas. 
 
TC do tórax pode revelar anormalidades que não são 
aparentes na radiografia de tórax, sugestivas de 
doenças coexistentes ou complicações, como 
pneumonia, pneumoconiose ou câncer pulmonar. A 
TC ajuda a avaliar a extensão e a distribuição do 
enfisema, estimadas por quantificação visual ou por 
análise da distribuição da densidade pulmonar. 
Indicações para a realização de TC em pacientes com 
doença pulmonar obstrutiva crônica são avaliação 
para cirurgia de redução do volume pulmonar, 
suspeita de doenças coexistentes ou complicadoras 
que não são claramente evidentes ou não foram 
detectadas pela radiografia de tórax, suspeita de 
 
6 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
câncer de pulmão e triagem para câncer de pulmão. 
O aumento do diâmetro da artéria pulmonar acima do 
diâmetro da aorta ascendente sugere hipertensão 
pulmonar (3). 
 
Exames adjuntivos 
Devem-se avaliar os níveis de alfa1-antitripsina em 
pacientes com < 50 anos e doença pulmonar 
obstrutiva crônica sintomática, bem como em não 
fumantes de qualquer idade com doença pulmonar 
obstrutiva crônica para detectar a deficiência de alfa-
1 antitripsina. Outras indicações de possível 
deficiência de alfa-1 antitripsina incluem história 
familiar de doença pulmonar obstrutiva crônica 
precoce ou doença hepática inexplicável, distribuição 
do enfisema no lobo inferior e doença pulmonar 
obstrutiva crônica associada à vasculite positiva para 
anticorpo citoplasmático antineutrófilo (ANCA). Se os 
níveis de alfa-1 antitripsina forem baixos, o 
diagnóstico deverá ser confirmado por exame 
genético para estabelecer o fenótipo da alfa-1 
antitripsina. 
ECG, muitas vezes realizado para excluir causas 
cardíacas de dispneia, caracteristicamente revela a 
diminuição difusa da voltagem de QRS, com eixo 
cardíaco vertical decorrente da hiperinsuflação 
pulmonar, e o aumento da voltagem da onda P ou o 
desvio para a direita do vetor da onda P, em razão da 
sobrecarga atrial direita, em pacientes com enfisema 
avançado. Os achados de sobrecarga ventricular 
direita envolvem a onda R ou R’, com amplitude maior 
ou igual à onda S na derivação V1; a onda R menor 
que a onda S na derivação V6; o desvio do eixo para 
a direita > 110° sem bloqueio do ramo direito; ou 
alguma combinação destes. A taquicardia atrial 
multifocal, arritmia que pode acompanhar a doença 
pulmonar obstrutiva crônica, manifesta-se por 
taquiarritmia com ondas P polimórficas e intervalos PR 
variáveis. 
Ocasionalmente, a ecocardiografia é útil para a 
avaliação da função ventricular direita e da 
hipertensão pulmonar, embora seja tecnicamente 
difícil em pacientes com doença pulmonar obstrutiva 
crônica. Com frequência, está indicada quando há 
presunção da coexistência de doença ventricular 
esquerda ou valvopatia. 
A hemoglobina e o hematócrito tem baixo valor 
diagnóstico na avaliação da doença pulmonar 
obstrutiva crônica, mas pode revelar eritrocitemia 
(hematócrito > 48%) como um reflexo da hipoxemia 
crônica. Pacientes com anemia (por outros moti-vos 
que doença pulmonar obstrutiva crônica) têm 
dispneia desproporcionalmente grave. A contagem 
diferencial de leucócitos pode ser útil. Um crescente 
corpo de evidências indica que a eosinofilia prediz 
responsividade a corticoides inaláveis. 
Os eletrólitos séricos são de pouco valor, mas podem 
mostrar um nível elevado de bicarbonato se os 
pacientes tiverem hipercapnia crônica. Gasometria 
venosa é útil para o diagnóstico da hipercapnia aguda 
ou crônica. 
 
https://www.sanarmed.com/doenca-pulmonar-
obstrutiva-cronica-dpoc 
https://www.msdmanuals.com/pt-
br/profissional/dist%C3%BArbios-
pulmonares/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-
cr%C3%B4nica-e-doen%C3%A7as-
relacionadas/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-
cr%C3%B4nica-dpoc#v48768995_pt 
 
O2: CLASSIFICAR DPOC CONFORME A 
GRAVIDADE (GOLD), ESTABELECER 
CRITÉRIOS PARA USO DE 
OXIGENIOTERAPIA DOMICILIAR 
PROLONGADA NA DPOC E DISCUTIR SOBRE 
TRATAMENTO DE DPOC (CRÔNICO E NA 
EXACERBAÇÃO) 
Critérios da Global Initiative for Chronic 
Obstructive Lung Disease (GOLD): 
Classificação da gravidade da limitação do fluxo 
aéreo na doença pulmonar obstrutiva crônica 
(DPOC): 
Nos testes de função pulmonar, uma razão de 
VEF1/CVF (volume expiratório forçado no primeiro 
segundo/capacidade vital forçada) pós-
broncodilatador <0.70 é geralmente considerada 
diagnóstica para DPOC. O sistema Global Initiative for 
Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) categoriza 
a limitação do fluxo aéreo em estágios. Em pacientes 
com VEF1/CVF <0.70: 
• GOLD 1 - leve: VEF1 ≥80% do predito 
• GOLD 2 - moderada: 50% ≤ VEF1 <80% do 
predito 
• GOLD 3 - grave: 30% ≤ VEF1 <50% do predito 
• GOLD 4 - grave: VEF1 <30% do predito 
 
As diretrizes GOLD usam uma abordagem de 
avaliação da DPOC combinada para agrupar 
pacientes de acordo com os sintomas e história 
pregressa de exacerbações. Os sintomas são 
avaliados usando a escala do Modified British Medical 
Research Council (mMRC) ou do Teste de Avaliação 
da DPOC. Estes podem ser encontrados nas diretrizes 
da GOLD. Precauções da GOLD contra o uso da 
escala de dispneia mMRC isoladamente para avaliar 
os pacientes, pois os sintomas da DPOC vão além de 
apenas dispneia. Por esse motivo, o CAT é preferível. 
No entanto, a GOLD reconhece que o uso da escala 
mMRC é disseminado; dessa forma, um limite de um 
grau ≥2 na mMRC ainda é incluído para se definirem 
os pacientes com "mais falta de ar" em comparação 
com os pacientes com "menos falta de ar" em seus 
critérios de avaliação. 
•Grupo A: baixo risco (0-1 exacerbação por ano, 
sem necessidade de hospitalização) e menos 
sintomas (mMRC 0-1 ou CAT <10) 
• Grupo B: baixo risco (0-1 exacerbação por ano, 
sem necessidade de hospitalização) e mais 
sintomas (mMRC ≥2 ou CAT ≥10) 
• Grupo C: alto risco (≥2 exacerbações por ano, ou 
uma ou mais exacerbações com necessidade de 
https://www.sanarmed.com/doenca-pulmonar-obstrutiva-cronica-dpoc
https://www.sanarmed.com/doenca-pulmonar-obstrutiva-cronica-dpoc
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-e-doen%C3%A7as-relacionadas/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-dpoc#v48768995_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-e-doen%C3%A7as-relacionadas/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-dpoc#v48768995_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-e-doen%C3%A7as-relacionadas/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-dpoc#v48768995_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-e-doen%C3%A7as-relacionadas/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-dpoc#v48768995_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-e-doen%C3%A7as-relacionadas/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-dpoc#v48768995_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-e-doen%C3%A7as-relacionadas/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-dpoc#v48768995_pt
 
7 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
hospitalização) e menos sintomas (mMRC 0-1 ou 
CAT <10) 
• Grupo D: alto risco (≥2 exacerbações por ano, ou 
uma ou mais exacerbações com necessidade de 
hospitalização) e mais sintomas (mMRC ≥2 ou 
CAT ≥10). 
 
https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-
br/7/criteria#:~:text=GOLD%201%20%2D%20leve%
3A%20VEF1%20%E2%89%A5,%3A%20VEF1%20%3
C30%25%20do%20predito 
 
Oxigênio: 
O oxigênio é essencial à vida, mas em algumas 
doenças é preciso que se faça sua suplementação 
para enriquecer o ar para seu melhor aproveitamento 
pelo corpo. 
Ele está presente na proporção de vinte e um por 
cento no ar que respiramos. 
Por volta dos anos 80 houve a confirmação, através 
dos estudos clássicos The UK Medical Research 
Council - MRC (na Inglaterra) e The US Nocturnal 
Oxigen Therapy Trial - NOTT (EUA), de que o uso do 
oxigênio de forma prolongada melhorava a qualidade 
de vida e aumentava a expectativa de vida de 
pacientes com DPOC. 
Nos dias atuais a oxigenoterapia domiciliar por tempo 
prolongado é o tratamento mais eficaz para pacientes 
com insuficiência respiratória crônica e hipoxemia. 
A insuficiência respiratória crônica (IRC) costuma ser a 
fase final de várias doenças respiratórias e é a 
expressão clínica da incapacidade prolongada e 
progressiva da manutenção das pressões normais de 
oxigênio e gás carbônico no sangue. É geralmente 
secundária a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica 
(DPOC) ou, menos frequentemente a outras doenças, 
como por exemplo, as fibroses pulmonares, as 
bronquiectasias, as sequelas de tuberculose, a fibrose 
cística, doenças da circulação pulmonar ou outras 
doenças que acometam a caixa torácica ou outros 
sistemas orgânicos (músculos, nervos, colágeno, etc.), 
sendo definida por meio de exame de gasometria 
arterial com achado de valores permanentemente 
baixos de oxigênio e, em algumas circunstâncias, de 
elevação na concentração de gás carbônico. 
Os pacientes portadores de hipoxemia crônica 
apresentam comprometimento físico, psíquico e 
social importante com deterioração da qualidade de 
vida e necessitam frequentemente de internação 
hospitalar, principalmente pelos períodos de 
exacerbação, mas também pela própria condição da 
hipoxemia. 
A suplementação de oxigênio é fundamentada no 
conceito de que é imprescindível para uma 
homeostase orgânica adequada a manutenção de um 
nível estável e mínimo de oxigênio no sangue, que é 
uma PaO2 ≥60mmHg. 
A maior parte dos países desenvolvidos adotou a 
oxigenoterapia domiciliar prolongada (ODP) como 
agenda de governo, visando preservar a vida dos 
portadores de hipoxemia crônica, e reduzir os custos 
do sistema, imaginando-se que a terapia domiciliar 
pode reduzir de modo importante as internações, 
muito mais onerosas que o tratamento domiciliar. 
Contudo em auditorias feitas em alguns países 
mostrou-se que os gastos podem se elevar muito 
acima do esperado, principalmente por dois motivos: 
não há observância das indicações corretas do uso da 
oxigenoterapia e não há controle de sua evolução ao 
longo do tempo (por exemplo, um paciente, que por 
uma exacerbação do quadro, precisou de ODP por 
certo período, continuava fazendo uso, após sua 
melhora, por falta de controle). 
 
DEFINIÇÃO DA INDICAÇÃO: 
Hipoxêmico crônico é todo o paciente portador de 
condição pulmonar que leve a níveis de dessaturação 
da hemoglobina que correspondam a uma pressão 
parcial de oxigênio no sangue arterial (PaO2) de 
55mmHg ou menos, estando esses enfermos em fase 
de estabilidade clínica, ou seja, na ausência de fatores 
de exacerbação como infecção, broncoespasmo ou 
insuficiência cardíaca associada, e com o uso regular 
das medidas terapêuticas habitualmente 
recomendadas, em doses adequadas. 
INDICAÇÃO DE TRATAMENTO: 
Segundo normas elaboradas pela Sociedade 
Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, que segue 
consensos internacionais sobre o assunto, a American 
Thoracic Society (ATS) e a European Respiratory 
Society (ERS), as indicações de oxigenioterapia 
domiciliar prolongada são: 
a) PaO2 igual ou inferior a 55mmHg ou SaO2 igual 
ou inferior a 88%, ou 
b) PaO2 entre 56-59mmHg ou SaO2 igual ou inferior 
a 89%, associado a 
 1)Edema por insuficiência cardíaca; 
 2)Evidência de cor pulmonale: clínica e 
ecocardiograma; 
 3)Hematócrito superior a 56%. 
 
https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Consulta%20P%
C3%BAblica/Oxigenoterapia/PROTOCOLO%20DO%
20PROGRAMA%20DE%20OXIGENOTERAPIA%20D
OMICILIAR%20PROLONGADA%2001%202017.pdf 
 
Tratamento de DPOC (crônico e na exacerbação) 
• Cessação do tabagismo 
• Broncodilatadores inalatórios, corticoides, ou 
ambos 
• Tratamento de suporte (p. ex. suplementação de 
oxigênio, reabilitação pulmonar) 
O tratamento da doença pulmonar obstrutiva crônica 
engloba o tratamento da doença crônica estável e 
prevenção e tratamento de exacerbações. 
Parar de fumar é fundamental no tratamento da 
doença pulmonar obstrutiva crônica. 
O tratamento da doença pulmonar obstrutiva crônica 
estável visa prevenir as exacerbações e melhorar as 
funções pulmonar e física. Aliviar os sintomas 
rapidamente, sobretudo com fármacos beta-
adrenérgicos de ação rápida e diminuir as 
exacerbações com corticoides inalatórios, fármacos 
beta-adrenérgicos de ação prolongada, 
https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/7/criteria#:~:text=GOLD%201%20%2D%20leve%3A%20VEF1%20%E2%89%A5,%3A%20VEF1%20%3C30%25%20do%20predito
https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/7/criteria#:~:text=GOLD%201%20%2D%20leve%3A%20VEF1%20%E2%89%A5,%3A%20VEF1%20%3C30%25%20do%20predito
https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/7/criteria#:~:text=GOLD%201%20%2D%20leve%3A%20VEF1%20%E2%89%A5,%3A%20VEF1%20%3C30%25%20do%20predito
https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/7/criteria#:~:text=GOLD%201%20%2D%20leve%3A%20VEF1%20%E2%89%A5,%3A%20VEF1%20%3C30%25%20do%20predito
https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Consulta%20P%C3%BAblica/Oxigenoterapia/PROTOCOLO%20DO%20PROGRAMA%20DE%20OXIGENOTERAPIA%20DOMICILIAR%20PROLONGADA%2001%202017.pdf
https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Consulta%20P%C3%BAblica/Oxigenoterapia/PROTOCOLO%20DO%20PROGRAMA%20DE%20OXIGENOTERAPIA%20DOMICILIAR%20PROLONGADA%2001%202017.pdf
https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Consulta%20P%C3%BAblica/Oxigenoterapia/PROTOCOLO%20DO%20PROGRAMA%20DE%20OXIGENOTERAPIA%20DOMICILIAR%20PROLONGADA%2001%202017.pdfhttps://saude.es.gov.br/Media/sesa/Consulta%20P%C3%BAblica/Oxigenoterapia/PROTOCOLO%20DO%20PROGRAMA%20DE%20OXIGENOTERAPIA%20DOMICILIAR%20PROLONGADA%2001%202017.pdf
 
8 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
anticolinérgicos de ação prolongada, ou uma 
combinação. 
A reabilitação pulmonar prevê o treinamento com 
exercícios estruturados e supervisionados, orientação 
nutricional e instruções sobre como se cuidar. 
Indica-se oxigenioterapia para pacientes 
selecionados. 
O tratamento das exacerbações assegura oxigenação 
adequada e pH sanguíneo próximo do normal, 
reverte a obstrução das vias respiratórias e trata 
qualquer causa. 
https://www.msdmanuals.com/pt-
br/profissional/dist%C3%BArbios-
pulmonares/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-
cr%C3%B4nica-e-doen%C3%A7as-
relacionadas/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-
cr%C3%B4nica-
dpoc#:~:text=O%20tratamento%20%C3%A9%20co
m%20broncodilatadores,com%20a%20frequ%C3%A
Ancia%20das%20exacerba%C3%A7%C3%B5es. 
https://www.msdmanuals.com/pt-
br/profissional/dist%C3%BArbios-
pulmonares/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-
cr%C3%B4nica-e-doen%C3%A7as-
relacionadas/tratamento-da-doen%C3%A7a-
pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-
est%C3%A1vel#v67113409_pt 
 
O3: ESTUDAR ASMA – DEFINIÇÃO, 
EPIDEMIOLOGIA, FISIOPATOLOGIA, 
QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO; 
A asma brônquica é uma doença caracterizada por 
inflamação difusa das vias respiratórias, 
desencadeada por diversos estímulos deflagradores, 
que resulta em broncoconstrição parcial ou 
completamente reversível. 
Epidemiologia: 
Asma é uma das doenças crônicas mais comuns da 
infância, afetando cerca de 6 milhões de crianças nos 
EUA. Também ocorre com mais frequência em negros 
não hispânicos e porto-riquenhos. 
A asma está entre as principais causas de 
hospitalização em crianças e é a principal causa de 
absenteísmo escolar. Estima-se que asma custe US$ 
56 bilhões/ano em cuidados médicos e perda de 
produtividade. 
A maior prevalência de asma brônquica foi associada 
ao aumento da obesidade. Por causa dessa 
associação, agora considera-se a obesidade um 
importante fator de risco modificável para asma 
brônquica. A obesidade muitas vezes precede o 
diagnóstico da asma brônquica. Os principais 
mediadores envolvidos em estudos observacionais e 
transversais são a leptina, adipocinas e a IL-6 sérica. 
Entretanto, os mecanismos subjacentes ainda não são 
conhecidos. Vários estudos mostraram diminuição da 
gravidade e exacerbações da asma brônquica após 
perda ponderal. 
 
Etiologia: 
O desenvolvimento de asma tem múltiplos fatores e 
depende de interações entre múltiplos genes 
suscetíveis e fatores ambientais. 
Mais de 100 genes de susceptibilidade à asma foram 
descritos. Acredita-se que muitos pertençam à ampla 
categoria de células T-helper tipo 2 (TH2) e podem 
desempenhar um papel em inflamações. 
Os fatores ambientais do risco de asma podem ser: 
• Exposição a alergênios 
• Dieta 
• Fatores perinatais 
As evidências implicam claramente alérgenos 
domésticos (p. ex., pó oriundo de ácaros, baratas e 
animais de estimação) e outros alérgenos ambientais 
no desenvolvimento da doença em crianças mais 
velhas e adultos. Alimentação com baixo teor de 
vitaminas C, E e ácidos graxos ômega 3 foi 
relacionada à asma; mas vários estudos que 
corroboram a influência da dieta são limitados pelo 
tamanho da amostra ou não levaram em conta as 
diferenças de fatores socioeconômicos, ambientais e 
demográficos. A suplementação dietética com essas 
substâncias não parece prevenir a asma brônquica. A 
asma também é relacionada com fatores perinatais, 
como baixa idade materna, nutrição materna precária, 
prematuridade, baixo peso ao nascer e ausência de 
aleitamento materno. 
Componentes genéticos e ambientais podem 
interagir. Lactentes podem nascer com predisposição 
para respostas imunitárias pró-alérgicas e pró-
inflamatórias do tipo 2 (T2) (respostas imunitárias 
relacionadas com as células T-helper 2). A resposta 
pró-inflamatória T2 caracteriza-se pelo crescimento e 
ativação de eosinófilos e produção de IgE. A asma 
brônquica com esse padrão de inflamação era 
frequentemente chamada de asma eosinofílica. No 
início da infância, a exposição a endotoxinas e 
infecções bacterianas e virais conduzem o corpo a 
respostas das células T-helper tipo 1 (TH1), o que 
suprime as TH2 e induz tolerância. As respostas do 
tipo 1 (T1) são caracterizadas pela proliferação das 
células T-helper tipo 1. A tendência a famílias menores 
com menos filhos, ambientes internos mais limpos e 
uso precoce de vacinas e antibióticos podem privar as 
crianças dessa supressão de TH2 e das exposições 
indutoras de tolerância e explicar parcialmente o 
aumento contínuo da prevalência da asma nos países 
desenvolvidos (hipótese da higiene). 
 
Fisiopatologia: 
A asma envolve 
• Broncoconstrição 
• Edema e inflamação das vias respiratórias 
• Hiper-reatividade das vias respiratórias 
• Remodelamento das vias respiratórias 
Em asmáticos, as células TH2 e outros tipos celulares 
— notavelmente, eosinófilos e mastócitos, mas 
também outros subtipos CD4+ e neutrófilos — formam 
um infiltrado inflamatório extenso, no epitélio e na 
musculatura lisa das vias respiratórias, levando ao 
remodelamento desta última (isto é, descamação, 
fibrose subepitelial e hipertrofia da musculatura lisa). 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-e-doen%C3%A7as-relacionadas/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-dpoc#:~:text=O%20tratamento%20%C3%A9%20com%20broncodilatadores,com%20a%20frequ%C3%AAncia%20das%20exacerba%C3%A7%C3%B5es
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-e-doen%C3%A7as-relacionadas/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-dpoc#:~:text=O%20tratamento%20%C3%A9%20com%20broncodilatadores,com%20a%20frequ%C3%AAncia%20das%20exacerba%C3%A7%C3%B5es
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-e-doen%C3%A7as-relacionadas/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-dpoc#:~:text=O%20tratamento%20%C3%A9%20com%20broncodilatadores,com%20a%20frequ%C3%AAncia%20das%20exacerba%C3%A7%C3%B5es
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-e-doen%C3%A7as-relacionadas/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-dpoc#:~:text=O%20tratamento%20%C3%A9%20com%20broncodilatadores,com%20a%20frequ%C3%AAncia%20das%20exacerba%C3%A7%C3%B5es
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-e-doen%C3%A7as-relacionadas/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-dpoc#:~:text=O%20tratamento%20%C3%A9%20com%20broncodilatadores,com%20a%20frequ%C3%AAncia%20das%20exacerba%C3%A7%C3%B5es
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-e-doen%C3%A7as-relacionadas/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-dpoc#:~:text=O%20tratamento%20%C3%A9%20com%20broncodilatadores,com%20a%20frequ%C3%AAncia%20das%20exacerba%C3%A7%C3%B5es
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-e-doen%C3%A7as-relacionadas/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-dpoc#:~:text=O%20tratamento%20%C3%A9%20com%20broncodilatadores,com%20a%20frequ%C3%AAncia%20das%20exacerba%C3%A7%C3%B5es
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https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-e-doen%C3%A7as-relacionadas/tratamento-da-doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-est%C3%A1vel#v67113409_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-e-doen%C3%A7as-relacionadas/tratamento-da-doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-est%C3%A1vel#v67113409_pt
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https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-e-doen%C3%A7as-relacionadas/tratamento-da-doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-est%C3%A1vel#v67113409_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-e-doen%C3%A7as-relacionadas/tratamento-da-doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-est%C3%A1vel#v67113409_pt
 
9 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
A hipertrofia da musculatura lisa obstrui as vias 
respiratórias e aumenta a reatividade a alergênios, 
infecções, irritantes, estimulação parassimpática (o 
que provoca a liberação de neuropeptídeos pró-
inflamatórios, como substância P, neurocinina A e 
peptídeo relacionado geneticamente à calcitonina) e 
outros deflagradores broncoconstritivos. 
Contribuintes adicionais à hiper-reatividade da via 
respiratória envolvem a perda de inibidores da 
broncoconstrição (fator relaxante derivado do epitélio 
e prostaglandina E2) e de outras substâncias que 
metabolizam broncoconstritores endógenos 
(endopeptidases), em virtude da descamação do 
epitélio e do edema da mucosa. O tamponamento 
mucoso e a eosinofilia sanguínea periférica 
constituem achados adicionais clássicos na asma e 
podem ser um epifenômeno da inflamação da via 
respiratória. Entretanto, nem todos os pacientes com 
asma têm eosinofilia. 
Gatilhos da asma 
• Os gatilhos comuns da exacerbação da asma 
incluem 
• Alergênios ambientais e ocupacionais 
• Ar frio e seco 
• Infecções 
• Exercício 
• Inalação de agentes irritantes 
• Emoção 
• Ácido acetilsalicílico e outros anti-inflamatórios 
não esteroides (AINEs) 
• Doença do refluxo gastresofágico (DRGE) 
 
Os desencadeadores de infecção em crianças 
pequenas incluem vírus sincicial respiratório, rinovírus 
e infecção pelo vírus parainfluenza. Em crianças 
maiores e adultos, as infecções do trato respiratório 
superior (particularmente por rinovírus) e pneumonia 
são desencadeadores infecciosos comuns. Exercícios 
podem ser um gatilho, principalmente em ambientes 
frios ou secos, e ar frio por si só também pode 
desencadear os sintomas. Irritantes inalados, como 
poluição do ar, fumaça de cigarro, perfumes e 
produtos de limpeza também podem desencadear os 
sintomas nos pacientes com asma. (Irritantes inalados 
que desencadeiam exacerbações da asma brônquica 
atuam induzindo uma resposta T2, em contraste com 
o que acontece na síndrome de disfunção reativa das 
vias respiratórias e na asma crônica induzida por 
irritantes.) Emoções como ansiedade, raiva e agitação 
algumas vezes desencadeiam exarcerbações. 
O ácido acetilsalicílico é o deflagrador em até 30% 
dos pacientes com asma grave e em até 10% de todos 
os asmáticos. A asma sensível ao ácido acetilsalicílico 
é tipicamente acompanhada de pólipos nasais com 
congestão nasal e dos seios da face, que é um quadro 
conhecido como tríade de Samter (asma, pólipos 
nasais e sensibilidade ao ácido acetilsalicílico e 
AINEs). 
A doença do refluxo gastresofágico é um gatilho entre 
alguns pacientes com asma, possivelmente por 
broncoconstrição reflexa induzida por ácido 
esofágico ou por microaspiração do ácido. Contudo, 
o tratamento da doença do refluxo gastresofágico 
assintomática (p. ex., com inibidores da bomba de 
prótons) não parece melhorar o controle da asma. 
A rinite alérgica frequentemente coexiste com a asma, 
porém, não está estabelecido se as duas são 
manifestações diferentes do mesmo processo 
alérgico ou se a rinite é um deflagrador distinto de 
asma. 
 
Resposta 
Na presença de deflagradores, há estreitamento 
reversível das vias respiratórias e ventilação pulmonar 
desigual. Nas regiões pulmonares distais ao 
estreitamento das vias respiratórias, a perfusão 
relativa excede a ventilação relativa; por isso, a tensão 
alveolar de oxigênio cai e a tensão alveolar de dióxido 
de carbono aumenta. Geralmente, essa hipóxia com 
hipercarbia regional causa vasoconstrição pulmonar 
compensatória a fim de compatibilizar a relação entre 
a ventilação e a perfusão local; entretanto, esses 
mecanismos compensatórios falham durante a crise 
de asma por causa dos efeitos vasodilatadores das 
prostaglandinas que sofrem modulação positiva 
durante a crise. A maioria dos pacientes pode 
compensar pela hiperventilação, mas em 
exacerbações graves, a broncoconstrição difusa 
provoca aprisionamento intenso de gás, coloca os 
músculos respiratórios em uma desvantagem 
mecânica profunda, de modo que o trabalho 
respiratório aumenta. Sob essas condições, ocorre 
agravamento da hipoxemia e do esforço excessivo e 
eleva-se a PaCO2. Podem ocorrer acidose respiratória 
e acidose metabólica que, se não tratadas, causam 
parada respiratória e cardíaca. 
 
Sinais e sintomas da asma: 
Os pacientes com asma leve intermitente ou leve 
persistente normalmente são assintomáticos entre as 
exacerbações. Aqueles com doença mais grave ou 
exacerbações desenvolvem dispneia, aperto no tórax, 
ausculta de sibilos e tosse. A tosse pode ser o único 
sintoma em alguns pacientes (tosse como variante de 
asma). Os sintomas podem seguir um ritmo 
circadiano e piorar durante o sono, frequentemente 
em torno das 4 horas da manhã. Muitos pacientes com 
doença mais grave desenvolvem despertares 
noturnos (asma noturna). 
Os sinais incluem sibilos, pulso paradoxal [isto é, 
queda da pressão arterial (PA) sistólica > 10 mmHg 
durante a inspiração], taquipneia, taquicardia e 
esforço visível para respirar [uso dos músculos do 
pescoço e supraesternais (acessórios), postura ereta, 
lábios cerrados, fala limitada por dispneia]. Quando 
grave, a fase expiratória da respiração é prolongada, 
com proporção inspiratória:expiratória de pelo 
menos 1:3. Podem existir sibilos no decorrer de 
ambas as fases ou apenas na expiração, mas o 
paciente com broncoconstrição grave pode não ter 
sibilos audíveis, em decorrência da intensa limitação 
do fluxo aéreo. 
 
 
10 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
Pacientes com exacerbação grave e insuficiência 
respiratória iminente classicamente têm alguma 
combinação de alteração da consciência, cianose, 
pulso paradoxal > 15 mmHg, saturação de oxigênio < 
90% e PaCO2 > 45 mmHg. A radiografia de tórax 
revela hiperinsuflação e pneumotórax ou, raramente, 
pneumomediastino. 
Os sinais e sintomas desaparecem entre as 
exacerbações, embora seja possível auscultar sibilos 
suaves durante a expiração forçada, após esforço e 
em repouso, em alguns pacientes assintomáticos. A 
hiperinsuflação dos pulmões pode alterar a parede 
torácica de pacientes com asma descontrolada e de 
ação prolongada, acarretando tórax em forma de 
barril. 
Todos os sinais e sintomas são inespecíficos, 
reversíveis com o tratamento em período apropriado 
e, caracteristicamente, desencadeados pela 
exposiçãoa um ou mais deflagradores. 
 
Diagnóstico da asma: 
• Avaliação clínica 
• Testes de função pulmonar 
O diagnóstico baseia-se na história e no exame físico, 
sendo confirmado pelos testes de função pulmonar. E 
importante o diagnóstico de causas subjacentes e a 
exclusão de doenças que provocam sibilos. Algumas 
vezes confunde-se asma com doença pulmonar 
obstrutiva crônica (DPOC) pois esses distúrbios 
causam sintomas parecidos e produzem resultados 
semelhantes nos testes de função pulmonar, mas 
diferem em aspectos biológicos importantes que nem 
sempre são clinicamente evidentes. O tipo T2, ou 
inflamação alérgica, é mais comumente caracterizado 
por elevação na fração de óxido nítrico exalado 
(FeNO), na contagem sérica de eosinófilos e nos 
níveis séricos de IgE; é o subgrupo de asma 
brônquica mais comumente encontrado. A 
imunidade mediada por células T helper tipo 1 está 
associada a elevação nos níveis de interferon-gama, 
no fator de necrose tumoral e na inflamação 
neutrofílica que tradicionalmente foram associados à 
DPOC, mas pode ocorrer em subgrupos da asma não 
induzidos pela inflamação do tipo T2. Esses 
mecanismos biológicos não são exclusivos a 
nenhuma das doenças e podem se sobrepor entre a 
asma brônquica e a DPOC. 
A síndrome de sobreposição asma brônquica-DPOC 
(ACOS) é cada vez mais reconhecida como uma 
entidade única que se manifesta por obstrução 
persistente das vias respiratórias e várias 
características tanto da asma quanto da DPOC. As 
principais características são obstrução fixa das vias 
respiratórias não responsiva a broncodilatadores, 
exposição significativa a tabagismo ou poluentes e 
características tradicionais da asma, incluindo 
eosinofilia no sangue ou escarro e obstrução 
reversível do fluxo aéreo. A ACOS representa um 
subconjunto importante de pacientes com asma 
brônquica (15 a 35%) e DPOC (10 a 40%) que podem 
responder a fármacos que não costumam ser 
indicados para a doença correspondente ao 
diagnóstico principal do paciente (p. ex., prescrição 
de roflimulaste/azitromicina a um paciente 
diagnosticado com asma brônquica ou terapias 
biológicas T2 a um paciente diagnosticado com 
DPOC. 
Deve-se fazer o diagnóstico diferencial da asma de 
difícil controle ou refratária a terapias de controle 
comumente usadas buscando as causas alternativas 
de sibilância episódica, tosse e dispneia como 
aspergilose broncopulmonar alérgica, 
bronquiectasia, sobreposição de asma-DPOC, 
deficiência de alfa-1 antitripsina, fibrose cística ou 
disfunção das pregas vocais. 
 
Testes de função pulmonar 
Os pacientes presumidamente com asma devem ser 
submetidos a testes de função pulmonar, para 
confirmar e quantificar a gravidade e a reversibilidade 
da obstrução das vias respiratórias. A qualidade dos 
dados da função pulmonar depende de esforço e 
requer a orientação do paciente antes do teste. Se for 
um procedimento seguro, deve-se interromper os 
broncodilatadores antes do teste: 8 horas para beta-2 
agonistas de curta duração, como albuterol; 24 horas 
para ipratrópio; 12 a 48 horas para teofilina; 48 horas 
para os beta 2-agonistas de ação prolongada como 
salmeterol e formoterol; e 1 semana para tiotrópio. 
 
Deve-se fazer espirometria antes e depois da inalação 
de broncodilatador de curta duração. Sinais de 
obstrução das vias respiratórias antes da inalação de 
broncodilatador incluem FEV1 reduzido e menor 
proporção entre FEV1/CVF. A CVF também pode 
estar diminuída e a avaliação dos volumes 
pulmonares pode revelar aumento do volume 
residual e/ou da capacidade residual funcional, em 
virtude do aprisionamento de ar. A melhora no FEV1 
de > 12% ou um aumento ≥ 10% do FEV1 previsto em 
resposta ao tratamento com broncodilatador 
confirma a obstrução reversível da via respiratória, 
embora a ausência deste achado não deva impedir o 
teste terapêutico dos broncodilatadores de longa 
duração. 
 
Deve-se rever as alças de volume de fluxo para 
diagnosticar ou excluir disfunção de corda vocal, uma 
causa comum de obstrução das vias respiratórias 
superiores que mimetiza a asma. No entanto, é 
necessário observar que a disfunção das pregas 
vocais é intermitente e as curvas fluxo-volume normais 
não excluem essa doença. 
 
https://www.msdmanuals.com/pt-
br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/asma-
e-doen%C3%A7as-relacionadas/asma?query=Asma 
 
O4: COMPREENDER O TRATAMENTO 
BASEADO NOS NÍVEIS DE CONTROLE E 
DEFINIR A GRAVIDADE DA ASMA. 
Classificação da asma: 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/asma-e-doen%C3%A7as-relacionadas/asma?query=Asma
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/asma-e-doen%C3%A7as-relacionadas/asma?query=Asma
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/asma-e-doen%C3%A7as-relacionadas/asma?query=Asma
 
11 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
A asma provoca uma série de alterações clínicas e nos 
exames complementares. As manifestações de asma 
geralmente aumentam ou diminuem. 
Assim, o monitoramento da asma exige uma 
terminologia consistente e um modelo definido. 
O termo estado asmático descreve o espasmo 
brônquico grave, intenso e prolongado que é 
resistente ao tratamento. 
 
Gravidade: 
É a intensidade intrínseca do processo patológico 
(grau de gravidade da asma). Normalmente pode ser 
avaliada diretamente apenas antes do início do 
tratamento, porque os pacientes que responderam 
bem ao tratamento, por definição, têm poucos 
sintomas. A gravidade da asma é classificada como: 
• Intermitente 
• Persistente leve 
• Persistente moderada 
• Persistente grave 
É importante lembrar que a categoria gravidade não 
prevê quão grave pode ser a exacerbação de um 
paciente. Por exemplo, um paciente com asma leve 
com longos períodos assintomáticos ou com sintomas 
leves e função pulmonar normal pode ter uma 
exacerbação grave com risco de vida. 
 
 
 
 
 
 
Controle: 
É o grau em que os sintomas, a incapacidade e os 
riscos são minimizados por meio do tratamento. O 
controle é o parâmetro avaliado em pacientes que 
recebem tratamento. O objetivo é controlar bem a 
asma em todos os pacientes, independentemente da 
gravidade da doença. O controle é classificado como: 
• Bem controlada 
• Não bem controlada 
• Muito mal controlada 
A gravidade e o controle são avaliados em termos do 
risco e do comprometimento do paciente. 
 
 
12 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
 
 
 
 
Deficiência: 
Comprometimento diz respeito à frequência e à 
intensidade dos sinais e sintomas dos pacientes e às 
limitações funcionais. O comprometimento é avaliado 
usando-se critérios semelhantes à gravidade, mas 
difere da gravidade pela ênfase nos sintomas e 
limitações funcionais, em vez da intensidade 
intrínseca do processo da doença. Pode-se medir a 
função pulmonar ou o comprometimento fisiológico 
objetivo por espirometria, principalmente volume 
expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) e a 
relação VEF1 com capacidade vital forçada (CVF), que 
se correlacionam fortemente com os componentes 
subjetivos do controle da asma que incluem sintomas 
e características clínicas como 
• A frequência dos sintomas 
• Com que frequência o paciente acorda durante a 
noite 
• Com que frequência o paciente usa um beta2-
agonista de curta duração para alívio dos 
sintomas 
• Com que frequência a asma interfere nas 
atividades normais 
 
Risco: 
O risco refere-se à probabilidade de futuras 
exacerbações ou declínio da função pulmonar e o 
risco de efeitos adversos. O risco é avaliado por 
tendências a longo prazo na espirometria e 
características clínicas como: 
• Frequência da necessidade de corticoides orais 
• Necessidade de internação 
• Necessidade de admissão em unidade de terapia 
intensiva (UTI) 
• Necessidade de entubação 
 
https://www.msdmanuals.com/pt-
br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/asma-
e-doen%C3%A7as-
relacionadas/asma#v31726177_pt 
 
O5: DISCUTIR MEDIDAS PREVENTIVAS,COM ÊNFASE NO CONTROLE AMBIENTAL E 
VACINAÇÃO. 
Como prevenir a asma? 
A asma é uma inflamação dos brônquios sem uma 
causa aparente, mas é possível controlar as crises e 
até prevenir que elas aconteçam com algumas 
medidas simples. 
• Mantenha o ambiente limpo. 
• Evite acúmulo de sujeira ou poeira. 
• Tome sol. A vitamina D está relacionada a uma 
série de doenças do aparelho imunológico, como 
a asma. 
• Evite cheiros fortes. 
• Tome a vacina da gripe. 
• Não fume. 
• Se agasalhe, principalmente na época de frio. 
• Pratique atividades físicas regularmente. 
• Tenha alimentação saudável. 
• Beba bastante líquido (água). 
• Mantenha o peso ideal. 
https://conceicaodorioverde.mg.gov.br/asma-
causas-sintomas-tratamento-diagnostico-e-
prevencao/ 
 
Os fatores de risco podem ser divididos em 
ambientais e próprios do paciente, como é o caso dos 
aspectos genéticos, obesidade e sexo masculino 
(durante a infância). Os fatores ambientais são 
representados pela exposição à poeira, infecções 
virais, alérgenos como ácaros, pólen, pelo de animais, 
fumaça de cigarro, irritantes químicos e poluição 
ambiental, mudanças climáticas, exercícios físicos 
vigorosos, estresse emocional e até mesmo alguns 
tipos de medicamentos. Quando não houver como 
evitar a exposição, o paciente pode seguir alguns 
cuidados, como: 
• Evitar atividades físicas ao ar livre, especialmente 
em dias frios; 
• Evitar baixa umidade ou exposição em dias com 
muita poluição; 
• Não fumar e evitar ambientes fechados com 
pessoas fumando. 
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-
a-a-
z/a/asma#:~:text=Evitar%20atividades%20f%C3%AD
sicas%20ao%20ar,ambientes%20fechados%20com%
20pessoas%20fumando. 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/asma-e-doen%C3%A7as-relacionadas/asma#v31726177_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/asma-e-doen%C3%A7as-relacionadas/asma#v31726177_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/asma-e-doen%C3%A7as-relacionadas/asma#v31726177_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/asma-e-doen%C3%A7as-relacionadas/asma#v31726177_pt
https://conceicaodorioverde.mg.gov.br/asma-causas-sintomas-tratamento-diagnostico-e-prevencao/
https://conceicaodorioverde.mg.gov.br/asma-causas-sintomas-tratamento-diagnostico-e-prevencao/
https://conceicaodorioverde.mg.gov.br/asma-causas-sintomas-tratamento-diagnostico-e-prevencao/
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/asma#:~:text=Evitar%20atividades%20f%C3%ADsicas%20ao%20ar,ambientes%20fechados%20com%20pessoas%20fumando
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/asma#:~:text=Evitar%20atividades%20f%C3%ADsicas%20ao%20ar,ambientes%20fechados%20com%20pessoas%20fumando
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/asma#:~:text=Evitar%20atividades%20f%C3%ADsicas%20ao%20ar,ambientes%20fechados%20com%20pessoas%20fumando
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/asma#:~:text=Evitar%20atividades%20f%C3%ADsicas%20ao%20ar,ambientes%20fechados%20com%20pessoas%20fumando
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/asma#:~:text=Evitar%20atividades%20f%C3%ADsicas%20ao%20ar,ambientes%20fechados%20com%20pessoas%20fumando
 
13 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
VACINAÇÃO: 
Outras abordagens no manejo da asma 
No Brasil, a vacinação contra influenza está indicada 
para pacientes com asma, uma vez que o vírus está 
associado a maior morbidade nesses pacientes. Além 
disso, as vacinas antipneumocócicas (polissacarídica 
23-valente e conjugada 10-valente) estão disponíveis 
no SUS para indivíduos com asma persistente 
moderada e grave, pois eles são mais susceptíveis à 
infecção pneumocócica. 
A imunoterapia é administrada por via subcutânea ou 
sublingual, sendo uma opção naqueles asmáticos 
com um componente alérgico proeminente. O 
benefício é menor nos indivíduos com asma grave e 
polissensibilizados. 
https://www.sanarmed.com/recomendacoes-para-o-
manejo-da-asma-da-sociedade-brasileira-de-
pneumologia-e-tisiologia-2020-ligas 
 
DISPARADORES: 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=4Oaih2WfZRs 
https://www.youtube.com/watch?v=NEX8lQ4pw5w 
 
Referências Bibliográficas: 
·II Consenso Brasileiro sobre Doença Pulmonar 
Obstrutiva Crônica– DPOC – 2004 
·Diretrizes Brasileiras para o Manejo de DPOC- 2016 
·GOLD (Global Initiative for Chronic Obstructive Lung 
Disease), 2019Report. 
·Fernandes F. L. A. e col. Recomendações para o 
tratamento farmacológico da DPOC: perguntas e 
respostas. J Bras Pneumol. 2017;43(4):290-301. 
·Doenças Pulmonares– Tarantino – Quinta Edição 
·SPPT – Série Atualização e Reciclagem em 
Pneumologia – Volume 7 – Insuficiência Respiratória 
Crônica – Capítulo 5 
·Pneumologia - Atualização e Reciclagem– Volume II – 
Capítulo 25 
·Oxigenoterapia Domiciliar Prolongada– SBPT – 2000 
·Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e 
Tisiologia para o Manejo da Asma – 2012 
·GINA (GLOBAL STRATEGY FOR ASTHMA 
MANAGEMENT AND PREVENTION) 2017 
 
IRAT: 
1) Assinale a alternativa correta em relação ao 
manejo terapêutico da criança com asma. 
a. O tratamento deve ser ajustado em um ciclo 
contínuo de avaliação, tratamento e revisão da 
resposta do paciente, tanto para o controle dos 
sintomas quanto para o risco futuro. 
b. A asma deve ser tratada com base nos episódios 
de exacerbações. 
F – o tratamento é para evitar exacerbações. 
c. O controle das limitações atuais deve ser avaliado 
em relação aos últimos 60 dias. 
F – a avaliação do controle, em geral, é feita em 
relação às últimas 4 semanas. 
d. O tratamento para crianças acima de 6 anos é 
definido somente com 4 etapas terapêuticas 
F – 5 etapas 
 
A asma é uma doença inflamatória crônica, 
caracterizada por: 
◦ hiper responsividade das vias aéreas inferiores 
◦ limitação variável ao fluxo aéreo, reversível 
espontaneamente ou com tratamento. 
 
São indicativos de asma um ou mais dos seguintes 
sintomas: 
◦ dispneia, tosse crônica, sibilância, aperto no peito ou 
desconforto torácico, particularmente à 
noite ou nas primeiras horas da manhã; 
◦ sintomas episódicos; 
◦ melhora espontânea ou pelo uso de medicações 
específicas para asma (broncodilatadores, anti-
inflamatórios esteroides); 
◦ com diagnósticos alternativos excluídos. 
 
Resulta de uma interação entre genética, exposição 
ambiental, e outros fatores específicos. 
 
São objetivos do tratamento da asma na inter-crise: 
◦ controlar sintomas, prevenir exacerbações agudas, 
manter provas de função pulmonar a prática de 
exercícios, evitar os efeitos colaterais dos 
https://www.sanarmed.com/recomendacoes-para-o-manejo-da-asma-da-sociedade-brasileira-de-pneumologia-e-tisiologia-2020-ligas
https://www.sanarmed.com/recomendacoes-para-o-manejo-da-asma-da-sociedade-brasileira-de-pneumologia-e-tisiologia-2020-ligas
https://www.sanarmed.com/recomendacoes-para-o-manejo-da-asma-da-sociedade-brasileira-de-pneumologia-e-tisiologia-2020-ligas
https://www.youtube.com/watch?v=4Oaih2WfZRs
https://www.youtube.com/watch?v=NEX8lQ4pw5w
 
14 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
medicamentos utilizados para o seu tratamento, 
prevenir o desenvolvimento de obstrução irreversível 
das vias aéreas e prevenir a mortalidade por asma. 
Forma: 
◦ Educação do paciente de modo a desenvolver um 
padrão para o manejo da asma 
◦ acesso e monitorização de gravidade da asma com 
medidas objetivas da função pulmonar 
◦ evitar ou controlar desencadeantes e estabelecer 
planos para o manuseio crônico da terapêutica 
instituída 
◦ avaliar continuamente a resposta ao tratamento. 
 
Controle da asma: 
 
 
 
 
 
Diferença entre controle e gravidade da asma 
O conceito de controle da asma compreende dois 
domínios distintos: o controle das limitações clínicas 
atuais, como sintomas mínimos durante o dia e 
ausência de sintomas à noite, necessidade reduzida 
de medicação de alívio dos sintomas; ausência delimitação das atividades físicas; e redução de riscos 
futuros, como exacerbações, perda acelerada da 
função pulmonar e efeitos adversos do 
tratamento.(1,24) Com base nesses parâmetros, a 
asma pode ser classificada em controlada, 
parcialmente controlada e não controlada (Quadro 
1).(1,25,26) A avaliação do controle, em geral, é feita 
em relação às últimas 4 semanas. 
 
https://www.jornaldepneumologia.com.br/details/31
18/pt-BR/recomendacoes-para-o-manejo-da-asma-
da-sociedade-brasileira-de-pneumologia-e-
tisiologia---2020 
 
Manejo da asma em crianças de 6-11 anos: 
A linha central do tratamento medicamentoso de 
pacientes com asma em idade escolar (6-11 anos) é 
semelhante à de pacientes adolescentes e adultos, 
sendo que nos último anos o omalizumabe (anti-IgE), 
o tiotrópio (anticolinérgico) e o mepolizumabe (anti-
IL-5) tornaram-se alternativas de tratamento para essa 
faixa etária. Entretanto, existem algumas 
particularidades para esse tratamento farmacológico, 
de acordo com as etapas de tratamento da GINA: 
• Etapa I: sempre que for necessário, usar SABA e 
associar CI durante o período de sintomas. 
• Etapa II: o tratamento preferencial é com CI 
contínuo em doses baixas. 
• Etapa III: tratamento com CI em doses moderadas 
ou CI em doses baixas associado a LABA. 
• Etapa IV: pacientes sem controle da doença na 
etapa III devem manter o tratamento de controle 
e ser encaminhados para um especialista, o qual 
irá avaliar a necessidade de aumentar a dose do 
CI e/ou associar tiotrópio. 
• Etapa V: tiotrópio, omalizumabe e mepolizumabe 
são opções para essa faixa etária, conforme a 
avaliação fenotípica da asma e a experiência 
clínica do especialista. O uso de corticoide oral 
(CO) em doses baixas tornou-se a última opção 
para associação nessa etapa do tratamento. 
https://www.sanarmed.com/recomendacoes-para-o-
manejo-da-asma-da-sociedade-brasileira-de-
pneumologia-e-tisiologia-2020-ligas 
 
 
https://ftp.medicina.ufmg.br/ped/Arquivos/2013/as
ma8periodo_21_08_2013.pdf 
 
https://www.jornaldepneumologia.com.br/details/3118/pt-BR/recomendacoes-para-o-manejo-da-asma-da-sociedade-brasileira-de-pneumologia-e-tisiologia---2020
https://www.jornaldepneumologia.com.br/details/3118/pt-BR/recomendacoes-para-o-manejo-da-asma-da-sociedade-brasileira-de-pneumologia-e-tisiologia---2020
https://www.jornaldepneumologia.com.br/details/3118/pt-BR/recomendacoes-para-o-manejo-da-asma-da-sociedade-brasileira-de-pneumologia-e-tisiologia---2020
https://www.jornaldepneumologia.com.br/details/3118/pt-BR/recomendacoes-para-o-manejo-da-asma-da-sociedade-brasileira-de-pneumologia-e-tisiologia---2020
https://www.sanarmed.com/recomendacoes-para-o-manejo-da-asma-da-sociedade-brasileira-de-pneumologia-e-tisiologia-2020-ligas
https://www.sanarmed.com/recomendacoes-para-o-manejo-da-asma-da-sociedade-brasileira-de-pneumologia-e-tisiologia-2020-ligas
https://www.sanarmed.com/recomendacoes-para-o-manejo-da-asma-da-sociedade-brasileira-de-pneumologia-e-tisiologia-2020-ligas
https://ftp.medicina.ufmg.br/ped/Arquivos/2013/asma8periodo_21_08_2013.pdf
https://ftp.medicina.ufmg.br/ped/Arquivos/2013/asma8periodo_21_08_2013.pdf
 
15 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
 
http://aaai-asbai.org.br/detalhe_artigo.asp?id=741 
 
2) A frequência de uso de SABA short-acting B2 
agonist (SABA, B2-agonista de curta duração), é 
um dos parâmetros que definem qual tratamento 
de manutenção é o mais apropriado, e a redução 
do seu uso é uma das metas do tratamento da 
asma. Sendo adequado o item: 
a. O uso excessivo de SABA (> 3 canisters no ano 
não está associado a um maior risco de 
exacerbações, e o uso de > 1 canister/mês está 
associado a um maior risco de morte por asma. 
b. O uso excessivo de SABA (> 3 canisters no ano 
está associado a um menor risco de 
exacerbações, e o uso de > 1 canister/mês está 
associado a um maior risco de morte por asma. 
c. O uso excessivo de SABA (> 3 canisters no ano 
está associado a um maior risco de exacerbações, 
e o uso de › 1 canister/mês não está associado a 
um maior risco de morte por asma. 
d. O uso excessivo de SABA (> 3 canisters no ano 
está associado a um maior risco de exacerbações, 
e o uso de > 1 canister/mês está associado a um 
maior risco de morte por asma. 
 
Em paciente sem uso de corticoide inalatório (CI) ou 
CI + LABA (B2-agonistade longa duração) em dose 
fixa, o SABA (B2-agonista de curta duração) é 
indicado como opção de medicação de resgate em 
todas as etapas do tratamento da asma. 
O uso de SABA por demanda (sempre associado a CI) 
é eficaz no alívio imediato dos sintomas e na 
prevenção em curto prazo dos sintomas induzidos por 
exercício. 
A frequência de uso de SABA é um dos parâmetros 
que definem qual tratamento de manutenção é o mais 
apropriado, e a redução do seu uso é uma das metas 
do tratamento da asma. 
O uso excessivo de SABA (> 3 canisters no ano) está 
associado a um maior risco de exacerbações, e o uso 
de > 1 canister/mês está associado a um maior risco 
de morte por asma. 
 
Steps da Asma > 12 anos 
 
 
 
 
Steps da Asma 6 – 12 anos: 
 
 
Alterações 2022: 
O Tezepelumab, um anti-TSLP, conhecido como 
alarminas, que apresenta boa eficácia e segurança, já 
foi incluído no novo consenso, e pode ser utilizado 
para pacientes com resposta T2 ou não T2, sobretudo 
no paciente com asma grave. 
A preocupação com biomarcadores como eosinófilos 
e o FeNO (fração exalada do óxido nítrico) não parece 
ser tão importante no manejo da droga. 
Assim como o tezepelumab, o dupilumab, um anti-IL4 
e anti-IL13, foi aprovado para crianças na faixa etária a 
partir de seis anos pelas agências de regulação 
americanas. 
O uso de corticoides inalatórios ainda permanece 
como a principal forma de tratamento e deve estar 
presente desde a etapa 1, mesmo sob demanda, até 
a etapa 5. 
O GINA ainda coloca a expansão com melhoria e 
acesso do tratamento em pacientes de baixa e média 
renda, reforçando que o beta agonista isolado como 
o salbutamol pode ser utilizado em associação com 
algum corticoide inalatório, não apenas a combinação 
formoterol-budesonida. 
http://aaai-asbai.org.br/detalhe_artigo.asp?id=741
 
16 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
Ainda sobre a combinação budesonida-formoterol, é 
interessante lembrar que ela não é aprovada para a 
idade escolar entre seis a onze anos. 
◦ Nessa faixa etária o ideal permanece sendo o uso de 
beclometasona e salbutamol para asma leve. 
Na faixa etária pediátrica também não há indicação de 
uso apenas de salbutamol, ou seja, broncodilatadores 
de ação curta (SABA) isoladamente. 
◦ O tratamento sempre deve envolver o uso de 
corticoide inalatório. 
◦ Quanto maior o uso do SABA, mesmo na asma leve, 
maior o risco de exacerbações. 
 
Steps da Asma < 6 anos: 
 
 
 
Tratamento de resgate com SABA 
Em pacientes em uso de CI ou CI + LABA em dose fixa, 
o SABA é indicado como opção de medicação de 
resgate em todas as etapas do tratamento da asma. O 
uso de SABA por demanda, sempre associado a CI, é 
eficaz para o alívio imediato dos sintomas e na 
prevenção em curto prazo de sintomas induzidos por 
exercício. O uso excessivo de SABA (> 3 canisters no 
ano) está associado a um maior risco de 
exacerbações, e o uso de > 1 canister/mês está 
associado a um maior risco de morte por asma. Por 
isso, a redução do seu uso é umas das metas do 
tratamento da asma. 
https://www.sanarmed.com/recomendacoes-para-o-
manejo-da-asma-da-sociedade-brasileira-de-
pneumologia-e-tisiologia-2020-ligas 
https://www.jornaldepneumologia.com.br/details/31
18/pt-BR/recomendacoes-para-o-manejo-da-asma-
da-sociedade-brasileira-de-pneumologia-e-
tisiologia---2020 
 
Atualmente, o tratamento farmacológico indicado 
pelas principais diretrizes nacionais e internacionais 
baseia-se na prescrição de corticosteroides 
inalatórios, combinados ou não com 
broncodilatadores de longa duração. O uso de 
broncodilatadores de curta duração fica indicado 
para o alívio dos sintomas duranteas crises, sempre 
associado a um corticoide inalatório. Vale ressaltar 
que o sucesso do tratamento farmacológico depende 
da combinação de adesão ao tratamento prescrito e 
técnica inalatória correta. 
Historicamente, a introdução dos corticosteroides 
inalatórios como terapia preventiva da asma 
demonstrou-se um fator de grande impacto na 
redução das taxas de hospitalização e na mortalidade 
pela doença. Além disso, foi demonstrado que o uso 
excessivo de broncodilatadores de curta duração 
(3 ou mais dispositivos de SABA/ano) está 
associado ao mau controle da asma (exacerbação) e 
ao aumento do risco de morte por asma (12 ou mais 
dispositivos de SABA/ano). 
Contudo, o uso do tratamento de controle não é 
realidade para todos os pacientes e ainda há muitas 
pessoas que fazem apenas o uso de SABA, por 
dificuldade de acesso ao tratamento completo ou por 
falta de informação acerca de sua importância. 
https://www.fundacaoproar.org.br/noticia?post=uso-
excessivo-de-saba-como-identificar 
 
3) Considerando a alta prevalência de asma na 
população brasileira, sobretudo jovem, considere 
as seguintes condutas para seu manejo: 
I. Todos devem fazer controle ambiental. 
II. Paciente no uso de corticóide inalatório + 
formoterol por demanda, sem controle 
satisfatório, muda preferencialmente para 
corticóide inalatório diário com o beta agonista 
de ação curta por demanda. 
III. Na adição de tiotrópio ao esquema, avaliar 
fenotipagem com dosagem de Anti-IgE ou anti-
IL5 ou anti-IL4R. 
IV. O montelucaste tem ação não inferior ao 
corticóide inalado no controle da asma, embora 
tenha ação menor na redução das exacerbações. 
Pode ser uma alternativa nos casos que não 
respondem ao corticóide inalado com formoterol 
sob demanda. 
As alternativas corretas são: 
a. I e II 
b. I, II e III 
c. I e III 
d. Todas estão corretas 
 
A Asma é uma das doenças crônicas mais comuns que 
afeta tanto crianças quanto adultos 
◦ Problema mundial de saúde e acomete cerca de 300 
milhões de pessoas 
◦ Estima-se que no Brasil existam aproximadamente 
20 milhões de asmáticos. 
 
Existem inúmeras medidas não farmacológicas e 
farmacológicas para controle sintomático, dentre 
elas: 
◦ o controle ambiental que objetiva eliminar agentes 
que exacerbem os sintomas irritativos. 
Sobre a ação medicamentosa, introdução precoce 
do tratamento anti-inflamatório com 
corticosteroides inalatórios (CI) resulta em melhor 
controle de sintomas 
◦ preservar a função pulmonar em longo prazo 
◦ prevenir ou atenuar o remodelamento das vias 
aéreas 
◦ OBS: em caso de não efeito esperado em uso por 
demanda o corticoide deverá ter indicação diária, 
devendo se atentar aos possíveis efeitos colaterais. 
 
https://www.sanarmed.com/recomendacoes-para-o-manejo-da-asma-da-sociedade-brasileira-de-pneumologia-e-tisiologia-2020-ligas
https://www.sanarmed.com/recomendacoes-para-o-manejo-da-asma-da-sociedade-brasileira-de-pneumologia-e-tisiologia-2020-ligas
https://www.sanarmed.com/recomendacoes-para-o-manejo-da-asma-da-sociedade-brasileira-de-pneumologia-e-tisiologia-2020-ligas
https://www.jornaldepneumologia.com.br/details/3118/pt-BR/recomendacoes-para-o-manejo-da-asma-da-sociedade-brasileira-de-pneumologia-e-tisiologia---2020
https://www.jornaldepneumologia.com.br/details/3118/pt-BR/recomendacoes-para-o-manejo-da-asma-da-sociedade-brasileira-de-pneumologia-e-tisiologia---2020
https://www.jornaldepneumologia.com.br/details/3118/pt-BR/recomendacoes-para-o-manejo-da-asma-da-sociedade-brasileira-de-pneumologia-e-tisiologia---2020
https://www.jornaldepneumologia.com.br/details/3118/pt-BR/recomendacoes-para-o-manejo-da-asma-da-sociedade-brasileira-de-pneumologia-e-tisiologia---2020
https://www.fundacaoproar.org.br/noticia?post=uso-excessivo-de-saba-como-identificar
https://www.fundacaoproar.org.br/noticia?post=uso-excessivo-de-saba-como-identificar
 
17 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
O Tiotrópio é um broncodilatador anticolinérgico 
de longa duração (LAMA) 
◦ tem sido utilizado com eficácia em doença pulmonar 
obstrutiva crônica (DPOC) há mais de uma década 
◦ recentemente teve sua utilização aprovada para 
asmáticos 
◦ É indicada geralmente na etapa 5 de tratamento, 
quando a asma não foi controlada com etapa 4 
(pacientes com quase uso diário ou com despertar 
noturno ≥ 1x semana ou com baixa função pulmonar, 
CI média dose + LABA [beta agonista de longa 
duração], como alternativa, Cl alta dose), sendo 
indicado nessa etapa CI alta dose + LABA. 
◦ Referendar ao especialista para fenotipagem e 
adicionar tiotrópio, anti-IgE, anti-IL5/R, anti-IL4, como 
alternativa pode ser indicado corticoide oral baixa 
dose. 
O Montelucaste é utilizado para prevenção e manejo 
a longo prazo dos sintomas da asma, sendo de fato 
alternativa nos casos que não respondem ao 
corticóide inalado com formoterol sob demanda. 
 
I - O controle ambiental para reduzir a exposição a 
alérgenos domiciliares é um elemento importante no 
tratamento das doenças alérgicas. Portanto, uma vez 
tendo ocorrido a sensibilização, são apropriadas 
recomendações para diminuir a exposição alergênica 
no ambiente ao(s) alérgeno(s) específico(s). 
https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/Hmmv4tMdXRSY4x
9zSZ9dH7v/?format=pdf&lang=pt#:~:text=Em%20co
nclus%C3%A3o%2C%20o%20controle%20ambiental
,s)%20espec%C3%ADfico(s). 
 
II e III - Tratamento preferencial de controle da 
asma: 
A base do tratamento medicamentoso da asma é 
constituída pelo uso de CI associado ou não a um 
long-acting β2 agonist (LABA, β2-agonista de longa 
duração). Esses medicamentos estão disponíveis para 
uso no Brasil em diversas dosagens e dispositivos 
inalatórios. 
Na prática clínica, a escolha da droga, do dispositivo 
inalatório e da respectiva dosagem deve ser baseada 
na avaliação do controle dos sintomas, nas 
características do paciente (fatores de risco, 
capacidade de usar o dispositivo de forma correta e 
custo), na preferência do paciente pelo dispositivo 
inalatório, no julgamento clínico e na disponibilidade 
do medicamento. Portanto, não existe uma droga, 
dose ou dispositivo inalatório que se aplique 
indistintamente a todos os asmáticos. 
O tratamento de controle da asma é dividido em 
etapas de I a V,(1) nas quais a dose de CI é aumentada 
progressivamente e/ou outros tratamentos de 
controle são adicionados. 
 
 
https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/Hmmv4tMdXRSY4x9zSZ9dH7v/?format=pdf&lang=pt#:~:text=Em%20conclus%C3%A3o%2C%20o%20controle%20ambiental,s)%20espec%C3%ADfico(s
https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/Hmmv4tMdXRSY4x9zSZ9dH7v/?format=pdf&lang=pt#:~:text=Em%20conclus%C3%A3o%2C%20o%20controle%20ambiental,s)%20espec%C3%ADfico(s
https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/Hmmv4tMdXRSY4x9zSZ9dH7v/?format=pdf&lang=pt#:~:text=Em%20conclus%C3%A3o%2C%20o%20controle%20ambiental,s)%20espec%C3%ADfico(s
https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/Hmmv4tMdXRSY4x9zSZ9dH7v/?format=pdf&lang=pt#:~:text=Em%20conclus%C3%A3o%2C%20o%20controle%20ambiental,s)%20espec%C3%ADfico(s
 
18 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
 
 
https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/jbyyhBv98bWq3Wk
svBqnDBn/?format=pdf&lang=pt 
 
IV – Montelucaste: O montelucaste é um antagonista 
de receptores de leucotrienos que atua bloqueando 
a broncoconstrição e reduzindo a inflamação da via 
aérea. Tem efeito não inferior ao CI no controle da 
asma, porém seu efeito na redução das exacerbações 
é menor. O montelucaste associado ao CI está 
incluído como outra opção de tratamento nas etapas 
II a IV da GINA. O montelucaste também pode ser 
adicionado à associação CI + LABA na tentativa de 
melhorar o controle da asma (etapa IV) e 
pode ser uma opção ao uso de SABA na asma 
induzida por exercício, sendo usado diariamente ou 
de forma intermitente. A dose recomendada para 
asmáticos de 2 a 5 anos de idade é de 4 mg; de 6 a 14 
anos é de 5 mg; e ≥ 15 anos é de 10 mg, uma vez ao 
dia. 
 
4) Mulher de 66 anos tem diagnóstico de asma 
desde a infância. Alega que, durante a infância e 
adolescência, tinha várias crises

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