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Maria Karolina Velame 2023.1 Pneumonia Inflamação do parênquima pulmonar. Maria Karolina Velame 2023.1 Pneumonia comunitária: crianças não hospitalizadas no último mês, etiologia varia conforme a idade. O calendário básico PNI, não inclui cobertura da 19A, ela só é coberta pela pneumo13 da rede privada. PNEUMONIA BACTERIANAS <2 MESES >2 MESES Streptococcus agalactiae (grupo B) Streptococcus pneumoniae (pneumococo) Gram negativos entéricos (E. coli) Sthaphylococcus aureus Conseguimos diferenciar pela pneumonia grave com complicações, derrame, abcesso... Mais prevalente em <1 ano com porta de entrada (pneumatocele) quadro clínico · Pródomos catarrais · Febre · Tosse Nesse início da doença, podemos deixar passar despercebido. O sinal clínico mais preditor é a taquipneia. <2 meses (até 60 dias de vida) FR ≥ 60 2-11 meses FR ≥ 50 1-4 anos FR ≥ 40 Após essas faixas etárias, podemos avaliar sinais clássicos: · Estertores creptantes · Tiragem subcostal (gravidade) · Batimento de asa nasal · Gemência AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR Não é obrigatória, o diagnóstico é clínico. O Raio X de tórax é indicado apenas quando a internação é realizada. · Não é necessário para avaliar cura. Alguns padrões podem surgerir pneumonia bacteriana, sendo eles: · Consolidação com aerobroncograma · Pneumonia redonda Nessas crianças também podemos solicitar: · Hemograma (possível leucocitose) · Marcadores inflamatórios (PCT/PCR) · Hemocultura Quando internar? · Idade < 2 meses · Comprometimento respiratório · Sinais de gravidade geral · Comorbidades · Complicações: derrame pleural, abcesso pulmonar, pneumatocele · Falha terapêutica ambulatorial · Problemas sociais tratamento <2 meses: Ampicilina + aminoglicosídeo (tudo IV, hospitalar) >2 meses: · AMBULATORIAL: Amoxicilina, VO por 7 dias e reavaliação – principal observação: FR. · HOSPITALAR: Penicilina cristalina ou Ampicilina, EV. Crianças internadas sem complicações podem ser tratadas com Amoxicilina. COMPLICAÇÕES Se passar de 72h e a criança não tiver melhorado estamos diante de uma falha terapêutica, mas antes de mudarmos o antimicrobiano, devemos avaliar: 1. A criança possui um derrame pleural? Solicite Rx ou USG e descubra. Se não: troca o ATB. Se sim: 2. É um empiema? Se sim, faça uma toracocentese. 3. Analise o líquido pleural. · Purulento · Ph < 7,2 · Glicose < 40 · Presença de bactérias 4. Se presença de qualquer uma dessas opções, iremos solicitar uma drenagem torácica. Após drenagem não precisamos trocar o antimicrobiano pois resolvemos a causa da falha terapêutica. pneumonias atípicas Em maiores de cinco anos: Mycoplasma pneumoniae. · 1 – 3 meses: pneumonia afebril do lactente. CLÍNICA E TRATAMENTO · Quadro arrastado (7-10 dias...) · Manifestações extrapulmonares · Tratamento com macrolídeos PNEUMONIA AFEBRIL DO LACTENTE · Chlamydia trachomatis Clínica e avaliação: · Parto vaginal · Conjuntivite neonatal (período de incubação mais prolongado, manifestação no final da 1 semana de vida...) · Tosse / ausência de febre / quadro insidioso · Taquipneia / estertores / raros sibilos · Leucograma: eosinofilia · Radiografia: padrão intersticial TRATAMENTO Macrolídeos, oral. · Azitromicina e claritromicina. coqueluche Germe gram negativo: Bordetella Pertussis (é prevenida pela vacina pentavalente) CLÍNICA E AVALIAÇÃO Fase catarral / Fase paroxística / Convalescência · Acesso de tosse com guincho · Vômitos pós tosse < 3 meses: · Tosse · Apneia · Cianose Exames: leucocitose / predomínio linfocitário Radiografia: coração felpudo (infiltrado paracardíaco bilateral) Como evitar? A mãe gestante precisa ser vacinada com dTpa a partir da 20ª semana! TRATAMENTO: Azitromicina ou Claritromicina. bronquiolite viral aguda Etiologia: vírus sincicial respiratório. Podemos ser infectados por ele diversas vezes, quem passa ele para as crianças são os adultos resfriados. CLÍNICA APENAS EM CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS! Só é nomeado bronquiolite viral aguda no primeiro episódio que ele está passando na vida. · Resfriado · Tosse · Taquipneia e sibilos · Tempo inspiratório prolongado é sinônimo · Estertores subcreptantes difusos DIAGNÓSTICO Podemos fazer pesquisa de vírus respiratórios. Mas não precisamos de exames complementares. Radiografia: · Sinais de hiper insuflação · Atelectasia TRATAMENTO Para internar usamos os mesmos critérios da pneumonia, adicionando os pacientes <3 meses e os que nasceram até 32 semanas. CRIANÇAS HOSPITALIZADAS: · Oxigenioterapia (SPO2 < 90%) com cateter nasal de alto fluxo · Hidratação venosa com solução isotônica · Avaliar nebulização com solução hipertônica (NaCl 3%) · A oximetria de pulso continua não é recomendada, só prolonga internação. NÃO INDICAR: · Beta 2 agonista: ela não esta sibilando por broncoespasmo, mas sim por obstrução intraluminal pelo edema de mucosa, muco... não tem bronco constrição pra indicar broncodilador! · Corticosteroides · Fisioterapia respiratória PREVENÇÃO Palivizumabe (Synagis © ) anticorpo monoclonal que protege por uma media de 4 semanas. O MINISTÉRIO DA SAÚDE disponibiliza para alguns grupos de risco: · <1 ano: Pacientes prematuros com <29 semanas (até 28 semanas e 6 dias) recebe 5 doses · <2 anos: com cardiopatia congênita ou doença pulmonar da prematuridade recebe 10 doses SBP: · Indicações do MS · < 6 meses: Pacientes prematuros entre 29 e 32 semanas
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