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DPOC - CARLOS COUTINHO

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CURSO: FISIOTERAPIA TURMA: 9NA 
DISCIPLINA (RODÍZIO): CARDIORESPIRATÓRIA 
ANULO: CARLOS ANTONIO CARVALHO COUTINHO MATRÍCULA: 1351912165 
PRECEPTOR: DIEGO RODRIGUES 
 
Definição de DPOC 
É caracterizada por limitação do fluxo aéreo que não é totalmente reversível, a limitação do 
fluxo aéreo é geralmente progressiva e associada a uma resposta inflamatória anormal do 
pulmão a partículas ou gases nocivos. 
As principais causas da doença são: 
Tabagismo; 
Asma (doença que acomete os pulmões, acompanhada de uma inflamação crônica dos 
brônquios); 
Bronquite crônica (irritação ou inflamação da mucosa brônquica de forma continuada); 
Alterações genéticas nos pulmões. 
 
O que é (curiosidades)? 
A DPOC é um grande problema de saúde pública mundial, sendo a quarta causa de morte no 
mundo, e a quinta no Brasil, além de ser responsável por intensa morbidade. 
Os dois fatores de risco mais comuns são o tabagismo (responsável por 90% de todas as 
mortes relacionadas com a DPOC) e a deficiência da alfa1- antitripsina, foi observado que a 
incidência da DPOC aumenta de 19,7% em homens que nunca tinham fumado para 87,7% em 
fumantes de mais de dois maços de cigarro/dia, dito de outra forma, o perigo de desenvolver 
DPOC em um grupo de fumantes de dois maços de cigarros/dia é aproximadamente 4,5 vezes 
maior que para os não-fumantes. A exposição repetida ao cigarro resulta em inflamação 
crônica, além de tosse produtiva. 
O sexo masculino era considerado como o maior risco para desenvolver DPOC, hoje já se sabe 
que os números de prevalência e mortalidade são muito próximos, independente do sexo, 
principalmente porque as mulheres passaram a consumir mais tabaco nos últimos anos, Nem 
todos os fumantes desenvolvem DPOC clinicamente, a exposição passiva a fumaça de cigarro 
também pode contribuir para sintomas respiratórios e para a DPOC. 
 
 
O que acontece no organismo? 
A obstrução das vias aéreas dificulta a entrada e saída de ar dos pulmões, prejudicando a 
ventilação pulmonar, promovendo a retenção de ar nos bronquíolos e nos alvéolos, processo 
denominado de hiper insuflação pulmonar, dificultando desta maneira as trocas gasosas, ou 
seja, absorção do oxigênio do ar e eliminação do gás carbônico produzido pelo organismo, 
causando desconforto ao respirar. 
Como afeta? 
Os sintomas comuns da doença incluem a tosse crônica, a produção de escarro, chiados, 
dificuldade respiratória tipicamente ao esforço, má tolerância ao exercício e troca gasosa 
prejudicada, a sensação de falta de ar frequentemente é lenta e progressiva no início e ocorre 
tardiamente na evolução da doença, caracteristicamente no final da sexta ou na sétima década 
de vida. 
Estágio 1 ou DPOC leve: VEF1/CVF <70%; VEF1 pós-broncodilatador maior ou igual a 80% do 
normal previsto, com ou sem sintomas crônicos. 
Estágio 2 ou DPOC moderada: VEF1/CVF <70%; VEF1 pós-broncodilatador maior ou igual a 
50% e menor que 80% do normal previsto, com ou sem sintomas crônicos. 
Estágio 3 ou DPOC grave: VEF1/CVF <70%; VEF1 pós-broncodilatador maior ou igual a 30% e 
menor que 50% do normal previsto, com ou sem sintomas crônicos. 
Estágio 4 ou DPOC muito grave: VEF1/CVF <70%; VEF1 pós-broncodilatador menor que 30% 
do normal previsto, VEF1 pós-broncodilatador menor que 50% do normal previsto associada a 
insuficiência respiratória crônica (PaO2< 60 mmHg em ar ambiente e no nível do mar). 
 
Fisiopatologia 
A inflamação crônica que afeta as vias aéreas centrais e periféricas, o parênquima pulmonar, 
os alvéolos e a vasculatura pulmonar, lesões e reparos repetidos causam alterações estruturais 
e fisiológicas, as alterações inflamatórias e estruturais no pulmão aumentam com a gravidade 
da doença e persistem após o abandono do hábito de fumar. 
Os principais componentes dessas mudanças são o estreitamento e o remodelamento das vias 
aéreas, o maior número de células caliciformes, o aumento das glândulas mucossecretoras das 
vias aéreas centrais, a perda alveolar e, por fim, alterações no leito vascular que causam 
hipertensão pulmonar. 
As evidências sugerem que a resposta do hospedeiro aos estímulos inalatórios gera a reação 
inflamatória responsável pelas alterações nas vias aéreas, nos alvéolos e nos vasos sanguíneos 
pulmonares, os macrófagos, neutrófilos e leucócitos ativos são as células centrais nesse 
processo, o estresse oxidativo e o excesso de protease aumentam os efeitos da inflamação 
crônica, o remodelamento das vias aéreas causa espessamento do epitélio, lâmina própria, 
músculo liso e adventícia das vias aéreas com menos de 2 mm de diâmetro, o que leva à perda 
progressiva de bronquíolos terminais e transicionais patentes, um número cada vez maior de 
evidências envolve o eosinófilo, um leucócito geralmente relacionado com doenças alérgicas, 
na cascata inflamatória da DPOC. 
 A deterioração da elastina e a subsequente perda de integridade alveolar causam enfisema, a 
disfunção ciliar e o aumento do tamanho e número das células caliciformes levam ao excesso 
de secreção de muco, o aumento da resistência das vias aéreas é a definição fisiológica da 
DPOC, A diminuição do recuo elástico, das alterações fibróticas no parênquima pulmonar e a 
obstrução luminal das vias aéreas pelas secreções contribuem para aumentar a resistência das 
vias aéreas, a limitação do fluxo respiratório estimula a hiper insuflação. 
A hiper insuflação e a destruição do parênquima pulmonar predispõem os pacientes com 
DPOC à hipóxia, principalmente durante atividades. A hipóxia progressiva causa o 
espessamento do músculo liso vascular com subsequente hipertensão pulmonar, que é um 
desenvolvimento tardio que resulta em um prognóstico desfavorável. A transferência reduzida 
de gás também pode causar hipercapnia, à medida que a doença evolui, mediadores 
inflamatórios sistêmicos podem contribuir para o enfraquecimento dos músculos esqueléticos 
e iniciar ou agravar comorbidades cardíacas, metabólicas e esqueléticas. 
Tratamento tradicional 
Mudanças de Hábitos 
Parar de fumar, fazer exercícios físicos(aeróbicos), uma alimentação balanceada, tomar as 
vacinas regularmente(influenza e covid) 
Inaladores 
Utilização de inaladores é considerada um dos melhores tratamentos para DPOC em estágio 
inicial, que permite que o dispositivo atinja os pulmões quando a pessoa usa o medicamento, 
um dos medicamentos mais utilizados são os broncodilatadores, relaxam os músculos das vias 
aéreas, facilitam a passagem de ar pelo pulmão, com isso melhoram os sintomas como tosse e 
falta de ar, temos broncodilatadores de duas categorias, curta duração( 4 a 6 horas de efeito) e 
os de ação prolongada (12 a 24 horas). 
Medicamentos 
Capsulas mucolíticas - Afinam o muco das vias aéreas, facilitando a expectoração e reduzem a 
tosse. 
Esteroides - Reduz a inflamação das vias aéreas assim reduzindo a obstrução, porém tem 
efeitos colaterais como o aumento de peso corporal. 
Inibidores da fosfodiesterase-4 (roflumilaste) – Indicado para pacientes com sintomas severos 
apresentando muita exarcebações pulmonares, tem ação anti-inflamatória. 
Antibióticos – Com doses baixas podem ter efeito anti-inflamatório pulmonar, prevenindo 
infecções recorrentes. 
Uso de Oxigênio 
Muito comum para DPOC grave (não consegue manter a saturação sozinho), visa aumentar o 
número de oxigênio no sangue a fim de manter o pulmão ativo e saudável. 
 
Procedimento Cirúrgico 
Quando os sintomas são muito intensos e nenhuma terapia surtiu efeito. 
Cirurgia de redução de volume pulmonar – Remoção as partes danificadas do pulmão, 
permitindo que as saudáveis se expandam e consigam absorver mais oxigênio. 
Transplante de Pulmão 
 
Tratamento Fisioterapêutico 
Os objetivos da fisioterapia são reduzir o desconforto respiratório e a dispneia, melhorar a 
mecânica respiratória, melhorar a força muscular respiratória nos casos de fraqueza desta 
musculatura, melhorar o condicionamento cardiorrespiratório, promover higienebrônquica, 
quando necessária, e melhorar a qualidade de vida. 
Reabilitação pulmonar: Define-se por reabilitação pulmonar a intervenção ao paciente com 
doença pulmonar crônica que inclui, mas não é limitada a exercícios físicos, educação sobre a 
doença, e mudança de hábitos para melhorar a condição física e psicológica, está indicada para 
pacientes sintomáticos e/ou com redução na capacidade funcional e na qualidade de vida em 
decorrência da doença crônica, desde que estejam em devido acompanhamento médico. 
Técnicas de higiene brônquica: Práticas que o paciente pode usar no seu dia a dia para 
desobstruir as vias aéreas, capacitando e encorajando a uma vida mais independente, as 
técnicas de higiene brônquica têm como objetivo eliminar secreção das vias aéreas, pacientes 
hipersecretivos com inabilidade de expectorar precisam ser auxiliados na higiene pulmonar. 
Exercícios físicos: Como treinamentos de circuito, intervalado, treino de força e muscular 
respiratório, o objetivo é melhorar o condicionamento cardiorrespiratório e muscular e a 
flexibilidade. 
Exercícios respiratórios: Técnicas que podem ajudar a melhorar a função respiratória, como 
expirar, respirar profunda e lentamente, terapia de relaxamento, entre outros, os pacientes 
com DPOC experimentam episódios de aumento da frequência respiratória, principalmente 
em momentos de piora da obstrução brônquica, os exercícios respiratórios que promovam 
redução na hiperventilação, e consequentemente, a hipocapnia, são estratégias interessantes. 
Treinamento muscular respiratório: O músculo diafragma é o mais importante, embora não 
seja o único, responsável pela inspiração. Os músculos respiratórios podem sofrer hipertrofia 
(aumento de fibras tipo I e recrutamento de fibras tipo II) caso sejam devidamente treinados.

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