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Marchas 1 Marchas O paciente deve estar descalço e semidespido. Sempre que possível, solicitar ao paciente que realiza alguns passos sem o controle visual. É como o paciente entra caminhando ao consultório. Pede-se que ele caminhe em linha reta e depois volte em direção a você, de preferência descalço. Pede-se a marcha na ponta dos pés e a volta nos calcanhares. (marcha talonar) - Revela fraqueza muscular distal nas pernas Incapacidade de caminhar sobre os calcanhares → lesão do trato corticoespinhal Saltar no mesmo lugar em um só pé Se consegue levantar da cadeira sem usar os braços da cadeira e subir três degraus imediatamente Dobre ligeiramente os joelhos (fraqueza proximal, do quadriceps ou ambas) Ataxia: falta de coordenação dos movimentos musculares voluntários, podendo afetar a forca muscular e equilíbrio de uma pessoa Marcha claudicante O paciente manca para um dos lados - como se estivesse com o pé machucado. Ocorre na insuficiência arterial periférica e em lesões do aparelho locomotor. Marchas 2 Marcha espástica ou em tesoura Hipertonia da musculatura extensora. As pernas se cruzam uma na frente da outra: os pés se arrastam - paralisia dos músculos abdutores do quadril, os joelhos ficam encostados um ao outro e as pernas geralmente se cruzam uma para outra Ocorre na lesão piramidal pode ser uni. ou bilat. Definição hipertonia: aumento anormal do tônus muscular em que o músculo perde a capacidade de estiramento, podendo resultar em aumento da rigidez devido à sinalização constante de contração muscular. Marchas 3 Marcha escarvante Caminha com a ponta do pé arrastando, tocando o chão, indica uma lesão da medula posterior Déficit de propriocepção/dorsoflexãp do pé Paralisia da musculatura dorsoflexora dos dedos do pé (artelhos) e pé Ocorre pela lesão de nervo fibular ou ciático ou raiz de L5 Pode ser uni. ou bilat. Marcha atáxica cerebelar ou marcha ebriosa Paciente parece estar embriagado, ele abre as pernas na tentativa de manter a sustentação do corpo. Ocorre por ataxia cerebelar - distúrbio cerebelar A região cerebelar ligada ao equilíbrio dinâmico (marcha) é o córtex do vérmis, e regiões paleocerebelares. Definição ataxia: dificuldade de manter a coordenação motora como normalmente Marchas 4 Marcha atáxica sensitiva Lesões no sistema lemniscal, sendo as mais frequentes aquelas afecções que se localizam nos funículos posts. da medula (Mielinólise Funicular). Semelhante à marcha cerebelar (insegura e titubeante), entretanto, esta é rigorosamente fiscalizada pelo olhar. Marcha petit-pas/ pequenos passos Caracterizada pelo paciente dar passos muito curtos e arrastar os pés como se estivesse dançando “marchinha”. Ocorre em Idosos portadores de arteriosclerose cerebral generalizada, paralisia pseudobulbar, atrofia cortical da senilidade. - Ataxia Frontal Marcha Parkinsoniana A marcha vagarosa do paciente Parkinsoniano O doente anda como um bloco, enrijecido, s/ mvto. automático dos braços - postura esquiador A cabeça inclinada p/ frente e os passos miúdos e rápidos, dando a impressão de que o doente vai cair p/ frente. Marchas 5 Marcha helicópode, ceifante ou hemiplégica: Ao andar, o paciente. mantém o MS fletido em 90° no cotovelo e em adução e a mão fechada em leve pronação. O MI do mesmo lado é espástico, e o joelho não flexiona, por isso, a perna se arrasta descrevendo um semicírculo qdo. o paciente troca o passo. Ocorre na hemiplegia (doença vascular encefálica). O paciente não flexiona o joelho ou tornozelo, arrastando a perna afetada, chamada de marcha ceifante, como se fosse cortar algo com a perna. O braço está junto do corpo e o movimento da perna é feito em arco Marchas 6 Marcha anserina, marcha ‘’cambaleante’’ Há um enfraquecimento da musculatura da pelve/coxas; lembra o andar de um pato, joga o peso de um lado para o outro. Há também um aumento da lordose lombar/curvatura lombar Encontrada em doenças musculares e traduz diminuição da força dos mm. pélvicos e das coxas. Marcha atáxica ou tabética: Como se o paciente estivesse marchando, bem exageradamente, levantando e batendo com bastante força no chão - paciente mantém olhar fixo no chão. Com olhos fechados, a marcha piora acentuadamente ou é impossível Presente na sífilis (muito comum), mielose funicular, na mielopatia por deficiência de vitamina B12, ácido fólico e cobre após cirurgias bariátricas, mielopatia vacuolar (HIV). Marchas 7 Indica perda da sensib. proprioceptiva por lesão do cordão post. da medula (tabes dorsalis – neurolues). Marcha vestibular Lateropulsão ao andar - desvio para um lado Ocorre por lesão no labirinto Equilíbrio Solicitar ao paciente p/ assumir a posição ereta, c/ os pés juntos e olhos abertos. O examinador deverá estar ao lado do paciente. Pequenas oscilações podem surgir e freqüentem. não são patológicas. Marchas 8 Verificar se o paciente está utilizando o controle visual, se “precisa enxergar o piso” p/ manter-se de pé. Em seqüência, solicitar ao paciente que feche os olhos. Alterações do equilíbro já podem ser sugeridas pelo exame da marcha. Síndrome cerebelar axial Alterações no equilíbrio ocorrem mesmo c/controle visual, e p/ manter-se de pé, o paciente. alarga sua base de sustentação (MMII afastados) e exibe oscilações do tronco. Em muitos casos de ataxia cerebelar axial, o paciente possui incapacidade da marcha (abasia), o mesmo ocorrendo c/ o equilíbrio (astasia). Mielinólise funicular Lesões dos funículos posteriores da medula. Alterações já na marcha. Embora demonstre instabilidade, é capaz de ficar em pé desde que haja controle visual. Logo após fechar os olhos, as oscilações aumentam e a queda é inevitável (Sinal de Romberg). Lesão labiríntica Lesão do nervo vestibular. Tanto a marcha como o equilíbrio apresentam desvios sempre para um lado. Equilíbrio dinâmico e estático Dinâmico 1. Observe a marcha do paciente ao adentrar o consultório. 2. Posicione-se em uma das extremidades de seu consultório e peça ao paciente para ir e voltar em linha reta na direção oposta. Teste de Romberg: 1. Solicite que o paciente fique em ortostatismo com um pé ao lado do outro e estenda ambos os braços para frente à altura dos ombros. Marchas 9 2. Peça que a seguir ele feche os olhos. 3. Pequenas oscilações do corpo são notadas. 4. Se houver desequilíbrio e forte tendência á queda, o sinal de Romberg é positivo. 5. Solicite que o paciente fique em ortostatismo com o calcanhar de um encostado nos dedos do outro pé e estenda ambos os braços para frente à altura dos ombros. Peça que a seguir ele feche os olhos. 6. Solicite que o paciente fique em ortostatismo sobre um pé só. Peça que a seguir ele feche os olhos. Exame normal: equilíbrio normal ou preservado PROVA DE ROMBERG: Após a marcha ficar em posição vertical com os pés juntos, olhando para frente. Depois fechar os olhos. Negativa = normal Positiva = oscilações do corpo com desequilíbrio e forte tendência à queda (labirintopatias, tabes dorsales, polineuropatia periférica) Queda Para qualquer lado após fechar os olhos = lesão das vias de sensibilidade proprioceptiva consciente (fasciculo gracil e cuneiforme - sentido de posição e movimento) Para o mesmo lado após pequeno período de latência (lesão do aparelho vestibular)ASTASIA e DISTASIA=lesões cerebelares, Rombergneg
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