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12 Polifarmácia

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ENVELHECIMENTO
E 
MEDICAMENTOS
Profa Rosana David e Profa Eli Ikuta
O envelhecimento suscita 
modificações biológicas que 
aumentam a morbidade, a 
mortalidade e o uso de 
medicamentos. 
Idosos utilizam fármacos 
prescritos e não prescritos.
ENVELHECIMENTO E MEDICAMENTOS
O fármaco para provocar o efeito desejado, é necessário que atinja 
concentrações adequadas nos locais de ação, o que depende da dose 
administrada, da velocidade e magnitude de absorção, da distribuição 
nos tecidos, da biotransformação e da excreção.
FARMACOLOGIA
Podem alterar a capacidade do idoso de realizar as 
funções normais, podem levar a alterações de 
comportamento e podem ser arriscadas para a sua vida.
MEDICAMENTO EM IDOSO
O fármaco para provocar o efeito desejado, é necessário que atinja 
concentrações adequadas nos locais de ação, o que depende da dose 
administrada, da velocidade e magnitude de absorção, da distribuição 
nos tecidos, da biotransformação e da excreção.
FARMACOLOGIA
Podem alterar a capacidade do idoso de realizar as 
funções normais, podem levar a alterações de 
comportamento e podem ser arriscadas para a sua vida.
MEDICAMENTO EM IDOSO
As reações adversas à medicamentos 
(é qualquer resposta prejudicial ou indesejável, 
não intencional, a um medicamento, que ocorre 
nas doses usualmente empregadas no homem 
para profilaxia, diagnóstico, terapia da doença ou 
para a modificação de funções fisiológicas 
(ANVISA, 2011), foram relacionadas ao aumento 
do risco de quedas.
Polifarma e Queda em Idoso
Efeito colateral é a consequência que a 
ingestão de determinado medicamento pode 
causar ao organismo do indivíduo, ou seja, um 
efeito que é paralelo ao que é desejado da 
substância farmacológica absorvida. ... Entre 
os efeitos colaterais mais corriqueiros na 
maioria dos medicamentos, está: tontura, 
cefaleia, alergia. 
Alterações Farmacológicas no Idoso
Absorção dos Medicamentos:
• 70% das reações adversas em idosos decorrem de
alterações relacionadas a DOSE.
• Redução da motilidade gastrintestinal, aumento do tempo
do esvaziamento gástrico acarretando aumento do tempo
de contato da medicação com a mucosa gástrica e levar a
absorção aumentada.
Absorção dos Medicamentos:
• Quando a concentração de ácido é menor que a normal, a absorção do
medicamento é reduzida. A secreção gástrica diminui com a idade
tornando o pH maior (alcalino).
• Acidez diminuída também afeta a quebra de cápsulas e tabletes no
estômago alterando a absorção do medicamento.
• Peristaltismo diminuído pode levar mais tempo para um medicamento
chegar ao local de absorção, portanto, sua ação poderá ser retardada.
Alterações Farmacológicas no Idoso
Distribuição dos Medicamentos
• Redução da água corporal: fármacos solúveis em água 
(gentamicina, lítio) tendem a permanecer em altas concentrações 
no sangue.
• Massa muscular diminuída e tecido adiposo aumentado –
fármacos solúveis em gordura (fenobarbital e benzodiazepínicos) 
ficam depositados no tecido adiposo, resultando em níveis 
sanguíneos baixos.
“A meia-vida de uma única dose de diazepan no adulto é de 36 
horas, pode se estender para até 100 horas em um idoso”.
(Meia-vida: quantidade de tempo necessária para redução do nível 
do fármaco para metade do seu valor inicial). 
Alterações Farmacológicas no Idoso
• Diminuição da hemoglobina e proteína plasmática (albumina) é comum 
no envelhecimento.
• Resulta poucos locais disponíveis para os medicamentos que se ligam à 
proteína (fenitoína, salicilato) – reações adversas ou tóxicas é alta.
• Idoso desnutrido o risco de toxicidade é maior.
• Idosos que consomem muito carboidrato e pouca proteína são mais 
propensos a desenvolver toxicidade comparado a um idoso 
com dieta balanceada.
Alterações Farmacológicas no Idoso
Metabolismo dos Medicamentos
• Fígado é o órgão responsável pela biotransformação dos
medicamentos. Ocorre uma redução do volume e de
fluxo sanguíneo com a idade neste órgão.
• Aos 65 anos, o fígado tem apenas 55% a 65% da
perfusão de um adulto e isso diminui a eficácia deste
órgão em metabolizar os medicamentos, aumentando o
risco de toxicidade.
Alterações Farmacológicas no Idoso
Excreção dos Medicamentos
• Os rins do idoso são menos eficazes em remover produtos do
metabolismo, assim a excreção de medicamentos será prejudicada
levando os mesmos permanecerem na circulação podendo ocasionar
risco de toxicidade.
• Os níveis de creatinina sérica permanecem constantes mascarando a
diminuição da função renal. Para avaliar a toxicidade dos
medicamentos é melhor solicitar exames de depuração da creatinina
que fornece uma medida mais eficaz da função renal.
Alterações Farmacológicas no Idoso
Interações Medicamentosas
• Ação de um medicamento interfere com os efeitos do outro,
podendo haver sinergismo, caso em que há a potencialização,
ou antagonismo quando um prejudica a ação do outro.
• A interação dos medicamentos e a toxicidade em idosos podem
resultar em alterações cognitivas e no comportamento que são
por vezes confundidas com demência.
Alterações Farmacológicas no Idoso
Polifarmácia
“Prescrição, administração ou uso de mais 
medicações do que é clinicamente indicado, é um 
problema comum nos idosos”
Fatores de risco
• Desejo dos pacientes em receber uma prescrição médica
• Não relato de sintomas que podem ser reações adversas de outros 
fármacos, ocasionando a prescrição de um medicamento para tratar aqueles 
sintomas
• Consultas com múltiplos médicos
• Redução da adesão ao tratamento na vigência da polifarmácia.
Polifarmácia X 
Subutilização
de fármacos
ASPECTOS RELACIONADOS À PRESCRIÇÃO GERIÁTRICA
• Mantenha um alto índice de suspeição para reações adversas.
• Evite tratamentos desnecessários.
• Considere a adesão, a informação e o tipo de embalagem.
• Inicie com doses baixas e aumente devagar.
• Interrogue sempre sobre automedicação.
• Mantenha os intervalos entre as doses os mais amplos possível
(uma ou duas vezes ao dia).
• Revise regularmente a prescrição.
ASPECTOS RELACIONADOS À PRESCRIÇÃO GERIÁTRICA
• Conheça as reações adversas potenciais (ex: edema de MMII por 
antagonistas do cálcio).
• Esteja atento para possíveis interações medicamentosas.
• Tenha em mente o custo total do tratamento mensal.
• Conheça as comorbidades (exemplo: urgência urinária e hipertensão 
– evite diuréticos).
• Informe a indicação (“para pressão”).
• Escreva a data de suspensão da medicação, se for apropriado.
• Saiba se o paciente consegue ler e se apresenta cognição intacta.
Acrônimo CARE para Avaliação de Medicação
C – Cuidado com a adesão
A – Ajuste da dose
R – Revisão do Regime Terapêutico
E – Educação em Saúde
Eli Ikuta ikuta.eli@gmail.com
mailto:ikuta.eli@gmail.com

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