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APOSTILA COM CAPA 2020

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1 
ESCOLA TÉCNICA 
SÃO VICENTE DE PAULA - SUL 
Av. Josefa Taveira, 1806 – Mangabeira II 
Reconhecida pelo M.E.C. e C.E.E. 
(83) 3238-7332 / João Pessoa-PB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE FAMACOLOGIA 
 
PROFESSOR JOSÉ ALENCAR 
 
JOÃO PESSOA – PB 
2020 
 
 2 
 
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA FARMACOLOGIA 
1 Conceitos Gerais 
A) Farmacologia = O termo farmacologia vem do grego, pharmakos (Medicamento + Veneno) 
+ legein (guardar a si, selecionar, reunir). É o estudo dos fármacos, é a ciência que estuda o 
mecanismo de ação e os efeitos dos princípios ativos dos medicamentos. 
B) Fármaco = É definido no seu sentido amplo como qualquer agente químico que afeta os 
processos da vida. Também pode ser entendido como, substância principal na formulação de 
um medicamento, responsável pelo efeito terapêutico. 
C) Remédio = T tudo aquilo que serve para curar ou aliviar dor ou enfermidade. Ex.: O 
exercício pode ser um remédio, mas não é considerado um “medicamento”. 
D) Medicamento = Substância de propriedades benéficas, comprovadas cientificamente. Os 
medicamentos são produtos fabricados com técnicas especificas (Farmacotécnica) pelo farmacêutico nas 
farmácias de manipulação ou nas indústrias farmacêuticas. Sempre contém substâncias químicas 
(naturais ou sintetizadas em laboratórios) que podem modificar o funcionamento do organismo humano 
por meio de seus efeitos farmacológicos. 
OBS.1: Medicamento NÃO é remédio. 
OBS.2: “Todo medicamento é um fármaco, mas nem todo fármaco é um medicamento”. 
Classificação dos Medicamentos 
Os medicamentos podem ser classificados de diversas formas e receber nomes que 
ampliam seu significado. Assim, podem ser divididos em: Alopáticos, homeopáticos e 
fitoterapicos. 
 
 
 
 
res serão as consequências. Tais consequências podem ser desejadas e boas até certo limite de 
dose, depois disso, iniciam-se os efeitos colaterais e adversos. Por isso, é necessário o médico 
definir a quantidade a ser utilizada, os intervalos entre doses e também por quanto tempo o 
medicamento será utilizado. 
 
 
 
 
utilizado. Já na pessoa doente, esses medicamentos agem estimuland 
 combater a doença. 
 Homeopáticos: São utilizados na medicina alternativa 
“homeopatia”, que se baseia no princípio que o “semelhante cura o 
semelhante”. Diferentemente dos medicamentos alopáticos, o 
homeopático, quando ingerido por uma pessoa sadia, pode provocar 
a ocorrência dos mesmos sintomas da doença para a qual ele pode ser 
utilizado. Já na pessoa doente, esses medicamentos o organismo a 
Fonte: Internet. 
Alopáticos: São os utilizados na medicina 
convencional e que combatem as doenças, provocando efeitos 
contrários aos sintomas apresentados. Nesse tipo de 
tratamento, quanto maior a quantidade utilizada (dose), maio- 
 
Fonte: Internet. 
 
 3 
Os medicamentos homeopáticos têm substâncias que causam os mesmos sintomas 
produzidos pela doença, mas em doses extremamente reduzidas. A ideia é estimular o corpo 
a buscar o equilíbrio. A homeopatia busca ajustar o organismo a atingir um nível de 
equilíbrio homeostático sem interferir fisiologicamente no corpo. O objetivo é induzir o 
organismo a reagir contra a doença, sem interferir nos mecanismos causadores da doença e 
nos mecanismos biológicos que são alvos dos processos patológicos. 
E o conceito de drogas não se aplica para a homeopatia, já que são consideradas drogas 
todas as substâncias químicas de estruturas conhecidas, que não sejam nutrientes ou 
ingredientes essenciais da dieta e que, quando administradas a um organismo vivo, produzem 
efeito biológico. No caso da homeopatia, não é possível aplicar esse conceito porque a ultra 
diluição faz com que seus medicamentos não produzam essa "resposta biológica". 
Por possuírem concentrações extremamente diluídas de princípios extraídos da 
natureza, podendo ser de origem animal, vegetal e mineral, os medicamentos homeopáticos 
não contêm matéria química e, por isso, normalmente não apresentam efeitos colaterais. No 
entanto, qualquer alteração no estado do paciente deve ser comunicada ao médico. 
Fitoterápicos 
Os fitoterápicos agem partindo do mesmo princípio da alopatia, com uso de 
substâncias que causam ações contrárias aos sintomas ou às alterações das doenças. A 
diferença principal entre os dois tipos de terapias medicamentosas - a fitoterapia e a alopatia - 
é que os remédios fitoterápicos são de origem exclusivamente vegetal. 
A terapia, neste caso, é feita através de plantas medicinais que contêm compostos 
ativos comprovados por estudos, abrangendo os princípios e técnicas da botânica e da 
farmacologia. 
Apesar de naturais, os remédios fitoterápicos apresentam grande número de 
substâncias químicas, genericamente chamadas de fitocomplexo. São exatamente esses 
complexos fitoquímicos os responsáveis pelos efeitos terapêuticos dos medicamentos 
fitoterápicos. Ou seja, ao contrário da homeopatia, terapia na qual os medicamentos têm ação 
física ao invés de química, os fitoterápicos possuem substâncias com matéria química que 
atuam diretamente no corpo. 
Por serem obtidos a partir de matérias-primas vegetais, e não sintéticas, os 
medicamentos fitoterápicos são menos tóxicos que os alopáticos, porém também podem 
causar reações adversas, principalmente se administrados sem orientação médica. 
E) Placebo = Tudo o que é feito com intenção benéfica para aliviar o sofrimento. 
F) Nocebo = Efeito placebo negativo. Quando o “medicamento” piora a saúde. 
G) Princípio Ativo = A substância responsável pelos efeitos de um medicamento é chamada de 
substância ativa, princípio ativo ou fármaco, com outras substâncias que não tem efeito, mas 
que fazem parte da fórmula do medicamento com a finalidade de dar mais volume, tornar a cor 
ou sabor do mesmo mais agradável ou, ainda, agir como conservante. 
H) Droga = É uma substância que modifica a função fisiológica com ou sem intenção benéfica. 
 4 
I) Dose = A palavra dose é derivada do grego dosis o que significa ação de dar ou que pode ser 
dado. 
Tipos de Doses: 
1 - Dose DE Ataque = É a dosagem para reduzir níveis que se encontram alterados. 
2 - Dose de manutenção = É a dosagem necessária para manter os níveis desejáveis. 
3 - Dose mínima = Menor quantidade do medicamento em produzir efeito terapêutico. 
4 - Dose máxima = É a maior quantidade da droga capaz de produzir efeito terapêutico sem 
danos para o organismo. 
5 - Dose tóxica: É a quantidade de medicamento que ultrapassa a dose máxima, causando 
pertubações, intoxicações ao organismo, até a morte. 
6 - Dose letal = Quantidade necessária para causar a morte. 
J) Farmacodinâmica = Trata-se das ações da droga sobre o organismo (Agonistas e 
Antagonistas). 
K) Farmacocinética = Trata-se das ações do corpo sobre a droga. É ela quem controla a 
absorção, a distribuição, metabolização e a eliminação das drogas. 
2 Medicamento de Referência, Genérico e Similar 
Existem mais de 25 mil medicamentos registrados no Brasil e o “nome” do 
medicamento está vinculado à indústria farmacêutica que o produziu. 
2.1 Medicamento de Referência = Quando o nome comercial (também chamado de “nome 
fantasia”) é diferente do nome do fármaco, isso confere ao medicamento uma marca. O primeiro 
medicamento produzido e registrado com um determinado fármaco e lançado no mercado 
brasileiro é geralmente um medicamento “de marca”, sendo considerado de referência pela 
produção de outros medicamentos com aquele fármaco. Para ser um medicamento de referência, 
a empresa responsável pela sua produção teve que comprovar, por meio de pesquisas, que essas 
substâncias apresentavam o efeito desejado e que poderia ser utilizado com segurança nos seres 
humanos. 
2.2 Medicamento Genérico = É identificado pela denominação da própria substância ativa. 
Assim, são comercializados pelo nome do fármaco.Para ser considerado genérico, tal medicamento deve provar que é igual por apresentar a 
mesma substancia ativa, a mesma dose, forma farmacêutica, demorar o mesmo tempo para 
iniciar o efeito desejado e ter o mesmo tempo de duração do que o produto de referência 
(marca). 
OBS.3: O medicamento genérico poderá ser substituído pelo de referência apenas pelo 
profissional farmacêutico quando o médico não estabelecer ressalva sobre a substituição 
 5 
na prescrição. 
2.3 Medicamento Similar = A substância ativa é igual, possui uma marca, mas os outros 
requisitos podem ser diferentes, não havendo a devida comprovação. 
Então no Brasil, encontramos medicamentos de referência (marca), genéricos ou 
similares. 
 
3 - Finalidades ou objetivos terapêuticos dos fármacos: 
Podem servir basicamente para 4 objetivos farmacoterapêuticos: 
I - Finalidade Curativa = Curar uma determinada patologia. Ex.: Antibiótico. 
II - Finalidade Paliativa = Minimizar os sinais e sintomas da patologia. Ex.: Anti-hipertensivo. 
III - Finalidade Diagnóstica = Melhorar a qualidade do exame ou em Exames de imagem 
específicos. Ex.: Raio X, Tomografia Computadorizada, Ressonância Magnética. 
IV - Finalidade Profilática = Desenvolver anticorpos para o indivíduo. Ex.: Vacinas. 
V Finalidade Substitutiva = para repor. Ex.: Insulina. 
 
4 - Tipo de Ação 
# Local: agem no local de aplicação; 
# Geral ou Sistêmica: circulam na corrente sanguínea e seu efeito atinge determinados órgãos, 
tecidos ou todo o organismo. 
 
5 Efeitos Colaterais: São respostas que não estão relacionadas ao efeito terapêutico da droga. 
Ex. náuseas, vômitos e diarréia. Este efeito é geralmente esperado, mas não desejado. 
6 Efeito Adverso: é o efeito que se apresenta de maneira nociva e incômoda, ao administrar-se 
um medicamento. 
7 Reação Alérgica: está relacionada com a sensibilidade alérgica de cada indivíduo. Poderá 
variar em cada cliente, desde uma simples reação local, caracterizada por rubor, prurido 
intenso, edema ou até mesmo quadros alérgicos mais graves como os casos de anafilaxia que 
pode levar o individuo à morte em poucos instantes. Observar reações como: inadequação 
respiratória (choque) que é precedido por cianose de extremidades, dispnéia súbita, edema 
generalizado (mais comum face e glote) e colapso circulatório. 
 
8 - Forma Farmacêutica: 
 8.1.1 Para uso interno 
– Via Oral: 
I - Sólidos: 
- Pós Aglomerados 
- Pílulas 
- Pastilhas 
- Comprimidos 
- Cápsulas 
- Drágeas 
- Granulados 
 6 
II - Líquidos: 
- Soluções: 
- Simples 
- Xaropes 
- Elixires 
- Dispersões: 
- Emulsões 
- Suspensões 
8.1.2 Para uso externo 
I - Cutâneo (tópico) 
- Pomadas 
- Cremes 
- Pastas 
- Cataplasmas 
- Loções 
II - Retal (Supositórios) 
III - Vaginal 
- Óvulos 
- Comprimidos 
- Geléias 
III - Oftalmológico 
IV - Otorrinolaringológico 
 
8.1.3 Para uso parenteral 
I - Grandes volumes: 
- Nutrição parenteral prolongada (NPP); 
- Endovenosa. 
II - Pequenos volumes (ampolas, injeções) 
- Intradérmica; 
- Subcutânea; 
- Intramuscular; 
- Intra-raquidiana ou intratecal. 
 
9 - Comercialização dos Medicamentos 
 
Para ser comercializado no Brasil, todo medicamento industrializado precisa de um 
registro. No Brasil, o órgão responsável pelo registro dos medicamentos é a Agência Nacional 
de Vigilância Sanitária (ANVISA), que é ligada ao Ministério da Saúde. 
Isso só ocorre após a realização de testes de comprovação de que o fármaco tem 
eficácia, segurança e qualidade para ser utilizado em seres humanos. 
 
10 - Natureza das Drogas 
 
Quem nunca ficou se perguntando o que acontece com os medicamentos após 
 7 
ingerirmos? É justamente isso que o capítulo aborda. Como essas drogas reagem após serem 
administradas. 
Após a administração do medicamento, a molécula ativa interage com a molécula 
específica do sistema biológico, também conhecida como RECEPTOR, que desempenha um 
papel REGULADOR no corpo humano. 
Porém de forma a interagir quimicamente com o seu receptor, a molécula ativa deve ter 
tamanho, carga elétrica, forma e composição anatômica apropriadas. Essa ligação é conhecida 
como MODELO CHAVE-FECHADURA. 
 
Fonte: Internet 
 
Por fim, para ser eficaz, o fármaco deve ser inativado ou excretado pelo corpo em uma 
taxa de eliminação apropriada, de modo que atue somente durante o tempo necessário. 
 
11 - As interações entre droga e receptor (corpo) são divididas em: 
11.1 Farmacocinética 
Os conhecimentos de farmacologia básica são, didaticamente, divididos em duas áreas: 
a farmacodinâmica e a farmacocinética. A frase clássica que explica e diferencia as áreas diz que 
“a farmacodinâmica estuda o que o fármaco faz com o corpo e a farmacocinética estuda o que o 
corpo faz com o fármaco”, após sua entrada no organismo, que pode se dar por diferentes vias. 
A farmacocinética envolve as etapas da absorção, distribuição, metabolização e 
eliminação do fármaco. Esse conjunto de fenômenos é chamado de sistema ADME (Sigla 
composta da primeira letra de cada etapa). 
A absorção de medicamentos cobre o avanço de uma substancia desde o momento em 
que ela é administrada, sua passagem através dos tecidos até que ela atinja a circulação 
sistêmica. 
Em nível celular, os medicamentos são absorvidos por vários meios, principalmente 
através do transporte ativo ou passivo. 
O transporte ativo requer energia celular para mover o medicamento dentro do 
organismo. E é usado para absorver eletrólitos, como sódio e potássio, bem como alguns 
medicamentos, como levodopa. (antiparkinsónicos). 
 8 
Tipicamente a absorção acontece em uma velocidade mais lenta quando os 
medicamentos são administrados por via oral, IM ou SC, porque os complexos sistemas de 
membrana das camadas da mucosa Gastrointestinal retardam a passagem do medicamento. 
Distribuição: É o processo pelo qual o medicamento é liberado da circulação sistêmica para os 
líquidos e tecidos do corpo. A distribuição de um medicamento absorvido dentro do corpo 
depende de inúmeros fatores: Fluxo sanguíneo, solubilidade, ligação com proteína. 
Metabolismo: O metabolismo, é o processo pelo qual o corpo muda um medicamento de sua 
forma de dosagem para uma forma mais hidrossolúvel, a qual pode ser então excretada. 
Excreção: A excreção do medicamento refere-se à eliminação dos fármacos do corpo. Muitos 
medicamentos são excretados pelos rins e deixam o corpo por meio da urina. Porém os 
medicamentos também podem ser excretados por pulmões, glândulas exócrinas (sudoríparas, 
salivares ou mamárias), pele e trato intestinal. 
11.2 Farmacodinâmica 
A farmacodinâmica é o estudo dos mecanismos medicamentosos que produzem 
alterações bioquímicas ou fisiológicas no organismo. A resposta resultante desta ação 
medicamentosa é o efeito do medicamento. 
Medicamentos Agonistas 
 
Muitos medicamentos agem ao estimular ou bloquear os receptores de medicamento. 
Um medicamento atraído até um receptor e que demonstra uma afinidade é chamado de 
agonista. Um agonista liga-se ao receptor e produz uma resposta. 
Medicamentos Antagonistas 
 
Quando um medicamento tem uma afinidade por um receptor, porém demonstra pouca 
ou nenhuma atividade intrínseca, ele é chamado de um antagonista. Um antagonista impede 
que ocorra uma resposta. 
12 - Interações Medicamentosas 
 
A interação medicamentosa (IM) é definida como uma resposta farmacológica ou 
clínica à administração de uma combinação de medicamentos, diferente dos efeitos de dois 
agentes administrados individualmente. 
Existem interações medicamentosas do tipo medicamento-medicamento, medicamento-
alimento, medicamento-bebida alcoólica e medicamento-exames laboratoriais. As interações 
medicamentosas podem ocorrer entre medicamentos sintéticos, fitoterápicos, chás e ervas 
medicinais. 
 9 
As interações medicamentosaspodem ter efeitos benéficos ou prejudiciais à saúde do 
paciente. Quando os efeitos são benéficos, geralmente, são desejados pelo médico para auxiliar 
no tratamento farmacológico. Entretanto, quando prejudiciais, podem colocar a saúde do 
paciente em risco. 
Exemplo: Trimetopina + sulfametoxazol = Aumentam o espectro bacteriano. Porém se 
for utilizado com um depressor do SNC (etanol) traz redução das habilidades psicomotoras, 
coma e levar até a morte. 
13 Reação Adversa A Medicamentos (Ram) E Efeito Colateral 
 
A RAM é definida como “reação nociva e não-intencional, que ocorre em doses 
normalmente usadas no homem para profilaxia, diagnóstico, terapia da doença ou para a 
modificação de funções fisiológicas” 
Já o efeito colateral é qualquer tipo de resposta diferente do organismo às substâncias 
contidas no medicamento, que são paralelas às que são desejadas ou esperadas pelo fármaco. 
A principal diferença entre o efeito colateral e o efeito adverso (também conhecido 
por RAM - Reação Adversa ao Medicamento) é que neste último caso, as consequências são 
consideradas sempre prejudiciais, enquanto que um efeito colateral, dependendo da situação, 
pode ser benéfico. 
Exemplo: Alguém que toma um antialérgico e está sem sono. Um dos principais efeitos 
colaterais dos anti-histanímicos é a sonolência, que neste caso, pode ser uma consequência 
benéfica para alguém com dificuldade em dormir. 
 
14 - Tolerância e Dependência 
 
I - Dependência: é a necessidade psicológica ou física de continuar consumindo determinada 
substância. A dependência será classificada em: 
a) Dependência física: Consiste na necessidade sempre presente, a nível fisiológico, o que 
torna impossível a suspensão brusca das drogas. Essa suspensão acarretaria a chamada crise da 
"abstinência". A dependência física é o resultado da adaptação do organismo, independente da 
vontade do indivíduo. A dependência física e a tolerância podem manifestarem-se 
isoladamente ou associadas, somando-se à dependência psicológica. A suspensão da droga 
provoca múltiplas alterações somáticas, causando a dramática situação do "delirium tremens". 
Isto significa que o corpo não suporta a síndrome da abstinência entrando em estado de pânico. 
b) Dependência psicológica: Em estado de dependência psicológica, o indivíduo sente um 
impulso irrefreável, tem que fazer uso das drogas a fim de evitar o mal-estar. A dependência 
 10 
psicológica indica a existência de alterações psíquicas que favorece a aquisição do hábito. O 
hábito é um dos aspectos importantes a ser considerado na toxicomania, pois a dependência 
psíquica e a tolerância significam que a dose deverá ser ainda aumentada para se obter os efeitos 
desejados. A tolerância é o fenômeno responsável pela necessidade sempre presente que o 
viciado sente em aumentar o uso da droga. Em estado de dependência psíquica, o desejo de 
tomar outra dose ou de se aplicar, transforma-se em necessidade, que se não satisfeita leva o 
indivíduo a um profundo estado de angústia, (estado depressivo). Esse fenômeno não deverá 
ser atribuído apenas as drogas que causam dependência psicológica. O estado de angústia, por 
falta ou privação da droga é comum em quase todos os dependentes e viciados. 
 
Sinais da dependência 
-Forte desejo ou compulsão para consumir a substância; 
-Dificuldade no controle de consumir a substância em termos do seu início, término ou níveis 
de consumo; 
-Estado de abstinência fisiológica quando o uso cessou ou foi reduzido (sintomas de abstinência 
ou uso da substância para aliviá-los); 
-Evidência de tolerância, de tal forma que doses crescentes da substância psicoativa são 
requeridas para alcançar efeitos originalmente produzidos por doses mais baixas; 
-Abandono progressivo de prazeres ou interesses alternativos em favor do uso da substância 
psicoativa, aumento do tempo necessário para obter ou tomar a substância psicoativa ou para se 
recuperar dos seus efeitos; 
-Persistência no uso da substância, a despeito de evidência clara de consequências 
manifestamente nocivas, tais como dano ao fígado por excesso de álcool, depressão 
consequênte a período de consumo excessivo da substância ou comprometimento cognitivo 
relacionado à droga. 
 
Sintomas da dependência 
 
-Perda da consciência, coma ou sono repentino e/ou profundo; 
-Respiração lenta ou curta ou parada da respiração; 
-Sem pulso ou pulso fraco; 
-Lábios roxos; 
-Convulsões, movimentos involuntários, desmaios; 
-Palpitação, taquicardia, dor no peito. 
 
II - Tolerância: É a diminuição da resposta farmacológica que se deve à administração 
repetida ou prolongada de alguns fármacos. A tolerância ocorre quando o organismo se adapta 
 11 
à presença contínua do fármaco. Geralmente diminui a quantidade de receptores ou a sua 
afinidade para o fármaco. O termo resistência é usado para descrever a situação em que uma 
pessoa deixa de responder a um antibiótico, a um fármaco antiviral ou à quimioterapia no 
tratamento do câncer. Segundo o grau de tolerância ou de resistência desenvolvido, o médico 
pode aumentar a dose ou selecionar um fármaco alternativo. 
 
 
 
ESTUDO DIRIGIDO INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA 
 
 
01 - Com base na introdução ao estudo da farmacologia DEFINA: 
 
A) Fármaco B) Remédio C) Medicamento D) Droga E) Dose 
F) Farmacodinâmica G) Farmacocinética 
 
02 - Defina os tipos de dose: 
 
A) Dose de ataque B) Dose de manutenção C) Dose mínima 
D) Dose máxima E) Dose letal F) Dose tóxica 
 
03 - Diferencie medicamento Placebo, Nocebo, alopático e homeopático. 
 
04 - Diferencie medicamento de referência, genérico e similar. 
 
05 - Diferencie as finalidades dos fármacos (diagnóstica, curativa, paliativa, profilática e 
substitutiva). 
 
06 – Diferencie efeito colateral de efeito adverso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
CAPÍTULO 2 – ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS: VIAS E VOLUMES 
 
Os fármacos administrados para fins terapêuticos são denominados medicamentos. A 
administração de medicamentos aos clientes é uma importante responsabilidade da enfermagem 
em muitos centros de saúde, incluindo unidades básicas de saúde, ambulatórios, hospitais, 
instituições de longa permanência e em domicilio. 
As exigências básicas para a administração correta dos fármacos frequentemente são 
denominadas “certos da administração de medicamentos”. Esses “certos” exigem conhecimento 
dos fármacos a serem administrados e dos clientes que os receberão, bem como habilidades e 
condutas de enfermagem especificas. Quando um desses “certos” é violado, podem ocorrer 
erros na administração da medicação. 
 
Princípios gerais da administração correta de medicamentos 
 
-Siga sempre os “certos” da adminstração; 
- Nesse critério podemos ver na maioria das literaturas 9 certos, porém algums citações mais 
rescentes temos uma média de 13 certos, que estão descritos a seguir: 
1. Prescrição correta 
2. Paciente certo; 
3. Dose certa; 
4. Medicamento certo; 
5. Hora certa ou Horário Certo; 
6. Via certa; 
7. Anotação certa ou Registro certo; 
8. Orientação ao paciente; 
9. Compatibilidade medicamentosa; 
10. Validade Certa 
11. Forma / apresentação certa. 
12. Tempo de administração certo. 
13. Ação certa. 
Obs.: Ainda podemos ver algumas citações de mais um item no Certos da administração: o 
direito do paciente em recusar a medicação. 
 
 13 
-Obtenha informações essênciais sobre cada fármaco a ser administrado (por exemplo, 
indicação de uso, contraindicações, efeitos terapêuticos, efeitos adversos); 
-Interprete corretamente a prescrição, isto é, o nome do fármaco, dose, frequência e via de 
administração. Questione ao profissional que prescreveu se qualquer informação estiver 
obscura ou se o fármaco parecer impróprio para a condição do cliente; 
-Leia os rótulos dos medicamentos para verificar o nome e a concentração do fármaco. Muitos 
medicamentos estão disponíveis em diferentes apresentaçõese concentrações; 
-Minimize o uso de abreviações para os nomes dos fármacos, doses, vias e horários de 
administração, o que tornará tal tarefa mais segura e reduzirá os erros; 
-Calcule as doses com atenção; 
-Meça as doses com exatidão; 
-Use os procedimentos e as técnicas corretas para todas as vias de administração. Por exemplo, 
utilize pontos de referências anatômicos apropriados para identificar locais de injeções 
intramusculares (IM), sigas as instruções dos fabricantes para preparo e administração de 
medicamentos endovenosos (EV) e use materiais e técnicas estéreis para administrar 
medicamentos injetáveis e oftálmicos; 
-Busque informações sobre os diagnósticos clínicos e a condição do cliente em relação à 
administração de medicamentos (por exemplo, capacidade de engolir um medicamento oral, 
alergias ou contraindicações aos fármacos prescritos, novos sinais ou sintomas que podem 
indicar efeito adversos dos fármacos, distúrbios cardíacos, hepáticos ou renais que podem 
interferir na capacidade de eliminação dos fármacos); 
-Confirme a identidade de todos os clientes antes de administrar os medicamentos; 
 
Importante: 
 
-Não devemos jamais administrar medicamentos sem prescrição médica, lembrando que ela 
deve conter: data; nome do paciente; registro; enfermaria; leito; idade; nome do medicamento; 
dosagem; via de administração; frequência; assinatura do médico; 
-Jamais administrar medicamentos preparado por outras pessoas; 
-Nunca administrar medicamento sem rótulo; 
-Sempre verificar data de validade do medicamento; 
-Identificar a seringa ou recipiente de via oral com: nome do paciente, leito, enfermaria, nome 
do medicamento, via, hora e data; 
-Inteirar-se sobre as diversas drogas, para conhecer cuidados específicos ao administrá-las; 
-Após a administração do medicamento, chegar imediatamente a prescrição, evitando-se, assim, 
a repetição do mesmo. 
 
 
 14 
Vias de Administração 
 
As vias de administração dependem das características do fármaco, do cliente e das 
respostas desejadas. As principais vias são oral, parenteral e tópica. Cada uma tem suas 
vantagens, desvantagens, indicações de uso e técnicas específicas de administração. 
O termo parenteral refere-se a qualquer outra via além da gastrointestinal (enteral), 
sendo frequentemente usado para indicar injeções intradérmica (ID), subcutânea (SC), 
intramuscular (IM) e endovenosa (EV). 
 
Administração enteral: 
É a mais antiga das vias utilizadas, a mais segura, econômica e, frequentemente, a mais 
conveniente. A absorção se realiza através da mucosa do tubo digestivo: oral, gástrica e intestinal 
(tanto intestino grosso como delgado). 
No entanto, há duas localizações que apresentam características especiais: a mucosa 
oral e a retal (porção terminal do intestino grosso). Em ambas, após a absorção, o fármaco se 
incorpora em sua totalidade ou em grande parte ao circuito venoso maior que deriva 
imediatamente ao coração. A partir daí distribui-se por todo organismo, através da circulação 
sistêmica. 
Via Oral (VO): É considerada a via mais segura e conveniente e menos dispendiosa, sendo a 
maior parte das medicações sendo administradas por essa via. 
As medicações VO são algumas vezes prescritas em doses maiores que seus 
equivalentes parenterais, porque após absorção através do trato gastrointestinal, elas são 
imediatamente metabolizadas no fígado antes de atingir a circulação sistêmica. 
Formas de apresentação (VO) 
 
-Líquida: xarope, suspensão, elixir, emulsão, entre outras. 
-Sólidas: comprimidos, drágeas, cápsulas, pérolas, pastilhas, entre outras. 
 
Cuidados importantes 
- Antes de preparar o medicamento, certifique-se da dieta, jejum e/ou do controle hídrico do 
paciente; 
- Homogeneizar os medicamentos em suspensão antes de colocar no recipiente. 
 
Via Sublingual (SL): Consiste em colocar o medicamento sob a língua do paciente. Essa via 
permite a retenção do fármaco por um tempo mais prolongado. Propicia absorção rápida de 
pequenas doses de alguns fármacos, devido ao suprimento sanguíneo e a pouca espessura da 
mucosa absortiva, permitindo a absorção direta na corrente sanguínea. 
 15 
As formas farmacêuticas são geralmente comprimidos que devem ser dissolvidos 
inteiramente pela saliva, não devendo ser deglutida. 
Cuidados de enfermagem 
 
-Forneça água ao paciente para enxaguar a boca e remover resíduos alimentares; 
-Coloque o medicamento abaixo da língua do paciente e orientá-lo a não deglutir a saliva até 
dissolver o medicamento a fim de obter o efeito desejado; 
-Não administre por via oral porque o suco gástrico inativa a ação do medicamento. 
 
“A Via Sublingual possui ação mais rápida do que a via oral. ” 
 
Via gástrica: É a introdução do medicamento através da sonda gástrica. A técnica para 
administração dos fármacos através da sonda basicamente consiste na trituração de 
comprimidos ou abertura de cápsulas e dissolução do conteúdo em água para posterior 
administração. 
Cuidados de enfermagem 
-Eleve a cabeceira da cama (45º à 90º- Posição de Fowler) para evitar aspiração, exceto quando 
contraindicado (neurológicos); 
-Certifique-se se a sonda está no estômago por meio da ausculta com estetoscópio e aspiração 
do suco gástrico; 
-Introduza lentamente o medicamento por “gavagem” com auxílio de uma seringa (20ml), 
atentando para desconforto ou regurgitamento do paciente; 
-Não introduza ar, evitando, dessa forma, flatulência; 
-Lave a sonda com 40 ml de água, em média, após a administração do medicamento, a fim de 
remover partículas aderidas nela e introduzir todo o medicamento até o estômago; 
-Faça a desinfecção da extremidade da sonda antes e após a administração de medicamentos, 
utilizando algodão com álcool; 
-Caso a sonda tenha a finalidade de drenagem, mantenha-a fechada por 30 minutos após a 
administração de medicamentos. 
 
Via retal: É a administração do medicamento no reto, em forma de supositórios ou clister 
medicamentoso. Tem como objetivos deixar o fármaco livre do metabolismo de primeira 
passagem, no fígado, pois o fármaco entra em vasos que levam direto à veia cava inferior. 
Entretanto, deve-se ressaltar o desconforto que a via retal pode proporcionar ao paciente. Além 
disso, a absorção retal costuma ser incompleta e irregular e muitos fármacos provocam irritação 
da mucosa retal. 
 
 16 
Cuidados de Enfermagem 
 
-Coloque o paciente em decúbito lateral com membro inferior esquerdo estendido e membro 
inferior direito fletido, expondo somente a área necessária para a introdução do supositório 
(posição de SIMS); 
-Introduza o supositório além do esfíncter anal delicadamente e peça ao paciente que retenha 
por 30 minutos; 
-Certifique-se de que o supositório realmente foi introduzido 
 
As vantagens da utilização desta via de administração é que protege os fármacos 
suscetíveis da inativação gastrointestinal e hepática, pois somente 50% do fluxo venoso retal 
tem acesso à circulação porta. Entretanto a absorção pode ser errática ou incompleta, 
especialmente em pacientes com mobilidade intestinal aumentada. Além disso, pode irritar a 
mucosa retal. 
 
Via cutânea ou tópica: É a aplicação do medicamento na pele e tem como objetivo obter ações 
local, principalmente, e sistêmica, eventualmente. 
É considerada uma via rápida, não dolorosa e evita um efeito sistêmico, porém traz 
algumas desvantagens como é o caso da irritação na pele ou mucosas, estímulo a 
automedicação além de ocorrer uma perda do medicamento para o ambiente. 
 
Cuidados de enfermagem 
-Faça a limpeza da pele com água e sabão antes de aplicar o medicamento; 
-Despreze a primeira porção da pomada; 
-Aplique o medicamento massageando a pele delicadamente; 
-Observe qualquer alteração na pele: erupções, prurido, edema, eritema etc. 
-Quando o medicamento for armazenado em recipiente, retire-o com auxílio da espátula; 
-Antes de aplicar faça o teste de sensibilidade.Via nasal: Os fármacos gasosos e voláteis podem ser inalados e absorvidos através do epitélio 
pulmonar e das mucosas do trato respiratório. As vantagens são a quase instantânea absorção 
para o sangue, ausência da perda hepática de primeira passagem e, no caso de doenças 
pulmonares, a aplicação local do fármaco no ponto de ação desejado. 
Entretanto, a administração via pulmonar apresenta algumas desvantagens: 
-Controle insatisfatório da dose; 
-Método de administração pouco prático; 
-Muitos fármacos voláteis e gasosos provocam irritações do epitélio pulmonar. 
 
 17 
Via ocular: Consiste na aplicação de um colírio ou pomada no saco conjuntival inferior com o 
objetivo de combater a infecção, evitar ulceração da córnea, provocar midríase (dilação da 
pupila) ou miose (constrição da pupila) e aplicar anestésico. 
 
Via auricular: É a introdução de medicamento no canal auditivo e tem como objetivo prevenir 
ou tratar processos inflamatórios e infecciosos e facilitar a saída de cerúmen e corpo estranho. 
Via vaginal: É a introdução e absorção de medicamentos no canal vaginal, mas é necessário ter 
em vista algumas particulares anatômicas. A vagina é ricamente vascularizada e revestida por 
epitélio estratificado escamosos, permitindo uma absorção eficiente do medicamento. 
Via respiratória: Utilizamos essa via em situações que o fármaco deve atuar na mucosa 
brônquica. 
Cuidados na administração dos medicamentos 
-Validade; 
-Confira o rótulo do medicamento; 
-Compatibilidade do medicamento com o diluente ou material (frasco, equipo, seringa); 
-Aspecto que podem indicar problemas; 
-Sem associações (mistura de medicamentos na mesma seringa) 
 
 
 
 
Via parenteral... 
 
 Partes da Seringa: Cilindro ou corpo, êmbolo e bico. No corpo, há indicação da 
graduação em cm3 e a capacidade da seringa. 
 
 
Fonte: Internet 
 
 
 Partes da agulha: bisel, haste e canhão. Há indicação do diâmetro e comprimento da 
agulha. 
 
Fonte: Internet 
 18 
 
Via intradérmica (ID): É a introdução de pequena quantidade de medicamento entre a pele e o 
tecido subcutâneo. 
Áreas de aplicação: face interna (ou anterior) do antebraço, região subescapular, inserção 
inferior do músculo deltoide (BCG). 
Ângulo: 15º Seringa: 01 ml Agulha: 13 x 4, 13 x 4,5, 10 x 3,8 (a depender da recomendação e 
técnica). 
 
Cuidados de enfermagem 
 
-Não realizar a antissepsia com álcool para não interferir na reação da droga; 
-A substância injetada deve formar uma pequena pápula; 
-A penetração da agulha não deve passar de 2 mm (somente o bisel); 
-Não se faz aspiração, pois, na derme, não há riscos de atingir algum vaso sanguíneo. 
OBS.: POR ESTÁ VIA É REALIZADO TESTE ALÉRGICO, BCG E TESTE DE 
MANTOUX (PPD, PROVA TUBERCULÍNICA – PT, TESTE DE TUBERCULINA). 
 
Via Subcutânea (SC): É a introdução de um fármaco no tecido subcutâneo [ou hipoderme]. 
 
Áreas de aplicação: face externa (ou posterior) do braço, região glútea, face externa da coxa, 
região periumbilical, região lateral direita e esquerda (flâncos) do abdome. 
Ângulo: 45 / 90º (a depender do local de aplicação, tamanho da agulha idade do paciente, 
conforme descrito nas recomendações da Sociedade Brasileira de Diabetes - SBD, 2017). 
Seringas: 1ml; 
Agulha: Segundo recomendações da SBD, 2017 devemos utilizar seringas com agulhas 
prefixadas à seringa com numeração 6, 8 ou 12,7. 
 
Cuidados de enfermagem 
-Realizar a limpeza da pele; 
-Não realizar aspiração; 
-Evite aplicação próxima à região inguinal, às articulações e ao umbigo (dar um espaço de 
aproximadamente 3cm); 
-Em casos de heparina e insulina realizar o rodízio do local de aplicação para evitar lesões. 
 
Obs: A posição do bisel da agulha na via SC é indiferente (variante). 
 
Via Intramuscular (IM): É a introdução de medicamentos nas camadas musculares. As 
mesmas são recomendadas aos pacientes não cooperativos ou que não podem tomar a 
medicação via oral e também para as medicações que são alteradas pelo suco digestivo. 
Os tecidos musculares possuem poucos nervos sensoriais, permitindo na injeção uma 
 19 
administração menos dolorosa. 
O local de uma injeção IM deve ser escolhido cuidadosamente, levando em 
consideração a idade, o estado físico do paciente e a proposta da administração. São 
contraindicadas em pacientes com mecanismos de coagulação prejudicado, com doença 
vascular periférica oclusiva, edema e choque, porque essas moléstias podem prejudicam a 
absorção periférica. Também não podem ser administradas em locais inflamados, edemaciados 
ou irritados ou, ainda, em locais sobre as manchas de nascença, tecido cicatrizado ou outras 
lesões. 
Áreas de aplicação: Técnica deltóidea, atinguindo o músculo deltoide; região glútea = 
técnica dorso glútea (atinguindo o músculo glúteo máximo e ventroglútea ou Hochesteter 
(atinguindo o músculo glúteo médio e Técnica de FALC (Face Ântero Lateral da Coxa, 
atinguindo o músculo vasto lateral da coxa. 
 
ATENÇÃO: O VOLUME MÁXIMO A SER APLICADO DEVE SER AVALIADO DE 
ACORDO COM A MASSA MUSCULAR DO PACIENTE 
 
Região deltóidea: O volume máximo não deve ultrapassar 3ml. Contudo em parecer do 
COREN – SP (CAT 020/2009), recomendá-se o uso do referido músculo apenas para a 
administração de vacinas e / ou em casos de urgência e emergência que não ultrapassem o 
volume de 1ml. A localização correta é importante para não lesar o nervo radial e é 
contraindicada a menores de 10 anos e adultos com pequeno desenvolvimento muscular. 
Ângulo: 90º 
Agulha: 25x6 / 25x7 (podendo ser mudada para agulha 20 x 5,5. Avaliar a massa 
muscular para escolher melhor a agulha a ser utilizada.) 
Bisel: Deve ser posicionado de forma lateral, minimizando as agressões às fibras musculares e 
as possíveis complicações. 
 
Cuidados de enfermagem na administração IM 
 
-Realizar a antissepsia do local com álcool a 70% (Exceto vacinas); 
-Bisel lateralizado; 
-Realizar a prega ou técnica em Z; 
-Realizar a aspiração negativa. 
Desvantagem da aplicação IM: grande sensibilidade; pequena quantidade de líquido injetado, 
sendo a última escolha em relação ao local para aplicação. (Sendo indicada apenas para 
administração de vacinas). 
 
 20 
Região Glútea em técnica dorso-glútea: Podemos considerar um local seguro para a 
aplicação da medicação via intramuscular. A área é estabelecida traçando-se um eixo 
imaginário horizontal com origem na saliência mais proeminente da região sacra, e outro eixo 
vertical, originando na tuberosidade isquiática, cuja linha de conexão fica paralela ao trajeto do 
nervo isquiático. A injeção é aplicada no quadrante súpero-lateral (ou quadrante superior 
externo - Q.S.E). O volume máximo é de 5ml. 
O correto posicionamento deste local nos deixa seguros quanto a evitar lesões no nervo 
isquiático. 
 
É contraindicada em: crianças menores de 2 anos; pessoas com atrofia dos músculos da 
região; idosos com flacidez e atrofia senil e insuficiência e complicações vasculares dos MMII. 
Ângulo: 90º 
Agulha: 25x6/ 25x7 
Seringas: 3 ml ou 5 ml 
 
Cuidados de enfermagem na administração glútea 
 
-Realizar a antissepsia do local com álcool a 70%; 
-Bisel lateralizado; 
-Realizar técnica em Z; 
-Realizar aspiração negativa; 
Região vasto lateral da coxa – Técnica de FALC: Aplica-se no terço médio da Face Ântero-
Lateral da Coxa, local livre de vasos e nervos importantes. 
É indicada para recém-nascidos e lactentes e o volume máximo não deve ultrapassar 3 ml. 
Ângulo: 45º 
Agulha: 25x6/ 25x7 
 
Cuidados de Enfermagem 
-Realizar a antissepsia do local com álcool a 70%; 
-Bisel lateralizado no sentido podálico para respeitar as fibras musculares; 
-Realizar a aspiração negativa. 
 
Região Ventro-Glútea (VG) ou Técnica de Hocheteter 
Material: 
Procedimentos: 
-Segue os procedimentos comuns já listados para as vias parenterais. Entretanto, a 
agulha deve ser introduzida com angulação ligeiramente inclinada para a crista ilíaca, podendoo cliente estar na posição ereta, em decúbito lateral direito ou esquerdo e ainda sentado. O 
volume Maximo a ser administrado pode chegar a 5 ml; 
 21 
-Para determinar o local deve-se: colocar a mão esquerda no quadril direito do cliente 
ou vice-versa; localizar com a ponta do dedo indicador a Espinha Ilíaca Ântero-superior (EIAS) 
e estender o dedo médio ao longo da mesma; espalmar a mão sobre a base do trocânter maior 
do fêmur e injetar a medicação na área do triângulo formado pelos dois dedos. 
Observações: 
-É o primeiro local indicado para injeção IM em todas as idades, pois o músculo glúteo 
médio tem uma espessura grande e não possui nervos ou vasos importantes. Apesar disso, não é 
o local mais comum de aplicação. Requer segurança na localização do músculo, tendo com 
vantagem provocar menos dor durante a administração; 
-Para facilitar a delimitação da área, os principiantes podem colocar o cliente na posição 
sentada; 
-Quando a musculatura do cliente estiver tensa, a flexão dos joelhos auxilia no 
relaxamento. 
 
Via Intravenosa (IV) ou Endovenosa (EV) 
 
É a introdução do medicamento diretamente na corrente sanguínea. 
 
Áreas de aplicação: Veias superficiais de grande calibre da região do antebraço e 
cotovelo (cefálica, intermédia, basílica), dorso da mão (rede venosa do dorso da mão). 
Condições dos fármacos: sem precipitação, sem flocos, diluição correta e estéril. 
Posição da agulha: ângulo de 15º ou paralelo à pele. 
 
Cuidados de Enfermagem 
 
-Garroteie 4 cm acima do local desejado para a punção; 
-Faça ampla antissepsia obedecendo ao retorno venoso; 
-Posicione o bisel voltado para cima; 
-Puncione a veia. Refletindo o sangue, solte o garrote; 
-Realize a aspiração; 
-Aplique o fármaco LENTAMENTE; 
-Retire a agulha, fazendo compressão no local, sem friccionar a pele. 
 
Observação: Para facilitar o aparecimento da veia, pode-se utilizar os seguintes recursos: pedir 
ao paciente que faça movimentos com a mão, com o braço voltado para baixo, aumentando 
assim o fluxo sanguíneo. NUNCA BATER NA VEIA!!! 
Riscos relacionados à aplicação por via endovenosa 
 22 
-Infiltração; 
-Hematoma; 
-Equimose; 
-Esclerose da veia; 
-Flebite e tromboflebite; 
-Choque; 
-Embolia. 
 
Dispositivos venosos periféricos: É a infusão venosa através da punção de uma veia periférica. 
Para esse procedimento, usa-se um dispositivo do tipo “Scalp” ou “Jelco”. 
Cuidados de Enfermagem 
-A punção venosa deve ser feita em local de fácil acesso e longe de articulações para 
manutenção da via e conforto do paciente; 
-O dispositivo de punção deve estar sempre limpo, prevenindo infecção; 
-Na presença de sinais de flebite, retire o dispositivo de punção e providencie outra via de 
acesso. A observação do local deve ser constante, a fim de detectar precocemente infiltração de 
soro nos tecidos adjacentes; 
-Na administração de soluções, não deve haver presença de ar no sistema prevenindo embolia 
gasosa; 
-O gotejamento não deve ser alterado em casos de atraso, evitando efeitos como sobrecarga 
cardíaca; 
-A troca do frasco da solução deve ser feita imediatamente após seu termino evitando a 
interrupção e perda da permeabilidade da via de acesso; 
-A utilização do cateter intravenoso agulhado tipo butterfly (Scalp) é limitado nos dias de hoje 
a coleta de sangue ou em administração de medicamentos por via endovenosa em dose única. 
- O cateter venoso sobre agulha (jelco) terá um tempo de permanência de 72 horas se 
confeccionado em teflon e 96 horas se confeccionado em poliuretano conforme manual da 
ANVISA 2017; 
-Em pacientes adultos evitar punções em MMII por conta do risco de infecção e tromboflebite. 
 
Anotações básicas na inserção do cateter periférico: Data da inserção, calibre do cateter; 
nome do profissional e data de troca. 
 
Observação: Independente da via de administração é necessário realizar a higienização 
das mãos antes de preparar e administrar o medicamento. 
Recomenda-se a realização da salinização do cateter conforme rotina estabelecida pela 
instituição. 
 
 
 
 23 
CAPÍTULO 3 - CÁLCULOS APLICADOS A ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 
 
É de responsabilidade da enfermagem assegurar que a medicação seja 
administrada exatamente conforme o prescrito. 
 
A medicação “ato, ação ou efeito de medicar” implica a atuação de, no mínimo, três 
profissionais: um médico, um farmacêutico e um enfermeiro. Cada um amparado legalmente 
para executar suas responsabilidades e assegurar qualidade da assistência ao indivíduo que 
busca tratamento para sua enfermidade. 
Nas unidades de saúde, o enfermeiro confere o medicamento, realiza o cálculo da 
dosagem prescrita, prepara o medicamento, providencia a via de acesso venoso periférico, 
administra o medicamento na via especificada e orienta o indivíduo sobre o medicamento a ser 
administrado. Cabe salientar que além do enfermeiro, o auxiliar e técnico de enfermagem 
também executam o processo de administração da medicação, na vigência legal do conselho de 
classe. 
Uma das etapas mais complexas e sujeitas a erros no processo de administração de 
medicamentos é a que se refere à execução dos cálculos matemáticos. Exige, entre outras coisas, 
concentração, conhecimento das fórmulas adequadas a cada situação, segurança e clareza na 
sua aplicação, além da utilização de calculadora. 
Cálculos matemáticos aplicados... 
 
Equivalências 
 
Quilogramas Mililitros Medidas 
1 quilograma = 1.000 gramas 1 litro = 1.000 ml 1 copo = 250 ml 
1.000 gramas (1g)=1.000 mg 1 ml = 20 gotas 1 xicara = 180 ml 
1.000 mg (1mg) = 1.000 mcg 1 gota = 3 microgotas 1 colher de sopa = 15ml 
1% = uma grama 1 colher de sobremesa = 10ml 
 
10 % = 10 gramas 1 colher de chá = 5ml 
100 % = 100 gramas 1 colher de café = 3 ml 
 1 medida adulto = 15 ml 
 1 medida infantil = 5 ml 
 
 
 
 
 
 
 
 
 24 
CÁLCULOS DE GOTEJAMENTO E REGRA DE 3 SIMPLES. 
CÁLCULO DE GOTEJAMENTO 
Fórmulas: 
MACROGOTAS OU GOTAS (COM TEMPO DADO EM HORAS) 
G = V ; 
Tx3 
ONDE: 
G = gotas (gts/min.); 
V = Volume da solução (ml); 
T = Tempo (horas). 
 
MICROGOTAS (COM TEMPO DADO EM HORAS) 
MGT = V ; 
T 
ONDE: 
MGT = Microgotas (mgts/min.); 
V = Volume da solução (ml); 
T = Tempo (horas). 
 
MACROGOTAS OU GOTAS (COM TEMPO DADO EM MINUTOS) 
G = V x 20 ; 
T 
ONDE: 
G = gotas (gts/min.); 
V = Volume da solução (ml); 
T = Tempo (minutos). 
 
MICROGOTAS (COM TEMPO DADO EM MINUTOS) 
G = V x 60 ; ONDE: 
T 
G = Gotejamento (gts/min); 
V = Volume da solução (ml); 
T = Tempo (minutos). 
 
 
 25 
Exemplo 01: Quantas gotas deverão correr em um minuto para administrarmos 1000ml de SG a 
5% num período de 6 horas? 
nº gts/min = V 
 T x 3 
nº gts/min = 1000 
 6 x 3 
nº gts/min = 1000 = 55,5 
 18 
 aproximadamente 56 gotas/min. 
Resposta: Deverão correr 56 gotas/minuto 
Exemplo 02: Quantas microgotas deverão correr em um minuto para administrarmos 300ml de 
SF a 0,9% em 4 horas? 
nº microgotas/min = V 
 T 
nº microgotas/min = 300 = 75 
 4 
Resposta: Deverão correr 75 microgotas/minuto 
 
Exemplo 02: Quantas gotas deverão correr por minutos para administrarmos 100ml de 
bicarbonato de sódio a 10% em 30 minutos? 
nº gts/min = 100 x 20 
 30 
nº gts/min = 2000 = 66,6 
 30 
Aproximadamente 67. 
Resposta: Deverão correr 67 gotas/minuto 
 
 
 
 
 
 
 26 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 
Exemplo 1: Uma solução de 500 ml precisa ser infundida, via endovenosa em 8 horas. Quantas 
gotas por minuto será administrada nessa prescrição? 
Exemplo 2: Uma solução de 1.000 ml precisa ser infundida, via endovenosa em 12 horas. 
Quantas microgotas por minuto será administrada nessa prescrição? 
Exemplo 3: Uma solução de 120 ml precisa ser infundida, via endovenosa em 30 minutos. 
Quantas gotas por minuto serão administradasnessa prescrição? 
Exemplo 4: Uma solução de 40 ml precisa ser infundida, via endovenosa em 20 minutos. 
Quantas microgotas por minuto serão administradas nessa prescrição? 
Exemplo 5: Quantas gotas deverão correr, em 1 minuto, para a administrar 1000 ml de SG 5% 
de 6 em 6 horas? 
Exemplo 6: Quantas microgotas deverão correr em 1 minuto, para administrar 300ml de SF 
0,9% em 4 horas? 
DICA = INICIALMETE ANOTE OS DADOS DO PROBLEMA (VOLUME E TEMPO). 
DEPOIS VERIFIQUE O QUE SE PEDE (CALCULAR GOTAS OU MICROGOTAS) E 
POR FIM SE O TEMPO DADO NA QUESTÃO ESTÁ EM HORAS OU MINUTOS, 
DAÍ UTILIZE A FÓRMULA CORRESPONDENTE AO QUE SE PEDE. 
OBS.: Quando o resultado for fracionado, aplica-se o método do arredondamento. 
REGRA DE 3 SIMPLES: 
DICA: 
 
Exemplo 01: Prescrito Meticorten 25mg VO 1X/dia. Tenho disponível Meticorten 5mg em 
comprimidos. Quantos comprimidos deverão ser administrados para obedecer a prescrição? 
5 mg – 1 comp 
25 mg – x 
5. x = 25 . 1 
5x = 25 
x = 25 
 5 
x = 5 comprimidos 
Resposta: Serão administrados 5 comprimidos 
 
Exemplo 02: Prescrição médica: Binotal 500mg VO 6/6h. Tenho disponível Binotal 1g em 
comprimido. 
Conversão: 1g – 1000mg 1000 – 1cp 
500 – x 
1000. x = 500 . 1 
x = 500 
 1000 
x = 0,5 cp Resposta: Será administrado 1/2 do comp. 
DISPONÍVEL ----------- DILUENTE OU VOLUME 
PRESCRITO ------------- X 
 27 
Exemplo 03: Prescrição médica: Garamicina 40 mg IM 12/12horas. Tenho disponível 
Garamicina 80mg ampola de 2 ml. 
80mg – 2 ml 
40mg – x ml 
80. x = 40 . 2 
x= 80 
 80 
x = 1 ml 
Resposta: Será administrado 1ml, ou seja, ½ ampola 
 
Exemplo 04: Prescrição médica: Keflex suspensão 500mg de 6/6horas. Tenho disponível 
Keflex suspensão 250mg/5ml. 
250 mg – 5 ml 
500 mg – x 
250. x = 500 . 5 
250X = 2500 
x = 2500 
 500 
x = 10 ml 
Resposta: Deve ser administrado 10ml de suspensão de Keflex. 
 
Exemplo 05: Prescrição médica: Cefalotina 200mg EV de 6/6 horas. Tenho disponível 
Cefalotina frasco-ampola de 1g. 
Observação: 
 O medicamento deve ser diluído, pois há somente o soluto (pó liofilizado); 
 A quantidade de solvente (diluente) que será utilizado será de 10ml. 
 
Conversão: 1g = 1000mg 
1000mg – 10ml 
 200mg – x 
1000 . x = 200 . 10 
1000x = 2000 
 x = 2000 
 1000 
 x = 2 ml 
 
Resposta: Deve ser administrado 2 ml da solução 
 
 
 
 
 
 
 
 28 
EXERCÍCO DE FIXAÇÃO 
01. (Prefeitura de Piedade-SP/DIRECTA) Você deverá infundir num paciente 1.200 ml de soro 
glicosado em 8 horas. Na unidade os frascos são de 500 ml. O número de gotas por minuto que 
deverá correr em cada etapa dessa hidratação é de: 
a) 40. b) 50. c) 55. d) 60. 
 
02. (FAUEL/2015) Caso a prescrição médica seja de 500 ml de soro fisiológico, para correr em 6 
horas, você deverá instalar o soro com gotejamento aproximado de: 
a) 28 gotas ou 84 microgotas. b) 10 gotas ou 60 microgotas. c) 50 gotas ou 100 
microgotas. 
d) 83 gotas ou 210 microgotas. 
 
03. (HU-UFMG) Mulher [...] deverá receber, de 12 em 12 horas, soro de manutenção com 
eletrólitos cujo volume total corresponde a 500ml. Diante desse caso, o número de gotas/minuto a 
ser infundido, ao se utilizar equipo macrogotas de infusão gravitacional, é de aproximadamente 
a) 125. b) 42. c) 14. d) 12. e) 5. 
 
04. (Prefeitura de Cortês-PE/IDEST/2014) A enfermeira recebe uma prescrição médica onde está 
solicitado a administração de 150mg de ampicilina. Na unidade tem frascos com 1,0 grama que 
deve ser diluído em 10ml de água destilada. Após diluição, quanto deve ser aspirado? 
a) 2,0ml b) 1,5ml c) 1,0ml d) 0,5ml e) 
2,5ml 
 
05. (Pref. Araruama – RJ/FUNCAB/2015) Uma solução de 120 mL precisa ser infundida, via 
endovenosa em 30 minutos. Quantas gotas por minuto serão administradas nessa prescrição? 
a) 80 b) 130 c) 60 d) 90 e) 40 
 
06. (2011/CESGRANRIO/TranspetroProva) Para implementar uma prescrição de 250 
miligramas de Cefalotina, cuja apresentação é de 1 grama diluído em 10 mililitros de água 
destilada, deve-se aspirar o correspondente, em mililitros, a 
A) 1,5 B) 2,5 C) 2,0 D) 4,0 E) 5,0 
 
07. (2014/CESGRANRIO/ Petrobras) Em uma prescrição médica de cefalotina 600 mg, 
por via endovenosa, com disponibilidade da medicação em frascos de 1 g, que volume de 
medicação, em ml, será aplicado? 
A) 4 ml B) 6 ml C) 10 ml D) 15 ml E) 20 ml 
 
08. (Prefeitura de Cortês-PE/IDEST/2014) A enfermeira recebe uma prescrição médica 
onde está solicitado a administração de 150mg de ampicilina. Na unidade tem frascos com 
1,0 grama que deve ser diluído em 10ml de água destilada. Após diluição, quanto deve ser 
aspirado? 
A) 2,0ml B) 1,5ml C) 1,0ml D) 0,5ml E) 2,5ml 
 
09. (HU-UFMT/EBSERH/AOCP/2014) Médico prescreveu para criança internada na Pediatria: 
Metronidazol 125mg EV a cada 8 horas. Na instituição, há disponível Metronidazol 0,5% com 
100ml de solução injetável. Para execução da prescrição, quantos ml da droga serão necessários? 
a) 5. b) 10. c) 12,5. d) 25. e) 50. 
 
10. (UFBA/2014) Considere a seguinte prescrição médica: “suspensão de eritromicina, 250mg”. 
Tendo em vista que a farmácia disponibilizou frasco de 100mL na concentração de 125mg/5mL, 
para atender ao que está prescrito deverão ser administrados 2,5mL da medicação. Certo ou 
Errado? 
 
11. (IBFC/2014) Na prescrição médica consta Glicose 20 gramas, via endovenosa, a cada 12 horas. 
A unidade dispõe de Glicose a 50%, ampola com 20 ml. Para administrar a dose prescrita, 
 29 
deverão ser aspirados _________ ml, ou seja, ____ ampola (s). Calcule e preencha as lacunas e a 
seguir assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas. 
a) 40; 2. b) 20; 1. c) 10; 1. d) 50; 3. 
 
12. (EBSER/HULW-UFPB/AOCP/2014) - Paciente deve receber 400mg de Ciprofloxacino; na 
instituição, há frasco de Ciprofloxacino 0,2% com 100ml. Quantos frascos deverão ser 
administrados? 
(A) 5. (B) 4. (C) 3. (D) 2. 
 (E) 1. 
 
13. (2011/FCC/TRE-RN) Uma solução de medicação deve ser administrada na velocidade 
de 120 microgotas/minuto. Considerando o tempo de infusão de 30 minutos, o volume a ser 
administrado será de: 
A) 6 mL. B) 12 mL. C) 30 mL. D) 60 mL. 
E) 120 mL. 
 
14. (2010/FCC/TRE-AM) O gotejamento em microgotas por minuto de um soro cujo volume 
total é 504 mL e o tempo de infusão de dez horas é de: 
A) 5,4 B) 50,4 C) 54,0 D) 54,4 
 E) 55,4 
 
15. (2010/FCC/ TRT - 9ª REGIÃO-PR) No rótulo de uma ampola de 2 mL consta que há 
0,4% de um determinado medicamento. Se o enfermeiro aplicar 1/4 dessa ampola, o cliente 
receberá: 
A) 0,5 mg do medicamento. B) 1,0 mg do medicamento. C) 2,0 mg do 
medicamento. 
D) 3,0 mg do medicamento. E) 4,0 mg do medicamento. 
 
16. (2011/FCC/TRE-RN) Ao administrar Soro Fisiológico 0,9%, na velocidade de 103 
mL/h em 6 horas, o volume total a ser infundido será de: 
A) 10,3 mL. B) 60 mL. C) 100,3 mL. D) 600 Ml E) 
618 mL. 
 
17. (2011/FCC/TRE-RN) Foi orientado administrar 3,8 mg de enalapril via oral. O 
comprimido disponível no serviço contém 10 mg e foi diluído em 15 mL de água filtrada. 
Desta solução, a dose prescrita corresponde a 
A) 5,07 mL. B) 5,7 mL. C) 6,25 mL. D) 7, 5 mL. E) 
7,05 mL. 
 
18. (2012/FCC/TJ-PE) Foi solicitada ao técnico de enfermagem a administração de 25 
gotas de determinado analgésico cuja apresentação é de 250 mg/mL. Essa dosagem 
corresponde a 
A) 0,25 mL. B) 1,25 mL. C) 2,05 mL. D) 2,25 mL. E) 
2,5 mL 
 
19. (2014/FUMARC/ AL-MG) Um funcionário da sua empresa precisa receber 6 mg do 
medicamento B, o equivalente a 60 gotas, conforme prescrito. No entanto, a apresentação da 
droga B está em frasco-ampola e você não tem conta gotas. A equivalência CORRETA 
seria administrar: 
A) 3 ml de B. B) 6 ml de B. C) 9 ml de B. D) 30 mlde 
B. 
 
20. (2014/IBFC/TRE-AM) Em uma unidade hospitalar foi prescrito um soro glicosado de 
 30 
250mL a 10% para correr em 8 horas. No armário da enfermaria tem soro glicosado de 
250mL a 5% e ampolas de glicose a 50% com 10mL cada. Serão usadas ___ampolas de 
glicose a 50% (de 10mL) e o gotejamento será de ___gotas/minuto. Assinale a alternativa que 
completa correta e respectivamente as lacunas. 
A) 2,5 ampolas;11 gotas/minuto. B) 3 ampolas; 13 gotas/minuto. 
C) 5 ampolas; 37 gotas/minuto. D) 3,5 ampolas; 36 gotas/minuto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 31 
Cálculo de Insulina 
Observação: Quanto aos problemas (questões) do cálculo de insulina podemos encontrar dois 
tipos de questões: exemplos onde à prescrição, a seringa e o frasco disponível estão em U 
(unidades) ou UI (unidades internacionais), bem como, exemplos onde teremos a prescrição e o 
frasco em U ou UI e a seringa em ml. Logo, teremos formas diferentes para proceder com o 
cálculo: 
 1º Cálculo com o problema onde a prescrição, o frasco e a seringa estão em U ou UI, 
teremos a seguinte fórmula: 
Dose = P x S, onde teremos: 
 F 
P= Prescrição; 
S= Seringa; 
F = Frasco. 
Observação: seguindo regra matemática, primeiro devemos multiplicar e em seguida 
dividir. 
Exemplo1: Para um cliente diabético foram prescritos 20U de insulina. No posto de 
Enfermagem há frascos de 40U e seringa graduada em 80U. Qual a quantidade de insulina a ser 
administrada? 
Dose = P X S => 20 X 80 = 1600 = 40 UI 
F 40 40 
 
Contudo, alguns professores gostam de adotar a didática da fórmula abaixo: 
 
 
Onde: 
F = Frasco; 
S = Seringa; 
P = Prescrição; 
X = a incógnita; o famoso X da questão. 
 Didaticamente a celebre frase: Fui Salvo Pela Cruz (X). 
Utilizando o mesmo exemplo acima citado, teremos: 
 
 
 
 
2º Cálculo com o problema onde a prescrição e o frasco estão em U ou UI e a seringa está em 
ml. Assim devemos adotar o esquema da regra de 3 simples, como a seguir: 
REGRA DE 3 SIMPLES: 
DICA: 
Exemplo 2: Insulina NPH 22 UI SC em jejum. disponível na clínica fraco de insulina NPH 100 
UI/ml e seringa de 3 ml. Então quantos ml deverão ser administrados para corresponder as 22 
UI de NPH. 
 
 
DISPONÍVEL ----------- DILUENTE OU VOLUME 
PRESCRITO ------------- X 
F ----------- S 
P ----------- X 
40X = 1600 
F ---------- S 
P --------- X 
40 ------- 80 
20 ------ X 
40 ∙ X = 20 ∙ 80 X = 1600 
 40 
=> => => => => X = 40 UI 
 32 
NOTA: 100 UI/ml, SIGNIFICA QUE TEMOS 100 UI em 1ml. 
 
 
 
 
 
Observação: lembrando que nas aplicações de insulina podemos utilizar seringas de 3 ml. 
Contudo se torna mais viável a utilização de agulhas 13 X 0,45mm, ou compatível para 
aplicações em tecido subcutâneo. 
 
01- (2014/FGV/Prefeitura de Osasco – SP) Foram prescritos 40 UI de insulina NPH 
(apresentação 100 UI/mL); porém, na unidade de saúde, as seringas disponíveis são de 3 mL. 
Para cumprir a prescrição, a quantidade de insulina a ser administrada é de: 
A) 0,2 ml 
B) 0,4 ml 
C) 1,0 mL. 
D) 2,0 mL. 
E) 4,0 mL. 
 
02 - (2013/FUNDEP/IPSEMG) Foram prescritas para um paciente adulto 20 UI de insulina 
regular de 100 UI. No momento da aplicação, no posto de enfermagem, só havia seringa de 3,0 
ml. Qual a quantidade de ml deverá ser administrada para que a dose seja a prescrita? 
A) Deverão ser administrados 0,5 ml. 
B) Deverão ser administrados 0,2 ml. 
C) Deverão ser administrados 1,0 ml. 
 
03 - (Prefeitura de Cortês-PE/IDEST/2014) J.L.M. Diabético, após exames e avaliação do 
endocrinologista, recebeu uma prescrição para que seja administrado 20 U. de insulina. Na 
U.S.F. próxima tem frascos com 40 U. e seringa graduada em 80 U. Qual a quantidade de 
insulina a ser administrada. 
A) 40 U 
B) 25 U 
C) 45 U 
D) 80 U 
E) 15 U 
 
04 - (2014/FGV/Prefeitura de Osasco – SP) Foram prescritos 40 UI de insulina NPH 
(apresentação 100 UI/mL); porém, na unidade de saúde, as seringas disponíveis são de 3 mL. 
Para cumprir a prescrição, a quantidade de insulina a ser administrada é de: 
A) 0,2 mL. 
B) 0,4 mL. 
C) 1,0 mL. 
D) 2,0 mL. 
E) 4,0 mL. 
 
 
“FELIZ AQUELE QUE TRANSFERE O QUE SABE E APRENDE O QUE ENSINA – 
CORA CORALINA” 
 
 
 
 
 
100X = 22ml 
100 ---- 1ml 
22 ------ X 
100 ∙ X = 22 ∙ 1ml X = 100 
 22 
=> => => => X = 0,22ml 
 33 
APÊNDICE 
 
Fármacos que Atuam nos Distúrbios Emocionais: Depressão e Ansiedade 
A ansiedade e a depressão figuram entre os problemas psiquiátricos com maior 
incidência em todo o mundo. Os dados epidemiológicos acerca dessas doenças permanecem 
pouco conhecidos no Brasil, mas estudos indicam que mais de 10% da população mundial 
apresenta, em algum momento da vida, pelo menos um episódio de depressão clinicamente 
importante. Já a incidencia do transtorno de ansiedade generalizada (um tipo de ansiedade 
patológica) varia, entre diferentes países, de 2,5 a 8%. Porém, tanto a depressão como a 
ansiedade apresentam incidências significativamente maior quando são analisados grupos 
especificos, por exemplo, idosos, gestantes ou pessoas que sofrem de doenças crônicas. 
Embora a ansiedade e a depressão sejam doenças com definições e classificações 
distintas, a ansiedade está frequentemente associada a outros distúrbios mentais, em especial a 
depressão. Dessa forma, o tratamento da ansiedade inclui frequentemente não apenas fármacos 
denominados como ansióliticos, mas também vários antidepressivos. 
Antidepressivos e estabilizadores do humor 
 
Causas, definições e sintomas da depressão... 
A explicação fisiopatológica de origem da depressãao tem seu maior suporte nos 
mecanismos de ação dos principais agentes antidepressivos terapeuticamente eficazes, que 
atuam, em sua maioria, aumentando a disponibilidade de monoaminas (principalmente 
noradrenalina e serotonina) no SNC. A correlação entre a depressão e a falta de monoaminas no 
SNC é conhecida como teoria das monoaminas. Apesar da estreita relação dessa teoria com a 
eficácia dos antidepressivos atuais, existe um consenso de que outros mecanismos e eventos, 
ainda desconhecidos, devem estar envolvidos na gênese dos transtornos de humor, inclusive na 
depressão. 
Embora se acredite que a depressão esteja ligada a predisposição ou fatores genéticos, 
incluindo diferenças entre raças e entre homens e mulheres (a incidência de depressão em 
mulheres é pelo menos duas vezes maior do que em homens), diversos fatores estressantes 
podem contribuir diretamente para instalação da depressão. Dentre esses fatores, podem-se 
destacar o término de um relacionamento afetivo, o luto pela morte de uma pessoa próxima, 
problemas familiares, doenças crônicas ou potencialmente sérias, além do envelhecimento. 
Os sinais e sintomas da depressão incluem tristeza intensa, perda de interesse por 
quaisquer atividades antes consideradas prazerosas (por exemplo, ir ao cinema), redução de 
libido, sensação de desespero, pessimismo, ideia fixa na existência de doenças, autoestima 
extremamente baixa, desinteresse por si próprio, perda de interesse pela vida chegando a 
pensamentos suicidas, agitação ou mais commente redução de atividades motoras (a pessoa 
 34 
permanece o dia todo na cama), alterações do apetite, distúrbios do sono. 
Fármacos Antidepressivos... 
Como destacado anteriormente, a maioria dos medicamentos utilizados atualmente no 
tratamento da depressão atua aumentando a disponibilidade de monoaminas envolvidas na 
neurotransmissão central, em especial a noradrenalina e a serotonina. Esses neurotransmissores 
estão envolvidos individualmente na regulação do estado de alerta e humor e da pressão arterial, 
sono, alucinações, regulação do apetite e vômitos, entre outros. Apesa das diferenças quimicas 
e estruturais existentesentre os diversos antidepressivos, a classificação desses fármacos 
baseia-se na seletividade deles em atuar sobre o sistema noradrenérgico ou serotoninérgico. 
Pontos-chave... 
 Cada paciente responde de forma diferente a esses fármacos, e a eficácia antidepressiva 
precisa ser acompanhada pelas profissionais de saúde 
 A terapia antidepressiva está associada a inúmeros efeitos asdversos, bem como a 
interações medicamentosas 
 A superdosagem de antidepressivos pode gerar efeitos tóxicos sérios, com riscos de 
morte. O tratamento é feito mediante medidas de suporte à vida e lavagem gástrica, seguida de 
carvão ativado 
 O tratamento deve ser interrompido lentamente, para evitar sintoms relacionados à 
abstência ao fármaco 
 Um caractéristica comum a todos os antidepressivos é o tempo necessário para o 
aparecimento dos efeitos: é comum uma demora de duas a três semanas para o início da reversão 
do quadro depressivo. 
 Tricíclicos / Policíclicos: Uso, aspectos farmacocinéticos e mecanismo de ação... 
Também denominados de Inibidores não seletivos de recaptação de noradrenalina e 
serotonina, os principais representates dessa classe de antidepressivos no mundo são: 
imipramina, desipramina, clomipramina, nortriptolina, doxepina, protriptilina e trimipramina. 
Todos apresentam em comm a capacidade de inibir a atividde de uma proteína de 
transporte, presente na membrana de neurônios pre-sinápticos, responsável pela recaptação da 
noradrenalina ou serotonina liberados na fenda sináptica. Os fármacos pertencentes a essa 
classe inivem de forma não seletiva a recaptação desses neurotransmissores. Com mais 
noradrenalina e serotonina nas fendas sinápticas, a estimulação neuronal aumenta, o que explica 
pelo menos parte dos efeitos antidepressivos desses agentes. 
Os antidepressivos tricíclicos sofrem boa absorção pelo trato disgestivo e se ligam 
intensamente a proteínas plasmáticas, são biotransformados por enzimas do citocromo P450 e 
excretados principalmente pela urina e fezes. Essas caractéristicas farmacocinéticas explicam 
 35 
muitas das interações medicamentosas que podem ocorrer com o uso de antidepressivos 
tricíclicos. Apesar da boa absorção e meia-vida plasmática relativamente longa, os efeitos 
antidepressivos dessas drogas demoram de alguns dias a duas semanas para aparecer. As razões 
para essa demora ainda não são vem conhecidas. Entretanto, como as respostas terapêuticas a 
cada fármaco cariam consideravelmente entre diferentes pacientes, é recomendável um tempo 
mínimo de quatro semanas de terapia antes de optar pela escolha de um novo fármaco. 
 
Efeitos adversos e cuidados com o uso de antidepressivos tricíclicos... 
Os antidepressicos tricíclicos possuem uma ampla gama de efeitos adversos, 
relacionados tanto aos efeitos desses fármacos sobre a recaptação de noradrenalina e serotonina 
como ao efeito antagonista desses fármacos sobre siversos receptores, como os muscarínicos, 
histamínicos, alfa 1-adrenérgicos e serotoninérgicos. Vale ressaltar que, apesar dos 
antidepressivos serem utilizzados para atuar no SNC, seus efeitos ocorrem em todo o 
organismo, seja como consequência do controle periférico exercido pelo cérebro, seja pela ação 
direta desses fármacos em órgãos específicos. 
Os efeitos cardiovasculares dos antidepressivos podem ser muito importantes. Estes 
incluem aumento da pressão arterial, taquicardia, arritmias e, emcasos extremos, infartos, 
parada cardiaca e acidentes vasculares cerebrais. Um problema que merece atenção é a perda 
de libido, impotência e inchaço testicular, que podem estar associados à terapia. 
Mesmo em doses terapêuticas, os tricíclicos podem causar estimulação excessiva do 
SNC, que pode ser percebida pela manifestação de ansiedade, agitação, desorientação e 
zumbido, entre outros. 
Existem pessoas alérgicas aos tricíclicos, o que pode gerar edema de face e língua, ou 
mesmo reações anafiláticas (menos comuns). Nesses casos, além do tratamento da reação 
alérgica, são indicadas a suspensão do tratamento e a escolha de outra classe de antidepressivo. 
Podem ocorrer alguns distúrbios metabólicos com o uso de tricíclicos. Entre eles se 
incluem o aumento ou redução da glicemia, ganho ou perda de peso e alterações na secreção de 
hormônio diurético. 
Outros efeitos indesejáveis associados aos antidepressivos tricíclicos são boca seca, 
constipação, alterações visuais, refluxo esofagiano, náuseas e vômitos, parestesia e 
incoordenação motora, incontinência urinária, disúria e noctúria. 
Altas doses de sntidepressivos, administradas de forma acidental ou intencional, 
podem gerar vários dos efeitos adversos descritos anteriormente, de forma exacerbada. Os 
sinais e sintomas da intoxição por tricíclicos incluem arritmias, hipotensão grave, convulsões, 
rigidez muscular, confusão mental, alucinações, midríase, vômito, hipotermia ou febre, 
sonolência, depressão do SNC e coma. O tratamento farmacológico envolve a adminstração de 
 36 
fármacos cardioativos simpatomiméticos e terapia de suporte para manutenção da vida nas 
primeiras horas após a intoxicação. A lavagem gástrica está indicada nesses casos, seguida da 
administração de carvão ativado, para reduzir a absorção do fármaco que permanecer no trato 
gastrointestinal. 
O uso de antidepressivos durante a gestação deve levar em conta o custo-benefício da 
terapia, considerando os benefícios para a gesntante e os riscos para o feto, embora tais riscos 
não estejam bem estabelecidos. Quando utilizados por lactantes, é indicada a suspensão da 
amamentação, já que esses fármacos são excretados em quantidades consideráveis pelo leite. 
Inibidores seletivos da receptação de serotonina: uso, aspectos farmacocinéticos e 
mecanismo de ação... 
O primeiro inibidor seletivo da receptação da serotonina (5-hidroxitriptamina ou 5- 
HT) utilizado para o tratamento da depressão em seres humanos foi a fluoxetina, seguida pelo 
desenvolvimento de vários fármacos com as mesmas características farmacológicas. O 
mecanismo de ação dos inibidores seletivos da receptação de serotonina é basicamente o mesmo 
dos antidepressivos tricíclicos, com uma diferença fundamental já descrita no nome dessa classe 
de agentes: inibem seletivamente a receptação da serotonina (com ação considerada muito 
pequena em outros neurotransmissores). Como a serotonina também está envolvida no controle 
ou modulação do sono, alimentação, apetite e do humor, entre outros, o aumento de serotonina 
no SNC causado por esses agentes consegue reverter os sinais e sintomas de depressão em mitos 
pacientes, melhorando o humor. 
Efeitos adversos e cuidados com o uso dos inibidores seletivos de receptação de serotonina... 
 
A seletividade sobre o sistema serotoninérgico garante a esses fármacos uma 
frequência e intensidade de efeitos adversos menor, quando comparados aos antidepressivos 
tricíclicos. Praticamente não ocorrem efeitos cardiovasculares importantes, uma vez que a 
captação de noradrenalina não é alterada significativamente. Existem, vasculite e angiodema. 
Alguns sintomas autonômicos, como boca seca e sudorese associados à vasodilatação, também 
podem ocorrer. Uma condição sistêmica mais importante descrita para a fluoxetina é a chamada 
síndrome serotoninérgica, caracterizada por alterações de comportamento e autonômicas e na 
atividade neuromuscular. Outros efeitos adversos importantes incluem tremores e movimentos 
involuntários, anorexia, miastenia, alopecia, hipoglicemia, dispepsia, artralgia, incontinência 
urinária, ansiedade, alterações de visão e convulsões. Esses efeitos podem aparecer com 
dosagens terapêuticas e são particularmente importantes em caso de superdosagem. Entretanto, 
são pouco frequentes os casos de morte associada ao uso isolado de altas doses de inibidores 
seletivos de receptação de serotonina. 
Embora não existam descrições de problemas relacionados ao uso durante a gestação, 
 37 
o uso por tambémdeve considerar o custo-benefício para o feito e a mãe. 
Fármacos utilizados no transtorno bipolar (doença maníaco-depressiva) ... 
Estudos recentes revelam que os sintomas do transtorno bipolar aparecem em média 
por volta dos 22 anos de idade, mas a doença pode permanecer até uma década sem tratamento 
adequado, em parte pela ausência de diagnóstico. Estima-se que a taxa de suicídio desses 
pacientes seja em torno de 5 a 17 vezes maior do que a da população em geral. A base do 
tratamento consiste na administração de lítio, cuja eficácia foi demonstrada no ano de 1947. De 
lá para cá, outros fármacos têm sido incluídos na terapia do transtorno bipolar, tais como a 
carbamazepina, o ácido valproico e a lamotrigina, benzodiazepínicos e antidepressivos. 
Os fármacos mais utilizados são: bupropiona, Venlafaxina, Duloxetina, 
Desvenlafaxina, Maprotilina, Reboxetina, Mirtazapina, Nefazodona e Trazodona. O 
mecanismo de ação do lítio continua sendo estudado. Evidências experimentais indicam a 
inibição de enzimas responsáveis pela reciclagem da fosfolipídios de membrana utilizados na 
síntese de trifosfato de inositol, que modula indiretamente, entre outros eventos, a liberação de 
neurotransmissores. 
O tratamento do transtorno bipolar com alguns antidepressivos é frequente e visa 
reduzir a intensidade das fases depressivas do transtorno bipolar. Porém, nem todos os 
antidepressivos têm se mostrado eficazes para esse fim, além de muitos aumentarem o risco de 
aparecimento de crises maníacas, principalmente quando utilizados como monoterapia. 
ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS 
Causas, definição e sintomas dos transtornos de ansiedade... 
Doenças que envolvem a ansiedade provavelmente constituem o grupo mais 
prevalente de distúrbios psiquiátricos. Fazem parte desse grupo de doenças o transtorno 
obsessivo-compulsivo, o transtorno de pânico, bem como o transtorno de fobia social, o 
transtorno de estresse agudo e o estresse pós-traumático, a ansiedade associada a doenças ou ao 
uso de drogas específicas e o transtorno de ansiedade generalizada. 
A ansiedade é uma resposta ao estresse e, na maioria das vezes, contribui como 
estímulo para a realização de tarefas importantes da vida (por exemplo, estudar para uma prova 
ou preparar-se para uma reunião importante no trabalho). O estado de ansiedade normal que o 
ser humano sente gera efeitos que podem ser percebidos em todo o corpo, tais como aumento 
da frequência cardíaca e diminuição do sono. 
Diversos fármacos são utilizados no tratamento dos transtornos de ansiedade, de 
acordo com o quadro diagnosticado. Podem ser utilizados antidepressivos, anticonvulsivantes 
ou antipsicóticos; por exemplo, a imipramina, a sertralina e a paroxetina. Alguns médicos 
também prescrevem agentes betabloqueadores (propranolol) para reduzir os efeitos periféricos 
da ansiedade (taquicardia e tremores). 
 38 
FÁRMACOS QUE ATUAM NO SISTEMA CARDIVASCULAS 
A hipertensão arterial é uma doença crônica altamente prevalente, de custo econômico e 
social elevado, principalmente em decorrência das suas complicações, e com grande impacto na 
morbimortalidade brasileira do mundo. Desde 1963, as doenças cardiovasculares superam as 
outras causas de morte, sendo responsável atualmente por 27% dos óbitos. 
Usualmente chamada de pressão alta, é diagnosticada através de valores igual ou maior 
do que 140 x 90 mmHg. Atualmente é incurável, porém controlável. Está bem definido que a 
redução farmacológica afetiva da pressão alta diminui consideravelmente as taxas de morbidade e 
mortalidade. Nesse caso, o benefício do tratamento supera o risco dos efeitos farmacológicos 
adversos. 
FÁRMACOS PARA TERAPIA DA HIPERTENSÃO 
 
Atualmente estão disponíveis no mercado mais de duas dezenas de medicamentos para 
tratamento da hipertensão, com o objetivo de reduzir a morbimortalidade de pacientes que 
apresentam elevado risco de doença cardiovascular, como diabéticos, especialmente aqueles 
com insuficiência cardíaca, nefropatia ou com vasculopatias periféricas. 
O tratamento da hipertensão se inicia com as mudanças no estilo de vida. Se com essas 
medidas não forem atingidos níveis pressóricos adequados, institui-se a terapia medicamentosa. 
Diuréticos... 
Os diuréticos são eficazes no tratamento da hipertensão arterial, tendo sido 
comprovada sua eficácia na redução da morbidade e da mortalidade cardiovasculares. Além 
disso, são bem tolerados e mais baratos que muitos outros fármacos, o que facilita muito a 
adesão do paciente ao tratamento. 
Reações adversas e cuidados com o uso... 
O captopril, primeiro inibidor da ECA ativo por via oral disponível comercialmente, 
apresenta efeitos adversos como neutropenia, proteinúria grave e alteração do paladar, que não 
são comuns aos outros fármacos. 
Fármaco Indicação 
Nitroprussiato de sódio Maioria das emergências hipertensivas 
Nitroglicerina Insuficiência coronariana 
Hidralazina Eclâmpsia 
Metroprolol Aneurisma dissecante de aorta 
Furosemida Hipervolemia, Edema agudo de pulmão e 
Insuficiência ventricular esquerda 
Fármacos utilizados no tratamento de angina... 
A angina é uma síndrome que ocorre frequentemente em pacientes com doenças 
arterial coronariana, cuja principal características é a dor torácica, que pode ou não ser 
acompanhada de dor nos ombros, costas, braços ou mandíbula. Sua origem é causada pela 
redução do fluxo sanguíneo pelas artérias coronarianas, o que reduz a oferta de oxigênio para o 
 39 
coração. 
A exemplo da hipertensão arterial, a angina é tratada com medidas farmacológicas e 
não farmacológicas (profiláticas). O tratamento farmacológico, descrito a seguir inclui o uso de 
betabloqueadores, bloqueadores de canais de cálcio e inibidores da ECA. 
Na angina instável, a exemplo do que ocorre no infarto agudo do miocárdio, a morfina, 
um analgésico opioide, potente, pode ser utilizada para reduzir a dor e a ansiedade do paciente. 
Fármacos para terapia das arritmias... 
As arritmias são distúrbios na geração, condução ou propagação do impulso elétrico 
no coração, capazes de alterar a frequência e o ritmo cardíaco. As arritmias têm gravidade 
variável, desde leves, assintomáticas e sem necessidade de tratamento até a fibrilação 
ventricular, que requer reanimação imediata. 
Amiodarona 
É um antiarrítmico de ação longa, altamente lipofílico. Embora seu mecanismo não 
seja claro, é um fármaco eficaz no tratamento de taquicardias supraventriculares e ventriculares 
refratárias graves. É um dos poucos fármacos que pode ser utilizados com segurança na 
disfunção ventricular esquerda grave. 
Adenosina 
A adenosina é um nucleotídeo de ocorrência natural, mas em altas doses diminui a 
velocidade de condução, prolonga o período refratário e diminui a automaticidade do nódulo 
atrioventricular. A adenosina é atualmente o fármaco de escolha para conversão imediata de 
taquicardia supraventricular paroxística em ritmo sinusal por causa da sua alta eficácia e 
duração de ação muito curta. 
FÁRMACOS QUE AGEM NA DOR E INFLAMAÇÃO 
A dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a um dano 
tecidual real ou potencial. De acordo com sua duração, a dor pode ser classificada em aguda ou 
crônica, e de acordo com sua intensidade, em leve, moderada ou severa. A consciência da dor 
acontece no tálamo, enquanto o reconhecimento e a localização no córtex cerebral. 
A dor aguda pode durar mais que 30 dias e sua intensidade diminui com o tempo até 
desaparecer com a resolução da lesão que a originou. É proveniente do estresse muscular e da 
injúria aos tecidos por ocasião de cirurgias e traumas. O paciente com dor aguda apresenta 
aumento da atividade do sistema nervoso autônomo simpático, tendo os seguintes sintomas e 
sinais: taquicardia, taquipneia, elevação da pressão arterial, diaforese, midríase e ansiedade. 
A dor crônica, cuja duração ultrapassa seis meses, pode persistir mesmo após a solução 
da injúria que a originou.

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