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Planejamento alimentar e ciclos da vida

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Prévia do material em texto

Nutrição e Planejamento 
nos Ciclos da Vida
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Vanessa Fracaro Menck
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Introdução ao Planejamento Alimentar nos Ciclos da Vida
• Transição Nutricional no Brasil;
• Aumento na Expectativa de Vida;
• Aposentadoria e Alimentação;
• Disparidade entre as Regiões;
• Nova Classificação dos Alimentos de Acordo com 
o Novo Guia Alimentar da População Brasileira (Brasil, 2010).
• Apresentar quais as principais mudanças que ocorreram no processo saúde-doença na 
população brasileira e como isso impacta a alimentação nas diferentes fases da vida.
 OBJETIVO DE APRENDIZADO
Introdução ao Planejamento 
Alimentar nos Ciclos da Vida
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Introdução ao Planejamento Alimentar nos Ciclos da Vida
Transição Nutricional no Brasil
Aqui, neste início de unidade, veremos como as mudanças demográficas e po-
pulacionais interferem na vida do brasileiro, hoje, e como essas mudanças refletem 
no trabalho do Nutricionista.
Desde a década de 1950, o país vem passando por intensas transformações 
sociais e políticas, tanto mudanças internas quanto influência externa da própria 
Globalização, que refletiram na mudança da alimentação.
A transição nutricional sofre influência das transições demográficas e epidemio-
lógicas e essas transições se refletem em um padrão nutricional muito específico 
aqui no Brasil.
Transição nutricional: é o processo que corresponde às mudanças ao longo do tempo de 
padrões nutricionais da população. Esses padrões são determinados pela estrutura na dieta 
e alteram a composição corporal e o perfil de saúde e nutrição da população.
Ex
pl
or
A transição demográfica é caracterizada pelo envelhecimento da população, pela 
redução da fecundidade e pelo aumento da expectativa de vida e a transição epide-
miológica é caracterizada pela redução das doenças infectocontagiosas (ocasionadas 
por vírus, bactérias, parasitas), pela redução da desnutrição (fome, falta de saneamento 
básico, pobreza) e pelo aumento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). 
Nos anos 1950, o Brasil era um país fundamentalmente rural, com maior índice 
de natalidade e alta mortalidade infantil. Também eram altíssimas as taxas de des-
nutrição (BATISTA FILHO, 2003). 
Era um país com uma Economia que empregava, principalmente, a população 
no meio agrícola e que, hoje, emprega, principalmente, na indústria e no comércio. 
Isso traz intensas transformações, tanto de estilo de vida, padrão de consumo, 
mas também de demanda energética. Hoje a demanda por calorias é bem menor, 
assim como a alimentação é bem diferente.
Tabela 1
Década de 1950 A partir de 2000
66% população morava no campo. Mais de 80% da população residente nas cidades.
6 a 8 filhos era a média por mulher. 2 a 3 filhos é a média por mulher.
Mortalidade infantil de 300 óbitos por mil nascimentos. Mortalidade infantil de 30 óbitos para mil nascimentos.
Mercado de trabalho focado no Setor Primário 
(Agricultura, Extrativismo e Pecuária).
Atividades no Segundo e Terceiro Setor são as que mais 
empregam hoje. 
Índice de Gini: 0,497. Índice de Gini: 0,636, mostrando um aumento na desigualdade de renda entre a população.
Déficit de peso em relação a idade: 5,4%. Déficit de peso em relação a idade: 1,8%.
Déficit de estatura em relação a idade 19,6% (1989). Déficit de estatura em relação a idade: 6,7% (2006).
Fonte: Elaborada com base no artigo de Batista Filho, 2003
8
9
Aumento na Expectativa de Vida
Devido à transição demográfica, com redução na mortalidade infantil e da fecun-
didade), a expectativa de vida aumentou para 67 anos, segundo o IBGE.
Hoje, o Brasil possui a quinta maior população idosa do mundo. São cerca de 
28 milhões de pessoas (13,7% da população) com 60 anos ou mais. No ano de 
2030, a expectativa no IBGE é que tenhamos mais idosos do que pessoas de 0 a 
14 anos.
A expectativa de vida, no entanto, não vem associada à qualidade de vida. Um 
em cada três idosos possui alguma limitação funcional, necessitando de ajuda da 
família para realizar alguma função básica (IBGE, 2011).
Esses números mostram a necessidade de ações voltadas tanto ao envelhecimen-
to saudável quanto para melhorar a qualidade de vida das pessoas que já atingiram 
a maioridade.
Muitos dos efeitos negativos na saúde estão relacionados à má alimentação, 
como, por exemplo, o aumento na incidência das DCNT em todas as idades, que 
vemos hoje. 
No caso dos idosos, 75% têm pelo menos uma doença crônica e 64% dos idosos 
têm duas comorbidades ou mais (IBGE, 2009).
Aposentadoria e Alimentação
Outro aspecto a ser olhado é a alimentação do idoso após a aposentadoria. Mui-
tas pessoas se acostumaram à alimentação fora de casa ao longo de toda a vida por 
conta do trabalho. E esse padrão muda, pois a pessoa passa menos tempo fora de 
casa. E também há uma drástica queda na renda da população aposentada.
Existe uma queda no consumo de alimentos como legumes, verduras e hor-
taliças após os 65 anos e um aumento no consumo regular de doces, segundo a 
Pesquisa Nacional de Saúde 2013 (PNS 2013).
Estudos mostram que idosos com uma alimentação à base de vegetais (cereais 
integrais, leguminosas, legumes) tem melhor qualidade de vida.
As mulheres tendem a buscar a alimentação saudável mais do que os homens, 
nessa fase (BRASIL, 2018).
Aspectos Relacionados à Má Alimentação
A má alimentação nas cidades está relacionada a uma dieta rica em alimentos 
processados e ultraprocessados, ricos em gorduras, açúcares, aditivos químicos e 
pobres em carboidratos complexos e fibras.
9
UNIDADE Introdução ao Planejamento Alimentar nos Ciclos da Vida
Evolução do sobrepeso e da obesidade na população brasileira em 2006 e 2014, 
segundo dados do Vigitel Brasil (2018):
Tabela 2
2006 2014 2018
43% dos brasileiros com sobrepeso 52% dos brasileiros tem sobrepeso e 17% obesidade
55,7% dos brasileiros tem sobrepeso e 
19,8% obesidade
É possível observar o rápido crescimento da obesidade e do diabetes na popu-
lação adulta. De acordo com a pesquisa, a frequência dessa condição (tanto para 
homens quanto para mulheres) aumenta de acordo com a idade (BRASIL,2018).
De acordo com a pesquisa, a escolaridade também interfere, sendo que, quando 
mais anos de estudo, menores as taxas de sobrepeso e obesidade.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a ingestão diária de pelo 
menos 400 gramas de frutas e hortaliças. Conforme a idade e escolaridade maio-
res, foi possível observar aumento na ingestão adequada destes alimentos. No con-
junto das cidades avaliadas, a frequência de consumo recomendado de frutas e 
hortaliças foi de 23,1% (BRASIL, 2018).
A seguir, vemos, no gráfico, a prevalência de déficit de peso, de excesso de peso 
e de obesidade por sexo, mais detalhadamente, nos últimos 20 anos, de acordo 
com a Pesquisa Nacional de Orçamento Familiar (IBGE, 2011):
Figura 1
Fonte: Adaptado de IBGE, 2011
As DCNT como o infarto, o Diabetes, o Acidente Vascular Cerebral e a hiper-
tensão são responsáveis por 72% das mortes no Brasil, que estão relacionadas, 
principalmente, à má alimentação, ao tabagismo, ao sedentarismo e ao consumo 
de álcool. O aumento da gordura na região abdominal também pode aumentar 
o risco de desenvolver Diabetes Mellitus do Tipo 2 e doenças cardiovasculares 
( BRASIL, 2018), o que, além de trazer problemas de mobilidade, gera uma deman-
da por medicamentos e gastos públicos para assistir a toda a população. 
A tendência é que as doenças e os agravos vão se complicando com a velhice, o 
que torna ainda mais urgente a necessidade de medidas preventivas e cuidados com 
a população, que está cada vez mais chegando a idades mais avançadas.
10
11
Mudanças na Infância
Com a instauração de Políticas Assistenciais e com a inclusão da merenda esco-
lar obrigatória, doenças relacionadas à falta de proteínas (Kwashiokor), de calorias 
em geral (Marasmo) e desnutrição (por hipovitaminose) reduziram, ao passo que 
a cada ano, vemos aumentos na prevalência de sobrepeso e da obesidade, assim 
como os seus agravos relacionados, e isso vem ocorrendo cada vez mais cedo.
Como vemos no Gráfico a seguir, que mostra a prevalência de excesso de peso 
e obesidade (%) em crianças entre 5 e 9 anos de idade, entre 1975-2009:
1974-1975 1989 2008-2009
Masculino
Excesso
de peso
Obesidade Excesso
de peso
5,7 7,0
24,4
1,3 1,7
8,4
26,6
8,9
6,4
1,1 1,6
8,6
Obesidade
40
30
20
10
0
Feminino
Figura 2 – Prevalência de excesso de peso e obesidade (%) em crianças entre 5 e 9 anos de idade, entre 1975-2009
Fonte: Adaptado de IBGE, 2016
E no gráfico a seguir, que apresenta os dados de excesso de peso (em %) para 
adolescentes, comparando de 1975 a 2009, separados por sexo:
Excesso de peso
2,4
0
10
20
30
5,7
13,2
17,3
6,0
11,8 12,5
16,3
Excesso de peso
MeninasMeninos
1974-1975 1989 2002-2003 2008-2009
Figura 3 – Dados de excesso de peso (em %) para adolescentes, comparando de 1975 a 2009, separados por sexo
Fonte: Adaptado de IBGE, 2016 
Mesmo com esse padrão de aumento de obesidade, também crescem os trans-
tornos alimentares relacionados a distúrbios de autoimagem, como a bulimia e a 
anorexia. Serão assuntos tratados na Unidade sobre alimentação dos adolescentes.
11
UNIDADE Introdução ao Planejamento Alimentar nos Ciclos da Vida
Temos, também, um grande impacto da Mídia nas escolhas de consumo, de forma 
que, para o jovem que está formando seus hábitos alimentares, é um desafio diário: 
ao mesmo tempo em que temos propagandas incentivando o consumo de alimentos 
alimentícios industrializados, ricos em gorduras (salgadinhos, carnes, lácteos, frituras, 
hamburgers biscoitos etc.), carboidratos (pães, bolos, doces, massas), conservantes e 
com baixo valor nutricional, temos a mesma Mídia que incentiva um corpo magro.
Já existem Políticas Públicas para regulamentar as propagandas e a publicidade, 
no Brasil, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido. 
Como exemplo, temos a Lei de Proteção do Consumidor (6.437/77), as Leis que 
normatizam os alimentos (Decreto-Lei nº. 986/ 69) e a Lei que define o Sistema 
Nacional de Vigilância Sanitária (9.782/996).
E, afinal de contas, quais os principais fatores que influenciaram nessas mudanças, 
tanto de redução de desnutrição quanto do aumento da obesidade no nosso país?
Observe o Gráfico 4, a seguir:
Saneamento
39%
Assistência à saúde
11%
Escolaridade materna
26%
Poder aquisitivo
24%
Figura 4 – Participação relativa (%) no declínio de déficits altura-par-idade entre 1996 e 2007 (Brasil)
Fonte: Adaptada de Batista Filho, 2003
Disparidade entre as Regiões
Existe, ainda, uma grande disparidade de problemas alimentares e epidemioló-
gicos entre as regiões brasileiras. 
No Nordeste e no Norte, ainda prevalecem índices altíssimos de desnutrição. 
Nessas duas regiões, a renda per capita representa um pouco mais de 1/4 da 
renda individual disponível nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul e também exis-
te uma grande disparidade entre as regiões rurais e as urbanas.
Isso contribui para a coexistência de doenças relacionadas ao mesmo tempo à 
desnutrição e à obesidade no nosso país (BATISTA FILHO, 2003).
Houve melhora nas condições de saneamento básico, vacinação, acesso ao pré-
-natal e aos serviços de saúde. No entanto, ainda temos 10% das mães sem acesso 
ao pré-natal e uma grande parcela da população que ainda não possui esgotamento 
sanitário e água encanada.
12
13
A desnutrição (relação entre altura/idade) caiu 72% em crianças nos últimos 25 anos e, no caso dos adul-
tos, baixou 49% no meio rural e 53,7% no meio urbano, deixando de ser um problema acima dos 18 anos.
Em contraposição, a frequência da obesidade dobrou no Sudeste e triplicou na região do Nordeste.
Deficiências Nutricionais
Deficiência de vitamina A, bócio por deficiência de iodo e anemia são as mais 
comuns, historicamente. Para todas elas existe uma política pública a evitar, porém, 
diferente da hipovitaminose A e do bócio, que sofreram grande redução, as ane-
mias prevalecem como problemas sérios de Saúde Pública.
A deficiência de iodo foi controlada com a suplementação do sal, desde o início 
dos anos 2000, e as deficiências de vitamina A têm a sua suplementação nas gestan-
tes, o que leva a não apresentarem mais lesões graves de visão, seu principal agravo.
A Anemia ainda representa em magnitude o maior problema carencial no país, 
afetando todas as macrorregiões (BATISTA FILHO, 2003).
A prevalência de anemia é maior em mulheres em idade reprodutiva e gestantes 
(atingindo até 20% das mulheres em algumas regiões) (BATISTA FILHO, 2003) e 
os índices também são altos em crianças e adolescentes.
Na figura a seguir, vemos algumas mudanças nos problemas nutricionais mais 
comuns reportados pelo artigo de Batista Filho.
Figura 5 – Algumas mudanças nos problemas nutricionais mais comuns
Fonte: Adaptada de Batista Filho, 2003
A – Bócio (visível ou palpável) em escolares (% de municípios); B – Anemia 
< 5 anos, São Paulo; C – Déficit estatural (< -2DP) em < 5 anos, Brasil ur-
bano; D – Déficit estatural (< -2DP) em < 5 anos, Brasil rural; E – Sobrepeso 
e obesidade, mulheres adultas.
13
UNIDADE Introdução ao Planejamento Alimentar nos Ciclos da Vida
Para o nutricionista, conhecer as principais deficiências e as diferenças entre as 
idades e regiões do país é importante para realizar um bom trabalho em qualquer 
área, já que a maioria dos problemas de saúde, mobilidade e mortalidade no Brasil 
estão relacionados à má alimentação, seja pela falta, seja pelo excesso de calorias 
e nutrientes.
A elaboração do novo Guia Alimentar da População Brasileira é uma das 
medidas para Educação Nutricional, e que faz parte do Plano Nacional de Doenças 
Crônicas, que atua em nível nacional com diversas Políticas para ampliar a longe-
vidade e a qualidade de vida. 
Foi lançado também, o Guia de Alimentos Regionais Brasileiros, que fala 
sobre a variedade da alimentação no Brasil e preparações culinárias com alimen-
tos regionais. 
Também está sendo executado o Plano Nacional para Redução de Sódio em 
Alimentos Processados. 
O consumo de sódio excessivo é responsável por 15% dos óbitos porAVC e 
10% por infarto. Até 2020, quase 30 mil toneladas de sódio em alimentos serão 
retiradas dos mercados (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016). 
Nova Classificação dos Alimentos de 
Acordo com o Novo Guia Alimentar 
da População Brasileira (Brasil, 2010)
Alimento in natura/minimamente processado
• Carboidrato; 
• Fibras; 
• Proteína;
• Frutas; 
• Verduras;
• Legumes.
Alimento ultraprocessados
• Maior Densidade energética (produtos sólidos);
• Calorias líquidas (bebidas);
• Hiper-patabilidade (todos os produtos);
• Porções gigantes;
14
15
• Alto teor açúcar livre;
• Alto teor gordura trans, colesterol e saturada;
• Alto teor de sódio;
• Baixo teor de proteína;
• Baixo teor de fibras;
• Baixo teor de vitaminas e minerais; 
• Indução ao comer sem atenção (todos os produtos).
15
UNIDADE Introdução ao Planejamento Alimentar nos Ciclos da Vida
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Geografia da Fome: A Fome no Brasil
CASTRO, J. Geografia da Fome: A Fome no Brasil. Rio de Janeiro: O Cruzeiro, 1946.
 Leitura
O excesso de peso modifica a composição nutricional do leite materno? Uma revisão sistemática
OLIVEIRA, E. E. et al. O excesso de peso modifica a composição nutricional do 
leite materno? Uma revisão sistemática. Cien Saúde Colet, mar. 2019. 
http://bit.ly/2OprGOM
Avaliação dos indicadores de aquisição, disponibilidade 
e adequação nutricional da cesta básica de alimentos Brasileira
SANTANA, A. B. C.; SARTI, F. M. Avaliação dos indicadores de aquisição, 
disponibilidade e adequação nutricional da cesta básica de alimentos Brasileira. 
Cien Saúde Colet, fev. 2019.
http://bit.ly/3bc46PA
Políticas de Saúde e de Segurança Alimentar e Nutricional: desafios para o controle da obesidade infantil
HENRIQUES, P. et al. Políticas de Saúde e de Segurança Alimentar e Nutricional: 
desafios para o controle da obesidade infantil. Cien Saúde Col, jan. 2017. 
http://bit.ly/395u5WV
16
17
Referências
BATISTA FILHO, M. e col. Anemia e obesidade: um paradoxo da transição nutri-
cional brasileira. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24, Sup. 2, p. 247-57, 2008. 
BATISTA FILHO, M; RISSIM, A. A transição nutricional no Brasil: tendências re-
gionais e temporais. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, n. 19 (Sup. 1), p. 181-1, 
2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csp/v19s1/a19v19s1.pdf>.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de 
Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira. 2.ed.1.reimpr. Bra-
sília: Ministério da Saúde, 2014.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Guia Alimentar 
para a população brasileira. 2. ed., Brasília, 2014. Disponível em: <https://bvsms.
saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf>.
 BRASIL. Vigitel Brasil 2018: vigilância de fatores de risco e proteção para do-
enças crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição 
sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capi-
tais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2018. Brasília: Ministério 
da Saúde, 2019. Disponível em: <https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/
pdf/2019/julho/25/vigitel-brasil-2018.pdf>.
FUZARO JÚNIOR, G. et al. Alimentação e nutrição no envelhecimento e na apo-
sentadoria. In: COSTA, J. L. R.; COSTA, A. M. M R.; FUZARO JÚNIOR, G. (org.). 
O que vamos fazer depois do trabalho? Reflexões sobre a preparação para apo-
sentadoria [on-line]. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2016, p. 103-16. Disponível 
em: <http://books.scielo.org/id/n8k9y/epub/costa-9788579837630.epub>.
IBGE. Pesquisa Nacional de Saúde 2008-2009. Percepção do estado de saúde, 
estilos de vida e doenças crônicas. Rio de Janeiro, 2011. Disponível em: <https://
biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv50063.pdf>.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Agência de Saúde. O ministério recomenda: é preciso 
envelhecer com saúde. Brasília: ASCOM/MS, 2016.
17

Outros materiais