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aula 18 Decadência e prescrição do crédito tributário

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Discente: Jessica Viana Oliveira Turma: 6000, noturno 
Docente: Aurora Tomazini de Carvalho 
Disciplina: Direito Tributário 
 
Aula 18. Decadência e prescrição do crédito tributário 
1. Diferencie: decadência e prescrição do fisco e do contribuinte. 
Decadência: é uma forma de extinguir a obrigação tributária regulada pelo 
§ 173 do CTN, é o prazo durante o qual o administrador tributário ou a autoridade 
responsável pela recuperação deve inscrever o contribuinte como devedor, ou seja, acionar o 
crédito tributário para tornar público que o contribuinte deve impostos e/ou taxas. O prazo 
de decadência é de 5 anos a partir do primeiro dia após a emissão do tributo. 
Prescrição: é outra modalidade de extinção da obrigação tributária, 
consiste no prazo durante o qual o administrador tributário deve ajuizar ação judicial, ou 
seja, ir a juízo para exigir do contribuinte o pagamento do imposto devido. Este período 
também é de 5 anos. 
A diferença é que a decadência passa a ser o prazo para o fisco protestar 
contra o contribuinte, enquanto a prescrição é o prazo em que o contribuinte pode acionar e 
exigir o pagamento do tributo devido. 
 
2. Quando começa a contar o prazo de decadência para o Fisco lançar nos tributos 
sujeitos ao lançamento de ofício? E nos tributos sujeitos ao “lançamento por 
homologação”? 
Nas situações em que cabe a Fazenda Pública efetuar o lançamento de 
ofício para exigir o recolhimento do imposto ao contribuinte, o inciso I do artigo 173 do 
Código Tributário Nacional dispõe que isso deve ser feito no prazo de 5 (cinco) anos, 
contados do primeiro dia do exercício fiscal seguinte ao ano em que ocorreu a operação 
tributável. Isso significa que o Fisco tem um prazo entre a data da hipótese de tributação e o 
final do quinquênio seguinte para iniciar a tributação e evitar o esgotamento da falência. 
No caso dos tributos sujeitos ao chamado lançamento por homologação, o 
contribuinte é obrigado a averiguar a origem do fato tributário, calcular o valor do tributo e, 
 
 
 
por fim, pagá-lo sem prévio exame do órgão administrativo, ou seja, sem lavratura de ato 
administrativo de lançamento tributário. 
E de acordo com o parágrafo 4º do artigo 150 do CTN, a Fazenda Estadual 
tem o prazo de 5 (cinco) anos, contados da data do “fato gerador” (fato gerador) para 
realizar a fiscalização dessa atividade exercida pelo contribuinte e verificar se o pagamento 
é suficiente para cumprir a obrigação tributária relevante. 
 
3. O Contribuinte entregou declaração de IR no dia 30 de abril 2014, referente a renda 
auferida em 2013 e efetuou o pagamento do tributo declarado, contudo a Receita 
Federal apurou irregularidades na declaração. Qual o prazo para o fisco lançar a 
diferença apurada? Esse prazo sofreria alguma alteração caso o contribuinte tivesse 
entregue a declaração sem ter efetuado o pagamento do tributo? E se não tivesse nem 
ao menos entregue a declaração, qual prazo disporia o fisco para a constituição do 
crédito tributário? 
O entendimento majoritário é para caracterizar infração à lei, como na 
dissolução irregular, deve haver presunção de abandono, inoperabilidade ou não 
manutenção do endereço que a pessoa jurídica lista como seu domicílio fiscal à autoridade 
pública relevante ou ao conselho comercial. 
Em virtude do caso analisado, a entrega da declaração do IR com 
recolhimento, porém, foram constatadas irregularidades na declaração, o prazo para 
devolução da diferença apurada pelo administrador tributário será de cinco anos contados do 
primeiro dia do exercício social subsequente ao em que ocorreu o fato tributário, num total 
de 6 anos. 
O referido prazo não sofreria alteração caso o contribuinte apresentasse a 
declaração sem pagar o imposto, e da mesma forma não apresentasse a declaração, qual o 
prazo para o administrador tributário aplicar o desconto fiscal, assim entende, o STJ. 
 
4. Como deve ser interpretado o parágrafo único do art. 173 do CTN? Que se entende 
por “medida preparatória indispensável ao lançamento”? Tal medida tem apenas o 
condão de antecipar o termo inicial da contagem do prazo prescrito no inciso I ou pode 
também postergá-lo? 
 
 
 
Sim, a dissolução irregular da sociedade caracteriza infração à lei capaz de 
estabelecer a responsabilidade tributária dos sócios em caso de execução fiscal. 
O parágrafo único do art. 173 do CTN assim dispõe: 
Artigo. 173 (...) 
Parágrafo único. O direito a que se refere a este artigo extingue-se definitivamente 
com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que foi constituída a 
constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer 
medida preparatória dependente ao lançamento 
 
O parágrafo único do CTN deve ser interpretado sob duas direções, sendo 
o primeiro de que pode antecipar ou postergar o prazo dependendo da regra de dissolução 
que constar da ordem do dia. 
Um exemplo possível é um imposto sujeito a lançamento de ofício sem 
pagamento e sem fraude, dolo ou simulação, ao qual se aplica a regra do artigo 173, I, ou 
seja, o primeiro dia do exercício contábil seguinte em que o lançamento poderia ter sido 
feito. Nesse caso, se apenas um mês após a ocorrência do "fato gerador" já houver 
notificação da medida preparatória necessária para que a administração inicie a aplicação da 
regra do parágrafo único do art. 173 que tem o condão de antecipar o dies a quo do prazo 
prescricional, desde que só tenha começado a correr no primeiro dia do exercício anterior. 
A segunda opção é a de postergação do prazo decadencial, caso contrário 
vejamos: um imposto sujeito à liquidação de homologações, com pagamento antecipado e 
sem ocorrência de dolo, fraude ou simulação. O prazo começa a correr a partir da data da 
operação tributável, contudo, havendo notificação de medida preparatória da liquidação do 
imposto (por exemplo, pedido de documento específico para verificação da legalidade da 
liquidação efetuada pelo devedor), o prazo para apreciação da administração de ofício 
conta-se a partir da notificação efetuada, que termina com o adiamento do marco inicial do 
prazo de decadência. 
 
5. No caso de lei tributária julgada inconstitucional em ADIN (sem modulação de 
efeitos), como fica o prazo para repetir o indébito tributário? Conta-se do pagamento 
indevido ou o termo inicial seria a “data da declaração de inconstitucionalidade da lei 
que fundamentou o gravame”? 
 
 
 
O CARF entende que a norma foi declarada inconstitucional ADIN, a 
decadência do pagamento a maior é de 5 anos e seu prazo inicia-se com o trânsito em 
julgamento da decisão que reconheceu a inconstitucionalidade (acórdão nº 1.402-000.481). 
Já o STJ entende que esse prazo prescricional é contado do pagamento não 
autorizado (ou nº 1.110.578/SP).

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