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Avaliação nutricional do paciente hospitalizado e sua importância nas decisões dietoterápicas Paula Germano Mestre em Nutrição Doutora em Nutrição UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO NUTRIÇÃO CLÍNICA Estado Nutricional de Pacientes Hospitalizados A maioria apresentam DEP( 50%) Duarte, 2007 Avaliação do estado nutricional Métodos Objetivos - Antropometria -Composição corporal -Parâmetros bioquímicos -Consumo alimentar Métodos Subjetivos -Avaliação Subjetiva global -História clínica -Exame físico - Avaliação muscular Avaliação Nutricional AVALIAÇÃO SUBJETIVA: Possibilita a triagem dos pacientes em maior risco nutricional. AVALIAÇÃO OBJETIVA: Permite traçar o diagnóstico nutricional e auxilia no planejamento, implementação e acompanhamento de intervenções nutricionais. MÉTODOS SUBJETIVOS Define o paciente com risco de complicações clínicas e que podem se beneficiar com a terapia nutricional (Detsky ecols,1987) -Perda de gordura subcutânea -Definhamento muscular -Presença de edema ou ascite AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBA (Estado Nutricional): EXAME FÍSICO -Perda de peso -Mudanças na dieta usual -Presença de sintomas GI -Capacidade funcional HISTÓRIA CLÍNICA: A SG HISTORIA CLINICA: 1-Redução do peso nos últimos 6 meses e alteração nas ultimas 2 semanas (% ;continua/inter). 2-Alteração da ingestão dietética (mudança não Intencional; Quantitativa ou tipo de dieta) 3-Presença de sintomas gastrointestinais (náuseas, vômitos, diarreia e anorexia). Considerar a relevante a ocorrência dos sintomas diariamente durante 2 semanas ou mais. 4-Capacidade funcional leve (cansaço), moderado(regime domiciliar), grave (acamado). 5-Demanda metabólica conforme o diagnóstico (não é recomendado; estresse leve (cirurgia de pequeno porte), elevado (Sepse, queimado). A SG EXAME FISICO (especificar cada categoria como normal, leve, moderado ou Grave; perda de gordura, MM e presença de liquido no espaço extravascular) -Perda de gordura subcutanea: biceps, triceps, e torax (triceps, Ombro, LMA das ultimas costelas, Interóssea e palmar) -Perda de massa muscular: têmporas, ombros, clavicula, escápula, costelas, musculo interosseo do dorso das mãos, joelho, panturrilha e quadriceps. -Presença de edema de tornozelos e sacral e ascite resultante da desnutrição • Bem nutrido • Moderadamente desnutrido ou sob suspeita de desnutrição • Gravemente desnutrido RESULTADO (História Clinica e Exame Físico) A SG TÉCNICAS DE EXAME FÍSICO • Inspeção • Palpação • Percussão • Ausculta EXAME FÍSICO 1. Evidências de anemia, desidratação, icterícia (bilirrubina indireta/direta) e febre. 2. Análise da musculatura temporal , da Bola de Bichart e do sinal de “asa quebrada”. 3. Alterações da cavidade oral 4. Verificação das massas musculares no pescoço, tórax, dorso e membros superiores 5. Exame do abdome 6. Exame dos membros inferiores 7. Pesquisa de edemas 8. Alterações tróficas na pele, nos pêlos e nas unhas A SG VANTAGENS E DESVANTAGENS DA ASG Englobar alterações da composição corporal Alterações funcionais do paciente Instrumento pratico, obtém informações sobre os sintomas do paciente: historia clinica, exame físico e da capacidade funcional. Dependência da experiência do observador Monitoramento e evolução do paciente: baseado em critérios qualitativos, pequenas mudanças não são perceptíveis A SG ASG nas diversas especialidades clinicas NEFROPATAS -Método quantitativo para pacientes submetidos a dialise (kalantar-Zadeh,1999). -Acrescentado a pontuação a COMORBIDADE que envolve a duração da dialise. -Diagnóstico e prognóstico do estado nutricional. -Esta diretamente ligada a métodos objetivos laboratoriais (transferrina) e composição corporal. A SG ASG nas diversas especialidades clinicas NEOPLASIAS (Oncológico) -Avaliação subjetiva global produzida pelo próprio paciente (ASGPPP). -O preenchimento da primeira etapa é pelo paciente (sinais e sintomas; perda de peso, alteração na dieta e capacidade funcional). -Identificação dos sinais e sintomas da própria doença ou acarretados pelos efeitos tóxicos do tratamento. -A segunda pela nutricionista(Diagnóstico/estresse/febre/depressão). A SG ASG nas diversas especialidades clinicas HEPATOPATAS -Modificações para pacientes candidatos a transplante hepático Acrescenta informações sobre condições mórbidas preexistentes (encefalopatia, infecções crônicas e recorrentes, disfunção renal e varizes ASG Geriátricos -Qualquer perda de peso (apartir de 5%) é considerada importante. -ASG idosos X tempo de internamento X mortalidade A SG ASG nas diversas especialidades clinicas ASG em pacientes com HIV-positivos - Esta diretamente ligado a valores reduzidos de albumina sérica, linfócitos CD4 e alterações na composição corporal. - Ótimos benefícios para com o estados nutricional desses pacientes. A SG Semiologia - É a parte da medicina relacionada ao estudo dos sinais e sintomas das doenças. Sintoma é toda a informação subjetiva descrita pelo paciente; Sinal refere-se a toda alteração objetiva, que afeta algum dos sentidos do examinador (uma mancha na pele, por exemplo). Sinais Vitais (SSVV) (movimentos respiratórios por minutos) Semiologia Nutricional Fácies: -Exausto, cansado, não consegue manter olhos abertos por muito tempo. -Músculos orbiculares palpebrais são os primeiros que se cansam. - FÁCIES DE DESNUTRIÇÃO AGUDA FÁCIES DE DESNUTRIÇÃO CRÔNICA -Paciente parece deprimido, triste, pouco diálogo. -Estado de humor comprometido. -Depressão?? Cuidado!!!: alteração nível de consciência (coma), doença neurológica, drogas sedativas ou trauma. Anemia SE M IO L O G IA São mais comuns: Deficiência de Ferro, de Vit. B12, ác. Fólico, hemorragias, hipotireoidismo, cirrose hepática, insuficiência renal crônica, desnutrição etc. Coloração da pele Palmoplantares Conjutivas Isquemia (sem valor nutricional) e Vasoconstricção(Frio, dor intensa, náuseas intensas, vômitos, choque etc. Desidratação SE M IO L O G IA Inúmeras causas: Ingestão menor que a necessidade, perda excessiva, vômitos, diarréia, fistula digestiva, sudorese e poliúria. Como investigar??: • Solicitar que o paciente produza salivação; • Brilho dos olhos; • Umidade das mucosas (gengival e conjuntival); • Examinar o turgor da prega (pinçando). • Quando solta a prega se desfaz rapidamente, pele hidratada. Pele desidratada, a prega se desfaz lentamente. http://www.leandrominozzo.com.br/blog/wp-content/uploads/2011/12/17223.jpg ICTERÍCIA Coloração amarelada da pele e esclerótica, causada por maior concentração de bilirrubina, pigmento biliar. SE M IO L O G IA Icterícia e estado nutricional: Geralmente implica em alterações na absorção de vitaminas lipossolúveis e do sódio (perda pela urina). Febre É a temperatura acima da faixa de normalidade. SE M IO L O G IA ATROFIA DA MUSCULATURA TEMPORAL, DA BOLA GORDUROSA DE BICHART E O SINAL DE “ASA QUEBRADA” - Relaciona-se com a redução prolongada da reserva calórica. Atrofia Bitemporal -Muito comum em pacientes com anorexia e nos casos de disfagia . -O paciente parou de mastigar ou deixou de usar a mastigação como fonte principal de ingestão alimentar. - Dieta hipocalórica, nota-se esta alteração em 3-4 semanas. -Correlação entre a atrofia bitemporal e a perda da bola gordurosa de Bichart Perda da Bola Gordurosa de Bichart Sinal da Asa Quebrada SE M IO L O G IAALTERAÇÕES NA CAVIADE ORAL -Coloração da língua (magenta, em framboesa); - Aspecto da língua (saburrosa ou branca = falta de mastigação); - Presença de queilite angular (inflamação do ângulo dos lábios) – principalmente em hipovitaminose C; -Presença de monilíase (candidiase ou “sapinho”) – indicador de imunodeficiencia Deve-se observar SE M IO L O G IA ALTERAÇÕES NA CAVIADE ORAL Língua: Mangenta, glossite (complexo B), branca (falta mastigação), queilite angular (Riboflavina e Vitamina C), monilíase (imunodeficiência),deficiência de zinco. SE M IO L O G IA VERIFICAÇÃO DAS MASSAS MUSCULARES -Deve-se analisar as perdas das regiões supra e infraclaviculares e da fúrcula esternal Supraclavicular Fúrcula esternal Infraclavicular (ocorre uma perda muscular crônica). SE M IO L O G IA Pescoço Quanta maior a perda de músculo menor é a força e a produção de anticorpos. Este tipo de atrofia reduz a força de sustentação corporal, perdendo a capacidade de sustentar seu peso e sua coluna. VERIFICAÇÃO DAS MASSAS MUSCULARES Musculatura Paravertebral -Reduz a sustentação corporal cifose. -Redução da capacidade de expansão ventilatória pulmonar, -Menor utilização das bases do pulmão. -Hipoventilação de bases de pulmão, maior propensão a pneumonia de base. -Atrofia muscular maior tempo no ventilador mecânico. Perda da musculatura intercostal SE M IO L O G IA O que mata o paciente desnutrido é a infecção. VERIFICAÇÃO DAS MASSAS MUSCULARES SE M IO L O G IA EXAME DO ABDOME SE M IO L O G IA -Quando o abdome encontra-se escavado significa que o paciente já está privado de alimentos há muito tempo; - Há perda de gordura na porção supra- umbilical (Obesos/Sinal do Umbigo em chapéu/umbigo em cálice)- comum em DEP. O abdome do paciente encontra-se distendido, plano ou escavado, dependendo do tempo de instalação da desnutrição A ordem do exame deve ser: Inspeção, ausculta, percussão e palpação EXAME DO ABDOME SE M IO L O G IA Exame dos Membros inferiores SE M IO L O G IA Edemas Está pesquisa é de suma importância para diagnósticos de desnutrição, principalmente relacionados ao comportamento protéico do organismo, relacionando-se a presença de hipoproteinemia, principalmente a hipoalbulminemia. -Pode ser notado em casos de cirrose hepática e síndrome nefrótica; - Deve-se procurar edemas na região dos tornozelos quando os pacientes ficam muito tempo em pé ou sentados, ou na região lombossacra, quando encontram-se acamados SE M IO L O G IA Edemas SE M IO L O G IA ALTERAÇÕES TRÓFOCAS NA PELE, NOS PELOS E NOS FÂNEROS Este tipo de sinais e sintomas notam-se em pacientes com deficiências de ferro, zinco, proteínas, ácido fólico, niacina, etc. SE M IO L O G IA ALTERAÇÕES TRÓFOCAS NA PELE, NOS PELOS E NOS FÂNEROS Deficiência de ferro SE M IO L O G IA Deficiência de niacina ALTERAÇÕES TRÓFOCAS NA PELE, NOS PELOS E NOS FÂNEROS SE M IO L O G IA Deficiência de Vitamina A ALTERAÇÕES TRÓFOCAS NA PELE, NOS PELOS E NOS FÂNEROS SE M IO L O G IA SE M IO L O G IA Avaliação da composição corporal de adultos Medidas Antropométricas: -Vantagens: Equipamentos de baixo custo e fácil aquisição, prático, fidedigno, técnicas não invasivas, % gordura e MLG. - Desvantagem: não detecta alterações recentes do estado nutricional e não identifica carência nutricional. A v a li a ç ã o d a c o m p o si ç ã o c o rp o ra l d e a d u lt o s MÉTODOS OBJETIVOS Circunferências(braço, cintura e quadril) ANTROPOMETRIA Estatura Peso PREGAS CUTÂNEAS (bicipital, tricipital, subescapular e supra- ilíaca) Peso corporal A v a li a ç ã o d a c o m p o si ç ã o c o rp o ra l d e a d u lt o s É o somatório de todos os compartimentos do organismo e reflete o equilíbrio energia e proteína do indivíduo. - Perda de Peso ( >10% em 6 meses) - Balanço energético: normal, positivo (obesidade), negativo (desnutrição) - O paciente deve ser pesado em jejum e após urinar - Usar meias e roupa de hospital (roupas comum, devem retirar o desconto) - Tarar a balança Antropométrica Macas balança – Em caso de pacientes que não deambula. Ou podemos usar métodos de estimativas para peso corporal ou peso usual. Peso Ideal PI = Altura (m) X IMC médio Fonte: FAO, 1985 -IMC médio para homens = 22 kg / m2 -IMC médio para mulheres = 20,8 kg / m2 25 a 30 Kcal/kg=25x53,53=1338,25 kcal IMC= P/A2= 22=PI/1,56x1,56 Pi=53,53kg Peso Ajustado do peso ideal Paj = (Patual-Pideal)x0.25 + Pideal O peso teórico do paciente for superior a um IMC de 27kg/m2 Fonte: ASPEN, 1988 ESTIMATIVA DE PESO Usada em situações como traumas e sepses (dificuldade de aferir o peso atual), é indicado também para idosos que não deambula. • CP – Circunferência da panturrilha • AJ – Altura do joelho • CB – Circunferência do braço • PCSE - Prega cutânea subescapular Chumlea (1985) % de PERDA PONDERAL (RECENTE) -Constitui informação importante para avaliar o grau gravidade da perda de peso em relação ao peso usual (PU)ou habitual. - Perdas muito rápidas a-possibilidade de presença de patologias adjacente e associação com ↑ da mortalidade. % PP = PU - PA/ PU x 100 -PU=Peso usual -PA= Peso Atual -%peso C ideal -%peso C usual Peso Corrigido Amputação Deve-se também corrigir o valor do IMC por meio da fórmula: Tsamaloukas et al, 1994 IMC = Peso corrigido (kg) Altura2(m) x (1-percentual de amputação) Edema Estatura Usado para o IMC Pideal Determinação NE Carência Nutricional crônica (déficit de estatura) Medido com Estadiômetro: - Descalço, braços estendidos, calcanhares juntos, tocando o estadiômetro. Métodos alternativos para estimativa da estatura Altura do joelho Extensão dos braços Semi- envergadura Estatura recumbente Em pacientes acamados, deficientes físicos e idosos, a estatura pode ser estimada. IMC Índice de Massa Corporal (IMC) IMC = Peso(kg) Altura(m)2 OMS,1998 Outras medidas e índices de localização de gordura Dobras Cutâneas Estimar a gordura corporal bicipital, tricipital, subescapular e supra-ilíaca. A prega cutânea tricipital (PCT) é mais utilizada na prática clínica e, a mais representativa da reserva de gordura subcutânea Adequação da DCT (%) = DCT obtida (mm) X 100 DCT percentil 50 CIRCUNFERENCIAS OU PERIMETROS CIRCUNFERENCIA DO BRAÇO: representa a somas das áreas constituídas pelo tecido ósseo, gorduroso e muscular do braço. CIRCUNFERENCIA MUSCULAR DO BRAÇO: mensura a quantidade e a taxa de variação de proteína muscular com correção de tecido adiposo e sem correção da área óssea. MEDIDA DA CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA: não reflete o EN. É considerada indicador de risco de complicações da obesidade. Relação CINTURA-QUADRIL: mostra a associação entre o acumulo de gordura na região central do corpo e doenças crônica não transmissíveis ou cardiovasculares. Composição corporal • Diretos: dissecação , extração lipídica. • Indiretos: densitometria, absorciometria radiológica de dupla energia – DEXA. • Ultra-sonografia. • Tomografia computadorizada – TC. • Ressonância magnética nuclear – RMN. • Excreção urinária de creatinina. • Duplamente indireto: BIA, antropometria. Composição corporal Variação da composição corporal Gordura Osso Músculo Composição Corporal MassaMagra: 1. Músculos * em maior proporção * principal responsável pelo gasto calórico em repouso e em exercício 2.ossos 3. órgãos vitais Massa Gorda: 1. gordura- Funções orgânicas essenciais: proteção de órgãos, 2. Isolamento térmico, 3. Síntese hormonal 4. Em excesso pode ser prejudicial à saúde – doenças como diabetes,hipertensão arterial e cardiopatias Sampaio et al., 2007. ALBUMINA Mais abundante no plasma sanguíneo; Parâmetro bioquímico mais utilizado na avaliação do EN baixo custo! Funções: - Manutenção da pressão coloidosmótica; - Transporte de Zn ,Mg, Ca, Ác. Graxos, enzimas e hormônios; - Síntese dependente de uma função hepática íntegra. - Tempo de meia-vida: +/- 20 dias Blackburn et al., 1977. ALBUMINA Nível de desnutrição Concentração de albumina (mg/dL) Nutrido > 3,5 Leve 3 a 3,5 Moderada 2,4 a 2,9 Grave < 2,4 Interpretação dos valores de acordo com a concentração de albumina Litchford, 2010; Acosta et al., 2005. TRANSFERRINA Responsável pelo transporte de ferro; Útil na avaliação do estado nutricional; Tempo de meia-vida: 8 dias (+ sensível a alterações); Não devem ser avaliadas isoladamente para detectar alteração do EN. Níveis plasmáticos alterados: - ↑ Carência de ferro; - ↓ Hepatopatias crônicas, anemias, doenças renais crônicas e de medula óssea, ICC, inflamações e infecções crônicas. ASPEN, 2002. TRANSFERRINA Nível de desnutrição Concentração de albumina (mg%) Leve 150 a 200 Moderada 100 a 150 Grave <100 Interpretação dos valores de acordo com a concentração de transferrina Litchford, 2010; Acosta et al., 2005. PRÉ-ALBUMINA Sintetizada no fígado e catabolizada nos rins; Tempo de meia-vida: 2 a 3 dias; Responde agudamente quando a ingestão calórico- proteica está baixa; Alto custo Baixo uso na prática clínica Influência nos valores plasmáticos: Infecções, falência hepática e renal, disponibilidade de tiroxina; Não utilizar em enfermo inflamados Diminuição esta correlacionada a várias patologias Martins, 2007. PRÉ-ALBUMINA Nível de desnutrição Concentração de albumina (mg/dL) Normal 15,1 a 42 Leve 10 a 15 Moderada 5 a 9,9 Grave < 5 Interpretação dos valores de acordo com a concentração de pré-albumina Litchford, 2010; Acosta et al., 2005. PROTEÍNA LIGADORA DE RETINOL Transporte de vitamina A na forma de retinol; Tempo de meia-vida: (10 a 12 horas) Sensível para identificar desnutrição calórico- proteica; ↓ Na carência de vitamina A e Zn, doenças hepáticas e infecções graves; ↑ Insuficiência renal Aspen, 2002. PROTEÍNA LIGADORA DE RETINOL Resultados Proteína Ligadora de Retinol (mg/dL) Valor de referência 3 a 5 mEq/dL Interpretação dos valores de acordo com a proteína ligadora de retinol Sampaio et al., 2007. Avaliação do Estado Nutricional de Acordo com as Proteínas Análise de massa muscular esquelético-somática Antropometria + Análises bioquímicas Índice creatinina-altura 3-metil-histidina Identificação das condições do compartimento muscular do indivíduo Litchford, 2010; Acosta et al., 2005. ÍNDICE CREATININA-ALTURA A degradação de musculatura intensa apresentada em algumas patologias hipercatabólicas e desnutrição podem ser dosadas a partir da creatinina urinária; Bom indicador Creatinina encontra-se em sua maior parte dentro do músculo esquelético; Útil para medidas de controle de evolução; Isolado FALHO! Erros de interpretação: situações de estresse, função renal prejudicada e coleta inadequada . Viteri & Alvorado, 1970. ÍNDICE CREATININA-ALTURA ICA = *O valor de creatinina urinária de 24 horas deve ser observado em exame laboratorial; **Conforme tabela a seguir *Excreção de creatinina urinária 24 horas (mg) x 100__________ **Excreção de creatinida urinária 24 horas de um indivíduo normal da mesma altura Walser, 1987. ÍNDICE DE CREATININA-ALTURA % de adequação de ICA Classificação >80 Normal 60 a 80 Depleção proteica moderada <60 Depleção proteica grave ICA <60% do padrão identifica paciente em risco aumentado para sepse e morte. Classificação segundo índice de creatinina-altura Maicá et al., 2008. 3-METIL-HISTIDINA Útil na avaliação do catabolismo proteico; 90% desse aminoácido provém do metabolismo da actina e miosina do músculo esquelético; Dosagem urinária por métodos cromatográficos ↑ Hipercatabolismo ↓ Idoso e desnutrido Valor de referência: 155 – 304 mmol/24 h Maicá et al., 2008. BALANÇO NITROGENADO (BN) Diferença entre a quantidade de nitrogênio ingerido pela dieta e o nitrogênio excretado pelo suor, fezes e urina. PTN ingerida pela dieta é suficiente para manter a demanda de nitrogênio para o organismo, superando as perdas. BN(+) Perdas superiores a ingestão proteica BN(-) Martins, 2007. BALANÇO NITROGENADO (BN) Parâmetro utilizado para avaliar a ingestão e degradação proteica; BN(g/dia) = Nitrogênio ingerido – nitrogênio excretado Martins, 2007. BALANÇO NITROGENADO (BN) Parâmetro utilizado para avaliar a ingestão e degradação proteica; BN(g/dia) = (proteína ingerida) – (ureia urinária) + 4* + outras perdas** 6,25 2,14 *Perdas insensíveis : fezes, pele, pulmões, entre outros; **Outras perdas: por exemplo, diarreia (2,5g) e fístula gastrointestinal (1g); BN: balanço nitrogenado. Nitrogênio ingerido: 1g N = 6,25g PTN Nitrogênio excretado: 100g ureia urinária = 46,66g N (2,14g N) Martins, 2007. Valor Interpretação 0 (zero) Equilíbrio > 0 ou positivo Anabolismo < 0 ou negativo Catabolismo Interpretação dos resultados do cálculo do balanço nitrogenado BALANÇO NITROGENADO (BN) Blackburn et al., 1977. Avaliação da Competência Imunológica Contagem Total de Linfócitos ou Linfocitometria Pacientes desnutridos apresentam comprometimento na produção de células de defesa; ↓ CTL Pacientes desnutridos, estando associada ao aumento de morbidade e mortalidade em pacientes hospitalizados; CTL = % linfócitos x leucócitos (mL) 100 Contagem Total de Linfócitos ou Linfocitometria Blackburn et al., 1977. Nível de desnutrição CTL (mm3) Depleção leve 1.200 a 2.000 células/mm3 Depleção moderada 800 a 1.199 células/mm3 Depleção grave < 800 células/mm3 Interpretação dos valores de acordo com a contagem total de linfócitos Contagem Total de Linfócitos ou Linfocitometria Blackburn et al., 1977. CTL: Contagem total de linfócitos Maicá et al., 2008. Avaliação do Estado Nutricional de Acordo com os Índices Prognósticos Identificam pacientes com risco de morbimortalidade aumentados Mau estado nutricional; Associação de diversos indicadores, entre eles os laboratoriais; Empregados em pacientes que poderão se beneficiar da TN. Buzby et al., 1980. Avaliação do Estado Nutricional de Acordo com os Índices Prognósticos Índice de prognóstico nutricional (IPN) Prevê o risco operatório de pacientes submetidos a cirurgia gastrointestinais. É um modelo baseado em múltiplos parâmetros nutricionais clinicamente aplicáveis. Sampaio et al., 2007. Índice de prognóstico nutricional (IPN) IPN = 158 – (16,6 x ALB) – (0,78 x PCT) – (0,2 x TRF) – (5,8 x HCT) IPN: Índice de prognóstico nutricional; ALB : Albumina (mg/dL); PCT: Prega cutânea triciptal (mm); TRF: Transferrina (mg/dL); HCT: hipersensibilidade cutânea; (0 = nãoreator; 1 = diâmetro da enduração < 5mm; 2 = diâmetro da enduração > 5mm). Valor Interpretação IPN < 40% Baixo risco IPN entre 40% e 50% Risco moderado IPN > 50% Alto risco Interpretação dos valores de acordo com o índice de prognóstico nutricional IPN: índice de prognóstico nutricional Sampaio et al., 2007. Índice de prognóstico nutricional (IPN) Rosa , 2008. Índice de risco nutricional (IRN) Determina o risco que o paciente corre ao ser submetido a um fator injúria, estando sob uma condição nutricional insatisfatória. Associa parâmetros empregados na avaliação nutricional habitual em fórmula específica. IRN = (15,9 x ALB) + (0,417 x % peso usual) ALB : Albumina (mg/dL); % Peso usual: peso atual x 100/ peso usual. Valor Interpretação IRN > 100% Estado Nutricional adequado ou normal IRN entre 97,5 e 99,9% Desnutrição moderada IRN < 97,5% Desnutrição grave Interpretação dos valores de acordo com o índice de risco nutricional IRN: índice de risco nutricional Índice de Risco Nutricional Rosa , 2008. Harvey et al., 1981. Índice de prognóstico hospitalar (INH) Prediz a chance de sobrevida do paciente hospitalizado; INH = (0,91 x ALB) – (1 x HTC) – (1,44 x Sepse) + (0,98 x diagnóstico clínico) INH: Índice de prognóstico hospitalar; ALB : Albumina (mg/dL); HCT: hipersensibilidade cutânea; (0 = não reator; 1 = diâmetro da enduração < 5mm; 2 = diâmetro da enduração > 5mm); Sepse: presente = 1, ausente = 2; Diagnóstico clínico: câncer = 1, outras doenças = 2. Valor Interpretação INH < -1 Sobrevida de 25% INH = 0 Sobrevida de 50% INH > 2,5 Sobrevida de 90% Interpretação dos valores de acordo com o índice de prognóstico hospitalar INH: índice de prognóstico hospitalar Acunã et al., 2004. Índice de prognóstico hospitalar Ingenbleek et al., 1985. Índice prognóstico inflamatório nutricional Utilizado para prever o risco de morbimortalidade em pacientes graves; IPIN = (alfa-1-GA + PC-R) (ALB + TTR) IPIN: Índice prognóstico inflamatório hospitalar; Alfa-1-GA: alfa-1-glicoproteína ácida (mg/L); PC-R: proteína C-reativa (mg/dL); ALB : Albumina (mg/dL); TTR: transtirretina (mg/dL) Valor Interpretação IPIN > 30 Paciente com risco de morte IPIN de 21 a 31 Paciente com alto risco de complicações IPIN de 11 a 20 Paciente com médio risco de complicações IPIN de 1 a 10 Paciente com baixo risco de complicações IPIN < 1 Paciente sem infecção/ inflamação Interpretação dos valores de acordo com o índice prognóstico inflamatório nutricional IPIN: índice prognóstico inflamatório nutricional Acunã et al., 2004. Índice prognóstico inflamatório nutricional DEFINIÇÕES Massa de gordura (MG): todos os lipídeos extraídos do corpo. Massa livre de gordura (MLG): todos os tecidos livres de lipídeos incluindo água, músculos, ossos, tecidos conjuntivos e órgãos. Massa corporal magra: (MCM) + lipídeos essenciais. Lipídios essenciais: lipídeos compostos (fosfolipídeos) necessários para a formação da membrana celular (~10% dos lipídeos corporais totais). Gordura Subcutânea: tecido adiposo acumulado sob a pele. Gordura visceral: tecido acumulado dentro e em volta dos órgãos, da cavidade torácica (coração e pulmões) e abdominal (fígado, rim, etc). Gordura intra-abdominal: gordura visceral na cavidade abdominal Gordura abdominal: gordura subcutânea na região abdominal Métodos de Avaliação da Composição corporal Analise de ativação de nêutron: (analise 3 compartimentos (proteína, mineral e gordura), técnica restrita, exposição à radiação. Potássio corporal: medido por radiação gama do K. O potássio está no tecido magro portanto a massa magra pode ser estimada. Hidrometria: mais comum por estimar a agua corporal total (diluição de isótopo – 73,2% da massa livre de gordura é composta de agua, a medida corporal de agua fornece uma estimativa da massa livre de gordura). Absorciometria de feixe duplo (DEXA): mais preciso e fornece massa tecidual magra, gorda e conteúdo mineral osseo. Técnica segura e não invasiva. Considerado caro e impreciso nos obesos. Técnicas de imagem Tomografia computadorizada: medida direta da região de interesse, pode delinear o tamanho de órgão e avaliar a distribuição de gordura. Expõe `a radiação Ressonancia magnetica: medida direta da região de interesse, pode delinear o tamanho de órgão, musculo e gordura. Avaliar a distribuição de gordura, mede a agua corporal total. Não é radioativo e tem menor precisão que a TM. Ultra-sonografia: mede a espessura do tecido adiposo cutaneo. Risco baixo porem é pouco precisa. BIA: estima o volume dos fluidos corporais, não invasivo. É inconsistente devido a variação na hidratação, indivíduos obesos e brevilineos. Densitometria: medida direta da densidade corporal ou estimativa separada do peso corporal total e volume corporal total. A principal é a pesagem hidrostática MÉTODOS DE IMAGEM Diferenciam a adiposidade subcutânea da visceral. Limitações: • Alto custo; • Pouca disponibilidade de aparelhos; • Submete os indivíduos à radioatividade (TC); Inviáveis para avaliação em grandes grupos de indivíduos → impossibilita a sua utilização como ferramenta de triagem para a população em geral! Medidas bioquímicas de avaliação do estado nutricional ICA (índice de creatinina altura) e a dosagem urinária de 3-metil-histidina – mostra o compartimento do músculo. ICA – degradação do músculo esquelético, níveis aumentados de creatinina urinária (DEP e hipercatabolismo). Síntese de creatinina é constante, logo o coeficiente de creatinina para homens é de 23mg/kg e 18mg/kg para mulheres em 24 horas. o ICA não se aplica a pacientes nefropatas (falso negativo), idosos, vegetariano estrito, fase aguda de trauma (creatinina esta aumentada) 3- metil Histidina Subproduto da síntese de actina e miosina. Excretado por via urinária e esta relacionado com o metabolismo muscular. Dosagem urinária é feita por cromatografia, pouco usada na prática clínica. Proteínas Totais Proteína Sérica (visceral) Proteína Fase Aguda Proteínas Totais A diminuição da concentração sérica pode ser um bom de DEP. Valores de referência: 6,4 – 8,1g/dL Albumina Abundante no meio extracelular. Responsável pela manutenção da pressão oncótica do plasma. Transporte (Esteróides e Ácidos graxos de cadeia longa). A diminuição dessa PTN promove a passagem de líquido para o espaço extravascular (edema). Hipoalbuminemia esta relacionado com a DEP. Limitada devido a sua longa vida (18 a 20 dias). Pode ser mascarada em hepatopatas (síntese de albumina) e condições orgânicas de fase aguda – gera hipoalbuminemia, anemias importantes e hemosiderose. Albumina Albumina Transferrina Responsável pelo transporte sérico de ferro. Meia-vida é 7 a 8 dias, mais sensível a desnutrição aguda e nas intervenções dietoterápicas. Pode ser mascarada em hepatopatas, anemias importantes e hemosiderose. Determinação da transferrina Transferrina Pré- Albumina Transporte da tirosina. Vida média de 2 dias. Esta diminuída na desnutrição e nas enfermidades hepáticas. Proteína transportadora de retinol Transporte de vitamina A. Vida média de 12 horas, mais sensibilidade para desnutrição. Valores inferiores 3 – 5 mg% podem ser indicativos de desnutrição. Produzida no rim (reduzida em doenças renais), limitada por ser extremamente labil e a hipovitaminose A e hepatopatas. Hemoglobina e hematócrito Hemoglobina proteína intracelularo que leva menor sensibilidade a desnutrição. Não indicado para DEP: alterações no volume plasmático,(desidratação, choque, sangramento intenso e hemoconcentração). Tabela de duarte. Proteínas da Fase Aguda Diminuição da oferta de substrato nutricionais ou aumento da demanda energética e proteica (hipercatabólico). Desvio de subtrato energético e proteico para síntese de PTN na fase aguda Somatomedina C (IGF-I) Mediador da ação do hormonio do crescimento. DEP – valores reduzidos (principalmente na pediatria). Limitada pois seus valores estão reduzidos durante a fase aguda da infecção. Fibronectina Fatores que alteram as proteínas séricas ou visceral Carência do substrato. Redução do parênquima hepático (altera a produção das proteínas). Aumento do catabolismo ou excreção corporal. Alterações na permeabilidade vascular. Transferência do pool para extravascular. Estado infeccioso e inflamatórios. Estado de hidratação. Carência de zinco.
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