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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA
PÓS GRADUAÇÃO EM TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
MÓDULO 8: TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
PROFª: PATRÍCIA DE SENA SILVA
Nome completo: Isadora da Silva Pereira
AVALIAÇÃO
ESTUDO DE CASO
Com base no conteúdo explorado nas aulas de Transtornos de Personalidade,
leia o trecho do caso clínico apresentado abaixo e escreva um texto
respondendo às seguintes questões:
a) Qual a hipótese diagnóstica? Justifique sua resposta.
Transtorno de personalidade paranóide.
Atende aos critérios do DSM para TPP: 1,5 (vizinhos), 3 (“se eu tiver
alguém muito próximo, essa pessoa vai conhecer os meus defeitos e vai
se afastar de mim”), 4 (fica preocupado em ser criticado se disser algo
errado, medo de ser humilhado).
Fatores de risco e prognóstico genéticos e fisiológicos - Influência e
predisposição biológica por causa da mãe com o diagnóstico de
Esquizofrenia Paranoide.
b) Quais comorbidades o paciente apresenta?
Transtorno de ansiedade social (Fobia social) - Atende aos critérios do
DSM: A, B (fica preocupado em ser criticado se disser algo errado, medo
de ser humilhado. Se treme quando precisa falar com alguém, sentindo
medo da avaliação negativa das pessoas); D (comer fora, fazer
compras), C (O paciente relatou ser bastante preocupado, ansioso e tem
muito medo de se envolver com pessoas); G (O paciente apresentou
muito desejo de ter amigos, de se envolver em um relacionamento
amoroso. No entanto, tem muito medo de ser avaliado, de fazer algo
errado, ser criticado e humilhado).
c) Como psicólogo(a), quais seriam as suas principais intervenções
terapêuticas?
Como psicólogo (a), o primeiro passo para o tratamento dos pacientes
com Transtorno da Personalidade Paranóide é fazer o diagnóstico. Para
isso, é preciso uma escuta ativa, pois nem sempre o paciente irá expor
os discursos persecutórios de forma escancarada, então cabe ao
psicólogo e psicóloga treinar sua escuta para o discurso velado. Após
isso, avaliaria e, se necessário, faria o encaminhando para o
acompanhamento com o psiquiatra.
Utilizando-se da abordagem em Terapia Cognitiva Comportamental, que
é indicada para o tratamento de pacientes com o transtorno, visto que
age com o foco em mudar as suposições básicas que o indivíduo
construiu ao longo dos anos. O terapeuta vai utilizar-se das principais
intervenções terapêuticas que são: Construir e manter forte relação
terapêutica (apesar da dificuldade que o terapeuta pode ter em
estabelecer um vínculo com o paciente, justamente pela resistência que
o indivíduo tem de se relacionar com o outro, é fundamental que ele
consiga, pouco a pouco, desconstruir essa barreira); Auxiliar seu
paciente para que haja diminuição de sintomas agudos como ansiedade
e depressão, realizando a técnica de relaxamento e exposição.
Trabalhando o modelo cognitivo o terapeuta também desenvolve a
reestruturação de crenças e distorções cognitivas, auxiliando o paciente
a ter percepção que seus problemas são internos; Trabalhar a leitura
mental( tudo centrado nele); Ajudar a compreender as estratégias de
enfrentamento utilizadas, bem como a ligação de seus problemas com
seus traços de personalidade; Fornecer treinamento de habilidades para
formas mais adaptativas (o paciente pode não ter nenhum repertório);
utilizar role play; Envolver a família no tratamento.
I; sexo masculino; 35 anos; solteiro; residente na cidade do Rio de Janeiro;
mora sozinho. Está desempregado. É a segunda vez que busca atendimento
psicológico. Em 2000, procurou psicoterapia pela primeira vez, mas abandonou
logo em seguida porque gostaria de resultados imediatos e não obteve.
O paciente relatou ser bastante preocupado, ansioso e tem muito medo de se
envolver com pessoas. Alegou ter Fobia social e Transtorno de Ansiedade
Generalizada, uma vez que leu no Google e se identificou. Mencionou que tem
pensamento acelerado e negativo, não sente vontade de fazer nada, algumas
vezes fica sem comer ou mesmo sem tomar banho porque não consegue
levantar da cama, sem vontade de ver ninguém.
Relatou que não gosta de ficar sozinho, mas não tem alguém que se
identifique, fica preocupado em ser criticado se disser algo errado, medo de ser
humilhado. Se treme quando precisa falar com alguém, sentindo medo da
avaliação negativa das pessoas. Narrou que evita comer fora de casa, pois
teme que alguém avalie que ele está comendo errado, não usando os talheres
corretamente. Já esteve em locais que não estava se sentindo bem, mas não
foi embora, porque tinha medo do que as pessoas achariam dele. Quando
estudava, não tirava dúvidas. “Eu tenho medo de tentar, acho que não sou
capaz”. Quando vai ao mercado e precisa pôr as compras em sacolas, fica
muito tenso, pois acredita que demora e teme que pensem que ele é lerdo.
Segundo I., as pessoas zombam dele pois está sempre de olhos arregalados e
com os membros do corpo rígidos e tensos. Essa tensão lhe provoca dores
musculares. Ele queixa de não conseguir relaxar, anda sempre muito atento,
com medo das pessoas lhe criticarem.
O paciente apresentou muito desejo de ter amigos, de se envolver em um
relacionamento amoroso. No entanto, tem muito medo de ser avaliado, de fazer
algo errado, ser criticado e humilhado. Evita estar próximo de pessoas o
máximo que consegue, mas se sente deprimido por não ter vínculo com
ninguém.
Alguns pensamentos expressos por I. foram: “Não consigo me soltar na frente
das pessoas, ser eu mesmo. Não gosto de ser eu, não gosto dos meus
sentimentos, não gosto do meu jeito fraco, frágil e feio”, “Eu não quero que
ninguém me conheça, tenho vergonha do meu eu, não tenho familiaridade com
o meu emocional, eu escondo de mim mesmo”, “se eu tiver alguém muito
próximo, essa pessoa vai conhecer os meus defeitos e vai se afastar de mim”.
Alegou que nunca teve alguém para desabafar, guardava tudo que lhe ocorria.
Uma vez, quando criança, ficou responsável por levar salada de frutas em um
evento escolar, como não conseguiu, a professora não o deixou entrar em sala
de aula. Ficou chateado, no dia seguinte foi agredido pelos colegas.
O paciente apresenta muita raiva dos vizinhos, afirmando que estes sabotaram
suas aspirações profissionais, gostaria de se matricular em alguns cursos
profissionalizantes, mas segundo ele, os vizinhos diziam que era muito caro e
que ele não ia conseguir pagar. O paciente está desempregado e disse que
após esse fato, não consegue nem ouvir a palavra “trabalho” que treme e tem
taquicardia.
Mencionou que a mãe faleceu quando ele tinha 15 anos e possuía o
diagnóstico de Esquizofrenia Paranoide, o que a levou a ficar internada boa
parte do tempo. Segundo o paciente, ela engolia pedras, moedas. Ele morou
algum tempo com o pai, no entanto verbalizou que este era uma influência
negativa, pois negligenciava ele e os 4 irmãos. Não teve vínculo afetivo com a
mãe ou o pai. De acordo com o paciente, “eu me virei sozinho pra tudo”. Dos 4
irmãos do paciente, 2 são adotados. Um dos irmãos biológicos também possui
diagnóstico mental, que o paciente não soube mencionar.

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