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AULA 25/10- parte 2 patologias cirúrgicas digestório Obstruções simples: o Parâmetros fisiológicos: Caracterizam por alterações paramétricas moderadas, evolução lenta e resposta parcial ao tratamento (pois os quadros que são de resolução cirúrgica são aqueles que o animal eventualmente apresenta melhora com o tratamento, porem não resolução completa do quadro) Então de certa forma o quadro agudo é mais fácil para o profissional porque o profissional intervém ou perde o paciente e nesses quadros moderados ficamos mais relutantes quanto à indicação cirúrgica que pode haver, porque existe uma resposta ao tratamento Esses casos requerem do profissional bastante critério nos achados do exame clinico e no acompanhamento do paciente FC Coloração de mucosas TPC Hematócrito x ppt Motilidade Dor abdominal Refluxo NG Palpação retal Obstruções simples de intestino delgado: o São menos comuns nessa porção do intestino o O principal exemplo é a compactação do íleo, esse caso pode estar associado a hipertrofia idiopática da parede muscular o Nesse caso a camada muscular se torna excessivamente espessa, enquanto o lúmen diminui levando a obstrução o A ingesta se acumula progressivamente formando uma compactação o Compactação de íleo: Acumulo de ingesta Feno de má qualidade Teníase (A. perfoliata) Pode ser primária (não comum) Alimentação ressecada o Hipertrofia muscular: Idiopático Varias idades Compactação secundaria Como envolve uma hipertrofia da camada muscular que está entre a serosa e a mucosa, vai ficar com o lúmen de tamanho reduzido o Como o íleo é a porção final do delgado, ainda ai o conteúdo é bastante fluido, mas já existe praticamente uma filtragem dentro do ceco devido a presença da valva íleo cecal. Então com a muscular hipertrofiada o lúmen fica pequeno e as partículas vão tendendo a se acumular gerando a compactação secundaria o O grande problema desses quadros é que não temos como saber antes da cirurgia se o quadro é primário ou secundário, então como a apresentação clinica é igual e na palpação retal sentimos uma distensão de intestino delgado, porem na porção terminal dele sentimos que a distensão não é gás e sim conteúdo, se temos esse achado na palpação já é indicativo para fazer cirurgia por dois motivos: Essa compactação pode ser secundaria a hipertrofia, não tem como saber mediante a palpação retal, não tem como tratar de forma conservativa Mesmo que seja primaria, a compactação de íleo ela responde muito mal ao tratamento conservativo, um dos motivos é que em geral quando tem a distensão acaba tendo uma perda de motilidade Espera-se ver no intestino delgado pela sondagem nasogastrica que o conteúdo não passa para o grosso Nos quadros de compactação tem um refluxo mais insidioso Se o animal não tiver motilidade intestinal não poderemos usar laxantes, são dados pela sonda No caso da compactação faria a exploratória para confirmar o diagnóstico, determinar se é quadro primário ou secundário Se for um quadro primário, em geral vamos introduzir uma cânula fina na parte do intestino que está compactada, no caso o íleo e praticamente ordenhar, ir dissolvendo uma massagem manual leve esse conteúdo para dentro do ceco desfazendo a obstrução Se for um quadro de hipertrofia muscular podemos ver onde termina a porção normal de intestino delgado e onde começa a hipertrofia e um pouco antes do inicio da porção que está hipertrofiada, podemos fazer uma anastomose latero lateral entre íleo e ceco ou íleo e colón com uma cirurgia by pass De toda forma são quadros não estrangulativos que são de resolução cirúrgica Obstruções simples de intestino grosso: o Topografia do intestino grosso do equino: o intestino se inicia no ceco B, em seguida vem o cólon maior com suas diversas porções, cólon ventral direito (C), cólon ventral esquerdo (D), flexura pélvica (E), cólon dorsal esquerdo (F), cólon dorsal direito (G). A porção seguinte é o cólon transverso (H), que é a transição entre o cólon e o cólon menor (i) o Alças de cólon maior são saculadas e com tênias, então na palpação retal é possível sentirmos as saculações e tênias e conseguir determinar que a alça é saculada o A tênia medial do ceco ela tem vasos, então ela é cilíndrica e não achatada, quando palpamos uma estrutura semelhante a uma caneta descendo em direção ao fundo da cavidade mais para o lado da linha média a direita é a tênia cecal e confirmamos a posição do ceco o Existe uma flexura que se forma entre o cólon dorsal ventral esquerdo e o cólon dorsal esquerdo, essa flexura é um ponto de estreitamento e também é um ponto onde perde as tênias e saculações o Vista lateral: as alças de cólon maior ventral e dorsal são unidas por um mesocólon, formando um cotovelo chamado de flexura pélvica e é apontado pela seta vermelha. Nesse ponto o cólon maior não possui tênias nem saculações e sofre uma redução marcante de diâmetro o Vista direita: podemos ver as saculações e tênis do cólon maior. Próximo à base do ceco o cólon maior é fixo a parede abdominal e por esse motivo a base do ceco e o terço final do íleo não podem ser exteriorizados, o cólon transverso também é fixo a parede abdominal dorsalmente o Vista esquerda: nota-se a ausência de tênias e saculações no cólon dorsal esquerdo e as flexuras características dessa porção do intestino (pélvica, esternal e diafragmática) o Anatomia: palpação retal A esquerda vemos a flexura pélvica repleta de ingesta como ocorre nas compactações de cólon maior A direita vemos um animal sem compactação e conseguimos sentir as tênias e saculações características dessa porção do intestino que também são palpáveis Processos patológicos de caráter obstrutivo: o Ceco: A compactação do ceco pode ocorrer por acumulo de ingesta ressecada e há relatados de associação com infestação de Anaplocephala Em outros casos acredita-se que o fator causal seja a alteração do padrão de motilidade característico dessa alça, chamado de cascata cecal. A ausência desse movimento faz com que a ingesta se acumule e que na maioria dos casos de compactação seja de redução cirúrgica O quadro pode ser recidivante e nesse caso o cirurgião pode optar por conectar o íleo ao cólon por procedimento chamado íleo- colostomia, dessa forma desvia a ingesta diretamente para o cólon maior, esse procedimento também recebe o nome de By pass Em termos de prognóstico é bastante reservado, pois o ceco tem um mecanismo de marca passo importante para coordenação da motilidade intestinal no cavalo, uma das suspeitas etiológicas para compactação do ceco é uma deficiência/ disfunção desse mecanismo Quando a ingesta começa a se acumular no fundo do ceco (o ápice), muito difícil que ela venha a ser exteriorizada quando não temos uma boa motilidade Apesar de serem compactações e quadros não estrangulativos, são quadros que também vão recorrer intervenção cirúrgica Em termos de diagnóstico a palpação é a principal forma de suspeitar dessa patologia, em geral vamos ter uma atonia cecal e a presença de conteúdo bastante firme ou distensão intensa e o quadro que responde parcialmente ao tratamento clínico e recorre, encaminha para cirurgia exploratória Em termos de causas primarias além da funcional também poderíamos ter a presença de ingesta ressecada (qualidade da dieta) e a teníase, etiologia semelhante da compactação do íleo Devido aos problemas funcionais podemos ter recorrência A cirurgia de by pass embora seja viável, é um uma cirurgia complexa do ponto de vista técnico com bastante risco de contaminação intracavitária o Cólon maior: Mais comum que a compactação cecal é a compactação do cólon maior A compactação ocorre por acumulo de ingesta no lúmen da alça Ao longo do tempo a ingesta acumulada se resseca progressivamente e o quadro se agrava Diagnóstico de compactação: palpação retal e exame clinico A palpação nos da indicativos se o tratamento com laxantes está funcionando, um deles é o tamanho da massa e o outro consistência Quando faz uma primeira palpação no animal, tudo que está presente no reto vamos eliminar para conseguir fazer a palpação e detectar a topografia Quando for refazer a palpação retal vamos ter oportunidade de ver se chegou algo a mais no reto e que tipo de material chegou. Então quando palpa novamente e tem pouco conteúdo no reto isso significa que a compactação continua no lugar e que a ingesta que ficou acumulada dentro da alça não está progredindo Em contrapartida quando começa a perceber a saída de material fecal até ressecado porem com muco, isso é indicativo que está progredindo Dor: a resposta a medicação antialgica, pois se não está controlando a dor tem indicação para operar Em quadros de compactação não vai ter a obstrução do vaso mesentérico, então não tem uma necrose eminente como vemos nos quadros estrangulativos em que a necrose já pode ser reversível em 3 a 5 horas. Nesse caso os vasos que estão contraídos são os vasos da parede, então são vasos pequenos, mas ainda sim a persistência dessa compressa sobre esses vasos, ou seja, também tem déficit de oxigenação da parede pode começar a ter sinais de sofrimento vascular Na historia clinica do animal, pesquisar se ele por acaso foi pulverizado com pirtroides (triatox, não pode ser usado em equino), em cavalos esse produto pode induzir uma atonia, essa atonia em geral é reversível ao longo de 48 a 72 horas, porem se ela não reverter não tem o antidoto Em alguns casos a compactação pode ser desencadeada pelo acumulo de areia, quando recebe o nome de sablose Geralmente nos casos de sablose tem histórico de cólica recorrente, as vezes episodio de diarreia e hipermotilidade devido a irritação Do ponto de vista cirúrgico, essa cólica é mais difícil porque a areia é mais difícil de lavar, vamos eliminar, mas muita areia fica grudada na serosa da alça e temos que ter cuidado para não ficar areia na linha de sutura Muito importante a lavagem no caso da sablose Animais com sablose precisam ser medicados com laxante tipo picilium para carrear a areia Areia vem dos pastos que não tem altura de pastagem adequada, solos arenosos Tem prognóstico um pouco mais reservado do ponto de vista cirúrgico: dificuldade de eliminar areia, possibilidade de deiscência, possibilidade de um quadro irritativo gerando hipermotilidade em alça recém operada, dificuldade de corrigir a areia Os quadros de compactação que não respondem ao tratamento conservativo são tratados cirurgicamente por meio de enterotomia realizada na flexura pélvica Exteriorização Enterotomia: abre a alça, evacua e fecha Lavagem: esse procedimento é contaminado e por esse motivo deve ser realizado fora da cavidade abdominal, após a evacuação realiza-se a sutura em dois planos invaginantes e a higienização meticulosa da alça Síntese: ter cuidado porque pode ter deiscência de pontos Se fizer a intervenção com critério, o prognostico de compactação é bom Reposicionamento Deslocamentos: O mais comum é o deslocamento dorsal esquerdo, também chamado de encarceramento nefro-esplênico. Passível de diagnóstico definitivo pré operatório por palpação retal Da esquerda para direita vemos a mão do profissional palpando o baço, o espaço nefro-esplênico e o rim esquerdo (rim direito não é palpável, somente o esquerdo) Nesse tipo de deslocamento o cólon maior se insinua no espaço nefro-esplênico entre o rim esquerdo e o baço. Uma vez aprisionada a alça, a passagem da ingesta é interrompida e a alça se desprende levando ao quadro doloroso Como a dor é muito forte e essa cólica é passível de diagnóstico por palpação retal, em geral conseguimos intervir a tempo e não costuma ter um sofrimento vascular Dica: quando tenta fazer coleta de liquido peritoneal, sai sangue vivo e sentimos a agulho entrar em um parênquima, muitas vezes é o baço que está ali Palpação retal é diagnóstica: baço congesto e borda arredondado Se, entretanto não fizer o diagnóstico e o animal ficar alguns dias nesse quadro, pode evoluir para sofrimento de alça O baço sofre uma grande congestão, acaba tendo 2 a 3 vezes o tamanho do baço normal em um cavalo que tem deslocamento Esse descolamento pode ser corrigido de forma conservativa, mediante administração intra venosa de epinefrina (10-20mg IV) associada ao rolamento no sentido horário. A epinefrina promove a contração do baço, aumentando as chances de liberação da alça Uso da epinefrina é uma tentativa de não operar Rolamento é arriscado para o animal Primeira opção epinefrina com rolamento, segunda epinefrina sem rolamento e terceiro intervenção cirúrgica direto O rolamento requer anestesia do animal e deve ser feito na sala de indução do centro cirúrgico em uma situação controlada (reposicionamento cirúrgico) Nessas circunstancias os casos não responsivos podem ser facilmente induzidos e operados Etapas do rolamento: o procedimento se inicia com o animal em decúbito lateral direito, nessa posição o baço é deslocado para baixo por gravidade, aumentando as chances de liberação da alça encarcerada. A imagem a direita mostra o cólon na sua porção normal após o rolamento Deslocamento dorsal direito: É menos comum Não tem resolução de forma conservativa, esse animal precisa ser operado e a alça reposicionada Nesse caso a flexura pélvica passa por trás do ceco e vai se alojar na porção anterior da cavidade abdominal Quando faz palpação em um cavalo e encontra tênias atravessadas transversalmente na cavidade e não consegue palpar a tênia cecal, é um indicativo de mandar o animal para cirurgia Geralmente quando não consegue palpar a tênia cecal e tem tênias distendidas ou tem uma torção ou tem um deslocamento a direita Se a alça estiver muito cheia optamos por fazer a enterotomia da flexura pélvica e evacuar porque demora um pouco para voltar a motilidade normal e o produto que está dentro da alça pode fermentar e gerar uma segunda cólica Na palpação retal nota-se a presença de tênias distendidas em posição horizontal onde deveríamos encontrar a pine medial do ceco Os achados de palpação retal não fecham diagnóstico, mas justificam a intervenção cirúrgica o Cólon transverso/ menor: Nesses casos as compactações não são primarias Nessa porção do intestino podemos ter compactações, principalmente as secundarias a formação de concreções intestinais chamadas de enterólitos Em 99% dos casos em cólon menor é secundário a presença de concreções. Lembrar que nessas situações a principal indicação é exploratória cirúrgica e não uso de laxantes, principalmente os catárticos Podemos tratar o animal de forma conservativa inicialmente com fluidoterapia com reposição de eletrolitos, monitorando a motilidade, mas ter cuidado com drogas que estimulam muito a motilidade devido ao risco de concreção, essas concreções se chamam enterólitos Essas concreções são mais comuns em animais encocheirados, animais de hípica, relacionado ao consumo de alfafa, mas é difícil determinar o fator causal Sempre que temos compactações na porção distal do intestino grosso, ou seja, em cólon menor, lembrar que a grande maioria desses casos são casos secundários a concreções Dependendo do tamanho das concreções, elas vão causar obstruções em segmentos diferentes Obstrução completa: concreções de tamanho médio a pequeno que conseguem penetrarno cólon transverso e parar ou no cólon transverso ou no cólon menor e as concreções grandes que não conseguem penetrar no funil do cólon transverso Se o animal tem o histórico que ao longo dos anos o animal teve x episódios de cólica, nunca é nada grave, mas sempre tem, são esses históricos que nos fazem pensar em enterolitíase ou sablose ou úlcera gástrica Podemos ter vamos enterólitos no mesmo animal e nesse caso é comum encontrarmos enterólitos com faces laterais achatadas Os enterólitos grandes não conseguem atravessar o cólon transverso e podem ficar alojados nessa alça ou no final do cólon dorsal direito Os enterólitos que não penetram no cólon transverso costumam causar quadros de cólica leves e recidivantes, em contrapartida os que se alojam no cólon transverso causam obstrução completa do lúmen e requerem tratamento cirúrgico Os enterólitos menores passam pelo cólon transverso e se alojam no cólon menor Na palpação retal notaremos a presença de sibalas compactadas em maior ou menor quantidade, mas não da para dizer se é sibala ressecada ou se é concreção, então não tem como ter um diagnóstico definitivo pré-operatório Lembrando que pode ter mais de um enterólito, um obstruindo cólon maior e pode ter outro em cólon transverso, por isso que é importante quando suspeitamos de enterolitíase fazer a laparotomia exploratória para confirmar esse diagnóstico, evacuar e retirar todas as concreções presentes Dica: quando abrimos e encontramos concreções com a face achatada, isso é sinal que existe mais de uma O tratamento é cirúrgico e corresponde a enterotomia de cólon menor Nessa porção da alça as estenoses em qualquer grau predispõe a formação de novas compactações, por esse motivo o prognóstico é mais reservado do que nas compactações de cólon maior Se tiver um enterólito que ficou no cólon dorsal direito, ou seja, o grande que não passou pela flexura pélvica, em geral tem ingesta compactada junto. Vamos abrir e massagear esse conteúdo de volta para flexura pélvica, pois a flexura pélvica é a região que podemos exteriorizar com segurança O quadro que não é muito difícil de resolver é quando tem uma concreção que está no terço médio para frente no cólon menor, ou seja, em uma porção de cólon menor podemos facilmente exteriorizar A pior concreção que pode ter é a que fica parada no cólon transverso, pois se ela está parada no cólon transverso é porque ela tem um tamanho que não é suficiente para passar para o cólon menor e o cólon transverso não conseguimos exteriorizar, então essa cirurgia temos que massagear essa concreção de volta para o cólon maior, porém dentro da cavidade e a alça obstruída quanto mais tempo essa obstrução tiver de evolução, maior a chance de ter uma parede friável. Se tiver a ruptura dessa alça na cavidade vamos condenar esse animal Então os quadros que temos compactações como sede secundário a urolitiase e com sede em cólon transverso, o ideal é conseguirmos mobilizar a concreção de volta para o cólon maior e retirar através da flexura pélvica, quando isso não for possível optamos pela eutanásia do animal Quando fazemos uma enterotomia na flexura pélvica, vamos ter uma linha de incisão, dois planos de sutura e isso vai gerar uma pequena estenose, uma irritação cicatricial no pós- operatório, porém como na flexura pélvica é uma alça em que temos um diâmetro considerável e a ingesta que passa ali é de característica pastosa, esse tipo de estenose em geral não traz nenhuma sequela importante Uma estenose no cólon menor ela pode gerar uma compactação secundaria como a diminuição do diâmetro do lúmen, o prognóstico é mais reservado Quanto maior o grau de sofrimento da alça, tem uma reação inflamatória maior e se por um acaso o ponto onde está a obstrução, devido a compressão dos vasos pequenos da parede tiver sinais de sofrimento irreversível com ponto já necrótico, vai ter que fazer a enterectomia/ enteroanastomose, vai gerar uma estenose muito mais significativa No cólon menor vai ter um ponto que vai na maior parte dos casos gerara uma compactação secundaria , um prognóstico ruim Na suspeita de urolitíase: exploratória Se a concreção é mineralizada é visível ao raio x o Complicações: Podemos ter um processo de atonia pós-operatório chamado de íleo adinâmico ou paralitico. Esse processo costuma ser transitório e deve ser em aproximadamente 72 horas, motivo pelo qual esse período é crítico no pós-operatório O íleo adinâmico ocorre nos casos que envolvem as obstruções estrangulativas Tem quadros que após essas 72 horas, quando tem a melhora do quadro inflamatório, essa atonia pode persistir, em geral ela responde muito mal ao tratamento conservativo que no caso seria usar os pró-cinéticos (metroclopramida). Essa medicação atravessa a barreira hematoencefálica, da um quadro de excitação no cavalo, usa no pré-operatório O animal com íleo adinâmico continua tendo refluxo, ele não vai poder se alimentar, tem que ser mantido em fluidoterapia, a piora dele é progressiva. O íleo adinâmico não responsivo em geral é um quadro que leva o animal a óbito A peritonite séptica também pode ocorrer, principalmente nos procedimentos que envolve a abertura das alças intestinais. Quanto maior o grau de necrose da alça, sofrimento de alça maior, se observar fagocitose no esfregaço antes da cirurgia, não há indicação para operar porque já tem diagnóstico de peritonite séptica A peritonite pode acontecer por deiscência de ponto, por necrose da porção onde fez anastomose devido a injuria de reperfusão e ela em geral é fatal no equino A laminite é outra afecção frequente em casos de necrose de alças intestinais com toxemia grave (pós operatório inclui avaliar diariamente os cascos, colocar cama confortável) Muitas vezes temos o quadro de laminite nos animais que entram para cirurgia com alta toxemia. Demorou para intervir, alça sofreu necrose, quadro toxemico se instala, a chance de complicação pós-operatória aumenta e cada vez mais o risco de sobrevivência com retorno a função diminui Outro caso são as aderências, são imprevisíveis, sempre há um grau de aderência que é esperado, não pode determinar qual Fatores que podemos controlar: boa técnica, uso do material cirúrgico adequado não muito reativo, uso da técnica de sutura adequada, sem material exposto na cavidade se possível Outras complicações são a formação de aderências intra- abdominais que podem ser causa de novas cólicas E o desenvolvimento de hérnias incisionais que pode comprometer a função Se o animal consegue conviver com a hérnia não intervirmos, pois o risco de deiscência é grande
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