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Rotura prematura de membranas ovulares RPMO

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Rotura prematura de membranas ovulares 
 
CONCEITO E DIAGNÓSTICO 
 
 Quer dizer que a bolsa rompeu antes do início do trabalho de parto. 
 
Anamnese: 
Queixa típica: perda de líquido via vaginal 
 Súbita 
 Abundante 
 Transparente/sem odor 
 Não para de sair 
***Perda atípica: pequena quantidade e intermitente. Como numa rotura alta, onde a bolsa rompe lá em cima e 
fica pingando pouquinho em pouquinho. 
 
Exame especular: 
 
Vemos o líquido em fundo 
de saco 
(primeira imagem). 
 
Quando dá dúvida: 
 
Pode-se fazer manobra de 
valsalva para ver se o 
líquido vai sair em abundância pelo orifício na realização dessa manobra (2ª imagem). 
 
Toque vaginal  “Bolsa das águas”: 
 Avalia se toque membrana ou se toca direto cabelo do bebê. 
 Manobra de Tarnier – elevação da apresentação fetal para desocluir a cabeça do bebê e vê se vem 
líquido, levantando a apresentação para de tamponar e vê se o líquido escorre. 
Atenção  o diagnóstico é clínico (anamnese + exame físico) em 90% dos casos. 
 
E nos 10% que fica na dúvida? 
 
 Cristalização (Teste de Fern)  colhe o líquido do fundo de saco, 
passa na lamina e observa padrão de cristalização dessa secreção, 
chamada de cristalização arboriforme ou em folha de samambaia. 
 
Testes de pH: 
 Secreção vaginal – pH ácido entre 4,5 e 6,0 
 Líquido amniótico – pH alcalino entre 7,1 e 7,3. 
 Falsos positivos: sangue, sêmen, Vaginose bacteriana, Tricomoníase. 
 Papel de nitrazina (é a fita de pH), onde se coloca a fita em fundo de 
saco posterior e vê a cor que fica (a qual fica azul escuro). 
 Teste do Fenol vermelho – pega a secreção e pinga umas gotinhas de 
fenol, se negativo fica amarelo, se positivo fica rosa choque. 
 
Teste de Lanetta: 
 Pegar secreção e aquecer lâmina vai passar de incolor para marrom se 
for líquido amniótico. 
 
Teste de Kittrich (ou Azul do Nilo): 
 Usa um corante azul do Nilo na secreção vaginal, olhar no microscópio e se tiver a 
presença de Células fetais orangiófilas, é sugestivo. 
 
Amnioinfusão: 
 Não é feito na prática clínica. 
 Corante índigo 
 Procedimento invasivo pois entra com agulha dentro do útero e injeta corante dentro do líquido e vê se 
sai pela vagina da paciente. 
 
Testes moleculares: 
 Amnisure  identifica a Placental alpha microglobulin-1 (PAMG-
1) 
 Alere Actim PROM  Insulin-like growth fator binding protein-1 
(GFPB-1) 
 Identifica substâncias que só tem no líquido amniótico e não na 
vagina, por exemplo. Não estão disponíveis na rede pública pelo 
custo! 
 
Ultrassonografia? 
 Não é um bom teste, pois pode ter bolsa rota com líquido normal (porque não saiu o líquido ainda) e 
pode ter oligoamnio por outras causas, como por insuficiência placentária. 
 
Diagnóstico diferencial: 
 Secreção fisiológica 
 Vulvovaginites 
 Perda urinária 
 
CONDUTA 
 
Período de latência: 
 Tempo entre a RPMO e o início do TP. 
 Inversamente proporcional à idade gestacional, ou seja, quanto mais prematuro o bebê, maior o período 
de latência (para entrar em trabalho de parto). 
 
ATENÇÃO  Na RPMO, o termo “prematura” não tem a ver com idade gestacional! Significa que ocorre antes 
do início do TP. 
 
Conduta: 
Gestante refere perda de liquido via vaginal, fazer exame especular (90%) + testes diagnósticos SN (Cristalização, 
fenol, nitrazina, IGFPB-1, PAMG-1): 
1. Internação hospitalar e calcular de forma precisa a idade gestacional. 
2. Avaliar a vitalidade fetal 
3. Avaliação clínica e laboratorial para ver se tem sinal de infecção (corioamnionite) 
4. Avaliar presença de trabalho de parto prematuro (não deve ser inibido) 
5. Rastreamento de infecção pelo Estreptococo do grupo B (GBS) 
 
RPMO < 24 semanas (pré-viável): 
 Conduta individualizada 
 Prognóstico ruim  precisa-se da pressão hidrostática do líquido amniótico para desenvolver o pulmão 
do bebê, pois esse bebê que não tiver isso, evoluirá para uma Hipoplasia pulmonar. 
 Expectante X Interrupção 
 Expectante: 
o Ambulatorial 
o Avaliação de sinais clínicos de infecção 
o Avaliação da presença de contrações uterinas 
o Hemograma completo e proteína C reativa (PCR) 2x/semana (p/ ver se ela não está evoluindo 
para uma corioamnionite). 
o Avaliação do bem estar fetal (BCF). 
 
RPMO de 24 a < 34 semanas (33 semanas + 6 dias): 
 Expectante hospitalar 
o Avaliação de sinais clínicos ou laboratoriais de infecção 
o Cultura para GBS na hora da internação 
o Avaliação do bem estar fetal (acima de 28 faz cardiotoco e abaixo BCF). 
o Fazer antibioticoterapia para aumentar o período de latência: 
 Ampicilina EV 2g de 6/6h por 48h + Azitromicina 1 g VO, dose única; 
 Após as primeiras 48h, suspender a Ampicilina e manter Amoxicilina, 500 mg VO, de 
8/8h por dias 5dias. 
o Fazer corticoterapia para maturação pulmonar fetal: 
 Betametasona 12 mg IM a cada 24 h por dois (duas doses). 
 Ou Dexametasona 6 mg IM 12/12h por dois dias (4 doses). 
 Contraindicações: sinais de infecção, parto iminente, hipersensibilidade a droga. 
o Fazer Sulfato de magnésio para neuroproteção fetal: 
 Indicação: < 32 semanas e parto iminente (vai nascer). 
 4 a 6 g EV em 20 min (ataque) + 2g/h EV por 12h. 
o Fazer profilaxia para Streptococcus do grupo B: 
 RPMO pré-termo SEMPRE (EXCETO se cultura negativa). 
 Penicilina Cristalina 5 milhões EV (ataque) + Penicilina Cristalina 2,5 EV 4/4h 
 Ou Clindamicina 900 mg 8/8h EV (pacientes alérgicas). 
o TOCÓLISE está contraindicada! 
 
RPMO ≥ 34 semanas: 
 Ativa: indução do parto 
 Via de parto obstétrica (pode ser vaginal). 
 ***algumas referências: consideram 36 semanas, mas o OMS considera 34 semanas. 
 
RPMO 34 – 37 semanas (pré-termo tardio): 
 Profilaxia para estreptococos do grupo B 
 Ativa: indução do parto 
 
RPMO termo ≥ 37 semanas: 
 Pesquisa para estreptococos do grupo B positiva ou indicações – profilaxia. 
 
 
Parto imediato independente da idade gestacional, quando fazer? 
 Trabalho de parto 
 Corioamnionite 
 Sofrimento fetal 
 Descolamento prematuro de placenta (DPP) 
 
Se corioamnionite: 
 
 
Outras causas:

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