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Você já respondeu todas as 6 questões deste caso. Sua média de acertos final foi de 100,00%. Caso Voltar para o índice de Casos Interativos Cuidados paliativos para pacientes com HIV/AIDS Atenção em cuidados paliativos para os sintomas de fadiga, anorexia, caquexia e candidíase oral. Publicado em 27 de Julho de 2015 Autores: Natália Sevilha Stofel, Thiago Marchi Martins Editores: Anaclaudia Fassa e Luiz Augusto Facchini Editores Associados: Everton José Fantinel, Daniela Habekost Cardoso, Deisi Cardoso Soares, Samanta Bastos Maagh, Rogério da Silva Linhares, Bárbara Heather Lutz, Luciana de Rezende Pinto RECOMEÇAR P.M.B. 28 anos Cansaço anorexia candidíase oral caquexia M eu P ro gr es so Anamnese Histórico Queixa principal Cansaço, falta de apetite, baixa ingesta alimentar ocasionada pelo sintoma anterior e por lesões orais. Histórico do problema atual P.M.B., 28 anos, solteira, diagnosticada com Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) há 8 anos, realizou desde a confirmação diagnóstica, terapia antirretroviral de alta potência (Highly Active Antiretroviral Therapy – HAART) com adesão irregular, interrompida no momento que foi incluída nos cuidados paliativos há quatro meses. Na visita domiciliar relata à equipe cansaço extremo, mesmo com repouso, e falta de apetite. Nos últimos seis meses, perdeu cerca de 25 quilogramas. Antecedentes pessoais Tabagista há 15 anos, sem interrupção. Contraiu o vírus da Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida (AIDS) de um ex-namorado, desde então, desenvolveu quadro depressivo que vem se acentuando no decorrer desses oito anos. Por conta da imunodeficiência e da baixa adesão à terapia HAART tem internações recorrentes por doenças oportunistas com destaque para pneumonia, a última há dois meses. História social Usuária reside em casa de madeira com três cômodos (sala, cozinha, banheiro e um quarto), mal ventilados e em condições de higiene precárias. A principal cuidadora é a mãe que passa o dia fora trabalhando como diarista, única fonte de renda familiar. Medicações em uso Fluoxetina 20 mg 1 comprimido por dia pela manhã Morfina 10 mg 1 comprimido de 4/4 horas Bisacodil 10 mg 1 comprimido uma vez ao dia Curativo em úlcera por pressão com SF 0,9% uma vez ao dia ou sempre que necessário Antecedentes familiares Pai faleceu por infarto agudo do miocárdio há dez anos. Mãe hipertensa. M eu P ro gr es so Escolha múltipla Exame Físico Questão 1 A fadiga, caquexia e ruptura de tecidos são alguns dos problemas que podem ser identificados. Os outros problemas relacionados a essa paciente: Sintomas gerais: Deambula com auxílio, mas permanece acamada na maior parte do dia, consciente e orientada no tempo e espaço, hipocorada, emagrecida. Apresenta candidíase oral e manchas características de Sarcoma de Kaposi (http://revista.fmrp.usp.br/1999/vol32n1/sarcoma_kaposi_e_sindrome_imunodeficiencia_adq distribuídas por toda extensão do corpo. Ausculta pulmonar: murmúrios vesiculares diminuídos bilateralmente. Dispneica. Ausculta cardíaca: bulhas normofonéticas em 2t, ritmo regular. Abdome escavado, ruídos hidroaéreos diminuídos. Presença de úlcera por pressão grau II na região coccígea. Força muscular de membros inferiores diminuída, presença de edema 2+/4+. Sinais vitais e medidas antropométricas FC: 80 bpm FR: 17 rpm PA: 100/60 mmHg T: 37 ºC Peso: 45 kg Altura: 1,63 m IMC: 16,94 kg/m2 Escala de Karnofsky: 40% Escala visual-analógica de dor (EVA): 4 Exames laboratoriais: Contagem de linfócitos CD4: 15 células por mm3 Hemoglobina:10 g/dL Hematócrito: 28% M eu P ro gr es so http://revista.fmrp.usp.br/1999/vol32n1/sarcoma_kaposi_e_sindrome_imunodeficiencia_adquirida.pdf 100 / 100 acerto A paciente refere dor, cansaço extremo mesmo após repouso, caracterizando fadiga e astenia, teve emagrecimento acentuado - caquexia, é tabagista, apresenta má adesão ao tratamento medicamentoso, há presença de úlceras por pressão, afirmando a ruptura de tecidos. Por outro lado, não há parâmetros do exame físico e anamnese que justifiquem identificar confusão mental, disfunção urinária, hipertensão e diarreia. Saiba mais Confusão Mental Tabagismo Má adesão ao tratamento medicamentoso Astenia Caquexia Diarreia Dor Disfunção urinária Hipertensão Fadiga Ruptura de tecidos Cuidados Paliativos para pacientes com HIV M eu P ro gr es so A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é uma doença infectocontagiosa causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), um retrovírus da subfamília Lentiviridae, que atinge principalmente os linfócitos CD4+ (BRASIL, [19-?]). Desde 1997, com o advento da HAART, houve diminuição da letalidade e morbidade por doenças oportunistas. O curso da doença é mais ou menos agressivo e rápido de acordo com a adesão ou não adesão à terapia medicamentosa. (AIRES, 2009, p. 174). Os cuidados paliativos para os pacientes com AIDS seguem a mesma filosofia que em qualquer outro doente, no entanto, é preciso que a equipe tenha em mente algumas particularidades (AIRES, 2009, p. 174-175) tais como: os pacientes em geral são mais jovens que os pacientes com câncer; têm conhecimento de seu diagnóstico; há necessidade de múltiplos medicamentos; ocorrem repentinas e dramáticas mudanças clínicas que dificultam a identificação da fase terminal; há estigma, chance maior de isolamento do paciente e família. Uma das grandes dificuldades da equipe médica é estabelecer corretamente o prognóstico de cuidados paliativos exclusivos e, portanto, suspender a HAART, podendo provocar a distanásia do paciente. Segundo Aires (2009, p. 175) essa dificuldade se dá por uma série de fatores, entre eles: a AIDS ser uma doença potencialmente tratável, com períodos de melhora e piora muito rápidos que acomete (em grande parte) população mais jovem. Dessa forma, a Associação Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP, 2009) traduziu os critérios para mau prognóstico elaborados pelo Center of Diseases Control (CDC). Para ser considerado um paciente em terminalidade (expectativa de vida de menos de seis meses), é necessário que os parâmetros gerais e específicos estejam presentes simultaneamente: Parâmetros Gerais: 1. Comprometimento da capacidade funcional medido pelo índice de Karnosfky menor que 50% 2. Dependência em duas ou mais atividades diárias: a. Alimentação; b. Deambulação; c. Continência; d. Transferência; e. Banho; f. Vestimenta. Parâmetros Específicos (são necessário os itens 1. e 2.) 1. Dosagem de linfócitos CD4 < 25 células/mm3 ou carga viral persistente acima de 100.000 cópias/ml, mais um dos seguintes achados: Síndrome consumptiva não tratada ou persistente a despeito do tratamento (perda de mais de 10% de massa muscular); Linfoma cerebral primário; M eu P ro gr es so Escolha múltiplaQuestão 2 Neste caso, quais os critérios de mau prognóstico indicam que a paciente deva receber cuidados paliativos? Bacteremia pelo Complexo Mycobacterium avium-intracellulare, não tratada ou não responsiva ao tratamento; Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva; Linfoma sistêmico com doença avançada pelo HIV e resposta parcial à quimioterapia; Sarcoma de Kaposi visceral não responsivo à terapia; Insuficiência renal na ausência de diálise; Infecção por Cryptosporidium; Toxoplasmose não responsiva ao tratamento. 2. Índice de Karnofsky menor que 50%. Parâmetros auxiliares: Diarreia crônica persistente acima de 1 ano; Albumina sérica persistente abaixo de 2,5; Uso de droga ilícita; Idade acima de 50 anos; Não uso ou resistência a HAART, quimioterapia e drogas profiláticas relacionadas especificamente à doença pelo HIV; Complexo AIDS-demência; Insuficiência cardíaca congestiva sintomática em repouso; Doença hepática avançada. Acordados os Cuidados Paliativos para os pacientes com HIV a interrupção da HAART deve ser discutida entre a equipe, paciente e familiares. Não existem critérios clínicos bem definidos e o momento exato da suspensão é uma tarefa difícil,o mesmo ocorre com o tratamento das infecções oportunistas. Antes da decisão, é importante considerar os seus principais benefícios: supressão do vírus e possível melhora sintomática pela diminuição da carga viral, proteção contra a encefalopatia pelo HIV e possível conforto psicológico pelo fato de combater o vírus. Os principais pontos negativos são: toxicidade, interações farmacológicas negativas e custo. Baixa contagem de linfócitos CD4 AIDS em franca manifestação Dependência em mais de duas atividades de vida diária M eu P ro gr es so 100 / 100 acerto Segundo a literatura, a paciente se encontra em cuidados paliativos, pois apresenta parâmetros específicos - índice de Karnofsky menor que 50%, baixa contagem de CD4 e dependência em mais de uma atividade de vida diária; e parâmetros auxiliares - síndrome consumptiva. Os demais itens estão errados porque, embora alguns sintomas de manifestação da AIDS estejam no conjunto que colocam pacientes portadores de HIV em cuidados paliativos, somente afirmar “AIDS em franca manifestação” não é suficiente. Já, edema e perda funcional de membros inferiores, Sarcoma de Kaposi epitelial e anemia não são critérios para tal prognóstico. Saiba Mais Anemia Karnofsky de 40% Perda funcional e edema de membros inferiores Síndrome consumptiva Sarcoma de Kaposi epitelial Índice de Karnofsky O índice ou escala de Karnofsky é utilizado para quantificar a capacidade funcional, inicialmente utilizada para pacientes com câncer, na atualidade ela mensura a capacidade funcional de pessoas acometidas por qualquer doença, e pode colaborar especialmente para pacientes portadores de doenças crônicas (CORREIA, 2012, p.64). Pode ser usada para determinar o prognóstico do paciente, bem como acompanhar mudanças clínicas (BRASIL, 2002). O índice de Karnofsky tem acesso livre, sua escala varia de 0 (morte) a 100 (completa independência funcional): M eu P ro gr es so Escolha múltiplaQuestão 3 P.B.M. refere estar muito cansada, embora deambule com auxílio, prefere permanecer na cama, pois não tem energia nem para assistir televisão, dessa forma, pode-se concluir que a paciente apresenta sinais e sintomas de: 100 / 100 acerto Número Significado 100 Normal, nenhuma queixa, nenhuma evidência de doença 90 Capaz de continuar atividade normal, pequenos sintomas 80 Atividade normal com esforço, alguns sintomas 70 Cuidados para si, incapaz de continuar sua atividade normal 60 Requer ajuda ocasional, cuidados para as maiorias das necessidades 50 Requer ajuda considerável e cuidado frequente 40 Incapacitado, requer cuidado especial e ajuda 30 Severamente incapacitado, hospitalizado, morte não iminente 20 Muito doente, precisa de cuidado intensivo 10 Moribundo, processo de fatalidade progredindo rapidamente Fonte: Ministério da Saúde, 2002, p. 191. efeitos colaterais residuais relacionados a HAART intoxicação ocasionada por opioides cansaço possivelmente relacionado à anemia fadiga ocasionada pelo quadro clínico M eu P ro gr es so A má nutrição associada a outros fatores, como caquexia e anemia, pode desencadear quadro de cansaço extremo, caracterizando o quadro de fadiga. Os efeitos colaterais mais comuns do tratamento com HAART são: diarreias, vômitos, náuseas, rash cutâneo, agitação, insônia e sonhos vívidos, portanto, não é precursor deste quadro, bem como a toxicidade por opioides que é caracterizada por alterações de sensibilidade (alodinia e hiperalgesia), doses cada vez maiores de opioide, mioclonia, convulsão e parada cardíaca. Saiba Mais Fadiga É descrita como uma experiência subjetiva de cansaço que afeta indivíduos saudáveis e doentes. Nestes, é de grande magnitude e desproporcional ao esforço físico ou mental (ABCP, 2010, p. 23). Pode ocorrer durante o tratamento, após o seu término ou em estágios avançados da doença e, ao contrário dos indivíduos saudáveis, não melhora após a interrupção da ação fatigante ou após repouso, tornando-se crônica e causando limitação nas atividades físicas. Ainda que a fisiopatologia da fadiga não seja completamente conhecida, sabe-se que a presença na vigência de um fator estressante a resposta orgânica não ocorre de forma proporcional pela inadequação da regulação de uma ou mais variáveis responsáveis pelo seu enfrentamento. A fadiga pode ser classificada de acordo com a sua etiologia. Quando é decorrente da própria doença, ou seja, faz parte do seu quadro clínico independentemente da ação de outros fatores envolvidos diretamente na doença a fadiga é denominada primária. Fadiga relacionada ao câncer é possivelmente relacionada ao próprio tumor e ao aumento da carga de citocinas pró-inflamatórias (IL-1, IL-6, TNF, interferon) que também mediam outras condições que também agravam a fadiga como a caquexia e a anemia. Nos casos em que as comorbidades ou o tratamento da doença de base desencadeia a fadiga, diz-se que esta é secundária. Os pacientes em cuidados paliativos podem apresentar diversas condições que podem contribuir para a instalação ou agravamento da fadiga como, por exemplo, a anemia, infecção, desidratação, depressão e quimioterapia. A complexidade da inter-relação entre os fatores que promovem a fadiga pode ser um obstáculo ao diagnóstico. Usa-se três referentes empíricos de fadiga como minimamente suficientes para se considerar um indivíduo fatigado. Assim, três M eu P ro gr es so respostas afirmativas caracterizam diagnóstico de fadiga: Ainda para avaliação de fadiga há diversos instrumentos, alguns validados no Brasil, no entanto, o mais usado é a Escala de Piper revisada para Fadiga que pode ser conferida aqui. () Tratamento Considerando o caráter multidimensional da etiologia da fadiga, o tratamento abrange tanto intervenções medicamentosas quanto não medicamentosas. Existem evidências que demonstram benefícios com o uso do metilfenidato. De forma complementar, o uso de medidas para a conservação de energia também contribui para o tratamento desta condição (ABCP, 2010). Caquexia Sua etiologia é complexa sendo definida como a síndrome da perda de peso (Bozzeti e cols., 2009 apud ABCP, 2011, p. 4), caracterizada pela perda de peso e de massa muscular concomitante à redução da ingestão alimentar. Está associada à maior morbidade no tratamento da doença de base, a comprometimento da qualidade de vida e a redução da sobrevida. A European Palliative Care Research Collaborativei> relaciona a caquexia a uma síndrome na qual há balanço energético e nitrogenado negativo na vigência de redução da ingesta e anomalias metabólicas; além da perda involuntária de peso maior que 5%, ou 2% (em indivíduos já abaixo dos valores esperados de peso, segundo o Índice de Massa Corpórea - IMC - menos que 20kg/m ) ou presença de sarcopenia. (ABCP, 2011, p. 4). O quadro abaixo reúne os principais sintomas clínicos da caquexia: DIAGRAMA Sintomas Clínicos 2 M eu P ro gr es so https://dms.ufpel.edu.br/maad-paliativo - exacerbada perda de peso involuntária (massa magra) - anorexia, alterações no paladar, vômito, saciedade precoce, má absorção intestinal - astenia, fadiga, perda de habilidades motora e físicas, apatia - perda da imunocompetência - caos metabólico - desiquilíbrio iônico - alteração no perfil hormonal plasmático - disfunção hipotalâmica Fonte: ABCP, 2011. Por se tratar de síndrome com múltiplas características, de etiologia extremamente complexa, as manifestações clínicas da caquexia envolvem diversos sinais e sintomas: anorexia, alterações do paladar, astenia, fadiga exacerbada, perda de peso involuntária (massa gorda e massa magra), perda da imunocompetência, perda de habilidades motoras físicas, apatia, desequilíbrio iônico, anemia, náuseas, e grandes alterações no metabolismo de proteínas, carboidratos e lipídios. Esta síndrome promove alterações nos mecanismos fisiológicos como por exemplo na preservação do nitrogênio corporal. Os mecanismos regulatórios impedem haja degradação extensa da massa magra durante o jejumprolongado, mas na vigência da caquexia, pode ocorrer a proteólise atingindo, inclusive, a musculatura cardíaca e a musculatura lisa, apesar da anorexia promover a redução da ingesta de nitrogênio. O equilíbrio do metabolismo energético não é estanque e as vias do metabolismo lipídico, proteico e de carboidratos apresentam intersecções e vários mecanismos de controle. Abaixo, os principais mecanismos envolvidos na síndrome de caquexia: M eu P ro gr es so Fonte: ABCP, 2011. Para avaliação de caquexia, a Associação Brasileira de Cuidados Paliativos desenvolveu um instrumento que deve ser preenchido pelos profissionais de saúde responsáveis pelo cuidado: Parte 1: Triagem inicial 1. IMC < 20,5 kg/m²? SIM NÃO 2. Houve perda de peso nos últimos 3 meses? 3. Houve redução na ingestão alimentar na última semana? M eu P ro gr es so 4. Portador de doença grave, mal estado geral ou em UTI? Parte 2: Triagem final ESTADO NUTRICIONAL PREJUDICADO GRAVIDADE DA DOENÇA (aumento das necessidades nutricionais) AUSENTE (Escore 0) Estado nutricional normal AUSENTE (Escore 0) Necessidades nutricionais normais LEVE (Escore 1) Perda de peso > 5% em 3 meses ou ingestão alimentar menor que 50-75% da necessidade normal na última semana LEVE (Escore 1) Fraturas de quadril; Pacientes crônicos com complicações agudas; Cirrose, DPOC, hemodiálise crônica, diabetes e câncer. MODERADO (Escore 2) Perda de peso > 5% em 2 meses ou IMC 18,5-20,5 kg/m² + condição geral comprometida ou ingestão alimentar de 25-60% da necessidade normal na última semana MODERADO (Escore 2) Cirurgia abdominal de grande porte, fraturas, pneumonia grave, leucemias e linfomas. GRAVE (Escore 3) Perda de peso > 5% em 1 mês (ou > 15% em 3 meses) ou IMC < 18,5kg/m² + condição geral comprometida ou ingestão alimentar de 0-25% da necessidade normal na última semana GRAVE (Escore 3) Trauma craniano, transplante de medula óssea, pacientes em cuidados intensivos (APACHE > 10) SOMA DA PONTUAÇÃO + Se >= 70 anos: Adicionar 1 ponto no total acima = pontuação total ajustado a idade. Pontuação >= 3: o paciente está em risco nutricional e o cuidado nutricional é iniciado. Pontuação < 3: reavaliar paciente semanalmente. Se o paciente tem indicação para cirurgia de grande porte, considerar plano de cuidado nutricional para evitar riscos associados. Fonte: ABCP, 2011. Para informações completas acerca de tratamentos e outros aspectos da síndrome de caquexia, a Associação Brasileira de Cuidados Paliativos desenvolveu o Consenso Brasileiro de Caquexia disponível aqui. M eu P ro gr es so http://www.nutritotal.com.br/diretrizes/files/217--consensocaquexia.pdf Escolha simplesQuestão 4 A paciente em questão, segundo exame físico, apresenta úlcera por pressão grau dois, isso significa: Acertou As úlceras por pressão são classificadas de acordo com a gravidade de apresentação. A paciente em questão apresenta úlcera de pressão grau dois, descrita por perda parcial da espessura dérmica. Apresenta-se como úlcera superficial com o leito de coloração vermelho pálida, sem esfacelo. Pode apresentar-se ainda como uma bolha (preenchida com exsudato seroso), intacta ou aberta/ rompida. (http://www.nutritotal.com.br/diretrizes/files/217--consensocaquexia.pdf) Pele intacta com hiperemia de uma área localizada que não embranquece, geralmente sobre proeminência óssea. A pele de cor escura pode não apresentar embranquecimento visível: sua cor pode diferir da pele ao redor. Perda parcial da espessura dérmica. Apresenta-se como úlcera superficial com o leito de coloração vermelho pálida, sem esfacelo. Pode apresentar-se ainda como uma bolha (preenchida com exsudato seroso), intacta ou aberta/ rompida. Perda total de tecido com exposição óssea, de músculo ou tendão. Pode haver presença de esfacelo ou escara em algumas partes do leito da ferida. Frequentemente, inclui descolamento e túneis. Perda de tecido em sua espessura total. A gordura subcutânea pode estar visível, sem exposição de osso, tendão ou músculo. Esfacelo pode estar presente sem prejudicar a identificação da profundidade da perda tissular. Pode incluir descolamento e túneis. M eu P ro gr es so http://www.nutritotal.com.br/diretrizes/files/217--consensocaquexia.pdf Escolha simples Escolha simples Questão 5 Sobre os medicamentos de ação tópica no tratamento da Candidíase Atrófica Aguda qual o protocolo que deve ser prescrito ao paciente? Acertou Como tratamento inicial prescreve-se nistatina suspensão 1.000.000 UI/mL, 3 a 4 aplicações diárias. Os outros medicamentos (metronidazol, clorexidina, triancionolona acetonida, mentol e lidocaína) não são usadas para tratamento da candidíase. Questão 6 Sobre os medicamentos de uso sistêmico, qual o medicamento mais seguro no tratamento da Candidíase Atrófica Aguda: Mentol e lidocaína em spray, uma aplicação diária. Triancinolona acetonida Gel oral antes de dormir. Nistatina suspensão, três a quatro aplicações diárias. Clorhexidina em solução à 5%, duas vezes ao dia. Metronidazol suspensão oral, três aplicações diárias. Cetoconazol 200mg dose única. Fluconazol 150mg dose única. Anfotericina B durante um dia. M eu P ro gr es so Acertou Quando a terapia tópica não produz resultados, inicia-se com a terapia sistêmica, dessa forma, a recomendação é que o tratamento seja conduzido com Fluconazol 400 mg no primeiro dia e doses diárias de 100 mg de 7 a 14 dias (MANGUEIRA; MANGUEIRA; DINIZ, 2010), fazendo com que a outras alternativas estejam erradas. Saiba Mais Objetivos do Caso Referências Fluconazol 400mg no 1º dia e doses diárias de 100mg de 7 a 14 dias. Cetoconazol 400mg, duas vezes ao dia durante 14 dias. Candidíase Oral A candidíase é a infecção mais comum em pacientes com imunodepressão pelo HIV, ocorrendo em mais de 80% antes da terapia antirretroviral. O sinal mais comum de candidíase orofaríngea é o aparecimento de placas removíveis esbranquiçadas na mucosa. Pode-se apresentar também como queilite angular ou pápulas eritematosas na mucosa. Os sintomas típicos de candidíase esofágica incluem dor retroesternal difusa, disfagia e/ou odinofagia, normalmente sem febre. Candidíase oral está presente na grande maioria dos casos e geralmente os pacientes apresentam LT-CD4+ < 100 células/mm . (BRASIL, 2013, p. 201-202).3 Cuidados paliativos no paciente com HIV/AIDS, cuidados com sintomas de fadiga, caquexia, anorexia e candidíase oral. M eu P ro gr es so 1. ABCP. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CUIDADOS PALIATIVOS. Consenso brasileiro de fadiga. Fadiga em cuidados paliativos. Revista Brasileira de Cuidados Paliativos, São Paulo, v. 3, n. 2, supl. 1, 2010. Disponível em: Acesso em 2015. 2. ABCP. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CUIDADOS PALIATIVOS. Consenso brasileiro de caquexia/anorexia em cuidados paliativos. Revista Brasileira de Cuidados Paliativos, São Paulo, v. 3, n. 3, supl. 1, 2011. Disponível em: Acesso em 2015. 3. AIRES, Elisa Miranda. Cuidados paliativos em pacientes com HIV/AIDS. In: ANCP. Manual de Cuidados Paliativos. Rio de Janeiro: Diagrafic, 2009. p. 174-180. Disponível em: <http:// www.santacasasp.org.br/upSrv01/up_publicacoes/8011/10577_Manual%2...> (http://www. santacasasp.org.br/upSrv01/up_publicacoes/8011/10577_Manual%20de%20Cuidados%20 Paliativos.pdf#). Cópia local (/static/bib/10577_ManualdeCuidadosPaliativos.pdf) Acesso em 2015. 4. BOZZETTI, F.; MARIANI, L. Defining and classifying cancer cachexia: a proposal by the SCRINIO Working Group. Journal of Parenteral and Enteral Nutrition, v. 33, n. 4, p. 361- 367, 2009. Disponível em: <http://pen.sagepub.com/content/33/4/361.full.pdf+html> (htt p://pen.sagepub.com/content/33/4/361.full.pdf+html#). Cópia local (/static/bib/361.full.pdf+html) Acesso em 2015. 5. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Cuidados paliativos oncológicos: controle de sintomas. Revista Brasileira de Cancerologia, Rio de Janeiro, v. 48, n. 2, p. 191-211, 2002. Disponível em: Acesso em 2015.. . BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. HIV/Aids, hepatites e outras DST. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006. Disponível em: <http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/cab18> (htt p://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/cab18#). Cópia local (/static/bib/biblioteca.php) Acesso em 2015. 7. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para manejo da infecção pelo HIV em adultos. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013. Disponível em: Acesso em 2015. �. CHEVILLE, A. Cancer-related fatigue. Phy. Med. Rehabil. Clin. N. Am., v., 20, n. 2, p. 405- 416, 2009. Disponível em: <https://www.pmr.theclinics.com/article/S1047-9651(08)00130- 7/abstract> (https://www.pmr.theclinics.com/article/S1047-9651(08)00130-7/abstract#). Cópia local (/static/bib/abstract) Acesso em 2015. 9. CORREIA, Fernanda. Tradução, adaptação cultural e validação inicial no Brasil da Palliative Outcome Scale (POS). 2012. 146f. Dissertação (Mestrado) - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-27032012-153946/p...> (htt p://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-27032012-153946/pt-br.php#). Cópia local (/static/bib/pt-br.php) Acesso em 2015. 10. KANGAS, M.; BOVBJERG, D. H.; MONTGOMERY, G. H. Cancer-related fatigue: a systematic and meta-analytic review of non-pharmacological therapies for cancer patients. Psychol. Bull., v. 134, n. 5, p. 700-741, 2008. Disponível em Acesso em 2015. 11. MANGUEIRA, Daiane F. B.; MANGUEIRA, Liane F. B.; DINIZ, Margareth de Fátima F. M.. Candidose Oral. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, João Pessoa, v. 14, n. 2, p. 69- 72, 2010. Disponível em: <http://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rbcs/article/view/9044/5 312> (http://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rbcs/article/view/9044/5312#). Cópia local (/static/bib/9044-12201-1-PB.pdf) Acesso em 2015. M eu P ro gr es so http://www.santacasasp.org.br/upSrv01/up_publicacoes/8011/10577_Manual%20de%20Cuidados%20Paliativos.pdf# https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/10577_ManualdeCuidadosPaliativos.pdf http://pen.sagepub.com/content/33/4/361.full.pdf+html# https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/361.full.pdf+html http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/cab18# https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/biblioteca.php https://www.pmr.theclinics.com/article/S1047-9651(08)00130-7/abstract# https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/abstract http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-27032012-153946/pt-br.php# https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/pt-br.php http://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rbcs/article/view/9044/5312# https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/9044-12201-1-PB.pdf 12. MITCHELL, S. A. et al.. Putting evidence into practice: evidence-based interventions for fatigue during and following cancer and its treatment. Clinical Journal of Oncology Nursing, v. 11, n. 1, p. 99-113, 2007. Disponível em: <https://www.teamoncology.com/work shop/2010/file/Putting_Evidence_Into_Pr...> (https://www.teamoncology.com/workshop/20 10/file/Putting_Evidence_Into_Practice.pdf#). Cópia local (/static/bib/Putting_Evidence_Into_Practice.pdf) Acesso em 2015. Coordenação: Anaclaudia Gastal Fassa e Luiz Augusto Facchini M eu P ro gr es so https://www.teamoncology.com/workshop/2010/file/Putting_Evidence_Into_Practice.pdf# https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/Putting_Evidence_Into_Practice.pdf
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