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<p>AFYA</p><p>CURSO DE MEDICINA - AFYA</p><p>NOTA FINAL</p><p>Aluno:</p><p>Componente Curricular: Teste de Progresso Institucional - MEDICINA</p><p>Professor (es):</p><p>Período: 202402 Turma: Data:</p><p>TESTE DE PROGRESSO INSTITUCIONAL_MEDICINA_2024.2_02</p><p>SETEMBRO2024</p><p>RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA</p><p>PROVA 13113 - CADERNO 003</p><p>1ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>Esta questão necessita que o aluno compreenda a sequência de atendimento no politraumatizado</p><p>(A, B, C, D, E do trauma), em que alterações da via aérea causam maior mortalidade nestes</p><p>pacientes, devendo ser abordada de imediato. No caso do paciente queimado, suspeita-se de</p><p>queimadura de via aérea devido à queimadura se situar em região cervical anterior e face e à</p><p>rouquidão e ao escarro borráceo, devendo o paciente ser prontamente submetido a intubação</p><p>orotraqueal para assegurar a via aérea.</p><p>REFERÊNCIA:</p><p>AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS COMMITTEE ON TRAUMA. Advanced Trauma Life</p><p>Support - ATLS. 10. edição.</p><p>2ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>A prevenção pode ser feita nos períodos de pré-patogênese e patogênese.</p><p>A prevenção primária se faz com a intercepção dos fatores pré-patogênicos e inclui promoção da</p><p>saúde e proteção específica.</p><p>A prevenção secundária é realizada no indivíduo, já sob a ação do agente patogênico, no nível do</p><p>estado de doença, inclui diagnóstico, tratamento precoce e limitação da invalidez.</p><p>A prevenção terciária consiste na prevenção da incapacidade mediante adoção de medidas</p><p>destinadas à reabilitação (ROUQUAYROL, 2017).</p><p>No caso em questão são considerados prevenção PRIMÁRIA:</p><p>1. Vacinação de 100% das crianças, na faixa etária de 0 a 5 anos de idade, com as</p><p>vacinas BCG, pentavalente e a vacina inativada poliomielite (VIP).</p><p>2. Expansão da rede de água tratada para 100% da população urbana e 50% para a rural</p><p>no ano de 2023.</p><p>3. Intensificação da inspeção dos domicílios para busca de focos do mosquito Aedes</p><p>aegypti e seus criadouros.</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 1 de 77</p><p>3ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>O transtorno de pânico, segundo o DSM V-TR, é um surto abrupto de medo intenso ou</p><p>desconforto intenso que alcança um pico em minutos, durante o qual ocorrem 4 ou mais dos</p><p>sintomas (palpitação, sudorese, tremores, sensação de falta de ar, dor ou desconforto torácico,</p><p>náuseas, medo de morrer etc.), persistindo por 1 mês ou mais. A perturbação não deve ser</p><p>atribuída a uma condição clínica de origem orgânica (ex.: hipertireoidismo, doenças</p><p>cardiopulmonares) ou a efeitos psicológicos por uso de substâncias psicoativas.</p><p>A literatura apresenta uma vasta quantidade de estudos envolvendo o uso dos inibidores seletivos</p><p>da recaptação da serotonina (ISRSs) no transtorno de pânico (TP), e essa classe de</p><p>medicamentos vem sendo cada vez mais utilizada na prática clínica. O objetivo primário do</p><p>tratamento com ISRSs no TP é reduzir a intensidade e a frequência dos ataques de pânico (APs),</p><p>bem como a ansiedade antecipatória. Esses medicamentos também podem tratar a síndrome</p><p>depressiva que frequentemente está associada ao transtorno.</p><p>Desta forma, a alternativa correta é: Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS)</p><p>por sua eficácia - estudos clínicos demonstram que os ISRS são eficazes na redução da</p><p>frequência e intensidade dos ataques de pânico, além de tratar a ansiedade associada ao</p><p>transtorno; seu perfil de segurança - comparados com outros medicamentos, os ISRS têm um</p><p>perfil de segurança melhor, com menos efeitos colaterais graves, sendo bem tolerados pela</p><p>maioria dos pacientes; e menor risco de dependência - ao contrário dos benzodiazepínicos, os</p><p>ISRS não causam dependência, tornando-os uma opção mais segura para uso a longo prazo.</p><p>ISRS são preferidos no tratamento do Transtorno do Pânico devido à sua eficácia, segurança e</p><p>menor risco de dependência. Outras classes de medicamentos, como o lítio, estabilizadores de</p><p>humor, benzodiazepínicos e IMAOs, não são adequadas como primeira linha de tratamento</p><p>devido à sua eficácia limitada para este transtorno, perfil de efeitos colaterais e, em alguns casos,</p><p>risco de dependência ou complicações no manejo clínico.</p><p>As outras alternativas não respondem satisfatoriamente à questão, pois:</p><p>- Carbonato de Lítio: é primariamente utilizado no tratamento do Transtorno Bipolar, especialmente</p><p>para controlar episódios de mania e como profilaxia de episódios maníacos e depressivos. Ele</p><p>não é eficaz no tratamento do Transtorno do Pânico. Tem um perfil de efeitos colaterais mais</p><p>sério e requer monitoramento constante dos níveis sanguíneos, o que não é prático ou necessário</p><p>no manejo do Transtorno do Pânico.</p><p>- Estabilizadores de Humor: como o ácido valpróico e a lamotrigina, são usados principalmente</p><p>para Transtorno Bipolar. Eles não são eficazes para tratar sintomas de pânico e ansiedade</p><p>generalizada. Estes medicamentos também têm efeitos colaterais significativos e exigem</p><p>monitoramento, tornando-os menos favoráveis para o Transtorno do Pânico.</p><p>- Benzodiazepínicos: embora os benzodiazepínicos sejam eficazes para o alívio rápido dos</p><p>sintomas de ansiedade e pânico, eles têm um alto risco de causar dependência e tolerância,</p><p>tornando-os inadequados para tratamento a longo prazo e podem causar sedação, afetando o</p><p>funcionamento diário do paciente, o que é uma desvantagem significativa em relação aos ISRS,</p><p>sendo atualmente preteridos na condução do Transtorno do Pânico.</p><p>- Inibidores da Monoamina Oxidase (IMAOs): têm um perfil de efeitos colaterais significativo e</p><p>interações alimentares perigosas (como a necessidade de evitar alimentos ricos em tiramina).</p><p>Isso torna seu uso menos seguro e mais complicado, especialmente em comparação com os</p><p>ISRS. Embora eficazes para alguns transtornos de ansiedade, os IMAOs são geralmente</p><p>reservados para casos onde outras opções falharam devido aos riscos associados.</p><p>Referência:</p><p>NARDI, Antonio E.; QUEVEDO, João; SILVA, Antônio Geraldo da. Transtorno de Pânico. Porto</p><p>Alegre: Grupo A, 2013. E-book. p. 122. ISBN 9788565852326. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788565852326/.</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 2 de 77</p><p>4ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>Resposta correta: Uso de antibióticos baseado em meta-análises e ensaios clínicos</p><p>randomizados, com evidência de nível I.</p><p>Resposta comentada:</p><p>Essa é a mais adequada porque as meta-análises e os ensaios clínicos randomizados são</p><p>considerados evidências de nível I, que representam o nível mais alto de evidência científica na</p><p>hierarquia de evidências. Essas evidências são derivadas de estudos rigorosos e bem</p><p>controlados que fornecem informações confiáveis sobre a eficácia do tratamento. Portanto, as</p><p>decisões baseadas nesse nível de evidência tendem a ser mais robustas e confiáveis.</p><p>Referências:</p><p>PEREIRA, Maurício G.; GALVÃO, Taís F.; SILVA, Marcus T. Saúde Baseada em Evidências. Rio</p><p>de Janeiro: Grupo GEN, 2016. E-book. ISBN 9788527728843. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728843/. Acesso em: 01 ago. 2024.</p><p>5ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>Quadro clínico do DPP: dor abdominal, hipertonia uterina, sangramento vermelho escuro, além de</p><p>sinais fetais como sofrimento fetal agudo (bradicardia fetal). Todos estão presentes no caso</p><p>exposto.</p><p>O principal fator de risco para DPP é a hipertensão materna (também presente no caso).</p><p>Assim, considerando o exposto, trata-se de um caso clássico de DPP, sendo a cesariana</p><p>indicada devido ao colo estar fechado, uma vez que é a via mais rápida.</p><p>Referência:</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Ações</p><p>Programáticas. Manual de gestação de alto risco [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da</p><p>Saúde, 2022. Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-</p><p>content/uploads/2022/03/manual_gestacao_alto_risco.pdf. Acesso em: 15 jul. 2024.</p><p>6ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 3 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>A paciente apresenta sinais clássicos de abscesso periamigdalino, uma complicação da</p><p>amigdalite bacteriana</p><p>soro e tratado com antibióticos pela presença de sinais de infecção.</p><p>Referência:</p><p>SABISTON. Tratado de Cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. 19. ed. Rio de</p><p>Janeiro: Elsevier, 2014.</p><p>52ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 33 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Conforme as diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria (2016), com atualizações em maio de</p><p>2021, o recém-nascido a termo deve ser avaliado ao nascer: nasceu chorando/respirando e com</p><p>tônus muscular em flexão, deve ser posicionado pele a pele com a mãe, seu corpo e segmento</p><p>cefálico coberto com tecido de algodão seco e aquecido e seu cordão umbilical clampado entre 1-</p><p>3 minutos. Manter via aérea pérvia, aspirar secreções, se necessário, e avaliar continuamente</p><p>sua vitalidade. O boletim de Apgar é determinado no primeiro e quinto minuto, mas não é utilizado</p><p>para indicar procedimentos na reanimação neonatal. Os passos iniciais de estabilização e</p><p>avaliação, quando não suficientes para determinar uma respiração espontânea regular, deve ser</p><p>seguido pela ventilação por pressão positiva, que deve ser iniciada nos primeiros 60 segundos</p><p>após o nascimento.</p><p>REFERÊNCIA:</p><p>Bibliografia: Almeida MFB, Guinsburg R; Coordenadores Estaduais e Grupo Executivo PRN-SBP;</p><p>Conselho Científico Departamento Neonatologia SBP. Reanimação do recém-nascido ≥34</p><p>semanas em sala de parto: diretrizes 2022 da Sociedade Brasileira de Pediatria. Rio de Janeiro:</p><p>Sociedade Brasileira de Pediatria; 2022. https://doi.org/10.25060/PRN-SBP-2022-2.</p><p>53ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>As mulheres que apresentarem laudo citopatológico de HSIL deverão ser encaminhadas à</p><p>unidade</p><p>de referência para realização de colposcopia (A). A repetição da citologia é inaceitável como</p><p>conduta inicial.</p><p>Na presença de achados anormais maiores, JEC visível (ZT tipos 1 ou 2), lesão restrita ao colo e</p><p>ausente suspeita de invasão ou doença glandular, deverá ser realizado o “Ver e Tratar”, ou seja, a</p><p>excisão tipo 1 ou 2, de acordo com o tipo da ZT (conforme Tópicos Complementares – Tipos de</p><p>excisão) (A). Em locais em que não esteja garantida a qualidade da citologia ou quando o</p><p>colposcopista não se sentir seguro quanto à relevância dos achados, a biópsia é aceitável (B).</p><p>REFERÊNCIA:</p><p>Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero / Instituto</p><p>Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância.</p><p>Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. – 2. ed. rev. atual. – Rio de</p><p>Janeiro: INCA, 2016.</p><p>54ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 34 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>O quadro clínico apresentado pelo paciente, com fadiga, palidez, petéquias e febre, é altamente</p><p>sugestivo de neutropenia febril, uma complicação comum em pacientes oncológicos submetidos</p><p>à quimioterapia. A neutropenia é a diminuição do número de neutrófilos, células de defesa do</p><p>organismo responsáveis por combater infecções. A fadiga e palidez são sintomas comuns em</p><p>pacientes com anemia, mas também podem ocorrer em pacientes com neutropenia devido à</p><p>diminuição da capacidade de transporte de oxigênio. As petéquias são um sinal de</p><p>trombocitopenia, que pode ocorrer em conjunto com a neutropenia. Enquanto isso, a febre é o</p><p>sinal mais característico de infecção em pacientes com neutropenia, pois a diminuição dos</p><p>neutrófilos compromete a capacidade do organismo de combater os microrganismos invasores.</p><p>Além disso, a cisplatina e o paclitaxel são agentes quimioterápicos conhecidos por causar</p><p>supressão da medula óssea, levando à diminuição de todas as linhagens celulares, incluindo os</p><p>neutrófilos.</p><p>Policitemia vera e trombocitopenia essencial são doenças mieloproliferativas crônicas, não</p><p>relacionadas ao tratamento quimioterápico.</p><p>Anemia megaloblástica, geralmente causada por deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico, não</p><p>é a complicação mais provável neste caso, embora a anemia possa estar presente.</p><p>Aumento dos eosinófilos, geralmente associado a processos alérgicos ou parasitários, não se</p><p>relaciona com o quadro clínico apresentado.</p><p>Referência:</p><p>GOVINDAN, Ramaswamy; MORGENSZTERN, Daniel. Oncologia. (Washington Manual™).</p><p>Rio de Janeiro: Thieme Brazil, 2017. E-book. ISBN 9788567661940. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788567661940/.</p><p>55ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 35 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Paciente com evolução aguda, menos de 6 horas, não apresenta sinais clínicos de sofrimento de</p><p>alça, como náuseas e vômitos, sem alteração dos sinais vitais, que consideramos. Uma hérnia</p><p>inguinal encarcerada, não redutível. A protrusão do conteúdo herniário medial aos vasos</p><p>epigástricos é designada como hérnia inguinal direta (Quando lateral aos vasos = hérnia inguinal</p><p>indireta).</p><p>O reparo cirúrgico urgente é indicado para as hérnias agudas encarceradas. A abordagem</p><p>cirúrgica ideal não é conhecida, mas uma abordagem laparoscópica pode ser considerada na</p><p>ausência de estrangulamento. Às vezes, é possível reduzir uma hérnia encarcerada com o</p><p>paciente sedado, mas é preciso tomar cuidado para se evitar empurrar uma porção morta do</p><p>intestino com o saco herniário para dentro da cavidade peritoneal (hérnia em massa). O reparo</p><p>com tela é indicado se o intestino for viável, mas o reparo sem tela é indicado se o intestino for</p><p>inviável ou se a sua viabilidade for duvidosa.</p><p>Na ausência de necrose ou contaminação, o intestino pode ser reduzido e a hérnia reparada com</p><p>uma tela. Se o intestino não for viável (gangrenoso) ou for constatada contaminação durante a</p><p>cirurgia, geralmente a ressecção do intestino é necessária, sendo feito um reparo da hérnia com</p><p>tecido primário sem tela. Deve-se evitar o reparo com tela nesta situação por causa do risco de</p><p>infecção da tela.</p><p>REFERÊNCIAS:</p><p>SABISTON, D. C. Jr. et al. Tratado de cirurgia: A Base Biológica da Prática Cirúrgica Moderna.</p><p>19. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.</p><p>BMJ Best Practice. Hérnias inguinais em adultos. Última atualização em 29 jul 2022.</p><p>56ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 36 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Um exame físico característico e compatível com abdome agudo, pela presença de íleo paralítico</p><p>e dor abdominal com sinal de irritação peritoneal, indica a provável necessidade de resolução</p><p>cirúrgica. Assim, as alternativas mais prováveis envolvem a realização de procedimentos</p><p>terapêuticos, como cirurgia, seja por laparotomia ou laparoscopia. A CPRE também é um</p><p>procedimento endoscópico com finalidade terapêutica, mas essa história clínica não é compatível</p><p>com doença biliar.</p><p>A urolitíase geralmente se apresenta com dor muito intensa em cólica, que pode ser referida nos</p><p>pequenos e grandes lábios, escroto ou pênis, e está frequentemente associada à hematúria. A</p><p>febre geralmente está ausente.</p><p>A Doença Inflamatória Pélvica (DIP) ocorre em mulheres, geralmente entre 20 e 40 anos.</p><p>Apresenta-se com sensibilidade nos quadrantes inferiores de ambos os lados, geralmente até</p><p>cinco dias após o último período menstrual. Pode haver secreção purulenta no óstio cervical.</p><p>O folículo de Graaf roto (mittelschmerz) ocorre na metade do ciclo menstrual, com um breve</p><p>período de dor na parte inferior do abdome, geralmente não associada a náuseas, vômitos ou</p><p>febre. A sensibilidade é geralmente difusa e não localizada.</p><p>Referências:</p><p>BMJ Best Practice. Apendicite Aguda. 04 de junho de 2024. Disponível em:</p><p>https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/3000123. Acesso em: 26 ago. 2024.</p><p>FITZGERALD, J. E.; KHATRI, C. R. Clinical scenarios in surgery: decision making and</p><p>operative technique. CRC Press, 2011.</p><p>BRUNICARDI, F. C. et al. Schwartz's principles of surgery. McGraw-Hill Education, 2019.</p><p>GARRIGA, F. et al. Diagnostic imaging of acute appendicitis in adults: a review. The British</p><p>Journal of Radiology, v. 89, n. 1063, p. 20150892, 2016.</p><p>57ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 37 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>As características clínicas descritas,</p><p>incluindo crescimento lento, bordas bem definidas, brilho e</p><p>telangiectasias, são típicas do carcinoma basocelular. A conduta mais apropriada para essa lesão</p><p>é a excisão cirúrgica ampla, que é o tratamento padrão para o carcinoma basocelular, visando a</p><p>remoção completa da lesão. Embora o melanoma maligno deva ser considerado no diagnóstico</p><p>diferencial de lesões cutâneas, as características descritas, como crescimento lento e</p><p>telangiectasias, são mais sugestivas de carcinoma basocelular. O carcinoma de células</p><p>escamosas pode apresentar características semelhantes, como lesão elevada e sangramento</p><p>ocasional, mas geralmente tem uma aparência mais ulcerada e áspera. Além disso, a terapia</p><p>tópica com imiquimode não é o tratamento de primeira linha para carcinoma de células</p><p>escamosas, especialmente em lesões na face. A excisão cirúrgica seria mais apropriada. A</p><p>ceratose actínica é uma lesão pré-maligna causada pela exposição crônica ao sol, e embora</p><p>possa se assemelhar a um carcinoma basocelular em alguns aspectos clínicos, geralmente é</p><p>mais áspera ao toque e menos elevada.</p><p>O tratamento cirúrgico convencional (também chamado de excisão padrão) de carcinomas</p><p>basocelulares, especialmente se realizado por um dermatologista, quase sempre resulta em cura</p><p>completa. A excisão padrão é um tratamento de primeira linha para os pacientes com carcinoma</p><p>basocelular de baixo risco e pode ser considerada para pacientes selecionados com tumores de</p><p>alto risco. Os efeitos adversos incluem deiscência da ferida e cicatrização hipertrófica, bem como</p><p>infecções. A maioria dos efeitos adversos é relativamente leve e pode ser aliviada com</p><p>medicamentos.</p><p>Referências:</p><p>BMJ BEST PRACTICE. Carcinoma basocelular. Última atualização em 01 de março de 2024.</p><p>Disponível em: https://bestpractice.bmj.com/topics/en-us/3000116. Acesso em: 20 ago. 2024.</p><p>58ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>A presença do acompanhante, além de proporcionar segurança à mulher, favorece e inclusão da</p><p>família nas ações de cuidado à mãe e ao bebê. A mulher e a família devem ser esclarecidas de</p><p>que não é sinal de fome ou leite fraco quando o bebe solicita mamadas frequentes, reconhecer</p><p>sinais do bebê que indiquem fome evita crises de choro, como movimentos e sons de sucção,</p><p>mão na boca, inquietação. Informar sobre a perda de peso esperada em até 9% do peso de</p><p>nascimento. Para que o aleitamento materno ocorra de forma continuada é essencial apoio não só</p><p>de profissionais da saúde como também da família, parceiro e ambiente de trabalho.</p><p>Referências:</p><p>BRASIL, M. da Saúde. Cadernos de Atenção Básica: Saúde da criança – aleitamento materno e</p><p>alimentação complementar. Brasília: Ministério da Saúde, 2015.</p><p>Sociedade Brasileira de Pediatria, Departamentos Científicos de Nutrologia e Pediatria</p><p>Ambulatorial Guia prático de alimentação da criança de 0 a 5 anos – 2021. São Paulo: SBP, 2021.</p><p>59ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 38 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>O enunciado leva o aluno a perceber um caso de lombalgia aguda (< 3 meses de duração), com</p><p>características que sugerem radiculopatia de L5, sem outros sinais de alerta.</p><p>Espera-se que o aluno conheça o exame físico esperado para um caso de radiculopatia e que</p><p>conheça os dermátomos associados ao comprometimento de raízes nervosas, bem como as</p><p>medidas terapêuticas para o manejo de lombalgia agudas.</p><p>O dermátomo correspondente à radiculopatia de L5 é a face lateral da perna e o dorso do pé.</p><p>Pode ocorrer fraqueza para dorsiflexão do hálux.</p><p>O tratamento das lombalgias agudas é feito com analgésicos e anti-inflamatórios, e os opioides</p><p>não devem ser utilizados de rotina e tampouco de forma contínua. Perceber que o paciente refere</p><p>dor de intensidade moderada a alta, de forma que é importante acrescentar analgesia além de</p><p>paracetamol e dipirona, e que não há descrição de comorbidades que contraindiquem AINEs.</p><p>O manejo terapêutico das lombalgias não envolve repouso absoluto e não há indicação imediata</p><p>de cirurgia. Em geral, a indicação cirúrgica é feita após falha do tratamento conservador.</p><p>Referências:</p><p>BARROS FILHO, Tarcisio E. P. de; LECH, Osvandre. Exame físico em ortopedia. São Paulo:</p><p>Sarvier, 2017.</p><p>BRAZ, Alessandra S.; RANZOLIN, Aline; HEYMANN, Roberto E. Dores musculoesqueléticas</p><p>localizadas e difusas. 3. ed. São Paulo: Manole, 2022.</p><p>60ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>Aumento da ingestão de fibras e banhos de assento é a abordagem correta porque o aumento</p><p>da ingestão de fibras e a realização de banhos de assento são recomendados como tratamentos</p><p>iniciais para aliviar os sintomas das hemorroidas. Essas medidas ajudam a reduzir a inflamação e</p><p>a dor, além de melhorar a consistência das fezes e facilitar a evacuação. São consideradas de</p><p>primeira linha para o manejo conservador das hemorroidas grau I.</p><p>Escleroterapia com injeções é uma opção para hemorroidas que não respondem ao tratamento</p><p>conservador, mas não é o tratamento inicial recomendado.</p><p>Ligadura elástica das hemorroidas é usada para hemorroidas internas de graus II e III que</p><p>falharam no tratamento conservador, não sendo a primeira escolha.</p><p>Hemorroidectomia é indicada para complicações significativas que não respondem a outros</p><p>tratamentos, não sendo apropriada como abordagem inicial.</p><p>O uso ocasional de curto prazo de corticosteroides tópicos pode aliviar os sintomas</p><p>pruriginosos; no entanto, o uso prolongado pode causar reações alérgicas ou sensibilização, e</p><p>não há evidências robustas que recomendem seu uso em longo prazo.</p><p>Referência:</p><p>LOHSIRIWAT, V. Treatment of hemorrhoids: A coloproctologist’s view. World Journal of</p><p>Gastroenterology, v. 21, n. 31, p. 9245-9252, 2015. Disponível em:</p><p>https://doi.org/10.3748/wjg.v21.i31.9245. Acesso em: 26 ago. 2024.</p><p>61ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 39 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Alternativa Correta: Solicitar baciloscopia de escarro para pesquisa de bacilos ácido-álcool</p><p>resistentes (BAAR).</p><p>A baciloscopia de escarro para pesquisa de BAAR é o exame de escolha para o diagnóstico</p><p>inicial de tuberculose pulmonar em um paciente sintomático respiratório (tosse por mais de três</p><p>semanas). Este exame é simples, de baixo custo e fundamental para confirmar a presença do</p><p>Mycobacterium tuberculosis, o agente etiológico da tuberculose. A positividade na baciloscopia</p><p>confirma o diagnóstico e permite iniciar o tratamento adequado. Além disso, a baciloscopia é</p><p>crucial para o controle da transmissão da doença.</p><p>Por que as outras alternativas estão incorretas:</p><p>- Solicitar uma radiografia de tórax para avaliar a presença de lesões pulmonares sugestivas de</p><p>tuberculose - A radiografia de tórax é importante e frequentemente utilizada na investigação de</p><p>tuberculose, mas não é o exame definitivo. As alterações radiológicas podem sugerir a doença,</p><p>mas não confirmam o diagnóstico, sendo necessário complementar com a baciloscopia de</p><p>escarro para detecção do bacilo.</p><p>- Prescrever um curso empírico de antibióticos para pneumonia comunitária e reavaliar em duas</p><p>semanas - Embora o paciente possa ter pneumonia, os sintomas e a duração da tosse são</p><p>altamente sugestivos de tuberculose. Tratar empiricamente com antibióticos sem investigar para</p><p>tuberculose pode atrasar o diagnóstico e o início do tratamento correto, aumentando o risco de</p><p>transmissão.</p><p>- Iniciar o tratamento com o esquema básico de tuberculose (rifampicina, isoniazida, pirazinamida</p><p>e etambutol) sem necessidade de investigação adicional - Iniciar o tratamento sem confirmação</p><p>diagnóstica é inadequado. A confirmação através da baciloscopia de escarro é essencial para</p><p>evitar o uso desnecessário de medicamentos e para a correta identificação e notificação dos</p><p>casos de tuberculose.</p><p>- Encaminhar o paciente para tomografia computadorizada de tórax para avaliação mais</p><p>detalhada das lesões pulmonares - A tomografia pode ser útil em casos de diagnóstico duvidoso</p><p>ou para avaliar complicações, mas não é o exame inicial de escolha em uma UBS, principalmente</p><p>pela limitação de acesso e pelo custo elevado. A baciloscopia de escarro continua</p><p>sendo o exame</p><p>mais indicado para confirmar a tuberculose em casos suspeitos.</p><p>62ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 40 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>A apresentação clínica do paciente, incluindo bradicardia, pupilas mióticas, salivação excessiva e</p><p>sonolência, é sugestiva de intoxicação por organofosforados, que são inibidores da</p><p>acetilcolinesterase. A atropina é o antídoto indicado para reverter os efeitos colinérgicos dessa</p><p>intoxicação.</p><p>As demais alternativas estão incorretas pois:</p><p>A ingestão de benzodiazepínico geralmente causa sedação, mas não explica os achados de</p><p>salivação excessiva e pupilas mióticas. Flumazenil é o antídoto para intoxicação por</p><p>benzodiazepínicos, mas essa substância não corresponde ao quadro clínico apresentado.</p><p>Opiáceos também podem causar bradicardia e depressão respiratória, mas são mais comumente</p><p>associados a pupilas puntiformes (miose severa), e não causam salivação excessiva. Naloxona</p><p>seria o antídoto indicado, mas essa não é a situação mais provável.</p><p>A intoxicação por paracetamol não se apresenta com bradicardia, pupilas mióticas ou salivação</p><p>excessiva. O principal risco do paracetamol é a toxicidade hepática, tratada com N-acetilcisteína,</p><p>mas esse cenário não se encaixa no quadro clínico do paciente.</p><p>Antidepressivos tricíclicos podem causar arritmias e depressão do sistema nervoso central, mas</p><p>não causam salivação excessiva e pupilas mióticas. O bicarbonato de sódio é utilizado para tratar</p><p>a toxicidade desses medicamentos, mas isso não se aplica ao caso.</p><p>Referências:</p><p>MILLER, D. M. et al. Organophosphate and Carbamate Poisoning. *Journal of Pediatric</p><p>Emergency Care*, v. 34, n. 12, p. 859-864, 2020.</p><p>JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. 5ª</p><p>edição. Barueri -SP: editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476.</p><p>63ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 41 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Asserção: O paciente precisa ser encaminhado à atenção secundária para avaliação pelo</p><p>especialista e realização de exames para diagnóstico de angina instável, como o teste de esforço,</p><p>que pode ser realizado na complexidade tecnológica da atenção secundária, mas não na unidade</p><p>básica de saúde.</p><p>Razão: A maioria dos pacientes hipertensos NÃO precisa ser encaminhada à atenção</p><p>secundária. A indicação de mudança de níveis de complexidade na rede assistencial do SUS é</p><p>tecnológica e não de conhecimento. Os pacientes não são encaminhados para médicos com</p><p>maior conhecimento, mas para acessar tecnologias não disponíveis na atenção primária. O</p><p>mesmo médico cardiologista pode atender na atenção primária pela manhã, realizar testes de</p><p>esforço na policlínica de especialidades à tarde e receber um paciente com síndrome coronariana</p><p>aguda na UTI do hospital à noite, atuando em três complexidades tecnológicas diferentes.</p><p>Análise: A asserção é verdadeira, enquanto a razão é falsa e não justifica a asserção. A</p><p>indicação para a atenção secundária está relacionada ao acesso a tecnologias específicas e não</p><p>à necessidade de um médico com maior conhecimento.</p><p>Referência:</p><p>Atenção Primária e Atenção Especializada: Conheça os níveis de assistência do maior sistema</p><p>público de saúde do mundo. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-</p><p>br/assuntos/noticias/2022/marco/atencao-primaria-e-atencao-especializada-conheca-os-niveis-</p><p>de-assistencia-do-maior-sistema-publico-de-saude-do-mundo. Acesso em: 5 ago. 2024.</p><p>64ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>A hemoglobina glicada é um dos exames utilizados para o diagnóstico de diabetes mellitus e</p><p>também é um bom parâmetro para controle do tratamento. Seu valor normal é igual ou inferior a</p><p>5,6%; valores entre 5,7 e 6,4%, indicam pré-diabetes; valores iguais ou superiores a 6,5% indicam</p><p>diabetes mellitus, porém há necessidade de se repetir o exame para confirmação diagnóstica.</p><p>REFERÊNCIA:</p><p>Disponível em: https://diretriz.diabetes.org.br/diagnostico-e-rastreamento-do-diabetes-tipo-2/.</p><p>65ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 42 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>A paciente apresenta um quadro de colelitíase sintomática, com dor abdominal intermitente após</p><p>ingestão de alimentos gordurosos. A ultrassonografia é o exame de escolha para confirmar a</p><p>presença de cálculos biliares. Com a confirmação, a colecistectomia eletiva é indicada como</p><p>tratamento padrão para pacientes sintomáticos com colelitíase, prevenindo episódios recorrentes</p><p>e complicações.</p><p>Solicitar tomografia computadorizada do abdome e iniciar tratamento com antibióticos: A</p><p>tomografia não é necessária para o diagnóstico de colelitíase não complicada, e antibióticos não</p><p>são indicados na ausência de sinais de infecção.</p><p>Realizar colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) e inserção de stent biliar:</p><p>A CPRE é indicada para pacientes com suspeita de coledocolitíase (cálculos no ducto biliar</p><p>comum) ou colangite, o que não é o caso aqui.</p><p>Prescrever dieta com baixa quantidade de gordura e acompanhamento clínico: Embora uma</p><p>dieta com baixa gordura possa reduzir os sintomas, não é uma solução definitiva. Pacientes</p><p>sintomáticos geralmente necessitam de colecistectomia.</p><p>Iniciar rotina diagnóstica e terapêutica para hepatite aguda: A hepatite aguda geralmente</p><p>causa febre, náuseas e dor abdominal, mas geralmente não se associa com dor específica no</p><p>quadrante superior direito irradiando para as costas e ombro, além de determinar elevação das</p><p>aminotransferases e icterícia.</p><p>Referências:</p><p>FELZ, Margaret W. Cholelithiasis and cholecystitis. American Family Physician, v. 69, n. 5, p.</p><p>1449-1456, 2004.</p><p>LONGO, Dan L. et al. Harrison's principles of internal medicine. 20. ed. New York: McGraw-</p><p>Hill Education, 2018.</p><p>JOHNSON, C. D.; TINDALL, S. F. Acute cholecystitis and cholelithiasis. Surgical Clinics of</p><p>North America, v. 82, n. 4, p. 619-629, 2002.</p><p>66ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>O Transtorno do Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é caracterizado por sintomas de</p><p>desatenção, hiperatividade e impulsividade, que podem interferir significativamente no</p><p>desempenho escolar e na vida diária da criança. No cenário descrito, a criança demonstra</p><p>dificuldades em prestar atenção, manter-se organizada e seguir instruções, comportamentos</p><p>típicos do TDAH. Se não diagnosticado e tratado, o TDAH pode levar a dificuldades acadêmicas</p><p>graves, comprometendo o aprendizado, além de impactar negativamente a autoestima da</p><p>criança, pois ela pode se sentir constantemente inadequada ou incapaz em comparação aos</p><p>colegas.</p><p>Referências:</p><p>LIMA, Eduardo Jorge da Fonseca D. et al. Pediatria Ambulatorial. 2. ed. Rio de Janeiro:</p><p>MedBook Editora, 2017. Disponível em: Minha Biblioteca.</p><p>AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos</p><p>mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.</p><p>67ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 43 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Trata-se de um caso de restrição do crescimento fetal estágio 3, que é definido pela insuficiência</p><p>placentária severa (Doppler da artéria umbilical com diástole zero), definido pelo Doppler da artéria</p><p>umbilical com diástole ausente. A monitorização fetal a cada dois dias é aceitável. Para otimizar o</p><p>controle do bem-estar fetal, as pacientes podem ser internadas, a partir da viabilidade, e avaliadas</p><p>diariamente (Doppler, perfil biofísico fetal e cardiotocografia computadorizada).</p><p>O parto é recomendado com 34 semanas por cesárea eletiva, pois o risco de sofrimento fetal na</p><p>indução de parto excede 50%.</p><p>Referências:</p><p>MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Gestação de Alto Risco. Brasília, 2022.</p><p>CUNNINGHAM, F. G.; LEVENO, K. J.; BLOOM, S. L. Williams Obstetrics. 25 ed. New York:</p><p>McGraw-Hill, 2018.</p><p>ROMERO, R.; NICOLAIDES, K.; KONJE, J. C. The use of corticosteroids in the management of</p><p>preterm birth. Lancet, 2021.</p><p>68ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>A criança está dentro dos padrões normais de desenvolvimento para sua idade, e a mãe deve ser</p><p>tranquilizada sobre o engatinhar.</p><p>Justificativa:</p><p>O desenvolvimento</p><p>neuropsicomotor da criança segue princípios gerais, como a evolução céfalo-</p><p>caudal (do controle da cabeça aos pés) e próximo-distal (do centro do corpo para as</p><p>extremidades), com uma sequência fixa, embora haja variação no tempo em que cada criança</p><p>atinge os marcos. No caso apresentado:</p><p>1. Sentar-se sem apoio: A criança de 9 meses é capaz de sentar-se sem apoio, o que é</p><p>um marco esperado para essa idade.</p><p>2. Transferência de objetos: A habilidade de transferir objetos de uma mão para a outra é</p><p>esperada por volta dos 6 a 9 meses.</p><p>3. Balbuciar sílabas: Balbuciar sílabas como “da-da” e “ma-ma” é um marco esperado</p><p>para a faixa etária de 6 a 10 meses.</p><p>4. Resposta ao nome: Responder ao próprio nome é um marco de desenvolvimento</p><p>social e cognitivo esperado por volta dos 7 a 9 meses.</p><p>5. Rolagem: A criança começou a rolar aos 6 meses, o que está dentro da faixa normal</p><p>de desenvolvimento.</p><p>O engatinhar pode ocorrer entre os 7 e 10 meses, mas não é um marco obrigatório para todos os</p><p>bebês, pois alguns podem pular essa fase e passar diretamente para ficar em pé e andar.</p><p>Portanto, a criança está dentro dos padrões normais de desenvolvimento para sua idade, e a mãe</p><p>deve ser tranquilizada sobre o engatinhar, explicando que há variação normal no tempo em que</p><p>cada criança atinge determinados marcos.</p><p>Referência:</p><p>JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria.</p><p>v.1. Barueri: Editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555767476/. Acesso em: 08 ago. 2024.</p><p>69ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 44 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Neste caso, a paciente apresenta incontinência urinária associada à hiperatividade do detrusor,</p><p>sugerindo um componente de incontinência de urgência. No entanto, também há evidência de</p><p>redução da força dos músculos do assoalho pélvico, o que pode contribuir para a incontinência</p><p>urinária de esforço. Portanto, a abordagem ideal deve abordar ambos os aspectos. A fisioterapia</p><p>pélvica é frequentemente recomendada como tratamento de primeira linha para incontinência</p><p>urinária, pois visa fortalecer os músculos do assoalho pélvico, melhorar o suporte da bexiga e</p><p>aumentar a sensação de controle sobre a micção. Isso pode ser especialmente benéfico no caso</p><p>da paciente, uma vez que a fraqueza dos músculos do assoalho pélvico contribui para a</p><p>incontinência urinária de esforço. Posteriormente, se não houver melhora, poderiam ser prescritos</p><p>medicamentos anticolinérgicos para reduzir a hiperatividade do detrusor.</p><p>Referência:</p><p>FEBRASGO. Tratado de ginecologia. 1. ed. São Paulo: Federação Brasileira das Associações</p><p>de Ginecologia e Obstetrícia, 2018.</p><p>70ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>Inibição do transportador de serotonina ou SERT:</p><p>Correta. Esta alternativa descreve com precisão o principal mecanismo de ação dos ISRSs. Eles</p><p>atuam especificamente inibindo o transportador de serotonina (SERT), responsável pela</p><p>recaptação de serotonina da fenda sináptica de volta ao neurônio pré-sináptico. Isso aumenta a</p><p>disponibilidade de serotonina na sinapse, o que é crucial para aliviar os sintomas da depressão.</p><p>Bloqueio de um ou mais dos transportadores de serotonina, noradrenalina e/ou dopamina:</p><p>Incorreta. Esta descrição se aplica mais aos antidepressivos de ação mais ampla, como os</p><p>inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSNs) ou antidepressivos tricíclicos, que</p><p>afetam múltiplos neurotransmissores, não apenas a serotonina. Os ISRSs são seletivos para o</p><p>transportador de serotonina e não atuam significativamente sobre os transportadores de</p><p>noradrenalina ou dopamina.</p><p>Inibição da recaptação de 5HT em comparação com a recaptação de NA:</p><p>Incorreta. Esta alternativa é enganosa e contém informações que não são características dos</p><p>ISRSs. Os ISRSs (Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina) são específicos para a</p><p>inibição da recaptação de serotonina (5HT) e não afetam a recaptação de noradrenalina (NA).</p><p>Eles não causam um aumento na recaptação de noradrenalina; ao contrário, eles são projetados</p><p>para aumentar a disponibilidade de serotonina na sinapse sem afetar significativamente outros</p><p>neurotransmissores.</p><p>Ativação seletiva potente da recaptação de serotonina:</p><p>Incorreta. Esta alternativa é errônea porque descreve o oposto do que os ISRSs fazem. Em vez</p><p>de ativar a recaptação de serotonina, os ISRSs inibem essa recaptação, aumentando os níveis de</p><p>serotonina na fenda sináptica, o que é fundamental para seu efeito antidepressivo.</p><p>Ao analisar todas as alternativas, fica claro que a alternativa Inibição do Transportador de</p><p>Serotonina ou SERT é a que melhor justifica o impacto clínico dos ISRSs no tratamento da</p><p>depressão, correspondendo ao seu mecanismo de ação específico.</p><p>Referência:</p><p>Stahl, Stephen M. Psicofarmacologia: bases neurocientíficas e aplicações práticas / Stephen</p><p>M. Stahl; tradução Patricia Lydie Voeux; revisão técnica Irismar Reis de Oliveira. – 4. ed. – Rio de</p><p>Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 45 de 77</p><p>71ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>A alternativa que diz “Ênfase na integralidade e na coordenação do cuidado, com foco na saúde</p><p>da família e na comunidade”. A nova PNAB reforça o papel da atenção primária à saúde como</p><p>porta de entrada do sistema de saúde, com ênfase na abordagem integral das necessidades de</p><p>saúde dos indivíduos e na coordenação do cuidado entre os diferentes níveis de atenção. Isso</p><p>está alinhado aos princípios do SUS, que preconizam o acesso universal, equidade, integralidade</p><p>e participação da comunidade na gestão e no controle das políticas de saúde. As outras opções</p><p>não estão de acordo com os princípios do SUS e com as diretrizes da nova PNAB.</p><p>Referência:</p><p>Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017. Aprova a Política</p><p>Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da</p><p>Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília, DF: Ministério da</p><p>Saúde, 2017.</p><p>72ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>A primeira afirmação diz menção a quadro de colecistite, com presença de sinal de Murphy,</p><p>associada a elevação de Brb direta. A segunda afirmação descreve o quadro de leptospirose, na</p><p>qual se observa elevação de bilirrubina indireta. A terceira afirmação descreve quadro de colangite</p><p>esclerosante, na qual se observa elevação de Brb direta, e não indireta, tornando tal afirmação</p><p>falsa. A quarta afirmação descreve situação de hemólise induzida por fármacos em indivíduo</p><p>deficiente de G6PD, o que ocasiona elevação de Brb indireta. A quinta afirmação, com relação à</p><p>icterícia associada ao LES, sugere ocorrência de hemólise, com consequente elevação de Brb</p><p>indireta, tornando tal afirmação falsa. Com isso, estão corretas as afirmativas I, II e IV.</p><p>REFERÊNCIA:</p><p>GOLDMAN, Lee; SCHAFER, Andrew I. Goldman-Cecil Medicina. [SL]: Grupo GEN, 2022. E-</p><p>book. ISBN 9788595159297. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595159297/. Acesso em: 20 fev. 2023.</p><p>73ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 46 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>O diagnóstico de esclerose múltipla é sugerido pelos seguintes achados:</p><p>Sintomas neurológicos disseminados no tempo e espaço: A paciente apresenta</p><p>episódios distintos de sintomas neurológicos (neurite óptica e fraqueza/formigamento</p><p>no braço) que ocorreram em diferentes momentos e afetaram diferentes partes do</p><p>sistema nervoso central.</p><p>Neurite óptica: A visão embaçada e dor ocular ao movimento do olho direito,</p><p>juntamente com o reflexo pupilar aferente relativo positivo, são indicativos de neurite</p><p>óptica, uma manifestação comum da esclerose múltipla.</p><p>Lesões na ressonância magnética: A RM do encéfalo mostrando múltiplas lesões</p><p>hiperdensas na substância branca, especialmente na região periventricular e corpo</p><p>caloso, com realce de algumas lesões após contraste, é altamente sugestiva de</p><p>esclerose múltipla. Esses achados são característicos das placas</p><p>de desmielinização</p><p>típicas da doença.</p><p>Sinais neurológicos: A fraqueza e hiperreflexia no braço esquerdo, juntamente com o</p><p>sinal de Babinski positivo bilateralmente, indicam envolvimento do sistema nervoso</p><p>central, compatível com esclerose múltipla.</p><p>Referência:</p><p>GOLDMAN, Lee; SCHAFER, Andrew I. Goldman-Cecil Medicina. Rio de Janeiro: Grupo GEN,</p><p>2022. p. 2699-2708. E-book. ISBN 9788595159297. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595159297/. Acesso em: 08 ago. 2024.</p><p>74ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>Em diferentes doenças mediadas por células T, a lesão tecidual é causada pela inflamação</p><p>induzida por citocinas produzidas principalmente por células T CD4+ ou pela destruição das</p><p>células do hospedeiro por linfócitos T citotóxicos CD8+. Esses mecanismos de lesão tecidual são</p><p>os mesmos utilizados pelas células T para eliminar microrganismos associados às células.</p><p>As células T CD4+ podem reagir contra antígenos celulares ou teciduais, secretando citocinas</p><p>que induzem inflamação local e ativam macrófagos. Diferentes doenças, como o diabetes mellitus</p><p>tipo 1 (DM1), podem estar associadas à ativação de células Th1 e Th17. As células Th1 são a</p><p>principal fonte de interferona-γ (IFN-γ), a principal citocina ativadora de macrófagos, enquanto as</p><p>células Th17 são responsáveis pelo recrutamento de leucócitos, incluindo neutrófilos. Na verdade,</p><p>a lesão tecidual nessas doenças é causada principalmente pelos macrófagos e neutrófilos.</p><p>Referências:</p><p>ABBAS, Abul K.; LICHTMAN, Andrew H.; PILLAI, Shiv. Imunologia Básica: Funções e</p><p>Distúrbios do Sistema Imunológico. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021. E-book. ISBN</p><p>9788595158672. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595158672/. Acesso em: 26 jul. 2024.</p><p>KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; ASTER, Jon C. Robbins & Cotran Patologia: Bases</p><p>Patológicas das Doenças. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2023. E-book. ISBN 9788595159174.</p><p>Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595159174/. Acesso em: 26</p><p>jul. 2024.</p><p>75ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 47 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>O diagnóstico de nodulação em mama se inicia pelo exame clínico e anamnese. O nódulo dessa</p><p>paciente apresenta características benignas: consistência fibroelástica, móvel e indolor, bordas</p><p>bem delimitadas e lisas, sem sinais flogísticos ou edema na pele sobrejacente. O diagnóstico</p><p>mais provável é o de fibroadenoma, que deve ser avaliado pelo exame de imagem de ultrassom</p><p>de mamas, e, se persistir a dúvida, realizar biópsia. Esses tumores são mais comuns entre</p><p>mulheres de 16 a 39 anos. A ultrassonografia pode identificar as características do nódulo como</p><p>benigno; se houver dúvida, pode-se requerer uma biópsia para análise anátomo-patológica.</p><p>Tumor phyllodes: Possuem características clínicas semelhantes ao fibroadenoma, porém</p><p>costumam ter dimensões maiores e apresentar crescimento rápido. São mais comuns entre os</p><p>30 e 50 anos.</p><p>Neoplasias malignas: Geralmente apresentam nódulos endurecidos, com limites indefinidos e</p><p>aderidos a estruturas adjacentes. Podem estar associados a alterações cutâneas (retração,</p><p>hiperemia, edema), fluxo papilar suspeito, linfadenomegalia axilar e supraclavicular. Geralmente</p><p>são indolores.</p><p>Doença de Paget Mamária: Apresenta-se como lesão eritêmato-descamativa que acomete a</p><p>papila e a aréola do mamilo, podendo estender-se para a região periareolar. A retração do mamilo</p><p>é um achado sugestivo da doença. Na maioria dos casos, está associada ao carcinoma</p><p>intraductal.</p><p>Referência:</p><p>BEREK, Jonathan S. Berek & Novak – Tratado de Ginecologia. 16 ed. Rio de Janeiro:</p><p>Guanabara Koogan, 2021.</p><p>76ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>A Manobra de Ritgen modificada é realizada utilizando-se uma das mãos com o auxílio de uma</p><p>compressa para abaixar o corpo perineal durante o período expulsivo, visando reduzir a</p><p>necessidade de realização de episiotomia, além da redução de lesões perineais. Com a outra</p><p>mão, ampara-se o occipital fetal para reduzir a velocidade no desprendimento e na extensão do</p><p>polo cefálico quando da expulsão fetal.</p><p>REFERÊNCIAS:</p><p>Obstetrícia de Williams. 25a Ed. McGraw Hill Brasil, 2021. Assistência ao trabalho de parto.</p><p>Obstetrícia do Zugaib. Ed. Manole, 2012. Assistência ao parto.</p><p>77ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 48 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Nota técnica n. 8. 2022. Disponível em:</p><p>https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/r/raiva/imagens/nota-tecnica-n-8_2022-</p><p>cgzv_deidt_svs_ms.pdf/view. Acesso em: 20 ago. 2024.</p><p>78ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 49 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>O quadro de dor pleurítica, diminuição do murmúrio vesicular e som maciço à percussão é</p><p>indicativo de derrame pleural. A toracocentese é o procedimento adequado para confirmar o</p><p>diagnóstico e aliviar a pressão no tórax, além de permitir a análise do líquido pleural. Esta é a</p><p>alternativa mais adequada para o quadro clínico descrito.</p><p>O pneumotórax geralmente se manifesta com hipertimpanismo à percussão e diminuição ou</p><p>ausência de murmúrio vesicular. No entanto, a presença de som maciço à percussão é mais</p><p>consistente com derrame pleural do que com pneumotórax. Portanto, essa alternativa não é a</p><p>mais adequada para o quadro clínico descrito.</p><p>A insuficiência cardíaca congestiva pode causar sintomas respiratórios e dor torácica, mas a</p><p>diminuição do murmúrio vesicular e som maciço à percussão são menos típicos dessa condição.</p><p>Além disso, o tratamento com captopril não é o manejo inicial para um quadro com esses</p><p>achados. Portanto, esta alternativa é menos apropriada.</p><p>Neoplasias pulmonares podem causar dor torácica e sintomas respiratórios, mas geralmente são</p><p>associadas a outros achados, como massas pulmonares visíveis em imagem. A toracotomia é</p><p>uma abordagem invasiva e não é a primeira linha de tratamento para um paciente com sintomas</p><p>agudos e achados como os descritos. Portanto, esta alternativa não é a mais adequada para o</p><p>quadro clínico atual.</p><p>Pneumonia necrotizante pode causar dor pleurítica e tosse, mas o som maciço à percussão e a</p><p>diminuição do murmúrio vesicular são mais indicativos de derrame pleural.</p><p>Referências:</p><p>AMERICAN COLLEGE OF CHEST PHYSICIANS (CHEST). Diagnosis and management of</p><p>pleural effusion. CHEST, v. 150, n. 2, p. 278-290, 2016. Disponível em:</p><p>https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(16)30355-3/fulltext. Acesso em: 20 ago. 2024.</p><p>BRITISH THORACIC SOCIETY (BTS). Pleural disease: diagnosis and management. Thorax, v.</p><p>73, Suppl 2, p. ii1-ii42, 2018. Disponível em: https://thorax.bmj.com/content/73/suppl_2/ii1. Acesso</p><p>em: 20 ago. 2024.</p><p>EUROPEAN RESPIRATORY SOCIETY (ERS). Task Force on the Management of Pleural</p><p>Effusions. European Respiratory Journal, v. 50, n. 6, p. 1701949, 2017. Disponível em:</p><p>https://erj.ersjournals.com/content/50/6/1701949. Acesso em: 20 ago. 2024.</p><p>SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA (SBPT). Jornal Brasileiro de</p><p>Pneumologia, v. 32, 2006.</p><p>79ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 50 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>O quadro descrito no caso clínico é compatível com dor pélvica crônica associada a patologia</p><p>secundária. Considerando que a dor é cíclica e não melhora com o uso de anti-inflamatórios e</p><p>anticoncepcional oral com pausa, exclui-se a possibilidade de dismenorreia primária e doença</p><p>inflamatória pélvica, sendo a endometriose a principal suspeita diagnóstica. O exame com maior</p><p>acurácia diagnóstica, dentre os listados nas alternativas, é a ressonância magnética de pelve.</p><p>Referências:</p><p>PODGAEC, Sérgio. Coleção Febrasgo - Endometriose. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2019. E-</p><p>book. ISBN 9788595151048. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151048/. Acesso em: 09 ago. 2024.</p><p>LASMAR, Ricardo B. Tratado de Ginecologia. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2017. E-book. ISBN</p><p>9788527732406. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527732406/. Acesso</p><p>em: 09 ago. 2024.</p><p>FERNANDES, Cesar Eduardo; SÁ, Felipe da Silva; SILVA FILHO, Agnaldo Lopes [et al.]. Tratado</p><p>de ginecologia Febrasgo. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019.</p><p>80ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>A classificação dos miomas pela FIGO/MUSA mostra a localização destes e a conduta a ser</p><p>tomada. Mioma FIGO/MUSA 1 é um mioma submucoso com componente intramural menor que</p><p>50%. A paciente não tem prole constituída e está em idade reprodutiva, e o mioma submucoso,</p><p>além do quadro apresentado, pode interferir negativamente na gestação. A conduta correta é</p><p>realizar miomectomia via histeroscopia cirúrgica.</p><p>Referência:</p><p>BEREK, Jonathan S.; NOVAK, Emil. Berek & Novak: Tratado de Ginecologia. 16. ed. Rio de</p><p>Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.</p><p>81ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 51 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Hidroclorotiazida – Diurético tiazídico que reduz a pressão arterial ao diminuir o volume</p><p>intravascular. Embora seja eficaz, não oferece proteção renal, o que é uma consideração</p><p>importante para pacientes com diabetes.</p><p>Anlodipina – Bloqueador dos canais de cálcio que promove vasodilatação e redução da pressão</p><p>arterial. É uma boa opção para controlar a pressão arterial, mas não fornece proteção renal</p><p>específica para pacientes com diabetes.</p><p>Losartana – Bloqueador dos receptores de angiotensina II (BRA) que reduz a pressão arterial e</p><p>oferece proteção renal, o que é crucial para pacientes diabéticos. É a escolha mais apropriada,</p><p>conforme as diretrizes, para tratar hipertensão em pacientes com diabetes.</p><p>Metoprolol – Beta-bloqueador que reduz a frequência cardíaca e a contratilidade do coração.</p><p>Embora seja útil para controle da pressão arterial, não é a primeira linha de tratamento para</p><p>pacientes diabéticos e não oferece proteção renal.</p><p>Hidralazina – Vasodilatador direto que reduz a resistência vascular periférica e a pressão arterial.</p><p>Embora seja eficaz, é geralmente reservado para situações específicas e não é a primeira</p><p>escolha para pacientes com diabetes, pois não oferece proteção renal.</p><p>Referência:</p><p>BARROSO, Weimar Kunz Sebba et al. Diretrizes brasileiras de hipertensão arterial – 2020.</p><p>Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 116, p. 516-658, 2021.</p><p>82ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>O NYHA determina que, em paciente com disfunção diastólica associado com fração de ejeção</p><p>entre 40–49% e sintomas de insuficiência cardíaca, pode-se afirmar que a paciente apresenta ICC</p><p>de fração levemente reduzida.</p><p>Referência:</p><p>2022 AHA/ACC/HFSA Guideline for the Management of Heart Failure: A Report of the American</p><p>College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on Clinical Practice</p><p>Guidelines. Circulation, v. 145, Issue 18, 3 May 2022; Pages e895-e1032. Disponível em:</p><p>https://doi.org/10.1161/CIR.0000000000001063. Acesso em 23 mar. 2024.</p><p>83ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>A presença de febre persistente, fadiga, palidez, dores ósseas, linfadenopatia, esplenomegalia,</p><p>anemia, leucocitose com blastos, e trombocitopenia são achados clínicos sugestivos de</p><p>Leucemia Linfoblástica Aguda, uma das causas principais de febre de origem indeterminada em</p><p>crianças.</p><p>Referência:</p><p>JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. 5ª</p><p>edição. Barueri -SP: editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476</p><p>84ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 52 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Resposta correta:</p><p>O Conselho Federal de Saúde coordena as ações dos Conselhos Estaduais e Municipais,</p><p>estabelecendo diretrizes nacionais para o SUS, enquanto os Conselhos Estaduais e Municipais</p><p>atuam na implementação e fiscalização dessas diretrizes em nível regional e local,</p><p>respectivamente.</p><p>Resposta comentada:</p><p>Essa alternativa está correta porque reflete a distribuição de responsabilidades e a relação</p><p>hierárquica entre os Conselhos Federal, Estaduais e Municipais de Saúde no âmbito do SUS. O</p><p>Conselho Federal de Saúde tem a função de estabelecer diretrizes, políticas e normas nacionais</p><p>para o sistema de saúde brasileiro, coordenando as ações dos estados e municípios. Os</p><p>Conselhos Estaduais, por sua vez, são responsáveis por implementar e fiscalizar essas diretrizes</p><p>em seus respectivos estados, adaptando-as às necessidades locais. Já os Conselhos Municipais</p><p>têm a função de implementar e fiscalizar as políticas de saúde em nível municipal, garantindo que</p><p>estas atendam às demandas específicas da população de cada município.</p><p>Referência:</p><p>BARROS, M. E. D. O controle social e o processo de descentralização dos serviços de</p><p>saúde. In: Incentivo à Participação Popular e Controle Social no SUS: textos técnicos para</p><p>conselheiros de saúde. Brasília: IEC, 1994.</p><p>85ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>Fase Inflamatória</p><p>Esta fase se inicia imediatamente após a lesão, com a liberação de substâncias vasoconstritoras,</p><p>principalmente tromboxana A2 e prostaglandinas, pelas membranas celulares. O endotélio lesado</p><p>e as plaquetas estimulam a cascata da coagulação. As plaquetas têm papel fundamental na</p><p>cicatrização. Visando a hemostasia, essa cascata é iniciada e grânulos são liberados das</p><p>plaquetas, as quais contêm fator de crescimento de transformação beta - TGF-β (e também fator</p><p>de crescimento derivado das plaquetas [PDGF], fator de crescimento derivado dos fibroblastos</p><p>[FGF], fator de crescimento epidérmico [EGF], prostaglandinas e tromboxanas), que atraem</p><p>neutrófilos à ferida. O coágulo é formado por colágeno, plaquetas e trombina, que servem de</p><p>reservatório proteico para síntese de citocinas e fatores de crescimento, aumentando seus</p><p>efeitos. Desta forma, a resposta inflamatória se inicia com vasodilatação e aumento da</p><p>permeabilidade vascular, promovendo a quimiotaxia (migração de neutrófilos para a ferida).</p><p>Neutrófilos são as primeiras células a chegar à ferida, com maior concentração 24 horas após a</p><p>lesão. São atraídos por substâncias quimiotáticas liberadas por plaquetas. Os neutrófilos aderem</p><p>à parede do endotélio mediante ligação com as selectinas (receptores de membrana). Neutrófilos</p><p>produzem radicais livres que auxiliam na destruição bacteriana e são gradativamente substituídos</p><p>por macrófagos.</p><p>Os macrófagos migram para a ferida após 48-96 horas da lesão, e são as principais células antes</p><p>dos fibroblastos migrarem e iniciarem a replicação. Têm papel fundamental no término do</p><p>desbridamento iniciado pelos neutrófilos e sua maior contribuição é a secreção de citocinas e</p><p>fatores de crescimento, além de contribuírem na angiogênese, fibroplasia e síntese de matriz</p><p>extracelular, fundamentais para a transição para a fase proliferativa.</p><p>Fase proliferativa ou granulação</p><p>A fase proliferativa é constituída por quatro etapas fundamentais: epitelização, angiogênese,</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 53 de 77</p><p>formação de tecido de granulação e deposição de colágeno. Esta fase tem início ao redor do 4º</p><p>dia após a lesão e se estende aproximadamente até o término da segunda semana. A</p><p>epitelização ocorre precocemente. Se a membrana basal estiver intacta, as células epiteliais</p><p>migram em direção superior, e as camadas normais da epiderme são restauradas em três dias.</p><p>Se a membrana basal for lesada, as células epiteliais das bordas da ferida começam a proliferar</p><p>na tentativa de restabelecer a barreira protetora.</p><p>A angiogênese é estimulada pelo fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), e é caracterizada pela</p><p>migração de células endoteliais e formação de capilares, essencial para a cicatrização adequada.</p><p>A parte final da fase proliferativa é a formação de tecido de granulação. Os fibroblastos e as</p><p>células endoteliais são as principais células da fase proliferativa. Os fibroblastos dos tecidos</p><p>vizinhos migram para a ferida, porém precisam ser ativados para sair de seu estado de</p><p>quiescência. O fator de crescimento mais importante na proliferação e ativação dos fibroblastos é</p><p>o PDGF. Em seguida é liberado o TGF-β, que estimula os fibroblastos a produzirem colágeno tipo</p><p>I e a transformarem-se em miofibroblastos, que promovem a contração</p><p>da ferida.</p><p>Entre os fatores de crescimento envolvidos no processo cicatricial podem ser citados o PDGF,</p><p>que induz a proliferação celular, a quimiotaxia e a síntese matricial; o fator epidérmico, que</p><p>estimula a epitelização; o fator transformador alfa, responsável pela angiogênese e pela</p><p>epitelização; o fator fibroblástico, que estimula a proliferação celular e angiogênese e o fator</p><p>transformador beta, responsável pelo aumento da síntese matricial.</p><p>Fase de maturação ou remodelamento</p><p>A característica mais importante desta fase é a deposição de colágeno de maneira organizada,</p><p>por isso é a mais importante clinicamente. O colágeno produzido inicialmente é mais fino do que o</p><p>colágeno presente na pele normal, e tem orientação paralela à pele. Com o tempo, o colágeno</p><p>inicial (colágeno tipo III) é reabsorvido e um colágeno mais espesso é produzido e organizado ao</p><p>longo das linhas de tensão. Estas mudanças se refletem em aumento da força tênsil da ferida. A</p><p>reorganização da nova matriz é um processo importante da cicatrização. Fibroblastos e</p><p>leucócitos secretam colagenases que promovem a lise da matriz antiga. A cicatrização tem</p><p>sucesso quando há equilíbrio entre a síntese da nova matriz e a lise da matriz antiga, havendo</p><p>sucesso quando a deposição é maior. Mesmo após um ano a ferida apresentará um colágeno</p><p>menos organizado do que o da pele sã, e a força tênsil jamais retornará a 100%, atingindo em</p><p>torno de 80% após três meses.</p><p>Referência:</p><p>KUMAR, Vinay. Robbins – Patologia Básica. Disponível em: Minha Biblioteca, (10th edição).</p><p>Grupo GEN, 2018.</p><p>86ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 54 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>O paciente apresenta sintomas típicos de claudicação intermitente, um indicativo de doença</p><p>arterial periférica (DAP). O índice tornozelo-braquial (ITB) de 0,60 a 0,65 sugere DAP moderada.</p><p>As diretrizes atuais recomendam o tratamento inicial com mudanças no estilo de vida, incluindo</p><p>cessação do tabagismo e controle rigoroso de fatores de risco como hipertensão e diabetes. Além</p><p>disso, o uso de antiagregantes plaquetários (como aspirina ou clopidogrel) e estatinas é indicado</p><p>para reduzir o risco cardiovascular e a progressão da DAP. Exercícios supervisionados, como a</p><p>caminhada, são recomendados para melhorar a distância de claudicação e a qualidade de vida.</p><p>A cirurgia de revascularização é indicada apenas em casos mais graves ou refratários de DAP,</p><p>não como primeira linha.</p><p>Claudicação intermitente neuropática se associa mais com a neuropatia diabética, mas o ITB</p><p>alterado e a dor ao caminhar indicam DAP, não neuropatia.</p><p>A doença arterial periférica grave com ITB < 0,40 pode requerer intervenção imediata, mas o caso</p><p>aqui descrito sugere DAP moderada, onde tratamento conservador é indicado inicialmente.</p><p>A anticoagulação não é uma medida inicial recomendada para os pacientes com DAP moderada.</p><p>Referências:</p><p>AMERICAN COLLEGE OF CARDIOLOGY; AMERICAN HEART ASSOCIATION. 2016</p><p>AHA/ACC Guideline on the Management of Patients With Lower Extremity Peripheral Artery</p><p>Disease. Journal of the American College of Cardiology, v. 69, n. 11, p. 1465-1508, 2017.</p><p>SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANGIOLOGIA E DE CIRURGIA VASCULAR (SBACV).</p><p>Diretrizes Brasileiras para Diagnóstico e Tratamento da Doença Arterial Periférica. Jornal</p><p>Vascular Brasileiro, v. 14, supl. 2, p. 1-61, 2015. Disponível em:</p><p>https://www.scielo.br/j/jvb/a/RXbt4YZ88pkMwLbx9QZc9nt/?lang=pt. Acesso em: 14 ago. 2024.</p><p>87ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>Não se pode inferir a incidência ou prevalência dos dados disponibilizados, pois não se tem o</p><p>quantitativo da população exposta. Por assim, a única alternativa correta é aquela que se refere</p><p>ao número de óbitos.</p><p>REFERÊNCIA:</p><p>Medronho R; Carvalho DM; Bloch KV; Luiz RR; Werneck GL (eds.); Epidemiologia. Atheneu, São</p><p>Paulo, 2018.</p><p>88ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 55 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Caso clínico abordando bioética, onde encontramos paciente com idade avançada, doença</p><p>crônica em estágio terminal (síndrome demencial), internada em ambiente de UTI com medidas</p><p>invasivas já estabelecidas (IOT / DVA), sendo sugerido nova medida invasiva. Familiares foram</p><p>convocados para conversar sobre terminalidade. Seguir com medidas invasivas, neste caso,</p><p>caracteriza distanásia, e estaria contraindicada. Ortotanásia configura a "morte com menor</p><p>sofrimento", e, neste caso, seria não iniciar novas medidas invasivas (como hemodiálise, por</p><p>exemplo). Eutanásia é "abreviar a vida", como desligar aparelhos, prática proibida no Brasil.</p><p>REFERÊNCIA:</p><p>FELIX, Zirleide Carlos et al. Eutanásia, distanásia e ortotanásia: revisão integrativa da literatura.</p><p>Ciência & Saúde Coletiva, 18(9):2733-2746, 2013.</p><p>89ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>Trata-se de um caso clássico de convulsão febril simples benigna da infância. Para esse</p><p>diagnóstico, não há indicação de dosagem de eletrólitos, punção liquórica, tomografia de crânio</p><p>nem eletroencefalograma. Caso a criança apresentasse febre sem sinais localizatórios poder-se-</p><p>ia aplicar o protocolo, e, em alguns casos, solicitar sumário de urina e/ou hemograma. Porém,</p><p>essa criança tem um foco para a febre que é uma infecção de via aérea superior, portanto ela não</p><p>se beneficia de nenhum exame complementar.</p><p>REFERÊNCIA:</p><p>Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria. 5ª Edição, 2022.</p><p>90ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>A ocorrência de nefrite intersticial aguda está frequentemente associada a medicações, dentre</p><p>elas os antibióticos, como as cefalosporinas (ceftriaxona). O diagnóstico é sugerido pela presença</p><p>de IRA não oligúrica, especialmente em associação a sinais de hipersensibilidade sistêmica, tais</p><p>como febre, rash cutâneo e eosinofilia. A piúria estéril e a hematúria microscópica são achados</p><p>comuns, e a proteinúria não nefrótica pode estar presente. A terapia envolve a interrupção do</p><p>agente causal, podendo, em alguns casos, ser necessário o uso de glicocorticoides.</p><p>REFERÊNCIAS:</p><p>JOHNSON, Richard et al. Nefrologia clínica. Abordagem abrangente. 5. ed., 2016.</p><p>RIELLA, M.C. Príncipios de nefrologia e distúrbios hidroeletrolíticos. 6. ed., 2018.</p><p>91ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 56 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Para o caso clínico apresentado, no qual o paciente apresenta sintomas de dor abdominal, perda</p><p>de apetite, cansaço e coceira anal, especialmente à noite, o exame diagnóstico mais indicado é o</p><p>exame de fita adesiva (ou teste de Graham). Esse exame é particularmente útil para detectar a</p><p>presença de Enterobius vermicularis (oxiúros), que é um tipo comum de helminto que causa</p><p>coceira anal, especialmente à noite.</p><p>Referência:</p><p>FEREIRA, Marcelo U. Parasitologia Contemporânea. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2020. E-</p><p>book. ISBN 9788527737166. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737166/. Acesso em: 07 ago. 2024</p><p>92ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>A febre reumática acomete preferencialmente pessoas suscetíveis entre 5 e 15 anos de idade,</p><p>com histórico de contato com Streptococcus em infecção inadequadamente tratada, surgindo os</p><p>sintomas 2-3 semanas após a infecção inicial. Seu diagnóstico é clínico-laboratorial, baseado nos</p><p>critérios de Jones. Os critérios maiores incluem: artrite migratória, cardite, coreia, nódulos</p><p>subcutâneos e eritema marginatum. Os critérios menores incluem febre, VHS e PCR elevados,</p><p>artralgia e ECG com PR prolongado. A associação de 2 critérios maiores ou 1 maior e 2 menores</p><p>indica o diagnóstico de febre reumática, confirmando-o com a positividade da estreptolisina O. O</p><p>único critério maior que não requer a positividade da estreptolisina O é a coreia de Sydenham.</p><p>Referências:</p><p>Revision of the Jones Criteria for the Diagnosis of Acute Rheumatic Fever in the Era of Doppler</p><p>Echocardiography: A Scientific Statement From the American Heart Association. Circulation.</p><p>2015;131:1806–1818. Disponível em: https://doi.org/10.1161/CIR.0000000000000205. Acesso em:</p><p>27 ago. 2024.</p><p>BARBOSA, P. J. B. et al. Diretrizes Brasileiras</p><p>para Diagnóstico, Tratamento e Prevenção da</p><p>Febre Reumática. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 93, n. 3 supl.4, p. 1-18, 2009.</p><p>JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de Pediatria. v.</p><p>1. Barueri, SP: Editora Manole, 2021.</p><p>93ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 57 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>O diagnóstico de mieloma múltiplo é sugerido pelos seguintes achados:</p><p>1. Dor óssea e lesões líticas: A dor óssea difusa e as lesões líticas observadas nas</p><p>radiografias são características do mieloma múltiplo, que causa destruição óssea</p><p>devido à proliferação de plasmócitos malignos na medula óssea.</p><p>2. Hipercalcemia: O cálcio sérico elevado (12,0 mg/dL) é um achado comum no mieloma</p><p>múltiplo devido à reabsorção óssea aumentada.</p><p>3. Anemia: A hemoglobina baixa (9,5 g/dL) pode ser decorrente da infiltração da medula</p><p>óssea pelos plasmócitos malignos, levando à supressão da hematopoiese normal.</p><p>4. Insuficiência renal: A creatinina elevada (2,1 mg/dL) pode ser resultado da nefropatia</p><p>do mieloma, frequentemente causada pela deposição de cadeias leves de</p><p>imunoglobulinas nos túbulos renais.</p><p>5. Pico monoclonal na eletroforese de proteínas: A presença de um pico monoclonal</p><p>na região das imunoglobulinas, especialmente com níveis elevados de IgG (4,5 g/dL), é</p><p>um achado diagnóstico crucial para o mieloma múltiplo.</p><p>6. Infecções recorrentes: As infecções respiratórias recorrentes podem ser</p><p>consequência da imunossupressão associada ao mieloma múltiplo.</p><p>Referência:</p><p>GOLDMAN, Lee; SCHAFER, Andrew I. Goldman-Cecil Medicina. Rio de Janeiro: Grupo GEN,</p><p>2022, p. 1369-1373 E-book. ISBN 9788595159297. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595159297/. Acesso em: 08 ago. 2024.</p><p>94ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>Encaminhar o aluno para uma avaliação com uma equipe multiprofissional composta por</p><p>psiquiatras, psicólogos e pedagogos, a fim de confirmar o diagnóstico e planejar intervenções</p><p>específicas seria a opção mais adequada para esse caso. O TDAH é um transtorno complexo,</p><p>caracterizado por sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade, que podem impactar</p><p>significativamente a vida escolar e social da criança. A confirmação do diagnóstico através de</p><p>uma avaliação detalhada por uma equipe multiprofissional é crucial, pois permite uma</p><p>compreensão holística das dificuldades apresentadas pelo aluno e a elaboração de um plano de</p><p>tratamento adequado. Esse plano pode incluir intervenções psicossociais, comportamentais e, se</p><p>necessário, o uso de medicação.</p><p>Referência:</p><p>NARDI, Antonio, E. et al. Tratado de psiquiatria da associação brasileira de psiquiatria.</p><p>Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo A, 2021.</p><p>95ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 58 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>A resposta correta é: As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da</p><p>I.</p><p>A crise epiléptica é uma situação caracterizada pela presença de crises convulsivas não</p><p>provocadas, recorrentes. Podem estar associadas a diferentes problemas que afetam o sistema</p><p>nervoso central, como exemplo lesões estruturais, alterações genéticas e/ou metabólicas.</p><p>Se houver mais de uma crise, considerar a epilepsia, definida por duas ou mais convulsões que</p><p>não são provocadas por outras doenças ou circunstâncias.</p><p>Referência:</p><p>S., B.L.; G., S.P. Bates - Propedêutica Médica, 12ª edição: Grupo GEN, 2018. 9788527733090.</p><p>Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527733090/.</p><p>96ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 59 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Apenas as afirmações II e IV estão corretas.</p><p>Análise das afirmações reformuladas:</p><p>I. Antes da criação do SUS, o sistema de saúde brasileiro era amplamente baseado em</p><p>instituições privadas e filantrópicas, com pouca ou nenhuma intervenção do Estado na prestação</p><p>de serviços de saúde.</p><p>Análise: Incorreta. Embora houvesse uma participação significativa de instituições privadas e</p><p>filantrópicas, o Estado estava presente, especialmente através do INAMPS, que atendia os</p><p>trabalhadores formais. O Estado tinha um papel significativo, mas o acesso era restrito e</p><p>excludente.</p><p>II. A implementação do SUS garantiu, pela primeira vez, a universalização do acesso aos</p><p>serviços de saúde, estabelecendo que toda a população brasileira tivesse direito a atendimento</p><p>gratuito e integral, independentemente de condição social.</p><p>Análise: Correta. O SUS foi criado para garantir o direito universal à saúde para todos os</p><p>cidadãos, oferecendo serviços de forma gratuita e integral, independentemente da condição</p><p>social.</p><p>III. A descentralização promovida pelo SUS permitiu uma maior autonomia dos municípios na</p><p>gestão da saúde, mas não trouxe melhorias significativas na qualidade dos serviços de saúde em</p><p>regiões mais pobres do país.</p><p>Análise: Incorreta. A descentralização foi fundamental para melhorar a gestão local dos serviços</p><p>de saúde, especialmente em regiões mais pobres, onde o SUS conseguiu aumentar o acesso e a</p><p>qualidade dos serviços, embora ainda existam desafios a serem superados.</p><p>IV. Mesmo com a criação do SUS, o Brasil ainda enfrenta desafios como a desigualdade regional</p><p>no acesso aos serviços de saúde e a necessidade de integrar melhor os níveis de atenção à</p><p>saúde, especialmente entre a atenção primária e os serviços de alta complexidade.</p><p>Análise: Correta. Apesar dos avanços, o SUS ainda lida com problemas como desigualdade</p><p>regional e a necessidade de melhor integração entre os níveis de atenção.</p><p>Apenas as afirmações II e IV estão corretas.</p><p>Referências:</p><p>SOLHA, Raphaela Karla de T. Saúde coletiva para iniciantes. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2014.</p><p>E-book. ISBN 9788536530574. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536530574/.</p><p>MOREIRA, Taís C.; ARCARI, Janete M.; COUTINHO, Andreia O R. et al. Saúde coletiva. Porto</p><p>Alegre: Grupo A, 2018. E-book. ISBN 9788595023895. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023895/.</p><p>97ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 60 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>As drogas modificadoras da doença (DMARDs), como o metotrexato, são mais indicadas para</p><p>artrites inflamatórias e pouco eficazes para osteoartrite primária.</p><p>A terapia com corticosteróides orais (prednisona) pode ser utilizada em situações específicas</p><p>para reduzir a inflamação e aliviar a dor, porém não são utilizados como primeira linha de</p><p>tratamento para osteoartrite primária.</p><p>A perda de peso da paciente é essencial para reduzir a sobrecarga articular, causando menor</p><p>dano à estrutura articular, pelo fator mecânico e presença de mediadores inflamatórios.</p><p>A fisioterapia está indicada para fortalecimento muscular, melhorando a força muscular e</p><p>reduzindo a sobrecarga articular.</p><p>O uso de antibióticos não está indicado, pois não se trata de patologia infecciosa.</p><p>A cirurgia de substituição articular é o último recurso utilizado em quadros graves, com dor</p><p>intratável e grande prejuízo da mobilidade.</p><p>A prescrição de analgésicos e AINEs (anti-inflamatórios não esteroides) é considerada a primeira</p><p>escolha farmacológica para controle da dor.</p><p>Referência:</p><p>LOSCALZO, Joseph; FAUCI, Anthony S.; KASPER, Dennis L.; et al. Medicina Interna de</p><p>Harrison. Porto Alegre: Grupo A, 2024. p. 2854-2862. E-book. ISBN 9786558040231. Disponível</p><p>em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786558040231/.</p><p>98ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 61 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Na hipoperfusão renal, o sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) é ativado, ou seja, os</p><p>rins liberam renina, o que leva à ativação e à liberação de angiotensina II e aldosterona.</p><p>O aumento da aldosterona eleva a reabsorção de sódio e a secreção de potássio e prótons nos</p><p>túbulos coletores renais. Além disso, a angiotensina II aumenta a taxa de filtração glomerular e</p><p>estimula a reabsorção de sódio no túbulo proximal. À medida que o sódio é reabsorvido, a água</p><p>segue</p><p>do filtrado glomerular para o interstício renal. Esse deslocamento de fluido para os capilares</p><p>peritubulares leva ao aumento do fluido intravascular e ao aumento da pressão sanguínea.</p><p>DISTRATORES:</p><p>Quando o RAAS é ativado, o aumento da aldosterona atuará nos túbulos coletores do néfron para</p><p>aumentar a secreção de prótons. Esse efeito aumentaria, em vez de diminuir, a excreção de</p><p>prótons.</p><p>Quando o SRAA é ativado, o aumento da aldosterona atuará nos túbulos coletores do néfron para</p><p>aumentar a secreção de potássio. Esse efeito aumentaria, em vez de diminuir, a excreção de</p><p>potássio.</p><p>A reabsorção de ureia ocorre no túbulo proximal e no ducto coletor, e espera-se que seja</p><p>aumentada na hipovolemia. A perda de volume causa aumento dos níveis de ADH, o que induz a</p><p>expressão de transportadores de ureia nos ductos coletores medulares, levando a um aumento</p><p>da reabsorção de ureia. A reabsorção de ureia nos ductos coletores é essencial para manter o</p><p>gradiente osmótico medular interno que permite a retenção máxima de água filtrada. A ureia</p><p>também é reabsorvida no túbulo proximal por difusão através do arrasto de solvente de outros</p><p>eletrólitos. Esse mecanismo também é aumentado em estados hipovolêmicos por causa do</p><p>aumento da concentração de urina e da concentração de eletrólitos intersticiais.</p><p>Sob condições fisiológicas, a creatinina é removida do sangue por filtração glomerular e secreção</p><p>tubular a uma taxa relativamente constante. Embora a creatinina possa ser absorvida no trato</p><p>gastrointestinal (suplementos dietéticos ou carne), há pouca ou nenhuma reabsorção tubular renal</p><p>de creatinina. Devido à diminuição da perfusão renal, este paciente corre o risco de diminuição da</p><p>filtração glomerular e, portanto, aumento da creatinina sérica. No entanto, qualquer aumento na</p><p>creatinina sérica é resultado da diminuição da depuração (diminuição da TFG) e não do aumento</p><p>da absorção renal.</p><p>REFERÊNCIA:</p><p>HALL, John E.; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall. Fundamentos de Fisiologia. [Cap.78]: Grupo</p><p>GEN, 2017. E-book. ISBN 9788595151550. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151550/. Acesso em: 09 mai. 2023.</p><p>99ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>A avaliação do nível de evidência e grau de recomendação é configurada pelo sistema GRADE</p><p>(Grading of Recommendations Assessment, Development, and Evaluation). Na hierarquia das</p><p>evidências, as metanálises de ensaios clínicos randomizados, quando apresentam rigor</p><p>metodológico, estão no topo da pirâmide, seguidas por ensaios clínicos randomizados, estudos</p><p>observacionais (como coorte e caso-controle), estudos de casos e opinião de especialista.</p><p>Referência:</p><p>STEIN, A.T. Cap. 29. Medicina baseada em evidência aplicada à prática do médico de família e</p><p>comunidade. In: GUSSO, G. et al. Tratado de Medicina de Família e Comunidade. 2. ed. 2019.</p><p>p. 781-808.</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 62 de 77</p><p>100ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>Este caso se trata de uma gestação ectópica confirmada por BhCG sérico positivo associado à</p><p>dor pélvica e imagem anexial sugestiva. A paciente se apresenta estável hemodinamicamente e</p><p>tem desejo reprodutivo, o que nos faz pensar em conduta conservadora. Para que isso seja</p><p>possível, alguns critérios devem ser considerados, como saco gestacional menor que 3,5 cm,</p><p>feto sem atividade cardíaca, BhCG menor que 5.000 mUi/mL e estabilidade hemodinâmica. Após</p><p>a administração do metrotexato, deve-se monitorizar a queda do BhCG sérico, que sinaliza</p><p>sucesso do tratamento.</p><p>A salpingectomia, ooforectomia e laparotomia não devem ser realizadas, visto que a paciente tem</p><p>critérios para tratamento conservador, aumentando as chances de preservação da fertilidade, já</p><p>que ela apresentou desejo de novas gestações.</p><p>O BhCG considerado para tratamento conservador é o inicial, sendo assim não há indicação de</p><p>repetir o BhCG.</p><p>O ultrassom transvaginal foi realizado no dia do atendimento, não tendo benefício em se repetir</p><p>em 2 dias.</p><p>REFERÊNCIA:</p><p>ZUGAIB, Marcelo. Zugaib obstetrícia. s.l.: Editora Manole, 2023. E-book. ISBN 9786555769340.</p><p>Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555769340/. Acesso em: 9</p><p>out. 2023.</p><p>101ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>As DNCT apresentam maior morbidade e mortalidade nos países em desenvolvimento, sendo as</p><p>pessoas menos favorecidas são mais acometidas. As DCNT afetam predominantemente idosos</p><p>e mulheres. A prevalência do tabagismo tem diminuído e a da obesidade tem aumentado.</p><p>Referência:</p><p>Plano de ações e estratégias para o enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis</p><p>(DCNT) no Brasil. 2011-2022. Ministério da Saúde.</p><p>102ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 63 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>A afirmativa I está correta, pois os beta-lactâmicos atuam inibindo a síntese da parede celular</p><p>bacteriana durante a infecção.</p><p>A afirmativa II está incorreta, pois os aminoglicosídeos, como a estreptomicina, agem na síntese</p><p>proteica bacteriana, não nos estágios iniciais da infecção.</p><p>A afirmativa III está correta, pois os macrolídeos bloqueiam a translocação do peptídeo nascente</p><p>durante a síntese proteica bacteriana.</p><p>A afirmativa IV está correta, pois as fluoroquinolonas inibem a síntese do DNA bacteriano, sendo</p><p>eficazes contra bactérias intracelulares.</p><p>Referências:</p><p>KATZUNG, Bertram G.; TREVOR, Anthony J. Farmacologia básica e clínica. 13 edição. Grupo</p><p>A, 2017. 9788580555974.</p><p>BRUTON, L L.; HILAL-DANDAN, R. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman e</p><p>Gilman. 13 edição. Grupo A, 2018.</p><p>103ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>A conduta inicial recomendada para a constipação em lactentes inclui a introdução de alimentos</p><p>ricos em fibras e o aumento da ingestão de líquidos. Suplementos de fibra específicos para a faixa</p><p>etária de lactentes podem ajudar a melhorar a consistência das fezes e promover evacuações</p><p>mais regulares. Atualmente, o PEG 4000 é considerado o melhor tratamento para a constipação</p><p>intestinal. Apesar de eficaz, a prescrição do óleo mineral tem sido abandonada devido ao risco de</p><p>aspiração. O óleo mineral também é contraindicado para lactentes e pacientes com paralisia</p><p>cerebral.</p><p>Referências:</p><p>JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. 5ª</p><p>edição. Barueri - SP: Editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476.</p><p>DANI, Renato; PASSOS, Maria do Carmo F. Gastroenterologia Essencial, 4ª edição. [Digite o</p><p>Local da Editora]: Grupo GEN, 2011. E-book. ISBN 978-85-277-1970-4. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-1970-4/. Acesso em: 30 mai. 2024.</p><p>Parte II. Capítulo 10.</p><p>104ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 64 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Este caso clínico de Tinea cruris avalia o conhecimento dos estudantes sobre os agentes</p><p>etiológicos das dermatofitoses, uma infecção comum na prática clínica dermatológica.</p><p>Candida albicans: Embora a Candida possa causar infecções em áreas úmidas do</p><p>corpo, como as dobras da pele, a lesão descrita é mais típica de uma dermatofitose,</p><p>que geralmente apresenta bordas bem definidas.</p><p>Aspergillus fumigatus: Aspergillus está mais comumente associado a infecções</p><p>respiratórias e não é uma causa frequente de dermatofitose.</p><p>Trichophyton rubrum: Este é o agente etiológico mais comum de dermatofitose,</p><p>especialmente em casos de Tinea cruris. Geralmente provoca lesões eritematosas,</p><p>descamativas e pruriginosas, exatamente como descrito no caso clínico.</p><p>Malassezia furfur: Este fungo é o agente etiológico da pitiríase versicolor, uma</p><p>infecção superficial que não corresponde às características da lesão descrita.</p><p>Cryptococcus neoformans: Este fungo é mais frequentemente associado a infecções</p><p>sistêmicas, especialmente em pacientes imunossuprimidos, e não causa</p><p>dermatofitose.</p><p>Portanto, Trichophyton rubrum é o agente etiológico mais comum de Tinea cruris.</p><p>Referência:</p><p>MURRAY, Patrick R.; ROSENTHAL, Ken S.; PFALLER, Michael A. Microbiologia Médica. Rio</p><p>de Janeiro: Grupo GEN, 2022. E-book. ISBN</p><p>9788595159662. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595159662/. Acesso em: 08 ago. 2024.</p><p>105ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>Nos quadros de torção de pedículo ovariano, observam-se frequentemente náuseas, vômitos,</p><p>inapetência, suor frio e outros sintomas de síndrome vagal. Na presença de massas ovarianas,</p><p>podem ocorrer alterações nos hábitos intestinal e urinário, perda de peso e perda de apetite. A</p><p>ultrassonografia pélvica, associada ou não ao Doppler, é o exame de imagem mais utilizado para</p><p>auxiliar no diagnóstico de torção anexial. Achados comuns incluem uma massa ovariana,</p><p>aumento unilateral do ovário, fluido livre em fundo de saco posterior e estruturas císticas</p><p>periféricas uniformes. À medida que o anexo é torcido, o fluxo venoso e linfático é comprometido,</p><p>causando aumento de volume e edema e, posteriormente, fluxo arterial ausente. Com o</p><p>comprometimento do suprimento sanguíneo arterial, o ovário pode apresentar-se à</p><p>ultrassonografia com um halo anecoico.</p><p>Referência:</p><p>FERNANDES, Cesar Eduardo; SÁ, Felipe da Silva; SILVA FILHO, Agnaldo Lopes [et al.]. Tratado</p><p>de ginecologia Febrasgo. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019. p. 725, 1194.</p><p>106ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 65 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>I – Não há restrição ao uso de DIU para nuligestas; até mesmo adolescentes podem utilizar DIU.</p><p>II – Pacientes com enxaqueca com aura têm contraindicação absoluta ao uso de</p><p>anticoncepcionais combinados.</p><p>III – Assertiva correta.</p><p>IV – Pacientes fumantes acima de 35 anos têm contraindicação absoluta ao uso de</p><p>contraceptivos combinados, ou seja, com estrogênio, e todo injetável mensal é contraceptivo</p><p>combinado.</p><p>Portanto, a única alternativa correta é a III.</p><p>Referências:</p><p>BEREK, Jonathan S.; NOVAK, Emil. Berek & Novak's gynecology. 15. ed. Philadelphia:</p><p>Lippincott Williams & Wilkins, 2012. xix, 1539 p. ISBN 9781451175561.</p><p>HOFFMAN, Barbara L; FONSECA, Ademar Valadares. Ginecologia de Williams. xxiv, 1189 p.</p><p>107ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 66 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Alternativa Correta: Iniciar suplementação oral com sulfato ferroso e encaminhar para</p><p>investigação endoscópica do trato gastrointestinal.</p><p>A suplementação oral com ferro (sulfato ferroso) é o tratamento de primeira linha para anemia por</p><p>deficiência de ferro, especialmente quando a causa subjacente é uma perda crônica de sangue,</p><p>como uma hemorragia gastrointestinal. Além de tratar a anemia, é crucial identificar e tratar a</p><p>causa da hemorragia, justificando o encaminhamento para investigação endoscópica. Este</p><p>tratamento aborda tanto a correção da anemia quanto a prevenção de recorrências.</p><p>Outras alternativas estão incorretas:</p><p>Administrar ferro intravenoso imediatamente para rápida correção da anemia: O</p><p>ferro intravenoso é reservado para casos em que a terapia oral não é tolerada ou</p><p>eficaz, como em pacientes com má absorção de ferro ou anemia grave que exige</p><p>correção rápida. Este não é o caso do paciente, que pode ser tratado inicialmente com</p><p>ferro oral enquanto a causa da hemorragia é investigada.</p><p>Prescrever transfusão sanguínea para normalizar os níveis de hemoglobina e</p><p>hematócrito: A transfusão sanguínea é indicada em casos de anemia severa com</p><p>comprometimento hemodinâmico ou sintomas graves de hipoxemia, o que não foi</p><p>descrito neste caso. Para este paciente, o tratamento com ferro é preferível para</p><p>corrigir a deficiência e evitar recorrências.</p><p>Recomendar dieta rica em ferro e acompanhamento periódico dos níveis de</p><p>hemoglobina: Embora uma dieta rica em ferro seja uma recomendação importante,</p><p>ela não é suficiente como único tratamento para anemia por deficiência de ferro com</p><p>níveis de ferritina tão baixos. A suplementação de ferro é necessária para corrigir a</p><p>anemia de forma eficaz.</p><p>Iniciar terapia com eritropoetina para estimular a produção de hemoglobina: A</p><p>eritropoetina é indicada em casos de anemia associada à insuficiência renal crônica ou</p><p>outras condições específicas onde há deficiência na produção de eritropoetina. No caso</p><p>de anemia por deficiência de ferro, a suplementação de ferro é a abordagem correta,</p><p>pois o problema não está na produção de eritropoetina, mas na falta de ferro disponível</p><p>para a eritropoiese.</p><p>Referências:</p><p>CAPPELLINI, M. D.; MOTTA, I.; TAHER, A. T. Iron Deficiency Anemia: A Clinical Guide.</p><p>Springer, 2020. p. 45-58.</p><p>McLEAN, E.; COGSWELL, M. Anemia: Pathophysiology, Classification, and Treatment. Elsevier,</p><p>2019. p. 120-135.</p><p>CAMASCHELLA, C. Iron-Deficiency Anemia. New England Journal of Medicine, v. 381, n. 9, p.</p><p>845-858, 2019.</p><p>108ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 67 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>O caso clínico trata-se de uma paciente de 51 anos com síndrome do climatério e relato de</p><p>sintomas vasomotores (fogachos), indicando a necessidade de terapia de reposição hormonal</p><p>(TH). A paciente está dentro da janela de tratamento, mas apresenta história de estilo de vida</p><p>inadequado (não pratica atividade física, tem alimentação desbalanceada) e sobrepeso (IMC 30).</p><p>O aumento do risco de câncer de mama associado ao TH é pequeno, estimado em menos de</p><p>0,1% ao ano, o que corresponde a uma incidência absoluta de menos de um caso por 1.000</p><p>mulheres por ano de uso. Esse risco é semelhante ou menor do que o aumento do risco</p><p>associado a fatores como inatividade física, obesidade e consumo de álcool.</p><p>A terapêutica hormonal (TH) da menopausa pode ser indicada para tratar os sintomas</p><p>vasomotores associados ao hipoestrogenismo, a síndrome geniturinária da menopausa, além de</p><p>prevenir a perda de massa óssea e diminuir o risco de fraturas por fragilidade óssea. A história</p><p>clínica e o exame físico completo podem descartar a grande maioria das contraindicações ao uso</p><p>de TH. Dados suspeitos na anamnese devem ser investigados com exames complementares.</p><p>Ressalta-se que a presença de lesão precursora do câncer de mama é considerada</p><p>contraindicação ao uso de TH. O exame clínico das mamas em mulheres assintomáticas possui</p><p>baixa sensibilidade no diagnóstico de pequenas lesões, podendo levar a falso-negativos. Portanto,</p><p>mulheres que iniciarão uso de TH devem ter mamografia de rastreamento realizada há no</p><p>máximo um ano.</p><p>Alguns exames complementares auxiliam na escolha da melhor via de administração hormonal,</p><p>além da avaliação de risco cardiovascular. Recomenda-se solicitar a avaliação de colesterol total,</p><p>HDL-colesterol, triglicérides e glicemia de jejum. É dispensável a dosagem de FSH, LH, citologia</p><p>oncótica (realizar somente com finalidade de rastreamento de câncer de colo de acordo com a</p><p>faixa etária e periodicidade adequada), cortisol, prolactina, vitamina D, cálcio, magnésio e zinco.</p><p>A terapêutica com estrogênio é o tratamento mais efetivo para os sintomas vasomotores.</p><p>Referências:</p><p>MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Atenção à Mulher no Climatério/Menopausa. Brasília,</p><p>2008.</p><p>FEBRASGO. FEBRASGO POSITION STATEMENT - Propedêutica mínima no climatério.</p><p>2022.</p><p>109ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 68 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Segundo o Código de Ética Médica de 2018 Art. 83:</p><p>"É vedado ao médico:</p><p>Art. 83. Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou quando não tenha prestado</p><p>assistência ao paciente, salvo, no último caso, se o fizer como plantonista, médico substituto ou</p><p>em caso de necropsia e verificação médico-legal."</p><p>Ademais, segundo Resolução CFM nº 1.779/2005:</p><p>"Art. 2º Os médicos, quando do preenchimento da Declaração de Óbito, obedecerão as seguintes</p><p>normas:</p><p>1) Morte natural:</p><p>1. Morte sem assistência médica:</p><p>a) Nas localidades com Serviço de Verificação de Óbitos (SVO):</p><p>A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos do SVO;</p><p>b) Nas localidades sem SVO:</p><p>A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos do serviço público de saúde mais</p><p>próximo do local onde ocorreu o evento; na sua ausência, por qualquer médico da localidade.</p><p>2) Morte com assistência médica:</p><p>a) A Declaração de Óbito deverá</p><p>que se caracteriza por dor de garganta unilateral intensa, trismo,</p><p>deslocamento da amígdala e desvio da úvula. O tratamento de escolha é a drenagem cirúrgica do</p><p>abscesso, seguida de antibioticoterapia intravenosa para controlar a infecção e prevenir a</p><p>disseminação. O abscesso periamigdalino é uma emergência otorrinolaringológica, e a</p><p>intervenção cirúrgica imediata é necessária para aliviar a dor, reduzir o edema e evitar</p><p>complicações graves, como obstrução das vias aéreas.</p><p>Análise dos distratores:</p><p>• A amigdalite viral geralmente não causa trismo, desvio da úvula ou abscesso, e o tratamento</p><p>seria conservador.</p><p>• A mononucleose infecciosa pode cursar com amigdalite, mas o quadro descrito é mais</p><p>compatível com uma complicação bacteriana, como o abscesso periamigdalino.</p><p>• A faringite estreptocócica simples não evolui com abscesso periamigdalino, sendo tratada</p><p>apenas com antibióticos orais.</p><p>• Sinusite aguda complicada não explica o trismo e o desvio da úvula, que são sinais de abscesso</p><p>periamigdalino.</p><p>Referência:</p><p>AMERICAN ACADEMY OF OTOLARYNGOLOGY – HEAD AND NECK SURGERY (AAO-</p><p>HNS); INFECTIOUS DISEASES SOCIETY OF AMERICA (IDSA). Clinical Practice Guideline:</p><p>Tonsillectomy in Children (Update). Otolaryngology–Head and Neck Surgery, v. 160, n. 1, p.</p><p>S1-S42, 2019. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/0194599818796305.</p><p>Acesso em: 14 ago. 2024.</p><p>7ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 4 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>A talassemia refere-se a um distúrbio geneticamente heterogêneo causado por mutações de</p><p>linhagem germinativa que diminuem a síntese da α-globina ou da β-globina, o que resulta em</p><p>anemia, hipoxia tecidual e hemólise dos eritrócitos relacionada com o desequilíbrio na síntese das</p><p>cadeias de globina. As duas cadeias α da HbA são codificadas por um par idêntico de genes de</p><p>α-globina no cromossomo 16, enquanto as duas cadeias β são codificadas por um único gene de</p><p>globina-β no cromossomo 11. A β-talassemia é causada pela síntese deficiente de cadeias β,</p><p>enquanto a α-talassemia é causada pela síntese deficiente de cadeias α. As consequências</p><p>hematológicas da síntese diminuída de uma cadeia de globina não resultam apenas da deficiência</p><p>de hemoglobina, mas também de um excesso relativo da outra cadeia de globina, particularmente</p><p>na β-talassemia.</p><p>Apesar de discutirmos a talassemia com outras formas hereditárias de anemia associada à</p><p>hemólise, é importante reconhecer que os defeitos na síntese de globina que constituem a base</p><p>desses distúrbios causam anemia por meio de dois mecanismos: diminuição da produção e</p><p>redução do tempo de vida dos eritrócitos. A talassemia é uma doença hereditária caracterizada</p><p>por defeitos na síntese das cadeias globínicas da hemoglobina, o que resulta na produção de</p><p>hemácias anormais e, consequentemente, em anemia.</p><p>Referência:</p><p>KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; ASTER, Jon C. Robbins & Cotran Patologia: Bases</p><p>Patológicas das Doenças. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2023. E-book. ISBN 9788595159174.</p><p>Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595159174/.</p><p>8ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>A alternativa indicada como correta demonstra a compreensão da importância da avaliação</p><p>completa do idoso, da identificação dos indicadores de violência e da necessidade de notificar as</p><p>autoridades competentes. As demais alternativas apresentam erros ou incompletudes, como:</p><p>negar a possibilidade de violência é uma conduta inadequada e pode colocar o idoso em risco;</p><p>embora seja importante informar o idoso sobre seus direitos, pressioná-lo a denunciar pode não</p><p>ser a melhor abordagem, especialmente se ele não se sentir seguro para isso; conversar apenas</p><p>com o cuidador pode limitar a compreensão da situação e impedir que o idoso expresse seus</p><p>sentimentos; prescrever medicamentos sem uma avaliação completa da situação pode não ser a</p><p>solução mais adequada e pode mascarar o problema da violência.</p><p>Referência:</p><p>GUSSO, Gustavo; LOPES, José M. C.; DIAS, Lêda C. Tratado de medicina de família e</p><p>comunidade: princípios, formação e prática. Porto Alegre: Grupo A, 2019. 2 v.</p><p>9ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>Desigualdades estruturais, como racismo e pobreza, são desafios significativos que afetam o</p><p>acesso e a qualidade dos serviços de saúde para a população negra.</p><p>Referência:</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de</p><p>Apoio à Gestão Participativa. Políticas de promoção da equidade em saúde / Ministério da Saúde.</p><p>Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à Gestão Participativa. –</p><p>1. ed., – Brasília : Ministério da Saúde, 2013.</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 5 de 77</p><p>10ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>O paciente de 32 anos sofreu um trauma crânio-encefálico (TCE) significativo em decorrência de</p><p>um acidente de motocicleta, apresentando confusão mental, respiração irregular e sinais</p><p>neurológicos alterados. De acordo com o protocolo do Advanced Trauma Life Support (ATLS),</p><p>o atendimento inicial ao paciente com trauma grave deve seguir a abordagem sistematizada do</p><p>exame primário, com prioridade à avaliação e estabilização das funções vitais, especialmente da</p><p>via aérea, respiração e circulação (ABCs do trauma).</p><p>O quadro de respiração irregular e alteração do nível de consciência sugere uma possível lesão</p><p>intracraniana, o que indica a necessidade urgente de garantir a proteção das vias aéreas para</p><p>prevenir hipóxia, uma vez que o paciente pode estar em risco de deterioração respiratória. Além</p><p>disso, a confusão mental e a abertura ocular espontânea, associadas ao movimento de retirada</p><p>ao estímulo doloroso, sugerem um escore de Glasgow Coma Scale (GCS) entre 9 e 12,</p><p>caracterizando um TCE moderado. Segundo o ATLS, pacientes com TCE e GCS inferior a 13</p><p>requerem avaliação neurocirúrgica urgente, exame de imagem (tomografia computadorizada de</p><p>crânio) e monitoramento contínuo, dado o risco de agravamento neurológico.</p><p>Assim, a conduta inicial inclui estabilização da via aérea (com possibilidade de intubação precoce</p><p>caso o GCS se deteriore), suporte ventilatório adequado, controle da circulação, e a realização</p><p>imediata de exames de imagem para avaliação das lesões intracranianas. Esse manejo segue as</p><p>diretrizes do ATLS, que priorizam a identificação e tratamento de lesões que ameaçam a vida nas</p><p>fases iniciais do atendimento intra-hospitalar.</p><p>A rápida identificação e intervenção são cruciais para prevenir o aumento da pressão</p><p>intracraniana e outras complicações fatais, melhorando o prognóstico do paciente.</p><p>Referência:</p><p>AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. Advanced trauma life support (ATLS) student</p><p>course manual. 10. ed. Chicago: American College of Surgeons, 2018.</p><p>11ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 6 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Antes da inserção do DIU, é fundamental excluir a possibilidade de gravidez e garantir que não</p><p>haja fatores de risco significativos para doenças como o câncer cervical, que poderiam</p><p>contraindicar o procedimento. O teste de gravidez e o exame físico são medidas padrão nessa</p><p>avaliação.</p><p>As demais alternativas estão incorretas, pois:</p><p>A prescrição de antibiótico profilático não é recomendada de rotina antes da inserção de DIU, a</p><p>menos que a paciente tenha fatores de risco específicos para infecção.</p><p>A ultrassonografia transvaginal para avaliar malformações uterinas não é uma prática padrão</p><p>antes da inserção do DIU em pacientes sem histórico de problemas uterinos ou menstruações</p><p>anormais.</p><p>A inserção durante o período menstrual pode ser realizada, mas a orientação sobre dor e</p><p>sangramento não é suficiente para garantir a segurança do procedimento, especialmente sem a</p><p>exclusão de uma possível gravidez ou IST.</p><p>Testes para HIV e sífilis são importantes em determinadas situações, mas não são necessários</p><p>de rotina antes da inserção do DIU, a menos que haja uma suspeita clínica de infecção ativa.</p><p>Referências:</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa. Protocolos</p><p>ser fornecida, sempre que possível, pelo médico que vinha</p><p>prestando assistência ao paciente.</p><p>b) A Declaração de Óbito do paciente internado sob regime hospitalar deverá ser fornecida pelo</p><p>médico assistente e, na sua falta, por médico substituto pertencente à instituição.</p><p>c) A Declaração de Óbito do paciente em tratamento sob regime ambulatorial deverá ser</p><p>fornecida por médico designado pela instituição que prestava assistência, ou pelo SVO.</p><p>d) A Declaração de Óbito do paciente em tratamento sob regime domiciliar (Programa Saúde da</p><p>Família, internação domiciliar e outros) deverá ser fornecida pelo médico pertencente ao</p><p>programa ao qual o paciente estava cadastrado, ou pelo SVO, caso o médico não consiga</p><p>correlacionar o óbito com o quadro clínico concernente ao acompanhamento do paciente.”</p><p>Não é correto "explicar à filha do paciente que a declaração deve ser preenchida pelo Serviço de</p><p>Verificação de Óbito", pois o médico da Atenção Primária deve fazer a visita domiciliar para</p><p>constatar o óbito. Apenas quando não é possível correlacionar o óbito com o quadro clínico prévio</p><p>do paciente é que o SVO deve ser acionado.</p><p>REFERÊNCIAS:</p><p>Código de ética médica. Resolução nº 2,217/2018. Brasília: Tablóide, 2018. CONSELHO</p><p>FEDERAL DE MEDICINA (CFM - Brasil).</p><p>RESOLUÇÃO CFM Nº 1.779/2005 RESOLUÇÃO CFM Nº 1.779, 11 de novembro de 2005</p><p>Publicada no DOU, 5 dez. 2005, Seção 1, p</p><p>110ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 69 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>A questão evidencia uma hemorragia subconjuntival ou hiposfagma em olho direito, fenômeno</p><p>muito comum e frequentemente idiopático. A resolução espontânea ocorre, normalmente, em 1 a</p><p>2 semanas. Caso o paciente apresentasse algum outro sintoma associado (como baixa de</p><p>acuidade visual, por exemplo), seria aconselhado encaminhá-lo ao oftalmologista, mas não há</p><p>nenhuma outra queixa nem alteração ao exame. Orientar o paciente que a resolução</p><p>normalmente é espontânea.</p><p>REFERÊNCIA:</p><p>KANSKI, B. B. Oftalmologia Clínica: uma abordagem sistemática. 8. Edição. Rio de Janeiro:</p><p>Elsevier, 2016.</p><p>111ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>A hemorragia aguda digestiva baixa inclui um amplo espectro clínico, variando de sangramento</p><p>discreto a uma hemorragia maciça com instabilidade hemodinâmica. A incidência de hemorragia</p><p>digestiva baixa corresponde a cerca de um quinto da incidência de hemorragia digestiva alta e</p><p>representa aproximadamente 20 a 33 hospitalizações por 100.000 adultos ao ano. A incidência de</p><p>hemorragia digestiva baixa aumenta com a idade.</p><p>Nos países desenvolvidos, causas comuns de hemorragia digestiva baixa aguda que resulta em</p><p>sangramento significativo incluem doença diverticular colônica e angiodisplasia. Os pacientes</p><p>com sangramento intenso ou estados de comorbidades significativos necessitam de rápida</p><p>identificação e ressuscitação agressiva. Sangramentos hemodinamicamente insignificantes</p><p>podem, muitas vezes, decorrer de hemorroidas e neoplasias colônicas. As causas raras de</p><p>sangramentos incluem úlcera retal solitária, vasculite e endometriose. Quinze por cento (15%)</p><p>dos pacientes que apresentam hemorragia digestiva baixa têm uma fonte no trato gastrointestinal</p><p>superior, após uma investigação.</p><p>A colonoscopia é o pilar da avaliação em pacientes nos quais as causas anorretais ou do trato</p><p>gastrointestinal superior foram descartadas. Ela é realizada para localizar a origem do</p><p>sangramento e permitir a hemostasia. A hemostasia endoscópica é bem-sucedida na maioria dos</p><p>casos. A angiografia mesentérica ou a imagem nuclear é realizada somente em pacientes nos</p><p>quais a colonoscopia não é viável ou quando houver sangramento persistente e uma</p><p>colonoscopia negativa. A origem do sangramento não pode ser definitivamente identificada em até</p><p>25% dos pacientes.</p><p>Referência:</p><p>BMJ Best Practice. Investigação da Hemorragia Digestiva Baixa. 19 de outubro de 2023.</p><p>112ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 70 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>O paciente apresenta sintomas compatíveis com uma infecção viral, e a história recente de</p><p>viagem a uma área endêmica aumenta a suspeita de influenza. Além disso, a ausência de</p><p>vacinação prévia contra a gripe sazonal é um fator de risco significativo. A vacinação anual contra</p><p>a influenza é a melhor estratégia profilática para prevenir a infecção e suas complicações.</p><p>Referência:</p><p>LEVINSON, Warren; CHIN-HONG, Peter; JOYCE, Elizabeth et al. Microbiologia Médica e</p><p>Imunologia: um manual clínico para doenças infecciosas. Porto Alegre: Grupo A, 2021. E-book.</p><p>ISBN 9786558040156.</p><p>113ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>No manejo da dor pós-operatória, é fundamental ajustar o plano analgésico para alcançar um</p><p>controle eficaz da dor, especialmente em procedimentos cirúrgicos maiores como a artroplastia</p><p>de quadril. Apesar da administração de analgésicos não opioides e tramadol, a paciente continua</p><p>a relatar dor intensa. Segundo as diretrizes mais atuais, o uso de opioides de ação rápida, como a</p><p>morfina, em bolus titulado é indicado para o manejo da dor aguda intensa no pós-operatório. A</p><p>administração deve ser feita sob monitorização contínua para prevenir e detectar efeitos</p><p>adversos, como depressão respiratória.</p><p>O bloqueio de nervo femoral é uma opção válida, mas não deve ser utilizado como monoterapia</p><p>em um contexto de dor intensa não controlada por analgesia sistêmica.</p><p>O cetoprofeno e a dipirona são analgésicos eficazes para dor leve a moderada, mas podem não</p><p>ser suficientes para dor intensa no pós-operatório imediato.</p><p>Aumentar a dose de tramadol e associar fentanil pode aumentar o risco de efeitos colaterais sem</p><p>garantia de controle adequado da dor; o uso de opioides mais potentes e de ação rápida, como a</p><p>morfina, é preferível.</p><p>A gabapentina é usada para dor neuropática e não seria indicada como primeira linha para dor</p><p>aguda pós-operatória intensa.</p><p>Referências:</p><p>AMERICAN SOCIETY OF ANESTHESIOLOGISTS (ASA). Practice Guidelines for Acute Pain</p><p>Management in the Perioperative Setting: An Updated Report by the American Society of</p><p>Anesthesiologists Task Force on Acute Pain Management. Anesthesiology, v. 116, n. 2, p.</p><p>248-273, 2012. Disponível em: https://pubs.asahq.org/anesthesiology/article/116/2/248/13120.</p><p>Acesso em: 14 ago. 2024.</p><p>AMERICAN PAIN SOCIETY (APS). Postoperative Pain Management Guidelines. The Journal</p><p>of Pain, v. 17, n. 2, p. 131-157, 2016. Disponível em: https://www.jpain.org/article/S1526-</p><p>5900(15)00831-6/fulltext. Acesso em: 14 ago. 2024.</p><p>114ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 71 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>A realização de angioplastia coronariana de emergência, associada à terapia antiplaquetária dupla</p><p>e anticoagulação, é fundamental na abordagem imediata da miocardiopatia isquêmica com angina</p><p>instável, especialmente com supradesnivelamento do segmento ST e elevação de troponina I. A</p><p>terapia antiplaquetária dupla (aspirina e inibidor de P2Y12) e a anticoagulação com heparina são</p><p>essenciais para reduzir a mortalidade e melhorar o prognóstico do paciente.</p><p>Referências:</p><p>BRAUNWALD, E. Tratado de Doenças Cardiovasculares. 10ª ed. São Paulo: Elsevier, 2015.</p><p>MOCERI, P.; CHATELIER, G.; INGUIMBERT, C. et al. Management of acute myocardial</p><p>infarction. Lancet, 2022.</p><p>115ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>São critérios de transplante hepático: insuficiência hepática aguda, cirrose e neoplasia hepática.</p><p>Paciente paliativo por se tratar de CHILD C, porém com indicação ao transplante hepático. A</p><p>opção é válida em um subgrupo específico: pacientes com doença pequena e limitada, com</p><p>insuficiência hepática grave (Child-Pugh C), onde não seria possível uma ressecção parcial</p><p>devido à baixa reserva funcional hepática e com doença de base subjacente mais grave do que a</p><p>própria neoplasia, se enquadrando o paciente dentro dos critérios de Milão.</p><p>O sorafenibe é um inibidor múltiplo de várias tirosina-quinases. Tem efeito antiproliferativo maior</p><p>sobre angiogênese, com inibição focada em receptor do fator de crescimento vascular endotelial</p><p>(VEGF) e receptor do fator de crescimento</p><p>derivado de plaquetas beta (PDGFR-beta). Está</p><p>indicado no carcinoma hepatocelular (CHC) somente para doença metastática.</p><p>A radiofrequência (RFA) tem papel definido em pacientes com função hepática preservada (Child-</p><p>Pugh A e B), embora possa ser terapia de cunho paliativo em pacientes com insuficiência mais</p><p>avançada e bom desempenho. Serve também como proposta para controle de sintomas em caso</p><p>de doença pouco volumosa restrita ao fígado e desempenho proibitivo para procedimentos</p><p>maiores, como ressecção parcial ou mesmo hepatectomia; no entanto, a plaquetopenia não</p><p>contraindica o transplante.</p><p>O transplante hepático é uma opção válida em um subgrupo específico: pacientes com doença</p><p>pequena e limitada, com insuficiência hepática grave (Child-Pugh C), onde não seria possível uma</p><p>ressecção parcial devido à baixa reserva funcional hepática e com doença de base subjacente</p><p>mais grave do que a própria neoplasia, desde que o paciente se enquadre nos critérios de Milão.</p><p>Um nódulo abaixo de 5 cm ou até 3 nódulos abaixo de 3 cm segundo os critérios de Milão.</p><p>O paciente pode se beneficiar do tratamento ablativo das lesões, mas isso não contraindica o</p><p>transplante hepático de acordo com os critérios de Milão.</p><p>Referências:</p><p>ACO MORAES, PC; OLIVEIRA, P. C. Impacto do escore MELD na alocação de fígado e nos</p><p>resultados dos transplantes hepáticos: uma revisão integrativa. Brasileiros de Cirurgia, 2017.</p><p>Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-6720201700010018. Acesso em: [data de acesso].</p><p>Transplante de fígado em adultos: seleção de pacientes e avaliação pré-transplante.</p><p>Autores: UPTODATE, Lorna M Dove, MD, MPH; Robert S Brown, Jr., MD, MPH; Editor de</p><p>seção: Dr. Keith D Lindor; Editor Adjunto: Kristen M Robson, MD, MBA, FACG. Revisão de</p><p>literatura atualizada até: julho de 2024. Este tópico foi atualizado pela última vez em: 15 de maio</p><p>de 2023. Disponível em: [link]. Acesso em: [data de acesso].</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 72 de 77</p><p>116ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>Um estudo de coorte seria adequado para acompanhar um grupo de pessoas ao longo do tempo</p><p>e avaliar como as condições ambientais específicas contribuem para a incidência de dengue.</p><p>O estudo caso-controle é útil para investigar causas retrospectivas em doenças menos</p><p>frequentes.</p><p>Um estudo transversal fornece uma imagem estática de um ponto no tempo e não acompanha a</p><p>evolução dos casos.</p><p>Um estudo ecológico analisa dados em nível de população, mas não permite a associação causal</p><p>direta em indivíduos.</p><p>Um estudo experimental envolveria uma intervenção controlada, como a introdução de mosquitos</p><p>geneticamente modificados.</p><p>Referências:</p><p>LAKATOS, Eva M. Fundamentos de Metodologia Científica. 9. ed. Grupo GEN, 2021.</p><p>Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br. Acesso em: 09 ago. 2024.</p><p>WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Dengue guidelines for diagnosis, treatment,</p><p>prevention and control. Disponível em: https://www.who.int/. Acesso em: 09 ago. 2024.</p><p>117ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 73 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Alternativa correta: Realizar ultrassonografia de tireoide com Doppler para avaliação do</p><p>tamanho, características e vascularização do nódulo.</p><p>A ultrassonografia (USG) é o exame inicial mais adequado para a avaliação de um nódulo solitário</p><p>na tireoide. Ela permite determinar o tamanho, a consistência (sólido ou cístico), as margens, a</p><p>presença de microcalcificações e a vascularização do nódulo, que são características</p><p>importantes para avaliar o risco de malignidade. A USG com Doppler adiciona informações sobre</p><p>o padrão de vascularização, o que pode ajudar na distinção entre lesões benignas e malignas. De</p><p>acordo com as diretrizes recentes, a USG deve preceder outros exames, como a biópsia por</p><p>agulha fina, especialmente se o nódulo tiver características suspeitas na imagem.</p><p>As demais alternativas estão incorretas pois:</p><p>1. Recomendar a realização de cintilografia de tireoide imediatamente para avaliar</p><p>se o nódulo é funcionante (quente) ou não funcionante (frio): A cintilografia de</p><p>tireoide é útil em casos de hipertireoidismo para determinar se o nódulo é</p><p>hiperfuncionante (quente) ou hipofuncionante (frio). No entanto, como exame inicial em</p><p>nódulos tireoidianos, é menos útil, especialmente em pacientes eutireoideas, pois não</p><p>fornece informações detalhadas sobre as características morfológicas do nódulo. Além</p><p>disso, a maioria dos nódulos malignos são "frios", mas nem todos os nódulos frios são</p><p>malignos, limitando o valor diagnóstico da cintilografia isolada.</p><p>2. Solicitar biópsia por agulha fina (BAF) para análise citológica do nódulo: A BAF é</p><p>o exame padrão-ouro para a avaliação citológica de nódulos tireoidianos suspeitos. No</p><p>entanto, ela deve ser realizada após uma ultrassonografia, que ajudará a identificar</p><p>nódulos suspeitos que justificam a biópsia. Fazer a BAF sem a ultrassonografia pode</p><p>levar à omissão de informações importantes que orientam a necessidade de biopsiar o</p><p>nódulo.</p><p>3. Iniciar tratamento com levotiroxina, esperando redução do nódulo antes de</p><p>qualquer investigação adicional: A levotiroxina pode ser utilizada para tentar diminuir</p><p>nódulos benignos em algumas situações, mas iniciar o tratamento sem uma</p><p>investigação diagnóstica adequada é inadequado e pode atrasar o diagnóstico de uma</p><p>possível malignidade.</p><p>4. Observar o nódulo clinicamente por um período de seis meses antes de decidir</p><p>por qualquer intervenção diagnóstica: A observação pode ser uma opção em casos</p><p>de nódulos muito pequenos ou claramente benignos após avaliação ultrassonográfica.</p><p>No entanto, em um cenário de um nódulo solitário com histórico familiar de câncer de</p><p>tireoide, atrasar a investigação pode ser arriscado. A avaliação inicial com</p><p>ultrassonografia é essencial para a tomada de decisão adequada.</p><p>Referências:</p><p>GHARIB, H.; PAPINI, E.; PASCHKE, R. Thyroid Nodules: A Comprehensive Guide to Clinical</p><p>Management. Springer, 2019. p. 45-70.</p><p>COOPER, D. S.; ROSS, D. S. The Thyroid: A Fundamental and Clinical Text. 11. ed. Wolters</p><p>Kluwer Health, 2020. p. 210-230.</p><p>HAUGEN, B. R. Thyroid Cancer: Diagnosis and Management. Springer, 2019. p. 22-35.</p><p>118ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 74 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Ao se deparar com uma Diretiva Antecipada de Vontade (DAV), é crucial respeitar os desejos</p><p>expressos pelo paciente em relação ao seu tratamento médico, especialmente em situações</p><p>terminais. A discussão direta com a paciente permite que ela expresse seus valores e desejos,</p><p>garantindo uma compreensão mais profunda de suas escolhas.</p><p>Consultar a paciente em relação à DAV não apenas demonstra respeito à autonomia do paciente,</p><p>mas também assegura que a equipe de saúde esteja ciente de suas preferências. Este processo</p><p>ético e legal contribui para tomar decisões alinhadas com os valores e desejos do paciente,</p><p>promovendo um cuidado mais personalizado e compassivo.</p><p>As demais opções apresentam abordagens menos apropriadas em situações que envolvem</p><p>Diretivas Antecipadas de Vontade, pois ignorar os desejos do paciente, adiar decisões ou</p><p>consultar apenas a família sem envolver a paciente direta e ativamente não respeitam plenamente</p><p>a autonomia e os direitos do paciente.</p><p>Referência:</p><p>FRANÇA, Genival V. Comentários ao Código de Ética Médica. 7. ed. Grupo GEN, 2019. E-</p><p>book. ISBN 9788527735247. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527735247/. Acesso em: 01 de mar. 2024.</p><p>119ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 75 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Os cardiomiócitos atriais são estimulados pelo aumento do estiramento atrial para produzir o</p><p>peptídeo natriurético atrial (ANP).</p><p>A diminuição da reabsorção de sódio do túbulo contorcido distal e do ducto coletor cortical é um</p><p>dos efeitos do ANP, que responde ao aumento do estiramento atrial (por exemplo, na hipertensão</p><p>ou sobrecarga de volume), aumentando a natriurese e a diurese no corpo. Além de diminuir a</p><p>reabsorção de sódio, o ANP aumenta a excreção</p><p>de sódio e água por meio do aumento da TFG</p><p>via dilatação da arteríola aferente e constrição da arteríola eferente. Por fim, o ANP inibe a</p><p>secreção de renina e, portanto, o RAAS. Juntas, essas mudanças trabalham para reduzir o</p><p>volume sanguíneo, a pressão arterial e o débito cardíaco.</p><p>DISTRATORES:</p><p>O aumento da excreção de íons potássio e hidrogênio nos túbulos distais e ductos coletores do</p><p>rim, bem como a reabsorção de sódio, são efeitos da aldosterona, e não do ANP. A aldosterona é</p><p>estimulada pelo SRAA, aumento do potássio sérico, ACTH, sistema nervoso simpático e</p><p>diminuição da pressão arterial média.</p><p>O óxido nítrico (NO) resulta em vasodilatação e diminuição da agregação plaquetária. O NO é</p><p>produzido por células endoteliais vasculares em resposta a uma variedade de gatilhos, incluindo</p><p>lesão vascular e hipóxia. Embora o ANP cause vasodilatação, não tem efeito sobre a agregação</p><p>plaquetária.</p><p>O aumento da reabsorção de água livre de soluto é um efeito da vasopressina (ADH), e não do</p><p>ANP. O ADH atua aumentando a transcrição e inserção de aquaporinas nos ductos coletores</p><p>renais. O ADH é secretado se o corpo detectar aumento da osmolalidade plasmática ou</p><p>diminuição do volume sanguíneo arterial.</p><p>A vasoconstrição sistêmica e a estimulação da sede, assim como a retenção de sódio e o</p><p>aumento da reabsorção de água, são estimulados pelo SRAA, e não pelo ANP. O SRAA é ativado</p><p>em resposta à diminuição da perfusão glomerular e pelo sistema nervoso simpático renal e, na</p><p>verdade, é inibido pelo ANP.</p><p>REFERÊNCIA:</p><p>HALL, John E.; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall Fundamentos de Fisiologia.Pag.194: Grupo</p><p>GEN, 2017. 9788595151550. E-book. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151550/. Acesso em: 08 ago. 2022.</p><p>120ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 76 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>O profissional de Saúde deve desenvolver a competência de ajudar as pessoas com foco na</p><p>qualidade da vida, especialmente na Atenção Domiciliar, em que o resultado depende da</p><p>participação do sujeito e da sua capacidade de “inventar-se”, apesar da doença. A escuta</p><p>qualificada ajuda a pessoa e a família a entenderem a doença, relacionando-a com a vida para</p><p>evitar atitudes passivas diante do tratamento, responsabilizando-as e ampliando as possibilidades</p><p>clínicas do profissional.</p><p>Uma abordagem muito utilizada na prática clínica individual, útil na ampliação da clínica, e que</p><p>pode ser utilizada no cuidado do paciente em Atenção Domiciliar é o método clínico centrado na</p><p>pessoa (MCCP), caracterizado por uma metodologia sistematizada para auxiliar o profissional de</p><p>saúde a realizar a abordagem individual das pessoas. O MCCP visa encontrar a real necessidade</p><p>da pessoa em atendimento, ampliando o foco deste para todos os problemas dela – físicos,</p><p>sociais ou psicológicos, investigando a forma com que eles aparecem. Para que o profissional da</p><p>Atenção Domiciliar consiga fazer uso dessa metodologia, este precisa estabelecer com a pessoa</p><p>em atendimento os princípios de autonomia e de autocuidado, fundamentais para a clínica</p><p>ampliada.</p><p>Referência:</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.</p><p>Caderno de atenção domiciliar / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,</p><p>Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 2 v.</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 77 de 77</p><p>da</p><p>Atenção Básica: Saúde das Mulheres. Brasília, DF, 2016. 230 p.</p><p>MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações</p><p>Programáticas Estratégicas. Manual Técnico para Profissionais de Saúde – DIU com Cobre</p><p>TCu 380 A. Brasília, DF, 2018. 32 p.</p><p>LATHAM, R. H. et al. Intrauterine Devices: Mechanism of Action, Safety, and Efficacy. American</p><p>Journal of Obstetrics & Gynecology, v. 222, n. 6, p. 493-499, 2020.</p><p>12ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>A resposta correta contempla os hormônios GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas) e</p><p>hormônio folículo estimulante (FSH), pois o GnRH é sintetizado pelo hipotálamo, que estimula a</p><p>glândula hipófise a liberar os hormônios FSH e LH. Sendo GnRH o responsável por regular a</p><p>atividade das glândulas sexuais (gônadas), quaisquer alterações, como o hipogonadismo,</p><p>precisam ser investigadas e diagnosticadas. Além de haver a necessidade de realizar exame de</p><p>contagem de espermatozoide para verificar a função hipofisária para a produção de FSH.</p><p>Referência:</p><p>MOURÃO Jr., C. A. Fisiologia Humana. Grupo GEN, 2021. E-book. ISBN 9788527737401.</p><p>Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737401/. Acesso em: 20</p><p>mar. 2024.</p><p>13ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 7 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Manejo de cálculos <10 mm e sem complicações:</p><p>O tratamento clínico agudo para cólica renal ou ureteral inclui terapia conservadora, como</p><p>hidratação, analgesia (um AINE e/ou opioide) e antieméticos. Os AINEs devem ser oferecidos</p><p>como primeira linha, a menos que haja contraindicação (por exemplo, pacientes com risco de</p><p>comprometimento renal, insuficiência cardíaca, ulceração gástrica). Os AINEs parentais</p><p>fornecem alívio para a dor mais sustentado, com menos efeitos adversos, comparados aos</p><p>opioides. Pacientes com cálculos ureterais recém-diagnosticados <10 mm e que não apresentam</p><p>fatores complicadores (urosepse, dor intratável, insuficiência renal aguda iminente, obstrução de</p><p>um rim solitário ou transplantado ou obstrução bilateral) podem ser tratados de forma expectante.</p><p>Muitos cálculos ureterais <10 mm são expelidos espontaneamente, estando a taxa de expulsão</p><p>exata relacionada com o tamanho e a localização. A TCE com base em um alfabloqueador, como</p><p>a tansulosina, a alfuzosina ou a silodosina, pode ser benéfica para promover a expulsão de</p><p>cálculos ureterais distais maiores (mas ainda <10 mm); no entanto, as taxas de eficácia têm sido</p><p>questionadas. Se houver passagem espontânea dos cálculos, a maioria ocorrerá dentro de 4 a 6</p><p>semanas. Intervenção cirúrgica é indicada na presença de obstrução persistente, ausência de</p><p>movimentação do cálculo, sepse ou cólica persistente ou progressiva. Tais pacientes, em geral,</p><p>são acompanhados com exames de imagem periódicos, com uma radiografia de rins, ureteres e</p><p>bexiga (RUB) e ultrassonografia renal ou uma tomografia computadorizada (TC) sem contraste do</p><p>abdome e pelve para monitorar a posição do cálculo e o grau de hidronefrose.</p><p>REFERÊNCIA:</p><p>BMJ Best Practice. Nefrolitíase. Última atualização: 12 set. 2018.</p><p>14ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 8 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>A doença inflamatória pélvica (DIP) complicada com abscesso tubo-ovariano deve ser tratada em</p><p>ambiente hospitalar. Estudos comprovaram que a retirada do dispositivo intrauterino não é</p><p>indicada em um primeiro momento. O tratamento com antibióticos intravenosos deve ser iniciado</p><p>imediatamente ao diagnóstico da doença, não sendo necessário aguardar a cultura.</p><p>O tratamento ambulatorial aplica-se a mulheres com quadro clínico leve e exame abdominal e</p><p>ginecológico sem sinais de pelviperitonite. Os critérios para tratamento hospitalar de DIP são:</p><p>Abscesso tubo-ovariano</p><p>Gravidez</p><p>Ausência de resposta clínica após 72 horas do início do tratamento com</p><p>antibioticoterapia oral</p><p>Intolerância a antibióticos orais ou dificuldade de seguimento ambulatorial</p><p>Estado geral grave, com náuseas, vômitos e febre</p><p>Dificuldade na exclusão de emergência cirúrgica (ex.: apendicite, gravidez ectópica)</p><p>O tratamento deve ser realizado com antibioticoterapia intravenosa. Se houver piora do quadro,</p><p>considerar laparoscopia ou outros exames de imagem, como ressonância magnética ou</p><p>tomografia computadorizada, para diagnósticos diferenciais ou complicações de DIP. A</p><p>laparotomia está indicada nos casos de massas anexiais não responsivas ao tratamento ou que</p><p>se rompem. Também está indicada a culdotomia, caso o abscesso ocupe o fundo de saco de</p><p>Douglas.</p><p>Referências:</p><p>FEBRASGO. Doença Inflamatória Pélvica. 2019.</p><p>PROTOCOLOS FEBRASGO. Ginecologia n. 25. 2018.</p><p>MINISTÉRIO DA SAÚDE. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral</p><p>às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis – IST. Brasília, 2022.</p><p>15ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>As células dendríticas são células apresentadoras de antígeno, caracterizadas por processos</p><p>longos e delgados que se assemelham aos dendritos neuronais. Quando as células dendríticas</p><p>reconhecem e capturam antígenos, elas migram para os tecidos linfoides secundários, como os</p><p>linfonodos, onde elas apresentam antígenos para os linfócitos. A ligação com o antígeno ativa os</p><p>linfócitos. As células dendríticas são as principais células apresentadoras de antígeno (APCs) do</p><p>sistema imune. Elas capturam antígenos, processam-nos e apresentam fragmentos desses</p><p>antígenos, juntamente com moléculas do complexo principal de histocompatibilidade (MHC), aos</p><p>linfócitos T. Essa apresentação é crucial para o início da resposta imune adaptativa.</p><p>Referência:</p><p>SILVERTHORN, Dee U. Fisiologia humana. Porto Alegre: Grupo A, [Inserir ano de publicação].</p><p>E-book. ISBN 9788582714041. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714041/.</p><p>16ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 9 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>A dor torácica aguda grave pode ser um sintoma de várias condições potencialmente graves,</p><p>incluindo infarto agudo do miocárdio (IAM), dissecção da aorta, embolia pulmonar e outras</p><p>emergências médicas. O manejo inicial deve ser direcionado para aliviar a dor e estabilizar o</p><p>paciente enquanto se aguardam investigações diagnósticas adicionais.</p><p>A tomografia computadorizada do tórax pode ser útil em alguns casos para avaliar outras causas</p><p>de dor torácica aguda, mas não é indicada como a primeira medida no manejo de uma condição</p><p>potencialmente grave como o IAM.</p><p>A nitroglicerina sublingual é um vasodilatador coronariano comumente utilizado no tratamento da</p><p>angina e do IAM. A sua administração sublingual proporciona alívio rápido da dor torácica,</p><p>especialmente se esta for de origem cardíaca isquêmica. Portanto, iniciar nitroglicerina sublingual</p><p>para alívio imediato da dor é a conduta mais apropriada enquanto se aguarda uma avaliação</p><p>diagnóstica mais completa e o tratamento definitivo.</p><p>A prescrição de oxigênio suplementar por cânula nasal pode ser benéfica se houver suspeita de</p><p>hipoxemia, mas não é a principal intervenção para alívio da dor em um contexto de dor torácica</p><p>aguda grave.</p><p>Realizar uma ecocardiografia transtorácica pode servir para avaliar a função cardíaca, mas não é</p><p>a primeira medida a ser tomada no manejo da dor torácica aguda grave, que requer intervenções</p><p>imediatas para alívio da dor e estabilização do paciente.</p><p>A administração de um anti-inflamatório não esteroide (AINE) por via oral pode não ser eficaz o</p><p>suficiente para controlar a dor aguda e não é apropriada como primeira linha de tratamento para</p><p>condições cardiovasculares graves.</p><p>Referência:</p><p>WALLS, R. M.; HOCKBERGER, R. S; GAUSCHE-HILL, M. Chest Pain and Acute Coronary</p><p>Syndromes (Capítulo 36). In: ____________. Rosen's Emergency Medicine: Concepts and</p><p>Clinical Practice. 9th ed.</p><p>17ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>A paciente citada na questão apresenta-se em puerpério fisiológico. Porém, apresenta alto risco</p><p>para tromboembolismo venoso (obesa e com história prévia de TEV). Naquelas pacientes com</p><p>qualquer um dos fatores de alto risco persistentes para trombose,</p><p>como no caso acima, a</p><p>anticoagulação profilática com heparina não fracionada deve ser mantida pelo período completo</p><p>de puerpério (seis semanas após o parto).</p><p>Referências:</p><p>Prevenção do tromboembolismo na gestante hospitalizada e no puerpério. Protocolos Febrasgo</p><p>Obstetrícia, n° 58, 2021.</p><p>FERNANDES, Cesar Eduardo; SÁ, Felipe da Silva; SILVA FILHO, Agnaldo Lopes [et al.]. Tratado</p><p>de ginecologia Febrasgo. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019.</p><p>18ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 10 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Os coxibes são inibidores seletivos da COX-2, uma enzima envolvida na produção de</p><p>prostaglandinas inflamatórias. Enquanto a inibição da COX-2 alivia a dor e a inflamação, ela</p><p>também reduz a síntese de prostaciclina, uma prostaglandina vasodilatadora e antitrombótica que</p><p>protege o sistema cardiovascular. Ao preservar a ação da COX-1, que promove a produção de</p><p>tromboxano (um agente vasoconstritor e pró-coagulante), os coxibes criam um desequilíbrio entre</p><p>prostaciclina e tromboxano. Esse desequilíbrio favorece a vasoconstrição, aumenta a resistência</p><p>vascular periférica e a retenção de sódio e água, resultando em hipertensão, edema e maior risco</p><p>de eventos cardiovasculares, especialmente em pacientes com histórico de hipertensão.</p><p>Referência:</p><p>Hilal-Dandan, Randa, e Laurence Brunton. Manual de farmacologia e terapêutica de Goodman</p><p>& Gilman. Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd edição). Grupo A, 2015.</p><p>19ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>Temos um paciente com uma variedade de sintomas , apresentando um histórico de doenças</p><p>auto-imunes ( vitiligo e Tireoidite de Hashimoto ) evoluindo com piora dos sintomas e hipotensão.</p><p>Fraqueza, fadiga, perda ponderal, náuseas e hiperpigmentação são achados frequentes em</p><p>paciente com insuficiência adrenal primária.</p><p>Os achados laboratoriais são hiponatremia, hipercalemia, hipoglicemia e eosinofilia inexplicada.</p><p>No caso nós temos um quadro de insuficiência adrenal primária com sintomas crônicos que</p><p>evoluiu com quadro de sintomas agudos que pode ser desencadeado por insultos infecciosos ; no</p><p>caso nós temos a presença de sintomas de amigdalite com febre e presença de exsudato</p><p>purulento em amígdalas.</p><p>Nos quadros agudos a abordagem inicial, além da estabilização do paciente consiste na infusão</p><p>de hidrocortisona 100 mg IV em bolus seguido de manutenção com 50-100 mg IV de 6/6 h ,</p><p>podendo ser reduzida após 48-72 h conforme a evolução do paciente e correção do fator</p><p>precipitante.</p><p>Como temos um paciente com instabilidade hemodinâmica ( PA 80 x 40 mmHg ) , com uma crise</p><p>adrenal devemos iniciar a reposição empírica com hidrocortisona imediatamente , com</p><p>investigação após a estabilização do paciente.</p><p>Nesses pacientes , podemos ter um quadro de choque refratário à infusão de volume</p><p>necessitando do uso de corticoesteróides precocemente e não de aminas vasoativas.</p><p>O teste da cortrosina com uso de 250 microgramas endovenoso e posterior dosagem de cortisol</p><p>plasmático após 30 a 60 minutos deve ser realizado inicialmente nos pacientes com estabilidade</p><p>hemodinâmica para avaliar se há insuficiência adrenal ou não.</p><p>A avidez por sal é um sintoma comum nos pacientes com insuficiência adrenal crônica</p><p>LOSCALZO, Joseph; FAUCI, Anthony S.; KASPER, Dennis L.; et al. Medicina Interna de</p><p>Harrison. Porto Alegre: Grupo A, 2024, p. 2992-2997. E-book. ISBN 9786558040231. Disponível</p><p>em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786558040231/.</p><p>20ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 11 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>A paciente apresenta ascite e história prévia de etilismo. Além disso, tem hipoalbuminemia.</p><p>A hipoalbuminemia provocada pela deficiente síntese de albumina reduz a pressão oncótica do</p><p>plasma e concorre para a formação do edema.</p><p>REFERÊNCIAS:</p><p>COELHO, Eduardo Barbosa. Mecanismos de formação de edemas. Medicina (Ribeirão Preto), v.</p><p>37, n. 3/4, p. 189-198, 2004.</p><p>DA SILVA, LEONARDO SOARES. MANEJO PRÁTICO DA ASCITE.</p><p>BRITO, Ana Paula Santos Oliveira et al. Manejo da Ascite: revisão sistemática da</p><p>literatura. Brazilian Journal of Health Review, v. 5, n. 1, p. 3022-3031, 2022.</p><p>21ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>O paciente apresenta um quadro de diverticulite aguda complicada, classificada como estágio IV</p><p>de Hinchey, que envolve perfuração colônica com peritonite fecal difusa. Este estágio é uma</p><p>emergência cirúrgica, e a conduta padrão recomendada é a cirurgia de Hartmann. Este</p><p>procedimento envolve a ressecção do segmento de cólon perfurado, a criação de uma colostomia</p><p>terminal e o fechamento do coto retal, o que ajuda a controlar a infecção peritoneal e estabilizar o</p><p>paciente. O risco de complicações em uma anastomose primária neste contexto é elevado, razão</p><p>pela qual a cirurgia de Hartmann é preferida.</p><p>Análise dos distratores:</p><p>A drenagem percutânea pode ser indicada para abscessos localizados em estágios</p><p>menos avançados, mas não é adequada para peritonite fecal difusa.</p><p>A laparoscopia diagnóstica pode ser útil para estágios iniciais ou quando o diagnóstico é</p><p>incerto, mas a cirurgia aberta é preferida em casos de peritonite generalizada.</p><p>A observação clínica em casos de peritonite fecal é inadequada, pois pode levar à</p><p>deterioração do paciente; a intervenção cirúrgica imediata é necessária.</p><p>A anastomose primária não é recomendada em casos de peritonite fecal devido ao alto</p><p>risco de deiscência e complicações.</p><p>Referências:</p><p>AMERICAN SOCIETY OF COLON AND RECTAL SURGEONS (ASCRS). Clinical practice</p><p>guidelines for colonic diverticulitis. Diseases of the Colon & Rectum, v. 61, n. 3, p. 284-303,</p><p>2018. Disponível em:</p><p>https://journals.lww.com/dcrjournal/Fulltext/2018/03000/Clinical_Practice_Guidelines_for_Colonic.6</p><p>.aspx. Acesso em: 14 ago. 2024.</p><p>WORLD SOCIETY OF EMERGENCY SURGERY (WSES). WSES guidelines for the treatment of</p><p>acute diverticulitis. World Journal of Emergency Surgery, v. 14, p. 1-22, 2019. Disponível em:</p><p>https://wjps.springeropen.com/articles/10.1186/s13017-019-0278-2. Acesso em: 14 ago. 2024.</p><p>22ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 12 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>De acordo com o Protocolo da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) 2022, o Teste do</p><p>Coraçãozinho é utilizado para triagem de cardiopatias congênitas críticas em recém-nascidos. A</p><p>saturação de oxigênio é medida na mão direita (pré-ductal) e em um dos membros inferiores</p><p>(pós-ductal). Os valores obtidos são analisados para determinar a classificação do teste:</p><p>Teste Negativo: SpO2 maior ou igual a 95% em ambas as extremidades e diferença</p><p>menor ou igual a 3% entre as medições.</p><p>Teste Positivo: SpO2 menor ou igual a 89% em qualquer extremidade.</p><p>Teste Duvidoso: SpO2 entre 90% e 94% em qualquer extremidade ou diferença maior</p><p>ou igual a 4% entre as medições.</p><p>Portanto, a opção correta é teste positivo, deve-se realizar avaliação neonatal e cardiológica</p><p>completa.</p><p>Referência:</p><p>SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Protocolo do Teste do Coraçãozinho.</p><p>Departamento Científico de Cardiologia e Neonatologia. 2019-2021. Disponível em:</p><p>https://www.sbp.com.br. Acesso em: 23 ago. 2024</p><p>23ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>O caso trata-se de sífilis congênita e, como é relatada a impossibilidade de coletar o líquor no</p><p>serviço, não pode ser descartada a hipótese de neurossífilis. Dessa forma, o tratamento</p><p>preconizado é Penicilina Cristalina durante 10 dias, pois a penicilina cristalina é a única que</p><p>atravessa a barreira hematoencefálica em concentrações terapêuticas, o que não ocorre com as</p><p>demais penicilinas. Os exames preconizados no recém-nascido com sífilis congênita são</p><p>hemograma, RX de ossos longos, USG transfontanela (caso o líquor esteja alterado), função</p><p>hepática, glicemia, análise do líquor, além da avaliação audiológica e oftalmológica. A sífilis</p><p>congênita não tratada pode levar a complicações graves, como acometimento neurológico,</p><p>deficiência auditiva, cegueira e anomalias ósseas.</p><p>Referências:</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de</p><p>Condições Crônicas</p><p>e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes</p><p>Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis –</p><p>IST [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2022. 211 p.: il. Modo de acesso:</p><p>http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_clinico_atecao_integral_ist.pdf. ISBN 978-</p><p>65-5993-276-4.</p><p>Tratado de Pediatria / organização Sociedade Brasileira de Pediatria. 5ª ed. Barueri: Manole, 2022.</p><p>24ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 13 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>O CA-19.9 (Antígeno Carboidrato 19.9) é o marcador tumoral mais amplamente utilizado para</p><p>monitorar a recidiva e a resposta ao tratamento no câncer de pâncreas. Embora o CA-19.9 não</p><p>seja específico apenas para o câncer de pâncreas, ele é frequentemente elevado em pacientes</p><p>com esta doença e pode ser utilizado para detectar a recorrência do tumor após o tratamento. A</p><p>elevação dos níveis de CA-19.9 no seguimento de um paciente pode sugerir a recidiva da doença,</p><p>orientando a necessidade de investigação adicional e ajuste terapêutico. Outros marcadores,</p><p>como PSA, CEA, AFP e CA-125, são utilizados para outros tipos de câncer e não são indicados</p><p>para o monitoramento do câncer de pâncreas.</p><p>Referências:</p><p>NCCN Clinical Practice Guidelines in Oncology (NCCN Guidelines®) – Pancreatic</p><p>Adenocarcinoma, Version 2.2024. National Comprehensive Cancer Network, 2024. Disponível</p><p>em: https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/pdf/pancreatic.pdf. Acesso em: 20 ago.</p><p>2024.</p><p>MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne M. R. Anatomia orientada para a clínica. 8.</p><p>ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. Cap. 4, p. 256-259.</p><p>25ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 14 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>I. A maioria dos óbitos maternos registrados no Brasil é por causas evitáveis, que não refletem</p><p>necessariamente a ineficiência da atenção à saúde da mulher no período gravídico-puerperal.</p><p>(CORRETA) – Geralmente, os óbitos maternos são causados por complicações evitáveis e</p><p>muitas vezes refletem desafios na assistência à saúde da mulher durante a gravidez, o parto e o</p><p>pós-parto. A ineficiência dos serviços de saúde pode contribuir para esses óbitos.</p><p>II. Um indicador de mortalidade materna é a razão entre o número de óbitos maternos em</p><p>decorrência da gestação ou parto e o número de crianças nascidas vivas no mesmo período.</p><p>(CORRETA) – A razão de mortalidade materna é de fato calculada dessa forma, relacionando o</p><p>número de óbitos maternos ao número de nascidos vivos, sendo um indicador-chave para avaliar</p><p>a qualidade da assistência materna.</p><p>III. No período gestacional, a realização de 6 ou mais consultas pré-natais é um indicador de</p><p>qualidade da assistência. (CORRETA) – O adequado acompanhamento pré-natal, com um</p><p>mínimo de 6 consultas, é considerado um indicador de boa qualidade da assistência materna,</p><p>permitindo a identificação precoce de possíveis complicações e o planejamento do parto.</p><p>IV. A inclusão de acompanhantes de livre escolha da mulher, nas unidades hospitalares, durante</p><p>o pré-parto, o parto e o pós-parto é um indicador de humanização da atenção ao parto.</p><p>(CORRETA) – A presença de acompanhantes escolhidos pela mulher durante o ciclo gravídico-</p><p>puerperal contribui para humanizar o atendimento, fortalecer o vínculo mãe-bebê e garantir maior</p><p>conforto emocional durante o processo de parto e pós-parto.</p><p>Referências:</p><p>CASTRO, Lúcia Maria Xavier de; SIMONETTI, Maria Cecília Moraes; ARAÚJO, Maria José de</p><p>Oliveira. Monitoramento e acompanhamento da Política Nacional de Atenção Integral à</p><p>Saúde da Mulher PNAISM e do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres PNPM.</p><p>Brasília; s.n; nov. 2015. 46 p. Folhetotab. Disponível em:</p><p>https://pesquisa.bvsalud.org/bvsms/resource/pt/mis-37905. Acesso em: 27 mar. 2024.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações</p><p>Programáticas Estratégicas. Política nacional de atenção integral à saúde da mulher:</p><p>princípios e diretrizes. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. 80p.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília: MS; 2012.</p><p>(Caderno de Atenção Básica n. 32).</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Portaria no 569, de 1o de junho de 2000. Institui o Programa</p><p>de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN). Diário Oficial da União; 2000.</p><p>26ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 15 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Essa paciente apresenta um quadro clínico clássico de Síndrome HELLP, onde a diminuição dos</p><p>níveis de plaquetas, menores que 100.000, é um sinal comum, assim como a redução do</p><p>fibrinogênio e o aumento do tempo de protrombina. O comprometimento hepático se manifesta</p><p>inicialmente com a elevação das enzimas hepáticas (TGO e TGP), e clinicamente chama a</p><p>atenção a presença de icterícia (aumento da bilirrubina direta). A alteração principal e mais</p><p>precoce é a trombocitopenia, sendo que as alterações de protrombina, tromboplastina e</p><p>fibrinogênio ocorrem em fases mais avançadas.</p><p>Referência:</p><p>FERNANDES, Cesar Eduardo; SILVA DE SÁ, Marcos Felipe; MARIANI NETO, Corintio (Coord.).</p><p>Tratado de obstetrícia Febrasgo. 1. ed. [Reimpr.]. Rio de Janeiro: GEN | Grupo Editorial</p><p>Nacional, 2021. il. Capítulo 29, p. 270-276.</p><p>27ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>Iniciar inibidor da bomba de prótons em dose plena e recomendar perda de peso, evitando</p><p>alimentos desencadeantes, para controle efetivo dos sintomas e melhora a longo prazo é a</p><p>resposta correta. Inibidores da bomba de prótons são o tratamento de escolha para DRGE,</p><p>associados a mudanças no estilo de vida, como perda de peso e evitar alimentos que</p><p>desencadeiam os sintomas.</p><p>Ressalta-se ainda:</p><p>Antiácidos oferecem alívio rápido, mas não tratam a causa subjacente da DRGE.</p><p>Alterações no estilo de vida são fundamentais para o manejo efetivo a longo prazo.</p><p>Bloqueadores H2 são menos eficazes do que inibidores da bomba de prótons. Uma</p><p>dieta líquida não é uma abordagem prática ou eficaz a longo prazo.</p><p>Procinéticos não são o tratamento inicial preferido para DRGE, a menos que haja</p><p>evidência de esvaziamento gástrico retardado, e inibidores da bomba de prótons são</p><p>mais eficazes.</p><p>Cirurgia é indicada para casos refratários ao tratamento medicamentoso ou preferida</p><p>por pacientes que não desejam medicamentos a longo prazo, não como primeira linha</p><p>de tratamento.</p><p>Referência:</p><p>DANI, Renato; PASSOS, Maria do Carmo Friche. Gastroenterologia essencial. 4. ed. Rio de</p><p>Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 1006 p.</p><p>28ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 16 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Área: Ginecologia e Obstetrícia</p><p>Subárea: Obstetrícia. Assistência Pré-Natal</p><p>Tema: Diabetes Gestacional</p><p>A dosagem da glicose de jejum é o método utilizado atualmente para o diagnóstico do diabetes</p><p>gestacional. Dosagem acima de 92 mg/dL e inferior a 126 mg/dL, na primeira consulta, permite</p><p>fazer o diagnóstico de diabetes gestacional. Essa definição inclui o diagnóstico realizado pela</p><p>primeira vez na gravidez. Basta dosar uma única vez no início da gravidez. Quando o resultado é</p><p>inferior a 92 mg/dL, é necessário realizar o Teste de Tolerância à Glicose com 75 g, entre 24-28</p><p>semanas de gestação. A hemoglobina glicada não serve para o diagnóstico do diabetes</p><p>gestacional.</p><p>REFERÊNCIA:</p><p>Cunningham, F.G., Leveno, K.J., Bloom, S.; JL. Williams. Obstetrics. 26th Ed. Mc Graw Hill. New</p><p>York, 2022.</p><p>29ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 17 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>O derrame pleural neoplásico representa metástase do tumor primário pulmonar, portanto a</p><p>doença se encontra no estágio IV.</p><p>O derrame pleural não configura invasão local, e sim metástase.</p><p>Segue o estadiamento em detalhes, para justificar as demais alternativas, como incorretas.</p><p>Referências:</p><p>Imaging of Lung Cancer Staging. Semin Respir Crit Care Med, v. 43, p. 862-873, 2022.</p><p>FILHO, Darcy Ribeiro P.; CAMARGO, José J. Cirurgia Torácica Contemporânea. Rio de</p><p>Janeiro: Thieme Brazil, 2019.</p><p>p. 279-284. E-book. ISBN 9788554651909. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788554651909/.</p><p>30ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 18 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>A síndrome de Down, também conhecida como trissomia do cromossomo 21, ocorre devido a</p><p>uma alteração no número de cromossomos, onde há uma cópia extra do cromossomo 21. Isso</p><p>resulta em um total de 47 cromossomos em vez dos 46. A maioria dos casos de síndrome de</p><p>Down é causada por essa trissomia, que ocorre devido a um erro na divisão celular durante a</p><p>formação dos gametas (óvulo ou espermatozoide). Outras opções listadas, como mutações</p><p>pontuais, deleções, duplicações e translocações, são associadas a outras síndromes genéticas,</p><p>mas não à síndrome de Down.</p><p>Referências:</p><p>ALLEN, E. G.; RUSSELL, M.; HALL, J. G. Genética médica: uma introdução. 2. ed. São Paulo:</p><p>Editora Atheneu, 2020. Cap. 7, p. 245-258.</p><p>MALINOWSKI, K. R.; ZANARDI, A. S. Genética e genética molecular: princípios e práticas. 3.</p><p>ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019. Cap. 5, p. 301-315.</p><p>MORGAN, T. H.; BAKER, M. B. Genetics: analysis and principles. 4. ed. Cambridge: Cambridge</p><p>University Press, 2016. Cap. 8, p. 113-130. 4. NIH - NATIONAL INSTITUTES OF HEALTH. Down</p><p>syndrome. Disponível em: https://www.nih.gov/health-information/down-syndrome. Acesso em:</p><p>20 ago. 2024.</p><p>31ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>Esta questão aborda um caso clínico típico de parasitose intestinal em crianças, com sintomas</p><p>clássicos como prurido anal noturno, que é altamente sugestivo de Enterobius vermicularis.</p><p>Enterobius vermicularis (oxiúro): É o parasita mais comum em crianças, causando</p><p>prurido anal intenso devido à deposição de ovos na região perianal durante a noite.</p><p>Outros sintomas como dor abdominal e emagrecimento podem estar presentes, mas</p><p>são menos específicos.</p><p>As demais opções:</p><p>Giardia lamblia: Geralmente causa diarreia crônica, má absorção e</p><p>distensão abdominal.</p><p>Entamoeba histolytica: Pode causar diarreia sanguinolenta e abscessos</p><p>hepáticos.</p><p>Ascaris lumbricoides: Pode causar dor abdominal, vômitos e obstrução</p><p>intestinal, mas o prurido anal não é um sintoma característico.</p><p>Cryptosporidium parvum: Causa diarreia aquosa, frequentemente em</p><p>imunocomprometidos.</p><p>Referência:</p><p>JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. v</p><p>2. Editora Manole, 2021. Ebook.</p><p>32ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 19 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>A torção testicular é uma emergência urológica que requer intervenção cirúrgica imediata para</p><p>preservar a viabilidade do testículo. O tempo é um fator crucial, pois a viabilidade do testículo</p><p>diminui significativamente após seis horas de isquemia. Embora o ultrassom com Doppler seja útil</p><p>para confirmar o diagnóstico, a decisão de operar deve ser baseada na suspeita clínica,</p><p>especialmente em casos de alta probabilidade de torção testicular. A observação prolongada ou o</p><p>tratamento sintomático atrasam o tratamento definitivo, aumentando o risco de perda do testículo.</p><p>No câncer de testículo, pode não haver dor. A massa tem um início gradual e pode ser um</p><p>achado incidental ao exame físico. Nem sempre está associada à dor testicular de início súbito,</p><p>exceto quando há epidídimo-orquite ou hemorragia intratumoral.</p><p>Na hérnia inguinal, pode haver uma história de levantamento de peso ou cirurgia prévia. Pode-se</p><p>detectar uma massa no canal inguinal que pode ser não redutível. Edema inguinoescrotal com</p><p>incapacidade de apalpar o cordão espermático na parte superior pode estar presente. Ao exame</p><p>físico, pode-se observar um posicionamento normal e um reflexo cremastérico preservado.</p><p>Na orquite/epididimite, a dor é localizada na parte inferior e posterior do testículo. A dor e o edema</p><p>geralmente se desenvolvem ao longo de alguns dias, diferentemente da torção testicular, que tem</p><p>início súbito. O epidídimo pode ser sentido como uma estrutura tubular situada na face posterior</p><p>dos testículos. Na epidídimo-orquite, haverá um aumento difuso dos testículos.</p><p>Micções frequentes e dolorosas são características comuns da infecção do trato urinário inferior,</p><p>que pode estar associada à epididimite.</p><p>Referências:</p><p>BMJ Best Practice. Torção testicular. 03 de abril de 2024. Disponível em:</p><p>https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/3000123. Acesso em: 26 ago. 2024.</p><p>DOENÇAS cirúrgicas da criança e do adolescente. Coordenação Uenis Tannuri, Ana Cristina</p><p>Aoun Tannuri. 2. ed. Barueri, SP: Manole, 2020.</p><p>33ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 20 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>REFERÊNCIA</p><p>HERRING, Guilherme. Radiologia Básica - Aspectos Fundamentais . [Digite o Local da Editora]:</p><p>Grupo GEN, 2021. E-book. ISBN 9788595158719. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595158719/. Acesso em: 03 mar. 2023.</p><p>Página 2: no RX o ar é o tom mais escuro possível (menos denso). Líquidos (p. ex., sangue) e</p><p>tecidos moles (p. ex., músculo) têm a mesma densidade nas radiografias convencionais,</p><p>aparecem mais brancas, pois tem densidade maior.</p><p>Página 3: Substâncias menos densas, que absorvem menos raios X, têm números de TC baixos.</p><p>Diz-se que elas apresentam atenuação diminuída e são exibidas como densidades mais escuras</p><p>nas imagens de TC. Nas radiografias convencionais, essas substâncias (como ar e gordura)</p><p>também parecem mais pretas e têm densidade diminuída (ou maior radiolucência).</p><p>Página 61: À medida que o derrame subpulmonar aumenta em volume, ele primeiro preenche e,</p><p>assim, vela o seio costofrênico posterior, visível na incidência em perfil do tórax. Isso ocorre com</p><p>aproximadamente 75 mℓ de líquido. Quando o derrame alcança um volume de cerca de 300 mℓ,</p><p>vela o seio costofrênico lateral, visível na radiografia de tórax em PA.</p><p>Página 65: derrame pleural se acumula na região dorsal.</p><p>Página 280: a identificação da linha pleural visceral no RX do tórax faz o diagnóstico definitivo de</p><p>um pneumotórax.</p><p>Página 281: na TC do tórax o paciente encontra-se em decúbito dorsal, no pneumotórax o ar</p><p>acumula anteriormente.</p><p>34ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>A hiperplasia adrenal congênita devido à deficiência de 21-hidroxilase resulta em uma interrupção</p><p>na produção de cortisol e aldosterona, com acúmulo de 17-hidroxiprogesterona, que é convertida</p><p>em andrógenos. Esse excesso de andrógenos causa virilização dos genitais em recém-nascidos.</p><p>O tratamento inicial adequado para HAC com genitália ambígua é a administração de</p><p>glicocorticoides (como a hidrocortisona) para substituir o cortisol deficiente e reduzir a produção</p><p>excessiva de andrógenos, ajudando a normalizar a ambiguidade genital e prevenir complicações</p><p>associadas. As outras alternativas são incorretas, pois abordam deficiências enzimáticas e</p><p>tratamentos que não se aplicam corretamente ao contexto da HAC associada à deficiência de 21-</p><p>hidroxilase.</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 21 de 77</p><p>Referências:</p><p>JUNQUEIRA, Luiz Carlos U.; CARNEIRO, José. Histologia Básica: Texto e Atlas. Rio de</p><p>Janeiro: Grupo GEN, 2023. E-book. ISBN 9788527739283. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527739283/. Acesso em: 26 jul. 2024.</p><p>CAMPOS JÚNIOR, Dioclécio; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de</p><p>pediatria. v.1. Barueri: Editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555767476/. Acesso em: 26 jul. 2024.</p><p>35ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 22 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Resposta correta: Preparação – a pessoa passa a dar os primeiros passos para a cessação do</p><p>tabagismo. O médico deve realizar uma entrevista motivacional, que ajude o paciente a</p><p>reconhecer e fazer algo a respeito de seu problema.</p><p>Resposta comentada: O modelo transteórico comportamental de Proschaska et al. classifica as</p><p>pessoas em cinco estágios de mudança:</p><p>1. Pré-contemplação: A pessoa não cogita parar de fumar, mesmo sendo aconselhada</p><p>sobre os benefícios</p><p>da cessação do tabagismo. O profissional deve realizar uma</p><p>abordagem mínima, frisando a importância de parar de fumar e os benefícios</p><p>associados, para que a pessoa possa considerar a ideia.</p><p>2. Contemplação: A pessoa admite que fumar é um problema, mas tem medo de dar os</p><p>primeiros passos para parar. O fumante demonstra ambivalência quanto à mudança.</p><p>Nesse estágio, a pessoa está mais suscetível à mudança, precisando de apoio,</p><p>estímulo e orientação. Identificar barreiras e esclarecer dúvidas são fundamentais.</p><p>3. Preparação: A pessoa começa a tomar medidas para cessar o tabagismo, como</p><p>controlar o número de cigarros fumados, estabelecer horários para fumar ou buscar</p><p>ajuda profissional. O médico pode utilizar a entrevista motivacional para ajudar a</p><p>pessoa a reconhecer e agir sobre seus problemas, incluindo o processo de</p><p>ambivalência em relação à mudança de comportamento.</p><p>4. Ação: A pessoa adota atitudes específicas e para de fumar. O profissional deve</p><p>estimular a mudança, entender o processo e abordar os riscos de recaída. É</p><p>importante parabenizar a pessoa por essa conquista, destacando os benefícios</p><p>percebidos desde a interrupção do tabagismo.</p><p>5. Manutenção: A pessoa deve prevenir recaídas, utilizando estratégias aprendidas.</p><p>Destacar os benefícios da cessação do tabagismo é fundamental para a manutenção</p><p>da mudança.</p><p>Entrevista motivacional: Para pacientes com ambivalência em relação ao tabagismo, a</p><p>entrevista motivacional é uma técnica útil para auxiliar na mudança de comportamento.</p><p>É recomendada a revisão da história pessoal e avaliação detalhada dos medicamentos em uso,</p><p>especialmente para evitar interações medicamentosas. Por exemplo, a bupropiona é</p><p>contraindicada para pessoas com antecedentes de crises convulsivas, como no caso de</p><p>pacientes epilépticos.</p><p>Referências:</p><p>GUSSO, Gustavo; LOPES, José M. C.; DIAS, Lêda C. Tratado de medicina de família e</p><p>comunidade: princípios, formação e prática. Porto Alegre: Grupo A, 2019. 2 v. E-book. ISBN</p><p>9788582715369. Cap. 242. Disponível em: Minha Biblioteca. Acesso em: 25 jul. 2024.</p><p>GUSSO, Gustavo; LOPES, José M. C.; DIAS, Lêda C. Tratado de medicina de família e</p><p>comunidade: princípios, formação e prática. Porto Alegre: Grupo A, 2019. 2 v. E-book. ISBN</p><p>9788582715369. Cap. 75. Disponível em: Minha Biblioteca. Acesso em: 25 jul. 2024.</p><p>36ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 23 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Estamos diante de um paciente com fatores de risco para o desenvolvimento de insuficiência</p><p>renal, que apresenta elevação das escórias nitrogenadas associada a hipercalemia confirmada</p><p>laboratorialmente, além de critérios de hipercalemia grave.</p><p>O potássio é um íon predominantemente intracelular, com faixa normal geralmente entre 3,5 e 5,0</p><p>mmol/L.</p><p>Em casos em que há alterações eletrocardiográficas, como a presença de ondas T apiculadas, a</p><p>situação é considerada grave. Nessas situações, antes de adotar medidas para reduzir a calemia,</p><p>é necessário realizar uma terapia para estabilizar os efeitos elétricos na excitação das células</p><p>cardíacas.</p><p>O gluconato de cálcio a 10% deve ser infundido com o objetivo de agir sobre a excitabilidade</p><p>cardíaca. Embora não tenha efeito na redução da hipercalemia, deve ser a primeira medida</p><p>adotada em casos de hipercalemia grave, sendo, portanto, a alternativa correta.</p><p>A terapia renal substitutiva (hemodiálise) para casos de hipercalemia deve ser considerada</p><p>naqueles com hipercalemia refratária a outras medidas, como o uso de glicoinsulinoterapia</p><p>(também conhecida como solução polarizante), agonistas beta-adrenérgicos ou bicarbonato de</p><p>sódio.</p><p>A furosemida, um diurético de alça, atua reduzindo o potássio do organismo por meio da</p><p>eliminação renal. Deve ser usada em casos de função renal normal ou moderadamente</p><p>comprometida, bem como em casos em que o paciente apresente diurese.</p><p>Referência:</p><p>GOLDMAN, Lee; SCHAFER, Andrew I. Goldman-Cecil Medicina. Rio de Janeiro: Grupo GEN,</p><p>2022. p. 800-805. E-book. ISBN 9788595159297. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595159297/.</p><p>37ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 24 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Incorreto. A criança apresenta sinais de gravidade, como saturação de oxigênio < 90%, taquipneia</p><p>e retração subcostal, indicando necessidade de internação imediata para monitoramento e</p><p>tratamento adequado. Observar em casa pode colocar o paciente em risco.</p><p>Incorreto. Embora os broncodilatadores possam ser usados em situações específicas, a</p><p>presença de sinais de insuficiência respiratória (saturação de 89%, taquipneia) exige internação e</p><p>suporte ventilatório. A conduta ambulatorial não é adequada.</p><p>Incorreto. A bronquiolite é uma infecção viral, e o uso de antibióticos não é indicado a menos que</p><p>haja suspeita de coinfecção bacteriana, o que não é claramente sugerido no quadro apresentado.</p><p>Além disso, o quadro exige internação, não apenas tratamento ambulatorial.</p><p>Correto. A saturação de oxigênio abaixo de 90%, taquipneia (60 irpm), e retração subcostal são</p><p>sinais de gravidade que indicam insuficiência respiratória. A internação é necessária para oferecer</p><p>oxigenoterapia e monitorar a evolução do quadro, prevenindo complicações.</p><p>Incorreto. Embora o corticosteroide possa ser considerado em situações muito específicas, ele</p><p>não é recomendado rotineiramente em bronquiolite. Manter a criança em observação na sala de</p><p>emergência sem indicar internação pode atrasar o tratamento adequado, considerando os sinais</p><p>de gravidade.</p><p>Referências:</p><p>JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. 5ª</p><p>edição. Barueri -SP: editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476.</p><p>Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. (2013).</p><p>Protocolo de Manejo Clínico da Infecção Respiratória Aguda Grave Potencialmente Causada pelo</p><p>Vírus Influenza. Brasília: Ministério da Saúde.</p><p>Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). (2017). Diretrizes para o Manejo da Bronquiolite Aguda.</p><p>São Paulo: SBP.</p><p>38ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 25 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Proporcionar um ambiente seguro e acolhedor, explicando todos os procedimentos e</p><p>obtendo o consentimento informado antes de qualquer intervenção.</p><p>Justificativa:</p><p>O atendimento a uma mulher vítima de violência sexual deve ser conduzido com extrema</p><p>sensibilidade e respeito aos princípios éticos e legais. A prioridade deve ser:</p><p>1. Ambiente seguro e acolhedor: Proporcionar um ambiente seguro e acolhedor é</p><p>fundamental para que a paciente se sinta confortável e possa relatar o ocorrido sem</p><p>medo de julgamento ou represálias.</p><p>2. Consentimento informado: Explicar todos os procedimentos de forma clara e obter o</p><p>consentimento informado antes de qualquer intervenção é essencial. A paciente deve</p><p>ter autonomia sobre o que será feito em seu corpo e deve estar ciente das opções</p><p>disponíveis.</p><p>3. Respeito à autonomia: Respeitar a autonomia da paciente é um princípio ético</p><p>fundamental. Isso inclui respeitar sua decisão de aceitar ou recusar qualquer parte do</p><p>atendimento, incluindo a coleta de evidências forenses e a notificação às autoridades.</p><p>4. Evitar revitimização: O médico deve evitar qualquer ação que possa causar</p><p>revitimização, como realizar procedimentos invasivos sem o consentimento ou omitir</p><p>informações importantes sobre o processo de atendimento e suas opções.</p><p>5. Informação e apoio: Informar a paciente sobre a disponibilidade de apoio psicológico e</p><p>social, além das medidas profiláticas para doenças sexualmente transmissíveis e</p><p>contracepção de emergência, mas sempre respeitando sua escolha de aceitar ou não</p><p>essas intervenções.</p><p>Referência:</p><p>SANTOS, Adriano Paião dos. Urgências e Emergências em Ginecologia e Obstetrícia. Barueri:</p><p>Editora Manole, 2018. E-book. ISBN 9786555762198. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555762198/. Acesso em: 08 ago. 2024.</p><p>39ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>A alternativa “Recomendar uma dieta rica em frutas,</p><p>vegetais e alimentos orgânicos” é a mais</p><p>adequada. Essa resposta está alinhada com os conceitos de saúde planetária, que envolvem a</p><p>interconexão entre a saúde humana e a saúde do planeta. Nesse contexto, recomendar uma dieta</p><p>rica em alimentos naturais, como frutas, vegetais e alimentos orgânicos, não só promove a saúde</p><p>individual de João, mas também contribui para a redução da pegada ambiental. A produção de</p><p>alimentos orgânicos geralmente envolve práticas agrícolas mais sustentáveis, com menor uso de</p><p>agrotóxicos e menor impacto ambiental em comparação com a produção convencional. As outras</p><p>opções não estão diretamente relacionadas às preocupações ambientais e de saúde global.</p><p>Considerando que os principais fatores de risco associados às doenças crônicas são dieta,</p><p>sedentarismo e poluição ambiental, os profissionais de APS podem fazer recomendações clínicas</p><p>que promovam o gerenciamento dos fatores de risco evitáveis.</p><p>Referência:</p><p>DUCAN, B. B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em</p><p>evidências. Disponível em: Minha Biblioteca, (5ª edição). Grupo A, 2022. (Cap. 6).</p><p>40ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 26 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Cetoacidose diabética é uma complicação grave que pode ocorrer na evolução do diabetes</p><p>mellitus tipo 1 e 2. Apresenta-se com poliúria, polidipsia e desidratação decorrente de glicosúria;</p><p>perda de peso; dor abdominal; náuseas; vômitos; taquipneia (respiração de Kussmaul); e</p><p>alteração do estado de consciência devido à cetonúria. Critérios laboratoriais incluem glicemia ></p><p>200 mg/dL, pH < 7,3 com bicarbonato sérico < 15 mEq/L, cetonemia (< 3 mmol/L) e cetonúria (></p><p>80 mg/dL). A terapêutica inicial deve ser a fluidoterapia na primeira hora. A insulinoterapia só deve</p><p>ser iniciada após 1 hora de reposição volêmica adequada. As principais complicações são</p><p>hipoglicemia e edema cerebral.</p><p>Incorreta: Abdome agudo. Não há febre, o abdome é indolor e há história de início há 3 semanas.</p><p>Incorreta: Intoxicação por salicilato. Pode levar à acidose, mas a história seria aguda e não de 3</p><p>semanas.</p><p>Incorreta: Sepse. Embora a sepse possa ser uma causa de descompensação no diabetes tipo 1,</p><p>não há febre, disúria ou outros sintomas sugestivos de quadro infeccioso.</p><p>Referência:</p><p>MARTIN, J. G.; CARPI, M. F.; FIORETTO, J. R. Manual de Emergência em Pediatria. 1ª ed.</p><p>Rio de Janeiro: Atheneu, 2022. p. 477-484.</p><p>41ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 27 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>A resposta correta é “Elaborar um plano de ação baseado em mapas de risco que identifiquem as</p><p>vulnerabilidades específicas e peculiaridades culturais de cada aldeia.” A territorialização de</p><p>riscos em distritos sanitários, especialmente em contextos indígenas, requer uma análise</p><p>detalhada das especificidades locais. O uso de mapas de risco permite identificar as</p><p>vulnerabilidades de cada território, levando em consideração fatores geográficos, sociais, culturais</p><p>e ambientais.</p><p>A opção “Aplicar um protocolo de atendimento para toda a população do Distrito Sanitário Especial</p><p>Indígena, priorizando a padronização dos serviços.” pode ser limitada, pois não considera as</p><p>particularidades de cada aldeia e seus riscos específicos. A padronização pode não ser eficaz</p><p>para atender às necessidades variadas das comunidades indígenas.</p><p>A opção “Concentrar os esforços nas aldeias com maior número de habitantes em um primeiro</p><p>momento, seguindo os dados atualizados do CENSO dos povos originários.” tem limitações,</p><p>aldeias menores podem enfrentar riscos específicos que merecem atenção. Ignorá-las pode</p><p>resultar em lacunas na assistência.</p><p>A opção “Basear as estratégias de intervenção em dados amplos e abrangentes, com foco em</p><p>diretrizes nacionais, como principal referência para o planejamento.” Tem suas peculiaridades,</p><p>pois embora dados amplos sejam importantes, a abordagem deve ser complementada com</p><p>informações específicas de cada aldeia. Apenas seguir diretrizes nacionais pode não ser</p><p>suficiente.</p><p>A opção “Priorizar intervenções voltadas a doenças transmissíveis, considerando-as o principal</p><p>fator de risco a ser abordado nas comunidades.” traz uma abordagem minimizada, embora</p><p>doenças transmissíveis sejam relevantes, outras questões de saúde também devem ser</p><p>consideradas. Uma abordagem mais abrangente é necessária.</p><p>Referências:</p><p>GUSSO, Gustavo; LOPES, José M C.; DIAS, Lêda C. Tratado de medicina de família e</p><p>comunidade - 2 volumes: princípios, formação e prática. Porto Alegre: Grupo A, 2019. E-</p><p>book. ISBN 9788582715369. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715369/.</p><p>42ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>A doença do refluxo gastroesofágico é frequentemente causada por um relaxamento inadequado</p><p>do esfíncter esofágico inferior, o que permite que o conteúdo ácido do estômago reflua para o</p><p>esôfago. Isso leva a sintomas como dor epigástrica e regurgitação, e a endoscopia pode revelar</p><p>erosões na mucosa esofágica devido à exposição ao ácido gástrico.</p><p>Referência:</p><p>HANSEL, Donna E.; DINTZIS, Renee Z. Fundamentos de Rubin - Patologia. Rio de Janeiro:</p><p>Grupo GEN, 2007. E-book. ISBN 978-85-277-2491-3. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2491-3/. Acesso em: 26 jul. 2024.</p><p>43ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 28 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>A síndrome nefrítica aguda geralmente se apresenta com o início súbito de hematúria (macro ou</p><p>microscópica), proteinúria pouco intensa, diminuição da taxa de filtração glomerular (variedade de</p><p>graus de insuficiência renal) e retenção de sódio e água. Esses sintomas frequentemente</p><p>resultam em pressão arterial elevada e edema. Em crianças, a causa mais comum de síndrome</p><p>nefrítica aguda é a glomerulonefrite pós-estreptocócica.</p><p>Referência:</p><p>JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de Pediatria. v.</p><p>2. Barueri: Editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767483. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555767483/. Acesso em: 09 ago. 2024.</p><p>44ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 29 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>A fórmula de Parkland é um método consagrado para o cálculo da reposição hídrica em pacientes</p><p>com grandes queimaduras, baseando-se na extensão da área queimada e no peso do paciente. A</p><p>fórmula recomenda 4 mL de solução cristaloide (como Ringer lactato) por quilo de peso corporal</p><p>por porcentagem de área corporal queimada (%SCQ) nas primeiras 24 horas. Metade desse</p><p>volume deve ser administrada nas primeiras 8 horas após a queimadura (contadas a partir do</p><p>momento do acidente) e a outra metade, nas 16 horas restantes. Esta abordagem ajuda a repor</p><p>as perdas líquidas ocasionadas pela queimadura, evitando tanto a hipovolemia quanto a</p><p>sobrecarga hídrica.</p><p>Incorreta: A fórmula de Holiday-Segar, por ter quantidades insuficientes de sódio, leva à infusão</p><p>de solução hipoosmolar, acarretando grandes perdas para o interstício.</p><p>Correta: Calcular a necessidade de fluidos com a fórmula de Parkland, utilizando soro fisiológico a</p><p>0,9%, administrando metade do volume em 8 horas e a outra metade nas 16 horas seguintes. Em</p><p>crianças abaixo de 30 kg, acrescentar soro de manutenção com glicose.</p><p>A fórmula recomenda 4 mL de solução cristaloide (como Ringer lactato) por quilo de peso corporal</p><p>por porcentagem de área corporal queimada (%SCQ) nas primeiras 24 horas. Metade desse</p><p>volume deve ser administrada nas primeiras 8 horas após a queimadura (contadas a partir do</p><p>momento do acidente) e a outra metade nas 16 horas restantes. Em crianças abaixo de 30 kg,</p><p>acrescentar hidratação de manutenção com soro glicosado, evitando hipoglicemia.</p><p>Incorreta: Utilizar solução glicosada a 5% + soro fisiológico a 0,9% (1:1) usando a fórmula de</p><p>Holiday-Segar, administrando em 8 horas e o restante nas 16 horas seguintes.</p><p>Incorreta: A restrição de volume não está indicada, pois as perdas de volume para o interstício</p><p>podem acarretar hipovolemia, piora da perfusão</p><p>das áreas queimadas e até choque hipovolêmico,</p><p>devido ao aumento das necessidades hídricas.</p><p>Incorreta: O soro fisiológico é o tipo de fluido recomendado, e a fórmula de Parkland deve ser</p><p>utilizada em grandes queimados.</p><p>Esta abordagem ajuda a repor as perdas líquidas ocasionadas pela queimadura, evitando tanto a</p><p>hipovolemia quanto a sobrecarga hídrica.</p><p>Referências:</p><p>NELSON. Tratado de Pediatria - Richard E. Behrman, Hal B. Jenson, Robert Kliegman. 21ª</p><p>Edição. 2022.</p><p>Costa DMC, Lemos ATO, Bertolin R. Reparação volêmica na criança queimada. Revista Médica</p><p>de Minas Gerais. 2020; 30(3):1-8. Disponível em: https://rmmg.org/artigo/detalhes/1818.</p><p>45ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 30 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Gestantes/parturientes colonizadas pelo estreptococo do grupo B (EGB) na vagina e/ou no reto</p><p>podem transmitir esse germe oportunista aos seus recém-nascidos. Portanto, a colonização</p><p>materna pelo EGB no momento do parto constitui um importante fator de risco para a transmissão</p><p>vertical dessa bactéria e o desenvolvimento da doença estreptocócica neonatal. O rastreio de</p><p>todas as gestantes, por meio da cultura vaginal e endoanal, visa identificar aquelas colonizadas</p><p>pelo EGB e instituir a antibioticoprofilaxia intraparto, reduzindo a transmissão da bactéria e a</p><p>incidência da doença estreptocócica neonatal, com consequente redução na letalidade dessa</p><p>doença.</p><p>Gestantes que apresentaram urocultura positiva para EGB em qualquer idade gestacional da</p><p>gravidez em curso devem receber antibioticoprofilaxia intraparto, pois é considerada colonização</p><p>maciça pelo EGB.</p><p>Referências:</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Gestação de Alto Risco. Brasília, 2022.</p><p>FEBRASGO. Guia prático: infecções no ciclo grávido-puerperal. São Paulo: Federação</p><p>Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), 2016. Disponível em:</p><p>https://www.febrasgo.org.br/media/k2/attachments/02-</p><p>INFECCOyES_NO_CICLO_GRAVIDO_PUERPERAL.pdf. Acesso em: 25 jul. 2024.</p><p>46ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>A paciente apresentou até a quinta hora do registro uma discinesia uterina, caracterizada por</p><p>contrações ineficazes (somente 2 contrações por hora). Nessa paciente, tentou-se corrigir a</p><p>discinesia com a aplicação de ocitocina. As contrações melhoraram, porém a paciente evoluiu</p><p>com a parada de progressão fetal ou parada de dilatação, por provável distocia de trajeto (pelve)</p><p>ou distocia de objeto (feto), ultrapassando a linha de atenção e de alerta e evoluindo com</p><p>sofrimento fetal. Será necessário realizar uma cesariana.</p><p>A taquissistolia é caracterizada por contrações uterinas muito frequentes (mais de 5 contrações</p><p>em 10 minutos), o que não corresponde à descrição da questão.</p><p>Referência:</p><p>CUNNINGHAM, F. Gary et al. Obstetrícia de Williams. 26. ed. New York: McGraw Hill, 2022.</p><p>47ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 31 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>A leucemia linfoblástica aguda (LLA) é um tipo de câncer que afeta as células precursoras dos</p><p>linfócitos B ou T. É o tipo mais comum de câncer em crianças e adolescentes. O tratamento da</p><p>LLA envolve uma combinação de quimioterapia, radioterapia e, às vezes, terapia-alvo.</p><p>A quimioterapia é o tratamento principal para a LLA em crianças. Consiste em medicamentos que</p><p>destroem as células cancerígenas e impedem sua disseminação. A quimioterapia pode ser</p><p>administrada por via oral ou por via intravenosa. O tratamento é geralmente dividido em várias</p><p>fases, que podem durar de meses a anos, dependendo do risco e da resposta ao tratamento.</p><p>A radioterapia pode ser usada em combinação com a quimioterapia em alguns casos, como</p><p>quando a leucemia se espalha para o sistema nervoso central. No entanto, a radioterapia é menos</p><p>comum em crianças com LLA, devido aos riscos de efeitos colaterais a longo prazo.</p><p>A imunoterapia e a terapia-alvo são tratamentos mais recentes que estão sendo investigados para</p><p>o tratamento da LLA em crianças. A imunoterapia usa o sistema imunológico do próprio paciente</p><p>para combater o câncer, enquanto a terapia-alvo usa medicamentos que atacam especificamente</p><p>as células cancerígenas, deixando as células saudáveis intactas.</p><p>No entanto, atualmente, a quimioterapia continua sendo o tratamento padrão para a LLA em</p><p>crianças. A escolha do tratamento depende do tipo e estágio da leucemia, bem como do perfil de</p><p>risco do paciente.</p><p>REFERÊNCIA:</p><p>Tsuchida Y, Shimada H. Pediatric Oncology: A Comprehensive Guide. Springer; 2019.</p><p>48ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>Resposta correta: Os Conselhos Municipais de Saúde são responsáveis pela implementação de</p><p>políticas de saúde locais e pela fiscalização da aplicação dos recursos, sendo que as decisões</p><p>precisam estar alinhadas às diretrizes dos Conselhos Estadual e Nacional de Saúde.</p><p>Comentário:</p><p>O Conselho Nacional de Saúde não é o único responsável por todas as decisões e alocações de</p><p>recursos. A gestão do SUS é descentralizada, e os conselhos estaduais e municipais têm um</p><p>papel ativo na tomada de decisões e na gestão dos recursos, em coordenação com o CNS.</p><p>Os Conselhos Estaduais de Saúde não têm autonomia completa. Eles devem coordenar suas</p><p>ações com o CNS e com os Conselhos Municipais de Saúde para garantir a implementação</p><p>eficaz e integrada das políticas de saúde.</p><p>Os Conselhos Municipais de Saúde desempenham um papel crucial na implementação de</p><p>políticas de saúde locais, fiscalizando a aplicação dos recursos e garantindo a participação da</p><p>comunidade nas decisões. Eles operam em alinhamento com as diretrizes estabelecidas pelos</p><p>Conselhos Estadual e Nacional de Saúde, garantindo a coerência e integração das políticas de</p><p>saúde em todas as esferas do SUS.</p><p>Referências:</p><p>Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. [Disponível em:</p><p>http://conselho.saude.gov.br]</p><p>49ª QUESTÃO</p><p>000131.130019.1b7c4d.1d6fbd.b40b63.9ee9c8.10c8d7.20f81 Pgina 32 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>O quadro clínico do menino é característico de dermatite atópica, uma condição comum em</p><p>crianças com histórico pessoal ou familiar de atopia (asma, rinite alérgica, alergias alimentares).</p><p>As lesões eczematosas nas dobras dos braços e atrás dos joelhos, associadas à coceira</p><p>intensa, são sinais típicos. O tratamento envolve o uso de emolientes para manter a hidratação da</p><p>pele, corticosteroides tópicos para controlar a inflamação e evitar fatores desencadeantes, como</p><p>certos alimentos ou irritantes ambientais.</p><p>Referências:</p><p>Rivitti-Machado, Maria Cecilia da M. Dermatologia pediátrica. (Coleção Pediatria do Instituto da</p><p>Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).</p><p>Disponível em: Minha Biblioteca, (3rd edição). Editora Manole, 2022.</p><p>JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. v.1.</p><p>Barueri, SP: Editora Manole, 2021.</p><p>50ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>A questão descreve uma paciente com lesões hipocrômicas (mais claras que a pele ao redor)</p><p>com descamação furfurácea (que se assemelha a farinha ou farelo), bem delimitadas, localizadas</p><p>na base do pescoço e dorso superior. Além disso, o exame micológico direto evidenciou a</p><p>presença de pseudo-hifas e esporos, e a lâmpada de Wood revelou uma fluorescência róseo-</p><p>dourada. Todos esses são característicos da condição conhecida como pitiríase versicolor, uma</p><p>infecção fúngica superficial da pele causada pelo fungo Malassezia. Esta doença é caracterizada</p><p>por manchas de cor variada (daí o nome “versicolor”) que podem ser hipopigmentadas ou</p><p>hiperpigmentadas, e são muitas vezes acompanhadas por uma descamação fina. As outras</p><p>opções são todas condições de pele, mas não correspondem à descrição dada no enunciado.</p><p>Referência:</p><p>DAVID, AZULAY, R.; RUBEM, AZULAY, D.; AZULAY-ABULAFIA, Luna. Dermatologia. Rio de</p><p>Janeiro: Grupo GEN, 2021, p. 557-559 E-book. ISBN 9788527738422. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527738422/.</p><p>51ª QUESTÃO</p><p>Resposta comentada:</p><p>Trata-se de infecção de ferida operatória. O ferimento deve ser aberto para drenagem e limpeza</p><p>com</p>

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