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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JU´LIO DE MESQUITA FILHO” UNESP - Campus de Ilha Solteira - Departamento de Matema´tica EQUAC¸O˜ES DIFERENCIAIS ORDINA´RIAS - 2012. Aula 08 (20/03) Equac¸o˜es Diferenciais Ordina´rias de Segunda Ordem Modelam grande nu´mero de problemas f´ısicos Mecaˆnica dos Fluidos Conduc¸a˜o de Calor Movimento Oscilato´rio Eletro-magnetismo Equac¸o˜es Homogeˆneas com Coeficientes Constantes d2y dt2 = f(x, y, dy dt ) f conhecida, t tempo. Como ja´ vimos, se f e´ linear (em y e y ′ ) a equac¸a˜o e´ chamada de linear, ou seja, f(x, y, dy dt ) = g(t)− p(t) dy dt − q(t) y , Outra maneira de escrever: y ′′ + p(t) y ′ + q(t) y = g(t) , ou ainda, P (t) y ′′ +Q(t) y ′ +R(t) y = G(t) . Vamos supor que p, q e g sa˜o func¸o˜es cont´ınuas em t. Um problema de valor inicial, no caso de equac¸o˜es de segunda ordem, envolve uma equac¸a˜o com duas restric¸o˜es: y(t0) = y0 e y ′ (t0) = y ′ 0 , com y0, y ′ 0 ∈ R . Grosso modo, sa˜o necessa´rios dois processos de integrac¸a˜o para encontrar a soluc¸a˜o. Quando g(t) = 0, para todo t, dizemos que a equac¸a˜o e´ homogeˆnea. Se g(t) 6= 0, a equac¸a˜o e´ homogeˆnea. 1 Em geral g e´ o ”forcing ”(ou termo forc¸ante) e corresponde a forc¸as externas agindo no sistema f´ısico, por exemplo, as equac¸o˜es d2y dt2 + m g L θ = 0 e d2y dt2 + m g L θ = f(t) modelam respectivamente o movimento do peˆndulo simples e do peˆndulo forc¸ado. Portanto a equac¸a˜o homogeˆnea tem a forma P (t) y ′′ +Q(t) y ′ +R(t) y = 0 , e vamos comec¸ar considerando o caso mais simples P (t) = a, Q(t) = b e R(t) = c, sendo a, b, c ∈ R, ou seja, a y ′′ + b y ′ + c y = 0 , (1) Vamos procurar soluc¸o˜es do tipo y(t) = er t, sendo r um paraˆmetro a ser determinado. Neste caso devemos ter y ′ (t) = r er t e y ′′ (t) = r2 er t Assim a r2 er t + b r er t + c er t = 0 , isto e´, [a r2 + b r + c] er t = 0 , Como er t 6= 0, para todo t ∈ I, segue que para que y(t) = er t seja soluc¸a˜o da equac¸a˜o devemos ter a r2 + b r + c = 0 , (2) chamada de equac¸a˜o caracter´ıstica da equac¸a˜o diferencial (ordem2coefcte). r e´ raiz de (2) =⇒ y(t) = er t e´ soluc¸a˜o de (1) 2 Estas duas raizes podem ser reais distintas reais iguais complexas (conjugadas) Suponhamos que as raizes sa˜o reais distintas, r1 e r2 com r1 6= r2. Enta˜o y1(t) = e r1 t e y2(t) = e r2 t sa˜o duas soluc¸o˜es de (1), e a combinac¸a˜o linear y(t) = c1 y1(t) + c2 y2(t) = c1 e r1 t + c2 e r2 t , c1, c2 ∈ R , tambe´m e´ soluc¸a˜o de (1) (mostrar!). As condic¸o˜es iniciais y(t0) = y0 e y ′ (t0) = y ′ 0 permitem a determinac¸a˜o das constantes c1, c2 , e consequentemente a determinac¸a˜o da soluc¸a˜o do PVI Exemplo Determine a soluc¸a˜o do Problema de Valor Inicial y ′′ + 5 y ′ + 6 y = 0 y(0) = 2 , y ′ (0) = 3 . Exemplo Determine a soluc¸a˜o do Problema de Valor Inicial y ′′ − y = 0 y(0) = 2 , y ′ (0) = −1 . 3 Observac¸a˜o A equac¸a˜o a y ′′ +b y ′ +c y = 0 pode ser vista na forma matricial. Considere a mudanc¸a u = y ′ u ′ = y ′′ = − b a y ′ − c a y . Se X = [ y y ′ ] , enta˜o X ′ = [ y y ′ ]′ == [ y ′ y ′′ ] = [ 0 1 −c/a −b/a ] [ y y ′ ] , ou seja X ′ = A X . 4
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