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ANTINEOPLÁSICOS E HORMONIOTERAPIA

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antineoplásicos 
 
O câncer é uma replicação descontrolada de células, 
formando uma massa tumoral. 
• Desequilíbrio entre morte celular e proliferação 
• O acúmulo de mutações gera a formação de células 
neoplásicas 
 
células neoplásicas 
1) Proto-oncogene - genes que ajudam a célula a se 
proliferar, formando a oncogene (câncer). Ex.: Her-2 
(receptor presente nas células que quando ligado ao 
EGF, promove a divisão da célula. E quando esse Her-2 
está mutado, ele passa a dividir a célula independente 
da presença do EGF. Para impedir essa auto divisão, é 
necessário fazer o tratamento com Trastuzumab). 
2) Genes supressores - genes que promovem a morte 
celular após identificar algum erro nela 
 
Quimioterapia 
Possui o objetivo de prolongar a vida dos pacientes. 
• Tumores que têm cura como - leucemias, câncer 
testicular, linfomas. 
 
Características dos antineoplásicos 
• Janela terapêutica estreita e maior potencial para 
gerar efeitos colaterais 
• São citotóxicos – não são seletivos e agem em células 
saudáveis que estão se multiplicando. Ex.: medula óssea. 
Podem causar mucosite, alopecia, 
mielossupressão/depressão da medula óssea. 
• Mecanismo de ação - ativa o DNA, diminuindo a síntese 
do DNA. 
 
1) Quimioterapia de indução primária - tratamento 
primário de CA avançado. Usado para aliviar os 
sintomas. 
2) Quimioterapia neoadjuvante - quando o pcte começa a 
receber a quimioterapia antes da cirurgia, sendo usado 
quando o CA está localizado. 
3) Quimioterapia adjuvante - quando o pcte começa a 
receber a quimioterapia após a cirurgia para reduzir 
possíveis células que ainda tenham ficado no organismo 
do pcte. Ex.: hormonioterapia. 
 
Classificação dos fármacos 
 
AGENTES CITOTÓXICOS 
São os fármacos que geram alopecia, mucosite, 
mielossupressão. 
 
1) Agentes alquilantes 
• Mecanismo de ação - são grupos que formam ligações 
covalentes com bases nitrogenadas, fazendo com que 
leve a substituições/ quebra do DNA, levando a inibição 
da replicação e transcrição. 
• E.A- mielossupressão, transtornos GI; uso prolongado 
pode levar a esterilidade, leucemia não linfocítica 
aguda; são vesicantes (leva a necrose do tecido não 
podendo entrar em contato com a pele) 
• Fármacos - Ciclofosfamida e Ifosfamida; Compostos de 
platina (Cisplatina) 
 
A CICLOFOSFAMIDA É UM PRÓ-FÁRMACO QUE QUANDO 
ATIVADO NO FÍGADO GERA UM METABÓLITO CHAMADO DE 
ACROLEÍNA (CITOTÓXICA). A CICLOFOSFAMIDA DEVE SER 
USADA EM ASSOCIAÇÃO COM A MESNA PARA EVITAR A 
TOXICIDADE DA ACROLEÍNA, EVITANDO CISTITE 
HEMORRÁGICA. 
 
 A CISPLATINA PODE OCASIONAR NEFROTOXICIDADE, PERDA 
AUDITIVA E NEUROPATIA PERIFÉRICAS (FORMIGAMENTO). 
 
2) Análogos antimetabolitos do ácido fólico das purinas e 
pirimidinas 
• Mecanismo de ação - vão inibir a síntese de DNA 
bloqueando as vias metabólicas envolvidas na síntese 
do DNA e/ou DNA. 
• Fármacos 
a) Antagonista do folato - Metotrexato ou MTX (inibidor 
da enzima que produz o folato - enzima di-hidrofolato 
redutase) 
 
FOLATO SERVE PARA PRODUZIR AS BASES NITROGENADAS. 
 
b) Análogos da pirimidina - Fluoruracila ou 5-FU (análogo 
da uracila - inibe a enzima que dá origem a uracila). 
Pode gerar transtornos cerebelares. 
• E.A desses fármacos - mielossupressão, dano TGI; em 
doses elevadas pode causar nefrotoxicidade. 
 
3) Antibióticos citotóxicos 
• Fármaco - Doxorrubicina 
• Mecanismo de ação - inibem a síntese de DNA e RNA com 
ação adicional de inibir a topoisomerase. 
• E.A - cardiotoxicidade (dano cardíaco cumulativo, 
arritmias, insuficiência cardíaca, perda de pelos 
acentuadas - alopecia). 
 
4) Produtos naturais 
a) Alcalóides da vinca - Vincristina, Vinblatina e Vindesina. 
• Mecanismo de ação - são moléculas que se ligam a 
tubulina e inibem a polimerização dos microtúbulos, não 
havendo formação do fuso mitótico. 
• Efeitos colaterais - todos causam mielossupressão e 
perda de cabelo. 
b) Taxanos - Paclitaxel e Docetaxel 
• Mecanismo de ação - impedem a despolimerização dos 
microtúbulos, impedindo que as cromátides se separem. 
• E.A - mielossupressão e neurotoxicidade cumulativa (a 
Docetaxel pode causar ainda retenção hídrica). 
 
Hormonioterapia 
É a tentativa de impedir o efeito hormonal que é necessário 
para o tumor crescer (caso ele dependa de hormônio). 
• Indicados para CA de mama, CA de próstata e CA de 
ovário 
• Não é recomendada para todos os pctes que tem CA de 
mama visto que alguns já não expressam o receptor de 
estrógeno (ER). 
• A hormonioterapia inibi o receptor ou inibe a síntese de 
estrógeno 
 
Antagonistas do receptor de 
estrógeno 
São fármacos utilizados para o tratamento CA de mama em 
pctes que ainda possuem o ER. 
a) Tamoxifeno - inibe a porção reguladora transcricional 
AF-II do receptor. É um antagonista na mama (fazendo 
com que não haja a ligação do estrógeno ao DNA) e 
agonista no endométrio (podendo causar CA de 
endométrio). 
b) Fulvestran - é mais eficiente e impede a dimerização do 
receptor, bloqueia ambos os domínios transcricionais 
• EA - incidência maior para osteoporose, diminuição do 
libido, secura vaginal. 
 
Inibidor da aromatase 
São fármacos que impedem a síntese de estrógeno. 
• Esteroidais - Exemestano 
• Não-esteroidais - Anastrozol 
 
Terapias recentes alvo-
específicas 
 
ANTICORPOS MONOCLONAIS (PROTEÍNA) 
• Fármaco - Trastuzumab (bloqueia o Her-2, impedindo a 
célula de ser auto proliferar) 
• Mecanismo de ação - atuam extracelularmente se 
ligando à proteína do sistema imune (para ativá-lo); 
inibição de receptores de fatores de crescimento, e 
carreadores de toxinas 
• Possuem menos efeitos adversos pois se ligam a 
proteínas apenas no tumor 
• Administração via parenteral (pois se forem adm por VO 
são degradados) 
• Raramente tem interação medicamentosa 
• EA - rash cutâneo (+ comum), hipotensão, calafrio, 
hipersensibilidade (bem rapido), liberação de citocinas 
(fatal - Rituximab) 
 
INIBIDORES TIROSINA QUINASES 
• Fármacos - Imantinibe 
• Atuam intracelularmente. 
 
 
 
 
FÁRMACOS COM TERMINAÇÃO -MAB SÃO ANTICORPOS 
MONOCLONAIS. 
FÁRMACOS COM TERMINAÇÃO -IBE SÃO INIBIDORES DA 
TIROSINA QUINASES. 
 
Imunoterapia 
É um anticorpo monoclonal que vai se ligar à célula tumoral 
e bloquear a proteína PD-L1 de forma que ela não desligue 
o sistema imune. 
 
PD-L1 DESLIGA O SISTEMA IMUNE PARA QUE O MESMO 
NÃO RECONHEÇA A CÉLULA TUMORAL. 
 
TERAPIA COMBINADA 
Associação de fármacos como: 
• Agentes citotóxicos + Agentes alvos-específicos 
• Mais efetivos que monoterapia 
• Controle dos EA dos agentes citotóxicos 
• Se usa também antieméticos (aliviar náusea e vômito) e 
fatores estimulantes da medula

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