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Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? 
Ele possibilita diversas formas de interação com o conteúdo, a qualquer hora e de qualquer lugar. Mas na versão impressa, alguns conteúdos
interativos são perdidos, por isso, fique atento! Sempre que possível, opte pela versão digital. Bons estudos! 
Nesta webaula, você analisará os aspectos de linguagem que levam aos mal-entendidos, como nos relacionamentos profissionais como nos
pessoais e a compreenderá a diferença entre comunicação, interação e intenção em relação ao conceito de discurso.
Análise do Discurso
Conceito de discurso
Unidade 1 - Seção 1
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Um problema constante que afeta nossos relacionamentos interpessoais, seja no contexto do grupo familiar, dos colegas de trabalho,
dentre outros grupos, como na redação de jornais e revistas, envolve a comunicação. Ocorrem desentendimentos de diversos tipos e
não há uma comunicação perfeita.
Assim, a Análise do Discurso (AD) tem se dedicado a investigar as particularidades do sujeito de linguagem e seus modos de significar o
mundo. A disciplina que iremos trabalhar foi fundada na França, no final da década de 1960, pelo filósofo Michel Pêcheux. Atualmente,
existem muitas correntes da AD, e cada uma delas, apesar de regularmente tentar entender a relação entre o social e a linguagem, define
diferentemente o discurso e, por consequência, possui maneiras muito variadas de explicar os fatos simbólicos.
Entremeio
A AD é chamada por Orlandi (2009) de disciplina de entremeio. Uma disciplina de entremeio significa perseguir questões em uma
relação dialética entre teoria e análise concreta da materialidade do discurso, seus efeitos no mundo e não uma pura
racionalização ou uma garantia teórica prévia à análise.
A teoria é uma ancoragem, mas não o ponto imutável, rígido. Segundo Orlandi (2009), entremeio significa uma relação não hierarquizada,
não instrumentalizada e nem uma simples aplicação prática de conceitos. Cada situação deve ser pensada em sua especificidade, valendo-
se da teoria como uma forma de relacionar isso que analiso “aqui e agora” com o já analisado e compreendido em outras condições.
Objetivo
O objeto teórico da AD, o discurso, pressupõe que o aparentemente evidente para o sujeito não é jamais evidente para toda e qualquer
posição histórica ocupada por ele. O sentido é sempre histórico e sempre depende da posição discursiva. 
A AD questiona as transparências do sentido por uma leitura crítica sobre as concepções tradicionais de língua, de sujeito e de
história. Estudar o discurso não é estudar QUAL o sentido de um texto ou de uma situação, mas COMO tal sentido é possível em
condições específicas. Assim, em Análise de Discurso, o(s) sentido(s) são sempre efeitos entre sujeitos.
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No texto considerado fundador da Análise do Discurso, o livro Analyse Automatique du Discours, publicado originalmente em 1969,
traduzido no Brasil como o capítulo “Análise Automática do Discurso (AAD-69)”, do livro Por uma Análise Automática, Michel Pêcheux
chega a se contrapor ao esquema clássico da comunicação proposto pela Teoria da Informação, recusando as categorias instrumentais de:
Para esse autor, o termo discurso “implica que não se trata necessariamente de uma transmissão de informação entre A e B, mas, de modo
mais geral, de um ‘efeito de sentido’ entre os pontos A e B” (PÊCHEUX, 2010, p. 81).
mensagem
destinador
transmissão
código
destinatário
referente
ruído
O discurso, diferentemente da mensagem, não existe na sua forma
acabada antes dos interlocutores, não é um texto em sua forma
empírica, mas é o efeito entre sujeitos em circunstâncias
específicas no momento em que é elaborado/lido/visto
/escutado. 
Por mais que existam boas intenções, boas competências
comunicativas e boas interações, nunca se pode garantir o efeito
de um discurso. 
Existem determinações da história e da linguagem que limitam os
efeitos, porém não há controle completo, fechado hermeticamente.
Como explica Orlandi (2009), os sentidos podem ser muitos, mas não podem ser qualquer um. 
O discurso não é transparente também porque sujeitos não são transparentes nem mesmo para si próprios. 
Assim, um discurso sempre remete a um discurso anterior, sempre se apoia em sentidos já existentes para que possa produzir outros
sentidos. A AD não busca a origem do sentido, porque sempre trabalha com o efeito em condições específicas. Ela apenas considera que um
sentido sempre está em relação a outros, apesar de não ser imediatamente visível para o sujeito.
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