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Adricy Isabella – Farmacognosia – Farmácia Farmacognosia Pura A Farmacognosia é o campo que estuda os principais aspectos relacionados às drogas de origem animal Engloba os aspectos químicos, biológicos, botânicos e farmacológicos A história da farmacognosia remonta à origem da humanidade: Explorar a natureza de forma empírica para tratar patologias É importante lembrar que as drogas vegetais, assim como outros medicamentos, têm toxicidade, efeitos colaterais e podem interagir com outros tratamentos As drogas ob das de produtos naturais cons tuem um importante componente das farmacopeias modernas, pois vários fármacos derivados de pequenas moléculas de origem natural estão sendo introduzidas em muitas formulações. RDC 477: Atribuições do farmacêu co no âmbito das plantas medicinais e fitoterápicos h ps://fitoterapiabrasil.com.br/sites/defau lt/files/legislacao/re_477_2008.pdf - Priva vo do farmacêu co responsabilidade técnica de serviços que envolvam plantas medicinais e fitoterápicos Há produtos : - Derivados de Plantas: A Variedade e Complexidade de metabólitos biossinte zados, variedade de substâncias farmacológicas e fitoterápicas - Derivados de microorganismos: como an bió cos, an cancerígenos, imunossupressores devido a capacidade de microorganismos de produzirem substâncias químicas com a vidade biológica O metabolismo das Plantas O conjunto de reações químicas que con nuamente ocorrem em cada célula vegetal A 1° Primeira rota metabólica visa SOBREVIVÊNCIA: Obtenção de nutrientes, energia (ATP), redutores (NADPH) e biossíntese de compostos essenciais à sua sobrevivência. Se caracteriza por grande produção, distribuição universal e com funções essenciais. Fotossíntese : Quando a luz incide em uma molécula de clorofila, essa absorve parte da energia luminosa que permite a reação do gás carbônico com água, produzindo carboidratos e liberando oxigênio. Dividida em Fases Fotossinté cas e quimiossinté cas A 2° Rota: ADAPTATIVA . Caracteriza-se pela biossíntese de micromoléculas com diversidade e complexidade estrutural, produção em pequena escala, distribuição restrita e especificidade, tendo papel adapta vo ao meio, defesa contra herbívoros e microrganismos, proteção contra raios UV, atração de polinizadores, atração de animais dispersores de sementes. Óleos essenciais, Tinturas, Acres, sabores adstringentes para sobreviver no meio. O estudo desses produtos compete a farmacognosia Pode ser dividido em classes de acordo com a origem dos metabólitos. Exemplo: Taninos, Flavonoides, Alcaloides, Cumarinas Adricy Isabella – Farmacognosia – Farmácia Definições Droga vegetal: planta medicinal, ou suas partes, que contenham as substâncias, ou classes de substâncias, responsáveis pela ação terapêu ca, após processos de coleta, estabilização, quando aplicável, e secagem, podendo estar na forma íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada. Por exemplo, o chá de folhas de boldo (Plectranthus barbatus) é frequentemente u lizado como droga vegetal para tratar problemas de gado e vesícula biliar. Fitoterápico: produto ob do da planta medicinal, ou de seus derivados, exceto substâncias isoladas, com finalidade profilá ca, cura va ou palia va. É um medicamento ob do a par r de plantas medicinais ou de seus derivados, como extratos, óleos essenciais e nturas. A diferença em relação à droga vegetal é que o fitoterápico passa por processos de padronização e controle de qualidade para garan r sua eficácia e segurança. Por exemplo, o Ginkgo biloba é uma planta u lizada como fitoterápico para melhorar a circulação sanguínea e a memória. Planta medicinal: espécie vegetal, cul vada ou não, u lizada com propósitos terapêu cos. É qualquer espécie vegetal que possua uma ou mais substâncias a vas que podem ser u lizadas para prevenir, tratar ou curar doenças. Por exemplo, a camomila (Matricaria chamomilla) é uma planta medicinal conhecida por suas propriedades calmantes e an - inflamatórias, sendo frequentemente u lizada para tratar ansiedade e problemas diges vos. Chá medicinal: droga vegetal com fins medicinais a ser preparada por meio de infusão, decocção ou maceração em água pelo consumidor (Brasil, 2014a). O chá medicinal ou a droga vegetal como produto acabado são considerados fitoterápicos; Composto fitoquímico: compostos encontrados em vegetais que têm efeito benéfico na saúde ou um papel a vo na melhora do estado de indivíduos com enfermidades. Legislações A Farmacognosia é a ciência que estuda as plantas medicinais e seus produtos naturais, e há diversas legislações brasileiras que tratam desse tema. Algumas delas são: RDC 14/2010: estabelece as normas para registro de medicamentos fitoterápicos e define os critérios de qualidade, eficácia e segurança desses produtos; RDC 26/2014: dispõe sobre o registro de medicamentos dinamizados industrializados e aprovados pelo Ministério da Saúde; Portaria SVS/MS nº 971/2006: estabelece a Polí ca Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, visando o desenvolvimento sustentável da produção de plantas medicinais e fitoterápicos no país; Lei nº 5.991/1973: dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêu cos e correlatos; Decreto nº 8.077/2013: regulamenta a Lei nº 12.305/2010, que ins tui a Polí ca Nacional de Resíduos Sólidos e estabelece diretrizes para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, incluindo os resíduos provenientes de a vidade Adricy Isabella – Farmacognosia – Farmácia RDC 14 de 2010 A RDC 14/2010 é uma Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que estabelece as normas para o registro de medicamentos fitoterápicos no Brasil. Essa resolução define os requisitos e critérios para a avaliação da segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos fitoterápicos, bem como as informações que devem constar nas embalagens e bulas dos produtos. Há necessidade de comprovação da segurança e eficácia por meio de estudos clínicos e de toxicidade, a iden ficação precisa da planta u lizada, o controle da qualidade e pureza dos extratos vegetais, além da garan a de boas prá cas de fabricação e armazenamento. O obje vo principal da RDC 14/2010 é garan r a segurança e a eficácia dos medicamentos fitoterápicos comercializados no Brasil, além de promover o desenvolvimento da fitoterapia e valorizar a biodiversidade brasileira. Atribui uma série de ações aos farmacêu cos envolvidos no registro e na dispensação de medicamentos fitoterápicos. Algumas das principais ações são: 1. Realizar a avaliação da qualidade e integridade dos insumos vegetais u lizados na produção dos medicamentos fitoterápicos; 2. Atuar na elaboração e implementação das Boas Prá cas de Fabricação e Controle de Qualidade de Medicamentos Fitoterápicos; 3. Par cipar da validação dos métodos de análise u lizados para o controle da qualidade dos medicamentos; 4. Realizar análises e testes para verificação da qualidade e eficácia dos medicamentos fitoterápicos; 5. Fazer a análise crí ca da documentação técnica apresentada para o registro de medicamentos fitoterápicos; 6. Orientar os pacientes sobre a correta u lização dos medicamentos, suas contraindicações, interações e possíveis efeitos colaterais. O registro de medicamentos fitoterápicos no Brasil para uso humano segue as normas estabelecidas pela RDC 14/2010 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O processo de registro é dividido em diversas etapas, que envolvem a apresentação de documentos e a realização de estudos e ensaios para comprovar a qualidade, eficácia e segurança do medicamento. Já o registro de fitoterápicos veterinários no Brasil é feito pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio do Departamentode Saúde Animal (DSA) e do Departamento de Medicamentos Veterinários (DMV). Os fabricantes ou importadores de fitoterápicos veterinários devem submeter um dossiê técnico para registro do produto no MAPA, contendo informações sobre a qualidade, eficácia e segurança do medicamento, bem como informações sobre sua formulação, indicações terapêu cas e posologia recomendada para uso em animais.
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