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Infertilidade: Causas e Fatores de Risco

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Infertilidade 1
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Infertilidade
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Status Finalizado
A infertilidade se define como a ausência de gravidez em um casal 
após um ano ou mais de atividade sexual regular e sem uso de 
medidas anticoncepcionais.
Subdivide-se em:
Infertilidade primária: ausência de gestação prévia
Secundária: se a falha na capacidade reprodutiva se estabeleceu após uma ou 
mais gestações 
Abortamento habitual ou de repetição: ocorrência de três ou mais interrupções 
naturais consecutivas da gestação de até 20 semanas.
Esterilidade: incapacidade definitiva de gerar filhos
@February 21, 2023
Infertilidade 2
Fatores de risco 
A pesquisa é feita com base em três pilares: a avaliação da ovulação, a avaliação do 
esperma e a avaliação do caminho que eles vão percorrer para se encontrar, ou 
seja, do útero e das trompas de falópio.
1. Idade: quanto maior a idade, maior a prevalência de infertilidade. Mulheres com 
mais de 35 anos já apresentam redução das chances de reprodução; próximo aos 
40 a mulher apresenta 90% de sua fertilidade basal; de 40 a 44 apresentam 62%, 
entre 45 e 49, 14%.
2. Doença inflamatória pélvica: na ocorrência de um, dois, três ou mais episódios de 
doença inflamatória pélvica, os percentuais de mulheres acometidas por 
infertilidade são de respectivamente 11%, 34% e 54%.
3. Fumo: mulheres que fumam tem 1,4 vezes maior chance de serem inférteis.
4. Peso: os extremos pesos tem relação com o pior prognóstico de fertilidade.
Quanto a essa questão do peso corporal, é importante destacar que mulheres com 
excesso ou falta de peso extremos têm ciclos menstruais irregulares, onde a 
ovulação não ocorre ou é inadequada. A obesidade é fator que dificulta a gravidez, 
em virtude de, frequentemente, se acompanhar de distúrbios hormonais. O estrogênio 
é um hormônio sexual produzido nas células adiposas e, nos casos de produção de 
estrogênio em excesso, provável de ocorrer na obesidade, o corpo começa a reagir 
como se estivesse controlando a reprodução, limitando as chances de gravidez. 
Mulheres obesas costumam apresentar irregularidades menstruais e hirsutismo, 
especialmente quando apresentam depósito central de gordura. Podem apresentar 
síndrome de ovários policísticos, com oligomenorreia, anovulação e hiperandrogenismo 
ovariano.
O oposto também pode dificultar a gravidez. Mulheres com magreza extrema, com 
pouquíssima gordura corporal, por não consumirem quantidade saudável de calorias e 
não terem peso adequado, não produzem estrogênio suficiente em seus corpos e seus 
ciclos reprodutivos começam a falhar.
Causas da infertilidade
Infertilidade 3
1. Causas anatômicas relacionadas ao útero e às trompas, podendo haver 
alterações na parte interna do útero (endométrio), como mioma, pólipo e aderência, 
ou pode existir obstrução ou aderência das trompas.
2. Hormonais que interfiram no processo de ovulação ou em alguma outra fase da 
reprodução.
3. Masculinas, como alterações na produção do esperma, na quantidade ou 
qualidade dos espermatozoides, como capacidade de movimentação e proporção 
de espermatozoide com formato normal. Vários fatores ou condições podem 
interferir ou ter influência na produção espermática, como traumas testiculares, uso 
de fármacos, presença de varicocele, doenças.
4. Desconhecidas (infertilidade idiopática). Alguns casais com diagnóstico de 
infertilidade tem causa desconhecida concebem sem tratamento, embora a 
probabilidade de concepção seja baixa.
Durante a avaliação clínica, devem ser realizados anamnese, exame clínico-
ginecológico, exame clínico-urológico, além da solicitação de exames 
complementares de diagnóstico básicos e orientações adequadas a cada caso, 
afastando-se patologias, fatores concomitantes e qualquer situação que interfira em 
futura gestação, tais como diabetes, hipertensão e cardiopatias descompensadas, 
insuficiência renal crônica, obesidade mórbida e doenças infectocontagiosas e 
genéticas, entre outras, que ponham em risco a vida da mulher ou do feto.
Avaliação clínica
As consultas devem ser realizadas individualmente e também com o casal, uma vez 
que a infertilidade é uma condição compartilhada sendo mais facilmente ultrapassada 
quando existe conhecimento comum e quando realizada com comprometimento e 
cooperação de ambos os parceiros.
ANAMNESE: História do problema atual, história sexual, história menstrual, história 
obstétrica, história patológica pregressa e pessoal.
EXAME FÍSICO: No homem, na mulher.
Infertilidade 4
EXAMES COMPLEMENTARES: Colpocitologia oncótica, Sorologia para sífilis 
(vdrl), anti-HIV, hepatite B e C, Toxo IGG e IGM, Glicemia de jejum, sorologia para 
a rubéola, se nagativa, vacinar tanto o homem quanto a mulher. Espermograma.
Fazemos um estudo hormonal, para ver a parte ovulatória, um espermograma, para 
avaliar a quantidade e qualidade do esperma, e uma radiografia das trompas de 
falópio, para saber se essas trompas são permeáveis, se esse útero tem ou não algum 
problema.
Orientações
De acordo com a avaliação clínica, deve-se orientar o casal quanto à prática sexual, 
para que seja compatível com a obtenção de gravidez, por um período de três meses, 
segundo o que se segue: 
• Identificar o período fértil. 
• Recomendar concentração das relações sexuais no período fértil. 
• Eliminar qualquer fator que interfira no depósito do sêmen ejaculado na vagina ou que 
dificulte a migração espermática por meio do trato genital feminino (lubrificantes, 
duchas vaginais, e outros).
Após essas medidas iniciais, não havendo gravidez, é indicado prosseguir com a 
investigação das possíveis causas relacionadas à infertilidade, a partir do que o 
tratamento mais adequado, em cada caso, poderá ser definido.
Encaminhamentos
Encaminhar, quando necessário, com resumo clínico, para um serviço de referência em 
ginecologia/urologia ou especializado em infertilidade, de acordo com a disponibilidade 
locorregional, conforme os critérios abaixo:
Mulher com menos de 30 anos, mais de dois anos de vida sexual ativa, sem 
anticoncepção.
Mulher com mais de 30 anos e menos de 40 anos, mais de um ano de vida sexual 
ativa, sem anticoncepção.
Mulher com mais de 40 anos e menos de 50 anos, mais de seis meses de vida 
sexual ativa, sem anticoncepção.
Infertilidade 5
Cônjuges que apresentam vida sexual ativa, sem uso de anticonceptivos, e 
possuem fator impeditivo de concepção (obstrução tubária bilateral, amenorreia 
prolongada, azoospermia etc.), independentemente do tempo de união.
Ocorrência de duas ou mais interrupções gestacionais subsequentes.
Investigação no homem
O espermograma é o primeiro exame específico no que se refere à investigação da 
infertilidade no homem. O sêmen deve ser colhido por masturbação, em local 
adequado, com abstinência sexual de três a sete dias. Esse exame tem o objetivo de 
avaliar a quantidade de espermatozoides, sua capacidade de movimentação e a 
proporção de espermatozoides com formato normal. Um espermograma anormal não 
deve ser encarado como definitivo. A produção espermática depende de múltiplos 
fatores, podendo ser extremamente variável em um mesmo indivíduo. Portanto, 
nenhuma conclusão deve ser tomada com base em apenas um exame. Para avaliação 
adequada da espermatogênese (formação dos espermatozoides), no mínimo dois 
exames devem ser realizados, com um intervalo de pelo menos 15 dias. Os parâmetros 
mais comumente aceitos como normais são:
Volume normal de 1,5 a 5 ml. Volumes aumentados (hiperespermia) sugerem 
infecção na próstata e/ou vesículas seminais. Volumes muito diminuídos 
(hipoespermia) sugerem obstrução ou agenesia/hipoplasia das vias eferentes 
(ductos ejaculadores, vesículas seminais ou deferentes). Ausência de ejaculado 
(aspermia) sugere alteração neurológica dos mecanismos de emissão ou 
ejaculação retrógrada.
Cor normal: branca opalescente ou branca acinzentada. Cor amarelada sugere 
leucospermia e cor avermelhada sugere hemospermia.
Viscosidade normal: filância entre 3 e 5 cm. Valores maiores que 5 cm sugerem 
infecção seminal.pH normal entre 7,2 e 8,0. Valores menores que 7,2 sugerem obstrução dos 
ductos ejaculatórios, vesículas seminais e/ou ductos deferentes. Valores maiores 
que 8,0 sugerem infecção seminal.
Infertilidade 6
Concentração normal: valores superiores que 20 milhões/ml. Valores inferiores 
a 20 milhões/ml – oligozoospermia. Valores inferiores a 5 milhões/ml – 
oligozoospermia severa. Ausência de espermatozoides – azoospermia.
Motilidade espermática normal: 50% ou mais de espermatozoides móveis. 
Valores inferiores a 50% – astenozoospermia.
Vitalidade espermática normal: 75% ou mais de espermatozoides vivos. Valores 
inferiores a 75% – necrozoospermia.
Morfologia normal: mais de 50% dos espermatozoides de formas normais.
Contagem de leucócitos normal: menos de 1.000.000 por centímetro cúbico 
de ejaculado.
A partir dessa avaliação inicial, se forem necessários outros exames complementares 
de diagnóstico, tais como processamento seminal prognóstico, espermocultura + 
antibiograma, avaliação hormonal (FSH, Testosterona) avaliação por imagem 
(ultrassonografia transrretal – próstata e vesícula seminal, ultrassonografia de bolsa 
testicular), biópsia testicular, avaliação genética e mesmo alguns tratamentos que não 
estão no âmbito da Atenção Básica, deverá ser feito o encaminhamento para serviço 
especializado.
Investigação da mulher
Diante de avaliação clínica alterada, faz-se necessário investigar quais fatores estão 
implicados. As possibilidades incluem: fator uterinocervical, fator uterinocorporal, fator 
tuboperitoneal, fator ovariano.
A investigação na mulher demanda a realização de um conjunto de exames 
complementares, tais como ecografia transvaginal e pélvica, histerossalpingografia, 
ultrassonografia seriada, biópsia de endométrio, dosagens hormonais (progesterona, 
estradiol, prolactina, FSH, LH, TSH, T4 livre, entre outras), avaliação genética, entre 
outros exames, que se encontram no âmbito da atenção especializada.
Tratamentos
Infertilidade 7
Os tratamentos clínicos “são aqueles em que são realizadas algumas orientações 
para indicar alguma medicação para o casal fazer esse tratamento em casa, seguindo 
as indicações. Os tratamentos cirúrgicos, são aqueles em que procuramos retirar 
uma obstrução, um impedimento, uma alteração do útero, das trompas ou na cavidade 
abdominal que estejam impedindo a concepção. Esses tratamentos são feitos através 
de videohisteroscopia ou videolaparoscopia. Já os tratamentos de laboratórios, são 
aqueles em que trabalhamos com os espermatozoides e óvulos no Laboratório para 
que se consiga essa concepção através da inseminação artificial ou da fertilização 
in vitro”.
Referências
https://iff.fiocruz.br/index.php?view=article&id=112:infertilidade-o-que-pode-ser-
feito&catid=8
Araújo, Ângela Cristina Labanca de 
Rede de atenção : saúde da mulher / Ângela Cristina Labanca de 
Araújo, Rachel Rezende Campos. -- Belo Horizonte : Nescon / UFMG, 2020. 
115p.
https://iff.fiocruz.br/index.php?view=article&id=112:infertilidade-o-que-pode-ser-feito&catid=8

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