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Métodos Comportamentais de Anticoncepção

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Anticoncepção 1
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Anticoncepção
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Status Finalizado
Anticoncepção corresponde ao uso de métodos e técnicas com a 
finalidade de impedir que o relacionamento sexual resulte em 
gravidez. É recurso de Planejamento Familiar, para a constituição 
de prole desejada e programada de forma consciente.
Métodos:
Reversíveis
Definitivos
Reversíveis
Comportamentais
De barreira
@March 13, 2023
Anticoncepção 2
Dispositivos intrauterinos (DIU)
Hormonais
De emergência
Métodos Comportamentais
Os métodos comportamentais, também conhecidos como métodos de abstinência 
periódica ou de percepção da fertilidade ou métodos naturais, são técnicas para 
obter ou evitar a gravidez, mediante a identificação do período fértil da mulher. O casal 
pode concentrar as relações sexuais nessa fase, caso deseje obter uma gravidez, ou 
abster-se de relações sexuais vaginais, caso deseje evitar a gravidez.
O sucesso dos métodos comportamentais depende do reconhecimento dos sinais da 
ovulação (aproximadamente 14 dias antes do início da menstruação) e do 
período fértil. Sabe-se que, após a postura ovular, o óvulo possui sobrevida de 
aproximadamente 24 horas. Por sua vez, os espermatozoides, após ejaculação no trato 
genital feminino, têm capacidade para fecundar o óvulo por um período de até 
aproximadamente seis dias. 
Para que haja fecundação, tem que ocorrer a ovulação e pelo menos um coito próximo 
a ela, pois é necessário que se encontrem um espermatozoide com um óvulo e que 
ambos estejam em boas condições para poder unirem-se. Isso só pode ocorrer se o 
coito antecede a ovulação por não mais de cinco dias ou se coincide com a ovulação.
Em consequência, seria suficiente praticar a abstinência de relação sexual vaginal 
durante seis dias em cada ciclo para garantir efeito anticoncepcional de alta 
eficácia. A razão pela qual o período de abstinência deve ser maior é que não há 
métodos confiáveis para predizer, de maneira precisa, quando ocorrerá a ovulação, que 
é um fenômeno variável, de pessoa para pessoa e, na mesma pessoa, em diferentes 
períodos de tempo. 
A maior ou menor eficácia desses métodos dependerá então da precisão com que seja 
possível predizer a ovulação, do cálculo adequado da margem de segurança para 
evitar erros devidos à variabilidade e da adesão ao modo de uso do método, ou seja, a 
capacidade de manter abstinência de relações sexuais vaginais no período indicado, o 
que faz necessária a colaboração de ambos os parceiros.
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Eficácia
Para maior eficácia, o casal deve abster-se de relações sexuais com penetração 
vaginal durante todo o período fértil. Manter relações vaginais durante o período 
fértil, ainda que usando métodos de barreira, diminui a eficácia.
→ Esses métodos tem baixa eficácia, requerem disciplina, conhecimento do 
funcionamento do corpo, observação atenta e cooperação de ambos os parceiros. 
Devem ser desencorajados em adolescentes e mulheres que apresentam longos 
períodos de anovulação, ciclos irregulares ou amenorreia, nos períodos pós-parto, pós-
aborto, durante a amamentação e na perimenopausa.
Principais métodos comportamentais
TABELA OU CALENDÁRIO OU RITMO – OGINO-KNAUS
Esse método baseia-se no fato de que a duração da segunda fase do ciclo 
menstrual (pós-ovulatória ou fase lútea) é relativamente constante, com a ovulação 
ocorrendo entre 11 e 16 dias antes do início da próxima menstruação. 
O cálculo do período fértil da mulher é feito mediante a análise de seu padrão 
menstrual prévio, durante 6 a 12 meses.
CURVA TÉRMICA BASAL OU DE TEMPERATURA
Antes da ovulação, a temperatura basal corporal permanece num determinado 
nível baixo; após a ovulação, se eleva ligeiramente (alguns décimos de grau 
centígrado), permanecendo nesse novo nível até a próxima menstruação. Esse 
aumento de temperatura é resultado da elevação dos níveis de progesterona, que 
tem um efeito termogênico. O método permite, portanto, por meio da mensuração 
diária da temperatura basal, a determinação da fase infértil pós-ovulatória. 
O casal que não deseja engravidar deve evitar as relações sexuais com penetração 
vaginal no período de quatro a cinco dias antes da data prevista da ovulação até o 
quarto dia da temperatura basal alta.
MUCO CERVICAL – BILLINGS
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Esse método baseia-se na identificação do período fértil por meio da auto-
observação, com relação às mudanças do muco cervical e à sensação de 
umidade na vagina ao longo do ciclo menstrual. 
SINTOTÉRMICO - INDICADORES DE OVULAÇÃO
Esse método baseia-se na combinação de múltiplos indicadores da ovulação, com 
a finalidade de determinar o período fértil com maior precisão e confiabilidade. 
Esses sinais podem ser: Dor abdominal, sensação de peso nas mamas, mamas 
inchadas ou doloridas, variações de humor e/ou libido, entre outros.
MÉTODO DOS DIAS FIXOS OU MÉTODO DO COLAR (cyclebeads)
Mulheres com ciclos que variam de 26 a 32 dias podem utilizar esse método. Para 
isso, é necessário analisar seu padrão menstrual dos últimos 6 meses. O período 
fértil vai do 8º ao 19º dia, quando o casal deve abster-se de relações sexuais.
COITO INTERROMPIDO
Com relação ao coito interrompido, o homem retira o pênis da vagina um pouco 
antes da ejaculação e o sêmen é depositado longe dos genitais femininos. Esse 
método também é conhecido como “gozar fora”.
MÉTODO DA LACTAÇÃO E AMENORREIA – LAM
É um método anticoncepcional temporário que consiste no uso da amamentação 
exclusiva para evitar a gravidez. A amamentação tem efeito inibidor sobre a 
fertilidade. 
Durante os primeiros seis meses pós-parto, a amamentação exclusiva (o bebê não 
recebe nenhum outro tipo de alimento e líquidos), à livre demanda (amamentação 
frequente, durante o dia e a noite), com amenorreia, está associada a taxas 
baixíssimas .de gravidez. A eficácia da amamentação como método contraceptivo 
depende, portanto, 
de sucção frequente para promover intensa liberação de prolactina e o 
consequente bloqueio da liberação pulsátil de gonadotrofinas pela hipófise. Precisa 
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ser aleitamento materno exclusivo de livre demanda e a mulher deve 
permanecer em amenorreia.
Métodos de Barreira
Contraceptivos de barreira bloqueiam fisicamente o acesso dos espermatozoides ao 
útero. Eles incluem:
 preservativos
 diafragmas
capuzes cervicais
géis contraceptivos
esponjas contraceptivas 
espermicidas (em espuma, creme e supositórios). 
Esses tipos de contraceptivo devem ser usados pela mulher ou pelo parceiro toda vez 
que tiverem relações sexuais.
Preservativos masculinos e femininos
Os preservativos feitos de látex são os únicos contraceptivos que oferecem proteção 
contra todas as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) comuns, tanto as 
causadas por bactérias.
Masculino: pode ser inserido em qualquer momento do ato sexual. O prazo de validade 
varia de 3 a 4 anos.
Feminino: pode ser colocado na vagina, imediatamente antes da penetração, ou até 8 
horas antes da relação sexual. 
O preservativo masculino não deve ser usado junto com o feminino, porque o 
atrito aumenta o risco de rompimento.
Diafragma
Borracha e com a forma de uma cúpula com um aro flexível, é colocado na vagina e 
posicionado sobre o colo do útero. O diafragma impede que os espermatozoides 
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entrem no útero.
Deve ser inserido antes de qualquer contato entre o pênis e a vagina, com ou sem 
geleia espermicida. Pode ser colocado minutos antes da relação sexual ou, no máximo, 
2 horas antes, só deve ser retirado de 6 a 8 horas depois da última relação sexual e 
não deve ficar mais de 24 horas, porque pode provocar irritações na mucosa. A 
durabilidade é de 2 a 3 anos. Depois deve ser trocado. Pode ser usado 6 semanas 
depois do parto.
Existe em diversos tamanhos. A medida é feita por um profissional de saúde 
treinado para determinar o tamanho adequado para cada mulher, o qual 
corresponde ao comprimento diagonal do canal vaginal, desde a face posterior da 
sínfise púbica até o fundo do saco vaginal posterior.
Nãoutilizar diafragma durante menstruação e a vigência de ISTs.
Eficácia depende do uso da forma correta, todas as vezes em que a mulher tem 
relação sexual.
Capuz cervical
O capuz cervical, um copo de silicone em formato de chapéu, é colocado na vagina e 
posicionado sobre o colo do útero. Um capuz cervical impede a entrada dos 
espermatozoides no colo do útero. O capuz cervical se parece com o diafragma, mas é 
menor e mais rígido.
Deve ser inserido antes da relação sexual e permanecer no lugar por no mínimo 6 
horas depois do ato sexual, no máximo até 48 horas de cada vez. Pode ser lavado e 
reutilizado pelo período de 1 ano. Não é recomendado usar como método isolado 
devido à possibilidade elevada de falha.
Gel contraceptivo ou Espermicida
Substâncias químicas à base de monoxinol-9 a 2%. Devem ser colocados na vagina, 
no mínimo de 10 a 30 minutos e, geralmente, não mais de 1 hora antes da relação 
sexual. Devem ser usados todas as vezes que houver relação. Não é recomendado 
para mulheres com múltiplos parceiros (risco de ISTs).
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Esponja Contraceptiva
Esponja redonda em formato de travesseiro feita de poliuretano com aproximadamente 
4 cm de diâmetro e contém espermicida. 
Deve ser colocada na vagina pela mulher até 24 horas antes da relação sexual e 
fornece proteção durante esse período, não importa a frequência de repetição do ato. A 
esponja deve ser deixada no lugar por pelo menos seis horas após a última relação 
sexual. Ela não deve ser deixada no lugar por mais de 30 horas. 
Não se recomenda como método isolado, devido à possibilidade elevada de falha.
Dispositivo Intrauterino (DIU)
O dispositivo intrauterino – DIU é um objeto pequeno de plástico flexível, em forma de 
T, que mede aproximadamente 31 mm, ao qual pode ser adicionado cobre ou 
hormônios que, inserido na cavidade uterina, exerce função contraceptiva. É um dos 
métodos de planejamento familiar mais usados em todo o mundo.
Tipos e Modelos
DIU com Cobre
Atualmente os modelos TCu380 A e MLCu-375 são os mais usados.
É feito de polietileno estéril radiopaco e revestido com filamentos e/ou anéis de 
cobre, enrolado em sua haste vertical, sendo que o modelo TCu-380A também tem 
anéis de cobre em sua haste horizontal.
O DIU TCu-380 A é o mais eficaz dos DIU com cobre e seu efeito depois da 
inserção dura 10 anos. O tipo MLCu-375 dura 5 anos. As concentrações de cobre 
no trato genital superior caem rapidamente depois da remoção do DIU e a 
recuperação da fertilidade é imediata.
O DIU é acondicionado em embalagem estéril. O prazo de validade do DIU na 
embalagem varia entre dois e sete anos, de acordo com o fabricante; após esse 
prazo, é necessário repetir o procedimento de esterilização do DIU por meio de 
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óxido de 
etileno.
Inserção DIU T de cobre
Mulher menstruando regularmente: pode ser inserido a qualquer momento 
durante o ciclo menstrual, preferencialmente durante a menstruação.
Após o parto: O momento mais indicado é logo após a expulsão da placenta. 
Porém pode ser inserido a qualquer momento dentro de 48 horas após o parto, 
embora a taxa de expulsão, nesses casos, seja em torno de 20%. Passado 
esse período, deve-se aguardar, pelo menos, quatro 
semanas.
Após aborto espontâneo ou induzido: Imediatamente. Se houver infecção, 
tratar e orientar para a escolha de outro método eficaz. O DIU pode ser 
inserido após três meses, se não houver mais infecção e a mulher não estiver 
grávida.
Quando quer interromper o uso de outro método anticoncepcional: 
Imediatamente.
DIU que libera hormônio
O sistema intrauterino (SIU) de levonorgestrel – LNG-20. É feito de polietileno e a 
haste vertical é envolvida por uma cápsula que contém 52mg de levonorgestrel e 
libera 20 microgramas por dia.
A eficácia desse método é similar à da esterilização cirúrgica. 
A taxa de falha não é influenciada pela idade. A duração de uso recomendada é de 
5 a 7 anos. A concentração de levonorgestrel no trato genital superior cai 
rapidamente depois da remoção do SIU-LNG-20, e a recuperação da fertilidade é 
imediata.
O SIU-LNG-20 é acondicionado em embalagem estéril; o prazo de validade do SIU-
LNG-20 na embalagem é de três anos, de acordo com o fabricante; não se poder 
esterilizar após esse prazo.
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Inserção DIU SIU-LNG-20
Menstruando regularmente: Entre o 1º e o 7º dia do ciclo menstrual.
Depois do parto: Nas mulheres que estão amamentando, 6 semanas depois do 
parto. Sem lactação, pode ser inserido imediatamente depois do parto ou nas 
48 horas seguintes.
Depois de aborto espontâneo ou induzido: Imediatamente. Porém, se houver 
infecção, o DIU pode ser inserido depois de 3 meses, se já houver mais 
infecção e se a mulher não estiver grávida.
O DIU fornecido pelo SUS é o T de cobre - TCu 380 A, que é 
um pequeno e flexível dispositivo de polietileno em formato de 
T, revestido com cobre nas hastes vertical e horizontal. Tem 
livre acesso no Brasil e é garantido pela PNAISM. Trata-se de 
um método contraceptivo de longa duração (até 10 anos), 
efetivo, com o melhor custo-benefício, não contém hormônios 
nem efeitos sistêmicos, livre de esquecimentos de usá-lo, muito 
bem aceito palas usuárias e pode ser prescrito e inserido por 
um profissional de saúde capacitado.
DIU T de cobre - TCu 380 A
O cobre é responsável por inibir enzimas do endométrio e aumentar a 
produção de prostaglandinas, tem ação infamatória, com efeito tanto nos 
espermatozoides como nos ovócitos secundários, indicado para todas as 
mulheres em idade fértil que desejem um método duradouro, reversível e 
eficaz.
Principais características
Não contém hormônios
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Altamente efetivo e prático
Menor custo-benefício
Retorno rápido à fertilidade
De longa duração
Não interfere na lactação
Sem efeitos sistêmicos
Altas taxas de continuidade
Não aumenta o risco de contrair ISTs
Podem utilizar o DIU T e cobre - TCu 380 A
Mulheres com HIV/Aids, que estão usando antirretroviral
Mulheres com mais chances de contrair infecções
Mulheres com ectopia cervical, cesariana prévia 
Mulheres nulíparas e na perimenopausa
EM ALGUMAS BANCAS PODE SER CONSIDERADO COMO MÉTODO DE 
BARREIRA
Métodos Hormonais
São representados pelos anticoncepcionais orais e injetáveis, que são constituídos de 
esteroides utilizados isoladamente ou associados.
Os anticoncepcionais orais combinados são aqueles que contêm estrogênio e 
progestagênio no mesmo comprimido. O etinilestradiol é o principal estrogênio 
contido nos AOCs.
Os estrogênios naturais como o estradiol e o valerato de estradiol também estão 
disponíveis em duas formulações recentemente lançadas no mercado. Pode-se ainda 
classificar as pílulas combinadas como:
monofásicas, bifásicas ou trifásicas.
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As monofásicas apresentam em todos os comprimidos as mesmas doses de estrogênio 
e progestagênio. As que apresentam duas doses diferentes de estrogênios e 
progestagênios são as bifásicas. As pílulas com variações triplas nas doses dos 
hormônios são as trifásicas.
Mecanismo de ação das pílulas e eficácia
As pílulas combinadas agem bloqueando a ovulação. Os progestagênios, em 
associação aos estrogênios, impedem o pico do hormônio luteinizante (LH), que é 
responsável pela ovulação. Este efeito é chamado de bloqueio gonadotrófico, e é o 
principal mecanismo de ação das pílulas. Existem ainda outros efeitos acessórios que 
também atuam dificultando a concepção, como a mudança do muco cervical, que torna 
mais difícil a ascensão dos espermatozoides, a diminuição dos movimentos das 
trompas e a transformação inadequada do endométrio. Todos estes efeitos 
ocorrem com o uso de qualquer contraceptivo combinado, determinando sua eficácia.
Forma de uso
As mulheres que iniciam o uso de um contraceptivo oral devem ser orientadas a 
administrar a primeira drágea no primeiro dia do ciclo menstrual. Com isso, 
particularmente nas doses de 20 mcg ou 15 mcg de etinilestradiol, consegue-se o 
adequado bloqueio da atividade folicular ovarianae maior efetividade do método.
No pós-parto, quando não amamentando, as mulheres devem iniciar o AOC de três a 
seis semanas após o parto, não havendo a necessidade da menstruação, 
evidentemente confirmando-se a ausência de gravidez. Após o sexto mês, mesmo 
amamentando, pode-se iniciar o uso de AOCs, após a exclusão de possível 
gravidez, independentemente do retorno da menstruação. No pós-aborto, iniciar o 
método nos primeiros sete dias após ou a qualquer momento, desde que excluída a 
possibilidade de gestação.
Situação rotineira refere-se à troca de anticoncepcionais orais ou de outros métodos. 
Quando há troca de formulações orais combinadas, inicia-se imediatamente o novo 
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contraceptivo no primeiro dia da menstruação após a interrupção do contraceptivo 
anterior. No caso de anticoncepcionais contendo apenas progestagênios, a troca é 
imediata, não havendo necessidade de 
aguardar a menstruação. O uso de AOCs, após anticoncepção injetável trimestral, 
implante ou sistema intrauterino liberador de levonorgestrel, deve ser iniciado 
imediatamente após o término da validade do método.
Intervalo entre as cartelas
A maior parte dos AOCs prevê pausas mensais entre as cartelas, que podem variar de 
quatro a sete dias. Nestes casos, após a primeira cartela inicia-se a segunda no quinto 
ou oitavo dia, respectivamente, respeitando-se assim o intervalo preconizado. Os 
anticoncepcionais que contêm substâncias inativas ou menores doses hormonais 
durante o intervalo previsto possuem cartelas com 28 comprimidos, não havendo 
necessidade da pausa contraceptiva. 
No caso do uso contínuo, ou seja, sem pausa preconizada, a orientação individual deve 
prevalecer quanto aos intervalos que serão orientados durante a utilização do AOC.
Esquecimento
O esquecimento de comprimidos dos anticoncepcionais representa importante causa 
de falha contraceptiva. As pacientes devem ser orientadas ao uso rotineiro, sempre no 
mesmo horário ou situação, visando a minimizar este inconveniente. 
No caso de esquecimento de um comprimido por menos de 24 horas, deve-se utilizar 
imediatamente a drágea, utilizando a seguinte no mesmo horário regular. 
Após 24 horas, preconiza-se a ingestão de duas drágeas no horário regular, e tomar o 
restante das pílulas de maneira habitual.
Caso haja o esquecimento de mais de dois comprimidos, deve-se orientar à utilização 
de preservativos durante sete dias, tomando as pílulas restantes de forma habitual
Orais
Pílula combinada etinilestradiol 0,03mg + levornogestrel 0,15mg = 21, 22 ou 28 
comprimidos. Uso pela 1ª vez: 1º ou até o 5º dia do ciclo menstrual.
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Minipílulas Noretisterona 0,35mg = 28 a 35 comprimidos (sem interrupção).
Injetáveis (IM)
Progestogênio = Uso trimestral, são indicados para lactantes; composição: acetato de 
medroxiprogesterona 150mg.
Progestogênio + Estrogênio = Uso mensal; composição: enantato de norestisterona 
50mg+ valerato de estradiol 5mg.
Para lactentes
Minipílula —— Amamentação
Progesterona + Prolactina = Barreira que impede uma nova gravidez durante a 
amamentação.
Anticoncepção de Emergência
Anticoncepção ou contracepção de emergência consiste na utilização de pílulas 
contendo estrogênio e progestogênio ou apenas progestogênio depois de uma relação 
sexual 
desprotegida, para evitar gravidez.
→ Pílulas combinadas de etinilestradiol e levornogestrel (Esquema de Yuzpe)
→ Levonorgestrel - 1,5 mg (dose única) ou 0,75mg (2 comprimidos -12/12 horas) - 
Anticoncepção hormonal de Emergência
Quanto mais precocemente for administrados os comprimidos, mais eficaz será a 
AHE. Mais próximo possível da relação desprotegida até 72h. Com limite de 5 dias.
Se vômitos nas primeiras duas horas depois da ingestão da medicação deve repetir 
a dose depois do uso de antiemético ou da alimentação.
Mecanismo de Ação
→ Atrasa ou inibe a ovulação
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→ Interfere na migração dos espermatozoides do colo uterino às trompas ou no 
processo de adesão e capacitação dos espermatozoides das trompas
→ Impede a fecundação
Irreversíveis
Métodos Cirúrgicos
Os métodos cirúrgicos são métodos contraceptivos definitivos – esterilização – que 
podem ser realizados na mulher, por meio da ligadura das trompas (laqueadura ou 
ligadura tubária), e no homem, por meio da ligadura dos canais deferentes 
(vasectomia). Lei nº9.263/96 do planejamento familiar.
Referências
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_sexual_saude_reprodutiva.pdf
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-saúde-feminina/planejamento-
familiar/contraceptivos-de-barreira
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_sexual_saude_reprodutiva.pdf
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/planejamento-familiar/contraceptivos-de-barreira

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