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ANA JULIA BOTELHO 1 Reprodução veterinária A determinação sexual começa na fertilização, na qual o espermatozoide leva um cromossomo X ou Y ao oócito. A presença ou ausência do cromossomo Y no cariótipo está ligado à determinação e diferenciação sexual. Fêmeas: XX. Machos: XY. No braço do cromossomo Y, há a presença do Gene SRY que vai determinar a transformação das células primordiais em espermatogênias. Obs.: Na presença do cromossomo XY formam- se as espermatogônias, ocorre a transformação da gônada indiferenciada em testículo, e a partir daí algumas células vão produzir AMH (Hormônio Anti-Mulleriano) e andrógenos, formando a parte fenotípica do macho. Já na fêmea, não tem o cromossomo Y, então forma oogônias, e no desenvolvimento forma o ovário, o qual não produz hormônio, por enquanto. A diferenciação sexual tem início na 7ª semana de vida. Basicamente em todos os embriões, inicialmente se formam as chamadas gônadas indiferenciadas .com o potencial de desenvolver-se em ovários ou testículos) a partir da invasão das cristas genitais pelas células germinais primordiais, que migram desde seu local de origem no epiblasto, se essa migração ocorrer na presença do gene SRY, desenvolve-se o testículo, e se não, desenvolve-se ovário. As gônadas são formadas por duas populações celulares diferentes. • Células somáticas que circundam as células germinativas (células de suporte, células intersticiais, células da granulosa e da Teca). • Células germinativas (CGP) que dão origem ao gameta. Quando o indivíduo tem o cromossomo Y, tem também o gene SRY, que vai determinar a produção de um hormônio chamado TDF (fator determinante testicular). Esse fator irá estimular, a partir das células primordiais das gônadas, o desenvolvimento do tecido testicular. Desenvolvidas as gônadas na presença de SRY, as células de Sertoli produzem AMH e as células de Leydig produzem T4 (testosterona) pela ação do SF-1, sendo que ambos irão fazer com que se desenvolva a genitália do macho, inibindo a da fêmea. A T4 é convertida em diidrotestosterona (DHT), a qual é responsável pela formação da genitália externa do macho (transformação do seio urogenital em pênis e próstata). Ou seja, se não houver DHT, haverá formação da genitália feminina! O AMH inibe o desenvolvimento dos Ductos de Muller, e portanto, a genitália da fêmea. Já o desenvolvimento do ovário ocorre espontaneamente se não há TDF. Nesse caso, serão formadas as células foliculares e tecais as quais estimularão os Ductos de Reprodução veterinária ANA JULIA BOTELHO 2 Muller (D. Paramesonéfron) a se transformarem na genitália interna feminina. Ou seja, para se tornas fêmea não precisa de sinalização hormonal. Ducto mesonéfricos – dá origem aos órgãos masculinos. Ducto paramesonéfrico – dá origem aos órgãos femininos. São alterações no desenvolvimento que se contrapõe às características determinadas pelo sexo genético (cromossômico), levando o mesmo individuo a apresentar características marcantes dos dois sexos. - Hermafroditismo verdadeiro - Pseudo – hermafroditismo masculino - Pseudo – hermafroditismo feminino - Freemartin É o indivíduo que apresenta os dois sexos distintos anatômica e funcionalmente. Definido pela presença de tecidos ovariano e testicular no mesmo indivíduo, em gônadas separadas ou em uma só (ovotestis), durante a vida intrauterina, a presença de tecidos ovariano e testicular, ambos com sua produção hormonal, resulta em diferenciação anormal das genitálias interna e externa. As vias genitais externas são quase sempre femininas, com vulva rudimentar e clitóris hipertrofiado. Individuo que apresenta apenas uma das gônadas (testículos ou ovários) com características secundárias (fenotípicas) e genitália externa do outro sexo. - Ovário: Pseudo – hermafroditismo feminino. - Testículo: Pseudo – hermafroditismo masculino. Intersexualidade mais comum encontrada em bovinos. Freemartinismo é resultante da anastomose dos vasos das membranas fetais na gestação gemelar de fetos heterossexuais. O sangue de ambos os fetos, macho e fêmea, é misturado por mais de 280 dias de gestação, promovendo o intercâmbio de substâncias como hormônios, células sanguíneas e o fator de diferenciação sexual entre os gêmeos. Requisitos para que ocorra: dupla ovulação (gêmeos dizigóticos XX e XY), anastomose dos vasos antes do diformismo, gestação gemelar. Nascimento de apenas fêmea Freemartin: devido à morte fetal precoce e reabsorção do gêmeo macho no útero depois do estabelecimento da anastomose vascular. Nascimento de fêmea fértil: anastomose vascular ocorreu após o período crítico na diferenciação gonadal. ANA JULIA BOTELHO 3 Sinais clínicos: vulva pequena com pelos longos na comissura ventral, pescoço curto, grosso e tórax mais desenvolvido, desenvolvimento de uma formação hiperplásica na vagina, clitóris aumentado de tamanho, ausência de cérvix, presença do epidídimo, ducto deferente, ampolas e glândulas vesiculares hipoplásicas. Diagnóstico feito a partir da introdução de um tubo de ensaio no vestíbulo da vagina: a vagina de uma bezerra normal permite uma penetração com uma variação de 12 a 14 cm, Freemartin permite uma penetração com apenas 4 ou 5 cm. Palpação transretal: gônada indiferenciada e de tamanho reduzido, agenesia ou hipoplasia do corpo e cornos uterinos, ausência das tubas uterinas e glândulas vesiculares rudimentares. FÊMEAS: Os órgãos genitais da fêmea incluem os órgãos genitais internos (ovários, ovidutos, útero, cérvix, vestíbulo e vagina) e os órgãos genitais externos (lábios vulvares e clitóris). Os ovários produzem tanto gametas femininos quanto hormônios. As tubas uterinas pares capturam os oócitos liberados pelos ovários e os transportam para o útero, onde o ovo fertilizado é mantido. A vagina serve como órgão copulatório e, juntamente com sua continuação, o vestíbulo, como canal de parto e passagem para excreção urinária. O aparelho reprodutor feminino é essencialmente um conjunto de órgãos tubulares, nos quais se distinguem quatro camadas denominadas de dentro para fora como mucosa (camada de epitélio secretório), submucosa (suporta a mucosa e contém a irrigação e inervação), muscular (duas camadas de músculo liso) e serosa (camada simples de células que se seguem às do peritoneu). Em particular no útero os nomes destas camadas são: endométrio (incluindo a mucosa e a submucosa, que contêm as glândulas uterinas), miométrio (muscular) e perimétrio (serosa). Tem duas funções: Endócrina: produção de estrógeno (pelos folículos) e progesterona (pelo corpo lúteo. Exócrina: liberação de ovócito (gameta feminino). Os ovários se originam do primórdio gonodal, de forma geral, os ovários dos mamíferos domésticos são órgãos pares suspensos na região sublombar pelo ligamento largo, que nesta seção se denomina mesovário, e estão localizados caudalmente aos rins. Têm forma arredondada ou oval, são de consistência firme e, em geral, possuem folículos e corpos lúteos que lhes conferem uma aparência irregular. Através do corte, é possível detectar uma zona externa chamadas córtex ou zona parenquimatosa e uma interna chamada medula ou zona vasculosa. Em todas as espécies domésticas, com exceção do equino, os ovários apresentam um formato basicamente elipsoide, enquanto sua superfície se caracteriza por folículos e corpos lúteos grandes. Nas vacas: o útero é todo localizado na cavidade pélvica, e tem uma ‘’bolsa’’ que envolve os ovários e presença de septo intercornual. Nas éguas: o útero é suspenso, e os ovários são presos na alça do íleo. A estrutura do ovário é invertida. A zona parenquimatosa com seus folículos forma o centro doórgão, o qual é envolvido por uma camada espessa e intensamente vascularizada de tecido conectivo que corresponde à medula dos outros mamíferos domésticos. A zona parenquimatosa alcança a superfície do ovário na fossa ovariana, uma depressão profunda na margem livre do órgão, onde ANA JULIA BOTELHO 4 todos os folículos maduros irrompem. A medula contém vasos sanguíneos, nervos, linfáticos, fibras musculares lisas e tecido conectivo. A zona parenquimatosa contém vários folículos e corpos lúteos em diversos estágios de desenvolvimento e regressão. Cadelas: proximidade dos ovários com os rins. Em todas as espécies domésticas, com exceção do equino, os ovários apresentam um formato basicamente elipsoide, enquanto sua superfície se caracteriza por folículos e corpos lúteos grandes. Vacas, cadelas, porcas, ovelhas: Éguas: tem o maior folículo das espécies. No animal adulto, os folículos ovarianos se desenvolvem no interior da zona parenquimatosa. Cada folículo contém um único óvulo. São classificados como: Primordiais: são formados por um epitélio folicular de camada simples, as células granulosas, que são planas e mais tarde se diferenciam em células da teca interna, as quais envolvem o ovócito. Após a transformação das células granulosas planas em células cuboides, o folículo se torna um folículo primário. O folículo primário desenvolve-se a partir do primordial e caracteriza-se por apresentar várias camadas de células foliculares envolvendo o ovócito. Estas células foliculares adquirem uma forma cuboidal e de aparência secretora, transformando-se em células da granulosa. É nesta fase que o ovócito se rodeia de uma camada clara de material extracelular: a zona pelúcida. Primários (Unilaminar e multilaminar): começará a formar uma cavidade, o antro, com o que ficará transformado em folículo secundário. O antro é um espaço cheio de fluido que se forma pela união de muitos pequenos espaços entre as células da granulosa. Quando totalmente constituído, o ovócito permanecerá num montículo central de células granulosas. Secundários: várias camadas de células granulosas são formadas ao redor do oócito com reentrâncias preenchidas com fluido dentro da massa de células granulosas. Finalmente, elas confluem para formar uma cavidade preenchida com líquido folicular. Nesse estágio, o folículo recebe a denominação folículo terciário. Terciário: Em uma extremidade da cavidade folicular, há uma elevação, a qual contém o ovócito em amadurecimento. O ovócito se encontra em íntimo contato com uma ANA JULIA BOTELHO 5 membrana translúcida, a zona pelúcida, a qual é envolvida por uma camada de células granulosas dispostas radialmente, a coroa radiada. Na etapa seguinte de maturação, o folículo terciário se torna o folículo ovárico vesiculoso, que finalmente irrompe para liberar o ovócito. Após a ovulação forma-se uma depressão no local previamente ocupado pelo folículo, o qual se reconhece pela presença de uma área suave e circunscrita conhecida como fossa ovulatória. Durante cinco a sete dias após a ovulação, a partir da transformação das células da granulosa e da teca interna em células lúteas desenvolve-se o corpo lúteo, em éguas, o corpo lúteo estará presente a partir das 24 h após a ovulação, mas não é uma estrutura palpável, já que se encontra imersa no tecido ovárico. Luteogênese: formação do corpo lúteo, glândula endócrina temporária, altamente vascularizado. Luteinização: processo que as células sofrem e param de secretar estrogênio e começam a secretar progesterona. Células da granulosa -> células lúteas grandes. Células da teca interna -> células lúteas pequenas. Luteólise: inativação e regressão do corpo lúteo. No animal fora do período de gestação, o útero produz prostaglandina (PGF2α), que faz com que o corpo lúteo entre em regressão. Os corpos lúteos produzem progesterona, enquanto as células da parede de folículos maduros são fonte de estrogênio. A alternância nos níveis de progesterona e estrogênio determina mudanças no comportamento sexual e na estrutura e na atividade do trato genital. Níveis mais elevados de estrogênio produzidos por um folículo ovárico vesiculoso fazem com que o animal exiba sinais de comportamento de cio e, desse modo, indicam que está pronto para o acasalamento. A progesterona prepara e mantém o útero para a implantação do óvulo fertilizado. - Vacas, éguas e carnívoros o corpo lúteo apresenta uma cor amarelada devido a luteína (pigmento). - Ovelhas, cabras e porcas: não apresentam pigmento. Formado à medida que o CL degenera, invasão de fibroblastos, estrutura fibrosa, sem funções, não secreta nada é apenas resquício do corpo lúteo, deixa cicatriz. São órgãos tubulares que conectam o útero com os ovários, algumas de suas funções são a captação do ovócito, local de fertilização e ser um reservatório espermático. Funções: captação dos ovócitos pelas fimbrias, condução para o útero, local da fecundação e produção de fluido tubárico. Dividido em três partes: ANA JULIA BOTELHO 6 Infundíbulo: extremidade mais próxima do ovário que se expande em forma de funil. a sua borda apresenta projeções filiformes que constituem a fímbria -para captar o ovócito no momento da ovulação-, e termina numa abertura chamada ostium. Ampola: que abrange cerca de metade do comprimento do oviduto e, na sua ligação com o istmo, é o local onde se realiza a fertilização. Istmo: parte mais próxima do córneo uterino, local onde se encontram os reservatórios espermáticos funcionais. - A tuba uterina precisa ser ciliada para ter motilidade. Órgão muscular cavitário, dividido em cornos, corpo e cérvix. Funções: - Transporte dos espermatozoides - Regulação da função do CL através da PF2 α - Implantação - Gestação - Nutrição do embrião através da placenta - Parto e involução do pós parto. Particularidades: - Nos ruminantes há presença de ligamento intercornual, e carúnculas (saliências no endométrio) que fazem a fixação da placenta. - Nas éguas o corpo é amplo e tem dois cornos divergentes. Órgão que separa o útero da vagina, projeta-se caudalmente para a vagina, parede espessa e lúmen reduzidos, é uma barreira na gestação e se encontra aberta no estro e no parto. A cérvix possui uma camada muscular circular bem desenvolvida que contém fibras elásticas. A mucosa forma uma grande quantidade de pregas, cujo epitélio contém células produtoras de muco. Funções: por meio do muco cervical, o transporte dos espermatozoides, assim como ser o primeiro filtro, seleção e barreira dos espermatozoides. Por sua vez, as criptas cervicais formarão o primeiro reservatório de espermatozoides. Nas vacas e cabras, o cérvix possui entre quatro e cinco anéis concêntricos; nas borregas são de quatro a sete dobras transversos inclinadas caudalmente para a entrada do cérvix, pelo que lhes chamam cones truncados ou funis; nas porcas tem forma de espiral; em éguas é composto por dobras longitudinais, e na cadela não se fala de anéis, mas menciona-se que possui um fundo de saco. Muco cervical: muco viscoso com células secretoras, estimulada pelo estrógeno e inibida pela progesterona. No cio fica menos viscoso devido as glicoproteínas. ANA JULIA BOTELHO 7 Se prolonga desde o óstio uterino externo até o óstio externo da uretra. Reservatório de espermatozoides (órgão copulador), canal para o parto, ducto para eliminação das secreções cervicais, endometriais e tubáricas. O ph da secreção vaginal não é favorável para os espermatozoides. MUCO + SECREÇÃO VAGINAL + PALSMA SEMINAL = servirá como um tampão. Localiza-se desde o óstio externo da uretra até a vulva externa, O vestíbulo é menorque a vagina e sua maior parte se situa por trás do arco isquiático, o que permite que ele se incline ventralmente para sua abertura na vulva. - Formada por dois lábios que se encontram em uma comissura dorsal e outra ventral. - Comissura dorsal é arredondada e a comissura ventral é aguda, exceto na égua (invertido). - O clitóris se posiciona na comissura ventral em uma fossa amplamente coberta por uma prega mucosa. O lobo anterior da hipófise, também conhecido como adeno-hipófise, produz e secreta a maior parte dos hormônios hipofisários. Sua função é controlada pelos hormônios do hipotálamo. O lobo posterior (neuro-hipófise) não produz nenhum hormônio, mas libera dois hormônios que são produzidos nos núcleos do hipotálamo. Regulação endócrina: O hipotálamo é responsável pela produção e liberação de GnRH, que vai agir na hipófise estimulando a produção e liberação de FSH e LH. Existem dois locais de secreção e produção de GnRH no hipotálamo: os centros controlares de secreção tônica (continua secreção) e os centros controladores da onda pré-ovulatória que secretam grandes quantidades de uma só vez. Hormônios proteicos: FSH e LH / Esteroides: testosterona Com o estimulo do GnRH, a hipófise anterior secreta ambos FSH e LH, além disso o GnRH também estimula a secreção de prolactina. As gonadotrofinas além de se distribuírem pelo organismo via circulação sistêmica, também atingem o hipotálamo pelo vaso de fluxo retrógrado, onde causam um bloqueio parcial na liberação de GnRH (feedback negativo)Tanto o GnRH como os esteroides gonadais (testosterona, estrógeno, etc.) controlam a secreção de FSH e LH, também conhecido como gonadotrofinas. Além disso, hormônios proteicos como a inibina produzida no testículo pelas células de Sertoli irá inibir a secreção de FSH. Comunicação intercelular: Autócrina: quando atua no mesmo tipo de célula onde é produzido. Ex.: produzido na célula da granulosa e age em outra. Parácrina: célula secreta mais os receptores estão em outras células adjacentes. Endócrina: célula secreta, hormônio cai na corrente sanguínea e se liga à outra célula distante. Proteicos, esteroides, aminas, prostanoides. Proteicos: moléculas formadas por polipeptídios. FSH (hormônio folículo estimulantes) LH (hormônio luteinizante): atua na modificação na esteroidogênese (estrógeno ANA JULIA BOTELHO 8 para progesterona) – promove ovulação e formação do CL e inicia a secreção de progesterona antes mesmo da ovulação. GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina): é liberado por neurônios presentes no hipotálamo. Os neurônios do hipotálamo secretam o GnRH de forma pulsátil, o hormônio viaja pela circulação sanguínea até a hipófise anterior (adenohipófise) onde se liga ao seu receptor GnRHR. Ele estimula a síntese e liberação das gonadotrofinas (LH e FSH) na hipófise. O que faz um hormônio durar menos é sua metabolização. Prostaglandinas: - O trato hipotálamo-hipofisário é um feixe de axônios que conecta os núcleos hipotalâmicos à neuro-hipófise. Sua função é transportar os dois hormônios hipotalâmicos (ocitocina e hormônio antidiurético) até a neuro-hipófise, onde eles serão armazenados até serem liberados quando houver necessidade. - O hipotálamo exerce função direta sobre a hipófise, o fluxo retrógado (hormônios da adenohipófise) fazem uma retroalimentação negativa através da alça curta. • Feedback de alça longa: quando os níveis sanguíneos dos hormônios das glândulas periféricas chegam ao valor de homeostase/fisiológico, esses hormônios sinalizam para a hipófise e o hipotálamo que está na hora de parar de secretar hormônios liberadores ou estimuladores até que os seus valores se reduzam novamente. • Feedback de alça curta: o aumento sérico dos hormônios hipofisários inibe a síntese e/ou a liberação de hormônios hipotalâmicos relacionados. A adeno-hipófise é formada por uma: Porção anterior (parte distal ou glandular) é a parte com a maior atividade secretora. Ela é formada por folículos que variam em tamanho, mas essencialmente contêm três tipos de células. Essas células são classificadas como células cromófilas (acidófilas e basófilas). Células acidófilas ainda se dividem em somatotróficas (produzem GH) e lactotróficas (prolactina). As células basófilas são divididas em gonadotróficas (produzem FSH e LH), corticotróficas (ACTH) e tireotróficas (TSH). É uma estrutura neuroendócrina especializada. Ao contrário da hipófise anterior, ela não contém células secretoras, mas contém vários axônios que se originam dos neurônios hipotalâmicos secretores. Esses axônios armazenam e liberam OCITOCINA (que é produzida no hipotálamo). https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/tipos-de-celulas-no-corpo-humano https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/tipos-de-celulas-no-corpo-humano ANA JULIA BOTELHO 9 As gônadas masculinas são os testículos e as gônadas femininas são os ovários. Esses órgãos do sistema reprodutor são necessários para a reprodução sexual, pois são responsáveis pela produção de gametas masculinos e femininos . A produção de hormônios gonadais é regulada por hormônios secretados pela hipófise anterior no cérebro . Os hormônios que estimulam as gônadas a produzir hormônios sexuais são conhecidos como gonadotrofinas . A hipófise secreta as gonadotrofinas, hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo-estimulante (FSH) . Estimulam as gônadas a produzirem estrógeno progesterona. 1) HIPOTALÂMICO: - GnRH (centro tônico e pré ovulatório): Órgão-alvo: adeno-hipófise Células-alvo: gonadótrofos Função: liberação de FSH e LH Interação com receptores de membrana. 2) ADENO-HIPÓFISE: - FSH Glicoproteína Órgão-alvo: ovários Células-alvo: células da granulosa (produção de estrógeno precisa de FSH e LH). Função: crescimento e início da maturação folicular. Controle: hormônios ativina (ativa FSH), inibina (inibe FSH) e folistatina (inibe a ativina). - LH: luteotrófico mantêm o CL Glicoproteína Órgão-alvo: ovários Células-alvo: células da teca interna Função: final da maturação folicular, estimula a ovulação, formação do cl (secreção de progesterona). - PROLACTINA: Polipeptídio Produzido durante a prenhez e lactação Órgão-alvo: glândula mamaria Células-alvo: células acinares Função: inicia e mantém a lactação. https://www.greelane.com/link?to=reproductive-system-373583&lang=pt&alt=https://www.thoughtco.com/reproductive-system-373583&source=gonads-373484 https://www.greelane.com/link?to=reproductive-system-373583&lang=pt&alt=https://www.thoughtco.com/reproductive-system-373583&source=gonads-373484 https://www.greelane.com/link?to=sexual-reproduction-373284&lang=pt&alt=https://www.thoughtco.com/sexual-reproduction-373284&source=gonads-373484 https://www.greelane.com/link?to=sexual-reproduction-373284&lang=pt&alt=https://www.thoughtco.com/sexual-reproduction-373284&source=gonads-373484 https://www.greelane.com/link?to=gametes-373465&lang=pt&alt=https://www.thoughtco.com/gametes-373465&source=gonads-373484 https://www.greelane.com/link?to=pituitary-gland-anatomy-373226&lang=pt&alt=https://www.thoughtco.com/pituitary-gland-anatomy-373226&source=gonads-373484 https://www.greelane.com/link?to=anatomy-of-the-brain-373479&lang=pt&alt=https://www.thoughtco.com/anatomy-of-the-brain-373479&source=gonads-373484 ANA JULIA BOTELHO 10 3) NEURO-HIPÓFISE (armazenamento e liberação): - OCITOCINA: também é produzida pelas células lúteas grandes Age no endométrio estimulando a secreção de PGF2 α Órgão-alvo: útero (parto e cio) e glândula mamaria (lactação). Células-alvo: células musculares e mioepiteliais. Funções: estimula a contração uterina transporte de espermatozoides/parto) e das células mioepiteliais que circundamos alvéolos na glândula mamaria. OBS.: reflexo neuroendócrino – o estimulo da sucção da teta envia um sinal nervoso para o hipotálamo liberar ocitocina que ativam as células mioepiteliais a secretar leite. Ferguson: a compressão na cérvix pelo feto no mecanismo do parto estimula a liberação de uterina que faz com que haja contrações uterinas. 4) PINEAL Pienalócitos secretam MELATONINA. Sua função está ligada a sinais visuais que transmitem informações sobre a luz ambiente - > sazonalidade. - Em dias curtos aumenta a melatonina que inibe a liberação de FHS e LH dos gonadótrofos (adeno-hipófise) conhecido como anestro sazonal. - Dias longos abaixam a melatonina – ciclicidade ovariana. 5) OVÁRIOS - ESTRÓGENO: estradiol, estrona e estriol. Funções: atua no SNC induzindo o comportamento de cio (precisa da diminuição da progesterona), formação das características sexuais secundárias, desenvolvimento das glândulas mamárias, potencializa o efeito da ocitocina (contrações uterinas) pois eleva o número de receptores. Também aumenta a expressão de receptores para o GnRH nos gonadótrofos. A granulosa é quem secreta estrógeno, com recurso vindo da teca interna, as duas trabalham em conjunto. Faz feedback positivo - PROGESTERONA: produzida pelas células lúteas do corpo lúteo e placenta. Funções: Prepara o endométrio para a implantação, inibe motilidade do miométrio, auxilia no desenvolvimento do tecido secretor da glândula mamária, provoca inibição do cio quando em níveis elevados. Altas concentrações faz retroalimentação (-) no centro pré-ovulatório (FEEDBACK NEGATIVO). IMUNOSSUPRESSORA: Reduz o fluxo de sangue no útero– atrasa resposta leucocitária, reduz a permeabilidade dos capilares– atrasa migração dos leucócitos. - RELAXINA: produzida pelas células lúteas do corpo lúteo na gestação. Funções: dilatação da cérvix e vagina antes do parto, estimula as contrações uterinas, ANA JULIA BOTELHO 11 associado ao estrógeno atua no crescimento da glândula mamaria. - INIBINA: produzido pela célula da granulosa. Funções: sinalizadores químicos para a adeno- hipófise (gonadótrofos) sobre o número de folículos em crescimento, reduz a secreção de FSH sem afetar o LH. - ATIVINAS: produzido no folículo (liquido folicular) e hipófise. Funções: sinalizadores químicos para a adeno- hipófise (gonadótrofos), estimula a secreção de FSH. - FOLISTATINA: produzidos no folículo e hipófise. Funções: neutraliza a atividade biológica da ATIVINA, inibe a secreção de FSH. 6) ÚTERO - PROSTAGLANDINA (PGF 2α) Produzida no endométrio e placenta (parto), atua na contração uterina, é luteolítica (lise do CL).