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HK B Manej� d� Dor Prof. Luca� Bea�ott� Classificaçã� d� dor ❤ Quanto ao tempo e tipo ➺ Aguda: duração previsível autolimitada e facilmente diagnosticada ➺ Crônica oncológica: causada por uma neoplasia maligna ➺ Crônica não oncológica: duração indeterminada, não autolimitada e associada à inflamação tecidual persistente, perda tecidual ou lesão neuropática ❤ Quanto ao mecanismo fisiopatológico ➺ Nociceptiva: As vias nociceptivas estão preservadas sendo ativadas por nociceptores cutâneos (dor somática) ou profundos (dor visceral) “A dor somática geralmente é bem localizada e descrita como dolorosa, aguda ou latejante. Em contraste, a dor visceral devido à obstrução de uma víscera oca é mal localizada e pode ser descrita como roer ou cólicas; lesão de outros tecidos, como fáscia profunda, ou órgãos como o coração, pode ser descrito como uma pressão ou uma dor profunda. A dor visceral é comumente referida. Pacientes muitas vezes acham a dor visceral mais difícil de descrever do que a dor somática” HK B ➺ Neuropática: As vias nociceptivas apresentam alterações estruturais ou funcionais, resultante de lesões seletivas do trato neoespinotalâmico (dor central) ou do sistema nervoso periférico (dor periférica) “A dor neuropática é frequentemente descrita como entorpecida ou ardente com dores agudas e agudas ao movimento. Os pacientes podem descrever dores espontâneas na ausência de quaisquer estímulos ou dores evocadas, como alodinia, hiperalgesia e hiperpatia (resposta retardada e prolongada). Devido ao câncer natural, a dor neuropática pode evoluir à medida que as massas aumentam de tamanho; ao longo do tempo, muitos pacientes com dor neuropática relacionada ao tumor experimentam o surgimento de dor profunda relacionada à lesão subjacente. Obs: Uso de anticonvulsivantes HK B Via� d� atuaçã� � Medicament� ❤ Condução das Fibras ➺ Anticonvulsivantes de 1ª geração “As fibras aferentes nociceptivas primárias, normalmente fibras A-delta (A-d) e C, transmitem sinais químicos (ácidos, prostaglandinas, bradicinina), mecânicos (pressão e vibração) e térmicos (calor, frio e aquecimento) através do trato de Lissauer, fazendo sinapse com neurônios do corno posterior da medula espinhal (CPME) …, Dependendo da interação entre as unidades excitatórias e inibitórias, das condições ambientais, dos traços constitucionais, da experiência de vida pregressa e a presença de anormalidades orgânicas ou funcionais do indivíduo, essa informação é ou não transferida para o SNC que participa da percepção ou das reações reflexas frente à ocorrência da dor.” ❤ Modular Neurotransmissores e Neurônios ➺ Opioide e Gabapentinoides “Na sequência, numerosos neurotransmissores e mediadores bioquímicos excitatórios (glutamato, substância P, fatores de crescimento) e inibitórios (opioides, ác. gama-aminobutírico/GABA e glicina) são liberados no CPME provenientes de três fontes principais: fibra aferente primária, interneurônios e sistema de fibras descendente. As células do CPME possuem receptores específicos para essas substâncias. Portanto, essa sinapse no CPME seria o ponto no qual as informações dolorosas são conduzidas através do trato espinotalâmico e espino-hipotalâmico aos centros superiores ou são inibidas por ativação do sistema analgésico descendente, proveniente de três componentes principais inter-relacionados funcionalmente: o sistema opióide, noradrenérgico e serotoninérgico.” ❤ Percepção dolorosa ➺ Antidepressivos do SNC Abordage� d� Dor ❤ Twycross - EEMMA ➺ Evolução • Causa da dor • Mecanismo da dor • Fatores não físicos envolvidos • Discriminação detalhada: localização, duração, irradiação, intensidade, fatores temporais, fatores de agravamento e alívio, grau de interferência nas atividades HK B diárias (sono e relação interpessoal) e na capacidade funcional, além da resposta prévia a fármacos. ➺ Explicação da causa “A explicação através de uma linguagem simples para o paciente e sua família das causas de dor, dos mecanismos envolvidos e dos fatores que podem modificar a sua intensidade, habitualmente contribui para aumentar confiança e a qualidade de avaliação da dor.” ➺ Manejo terapêutico ➺ Monitorização do tratamento ➺ Atenção aos detalhes Medicament�: Mecanism� ❤ Opióides Opióides é qualquer componente, endógeno ou exógeno, que se liga ao receptor opióide ➺ Mecanismos dos opióides: atua em receptor Mu, que estão dispostos no sistema nervoso central e no periférico • Agonistas: se ligam ao receptor opioide produzindo analgesia máxima (morfina) • Agonistas parciais: atividade intrínseca baixa (buprenorfina) • Antagonista: reverter o efeito (naloxona) ➺ “O princípio básico de sua utilização clínica é a titulação da dose para cada paciente, até se atingir um nível aceitável de analgesia limitado pelos efeitos adversos concomitantes.” ➺ Medicamentos • Fraco: codeína e tramadol • Forte: morfina, fentanil, buprenorfina • Efeitos adversos: HK B ❤ Gabapentinoides ❤ Analgésicos não opióides ➺ Coadjuvantes: usados para aumentar o controle da dor, tratar dor refratária, reduzir a dose de opióides e seus efeitos associados • Classes: seguintes classes: antidepressivos, anticonvulsivantes, anestésicos locais, neurolépticos, bloqueadores de receptores NMDA (N-Metil-D- Aspartato), Alfa 2 adrenérgicos agonistas, corticoides, relaxantes musculares, ansiolíticos (benzodiazepínicos), bisfosfonatos e radiofármacos. ➺ AINEs: indicação clínica nas dores de leve a moderada intensidade, de origem visceral (dismenorreia, cólica intestinal e renal), tegumentar, óssea (metástase), muscular e/ou articular resultante de afecções inflamatórias, traumáticas, discinéticas e câncer. Escalonament� d� tratament� d� dor “Diversificar os analgésicos, valer-se de diferentes mecanismos de ação e vias de administração diminuindo a dose de cada fármaco e seus efeitos adversos” HK B ❤ Subtratamento da dor Apesar do conhecimento sobre a escada medicamentosa da dor, muitos pacientes ainda são sub tratados, em razão de: ➺ Falsas crenças sobre existir relação direta entre dor e doença avançada, ou seja, o médico não dá valor a dor do paciente em estágio inicial ➺ Relutância, principalmente dos mais idosos, sobre o uso de opioides ➺ Barreiras na comunicação - pacientes anártricos (não fala), afásicos, IOT ou com hipoacusia • Indicação para anártricos ou alzheimer: usar escala visual da dor e, quando o paciente não consegue, usar a escala PAINAD (escala de avaliação da dor em demência avançada) • Indicação para IOT: usar a escala BPS ➺ Desconhecimento do assunto, o que leva a imperícia da ação médica Di� - � - di� ❤ Tipos de medicamentos ➺ Patch (adesivo) ➺ Comprimidos ➺ Endovenoso ❤ Rotação de opióides “A rotação de opioide implica na prática de mudar de um opioide para outro na tentativa de controlar melhor a dor ou reduzir os efeitos adversos (disfunção cognitiva, alucinações, delírio, mioclonia, náusea, vômito, constipação e hipotensão ortostática).” HK B➺ Na conversão, é importante lembrar para quanto tempo é a dose. Por exemplo,o adesivo de buprenorfina dura 7 dias, então a dose equivalente de morfina deve ser fracionada em 7 dias. Referência� Bibliográfica� Manual de Cuidados Paliativos - ANCP