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NALIENE DO CARMO PINHEIRO MATRÍCULA: 202303663579 RELATÓRIO DE ANTROPOMETRIA GOIÂNIA / GO 2023 NALIENE DO CARMO PINHEIRO RELATÓRIO DE ANTROPOMETRIA Relatório de aula prática da disciplina de avaliação nutricional, apresentado como parte dos requisitos para obtenção de pontuação da AV1 Orientador: Prof. Cleia Graziele Lima do Valle Cardoso GOIÂNIA / GO 2023 3 1 INTRODUÇÃO O estado nutricional é determinado pelo equilíbrio entre o consumo de nutrientes e o gasto energético do organismo para suprir as necessidades de cada indivíduo. Ele possui importante função para a qualidade de vida e de saúde. Quando inadequado, está relacionado ao desenvolvimento de patologias. As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como a diabetes mellitus tipo 2 (DM2), a hipertensão arterial sistêmica (HAS) e a obesidade encontram-se entre as principais causas de mortes no mundo e estão associadas aos hábitos alimentares e ao estado nutricional inadequado. (GOTTLIEB, 2021) A avaliação do estado nutricional é o primeiro passo para o tratamento da desnutrição ou obesidade. Os dados mais importantes na avaliação são aqueles que refletem mais, adequadamente, o estado dos vários componentes da massa celular corpórea, fornecendo o nível das reservas nutricionais e da massa metabolicamente ativa. (H. VANNUCCHI ET AL., 1996) A ingestão energética, de macronutrientes e fibras não têm a capacidade de explicar sozinhos o estado nutricional de um indivíduo, devendo ser considerados os fatores hormonais, psicológicos e de atividade física . (RBONE 2019) Existem diversos métodos para a avaliação do estado nutricional. Deve-se utilizar aqueles que melhor detectem o problema nutricional da população em estudo e/ou aqueles para os quais os pesquisadores tenham maior treinamento técnico. (HEYWARD V, 2000) Ainda segundo Heyward, a composição corporal é a proporção entre os diferentes componentes corporais e a massa corporal total, sendo normalmente expressa pelas percentagens de gordura e de massa magra. Pela avaliação da composição corporal, podemos, além de determinar os componentes do corpo humano de forma quantitativa, utilizar os dados obtidos para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento de crianças e jovens e o estado dos componentes corporais de adultos e idosos. 4 Segundo Heyward e Stolarczyk (2000), podemos utilizar a composição corporal para: - Identificar riscos de saúde associados a níveis excessivamente altos ou baixos de gordura corporal total; - Identificar riscos de saúde associados ao acúmulo excessivo de gordura intra- abdominal; - Proporcionar a percepção sobre os riscos de saúde associados à falta ou ao excesso de gordura corporal; - Monitorizar mudanças na composição corporal associadas a certas doenças; - Avaliar a eficiência das intervenções nutricionais e de exercícios físicos na alteração da composição corporal; - Estimar o peso corporal ideal de atletas e não atletas; - Formular recomendações dietéticas e prescrições de exercícios físicos; - Monitorizar mudanças na composição corporal associadas ao crescimento, desenvolvimento, maturação e idade. Parte importante da avaliação nutricional é a Antropometria. A antropometria é a medida das dimensões corpóreas. As medidas antropométricas mais empregadas na avaliação do estado nutricional são: peso, altura, circunferência (braço e cintura), comprimento do braço e pregas cutâneas (tríceps, bíceps, subescapular, supra ilíaca). Através da combinação destas medidas pode-se calcular as relações peso/altura2 e a circunferência muscular do braço e o índice de gordura do braço (H. VANNUCCHI ET AL. 1996) 5 2 RESULTADOS E DISCUSSÃO A atividade proposta consistiu em analisar medidas coletadas e avaliar o perfil antropométrico mediante mensurações de peso, altura, circunferência de Braço, Pescoço, Cintura e Quadril, verificando assim o IMC, as reservas de massa magra e massa gorda, o risco de dano cardiovascular, e a relação cintura/quadril. Para coleta das circunferências utilizou-se fita métrica e para coleta do peso e altura utilizou-se uma balança com estadiometro. Para a coleta das pregas cutâneas foi utilizado plicômetro da marca Cescorf seguindo parâmetros e medidas apresentados pela docente. IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE Iniciais: B. C. Sexo: Feminino Idade: 24 anos PESO E ALTURA Altura: 1,60m Envergadura: 78,5cm Altura do Joelho: 48cm Peso Atual: 54,5kg Peso Usual: 55 kg CIRCUNFERÊNCIAS CB: 25,5 cm CC: 69,5 cm CA: 80,5 cm CCx: 48,6 cm CQ: 93 cm CP: 32 cm DOBRAS CUTÂNEAS Bíceps: 10 mm Tríceps: 19 mm Subescapular: 15 mm Suprailíaca: 17 mm Abdominal: 30 mm Coxa: 21 mm Axilar Média: 15 mm Peitoral: 15 mm Panturrilha: 20 mm Conforme os dados obtidos podemos considerar que: IMC = peso / altura²: 21,48 Diagnóstico: Eutrófico PESO IDEAL = IMC ideal x altura²: Peso ideal = 21x 1,60² 6 Peso ideal = 53,82kg CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA Diagnóstico: Não apresenta risco RCQ: Diagnóstico: Não apresenta risco ADEQUAÇÃO DA CB (%) = 95,14 Diagnóstico: Eutrófico CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO (CMB) CMB (cm) = CB (cm) – (0,314 x dobra cutânea tricipital) CMB = 25,5 – (0,314 X 19mm) CMB = 24,90 ADEQUAÇÃO DA CMB (%) = 91,98 Diagnóstico: Eutrófico SOMATÓRIO (Σ 4DC) Somatório (Σ 4DC) = 61 % de gordura corporal = 29,1 Diagnóstico: Dentro da Média (Jackson;Pollock,1978;Jacksonetal,1980) DENSIDADE CORPORAL D (g/cm3) = 1,1567 –0,0717 log(Σ 61) D (g/cm3) = 1,1567 –0,0717 log(1.78) D (g/cm3) = 1,03 % DE GORDURA CORPORAL - SIRI (1961) %G = [(4,95/D) -4,5] x 100 %G = 30,58 Diagnóstico: Dentro da Média, porém acima da média para o risco de morbidades. 7 3 CONCLUSÃO Hipótese diagnóstica: Eutrofia Após a análise de todas as métricas medidas de dobra cutânea e suas porcentagens de acordo com as tabelas indicadas, é possível concluir que B. C., de 24 anos está em quadro geral de eutrofia com IMC de 21,48, sem risco de complicações metabólicas associadas à obesidade, Percentual de massa magra adequada e circunferência muscular do bíceps também. O percentual de gordura corporal baseado em SIRI entretanto encontra-se dentro da média da faixa etária, porém acima da média para o risco de morbidades associadas. 8 REFERÊNCIAS RENDEIRO, L. C.; FERREIRA, C. R.; SOUZA, A. A. R.; OLIVEIRA, D. DE A.; DELLA NOCE, R. R. Consumo alimentar e adequação nutricional de adultos com obesidade. RBONE - Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, v. 12, n. 76, p. 996-1008, 19 jan. 2019. HEYWARD V & STOLARCZYK L (2000) Avaliação da Composição Corporal Aplicada. Editora Manole. VANNUCCHI H; UNAMUNO M do R Del L de & MARCHINI JS Avaliação do estado nutricional. Medicina, Ribeirão Preto, 29: 5-18, jan./mar. 1996 GOTTLIEB, T.; WINTER, C. Estado nutricional de adultos atendidos em Estratégias de Saúde da Família de um município do Vale do Paranhana – RS. Revista da Associação Brasileira de Nutrição - RASBRAN, [S. l.], v. 12, n. 1, p. 88–103, 2021. DOI: 10.47320/rasbran.2021.1965. MELLO, E. D. DE. (2002). O que significa a avaliação do estado nutricional. Jornal De Pediatria, 78(5), 357–358. https://doi.org/10.1590/S0021-75572002000500003
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