Buscar

APS 2023.1

Prévia do material em texto

APS 2023.1 
Turma: DR3P34 
Integrantes: 
• F343JE5 - VINICIUS FERNANDES BRITO (líder) 
• F349730 - ANDREY FERREIRA CRUZ 
• F346501 - LUCAS HENRIQUE DOS S ALVES 
• F344479 - EMANUEL KAUA VINHORTE 
• F3448D9 - KAUA RODRIGUES DE SOUZA 
• F345AD4 - LUCIENY VITORIA P DE MEDEIROS 
 
 
Introito 
A problemática apresentada aborda a possibilidade de Rosana, tida como 
ex-cônjuge de Pedro o réu, participar do processo como testemunha da empresa 
que entrou com uma ação processual contra Pedro, em vias de que ela pode ser 
considerada como impedida de participar por ter tido uma relação com o réu 2 
anos antes do caso, a abordagem é feita em cima da temática de Rosana poder 
prejudicar Pedro e não ter imparcialidade em razão do término desagradável. 
Em relação a ser possível ou não testemunhar, ficará disposto ao critério 
de jurisprudência onde os integrantes decidirão, tendo em vista que é algo 
subjetivo e o que vai ser abordado para verificar essa possibilidade e a relação 
que eles tiveram e se isso afeta a participação de Rosana no processo para ser 
apta como testemunha ou ainda ser informante. 
É possível concluir com as informações que foram disponibilizadas na 
problemática que seria realmente possível ela atuar como testemunha no 
processo sem envolver a pessoalidade da relação que teve anteriormente com 
Pedro e isto pode ser fundamentado a partir dos artigos a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
APS 2023.1 
Art. 447. Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as 
incapazes, impedidas ou suspeitas. 
§ 1º São incapazes: 
I - o interdito por enfermidade ou deficiência mental; 
II - o que, acometido por enfermidade ou retardamento mental, ao tempo 
em que ocorreram os fatos, não podia discerni-los, ou, ao tempo em que deve 
depor, não está habilitado a transmitir as percepções; 
III - o que tiver menos de 16 (dezesseis) anos; 
IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que 
lhes faltam. 
§ 2º São impedidos: 
I - o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em qualquer 
grau e o colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes, por 
consanguinidade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público ou, tratando-
se de causa relativa ao estado da pessoa, não se puder obter de outro modo a 
prova que o juiz repute necessária ao julgamento do mérito; 
II - o que é parte na causa; 
III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o representante 
legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e outros que assistam ou tenham 
assistido as partes. 
§ 3º São suspeitos: 
I - o inimigo da parte ou o seu amigo íntimo; 
II - o que tiver interesse no litígio. 
§ 4º Sendo necessário, pode o juiz admitir o depoimento das testemunhas 
menores, impedidas ou suspeitas. 
§ 5º Os depoimentos referidos no § 4º serão prestados independentemente 
de compromisso, e o juiz lhes atribuirá o valor que possam merecer. 
No que se refere ao que poderia impedir Rosana de depor como 
testemunha no processo do cliente contra Pedro seria o que está no caput que 
menciona impedidos e suspeitos que são: 
Quanto aos impedidos – Rosana se encaixaria no § 2º, I se ela tivesse 
algum tipo de relação pessoal sendo ela afetiva ou não que pudesse 
comprometer a imparcialidade no testemunho e assim o juiz não pudesse ter o 
julgamento com mérito. Portanto a falta dessas características comprova que 
APS 2023.1 
Rosana não se encaixa nesse quesito, por ela não ter relação conjugal ou afetiva 
de qualquer interesse com Pedro, afinal eles não chegaram a realizar o casório. 
Quanto aos suspeitos – O segundo quesito que poderia causar o 
impedimento de Rosana como testemunha está no § 3º que dispõe no seu texto 
ser inimigo ou amigo íntimo e o possível interesse no litígio. Então conforme a 
situação apresentada Rosana não teria mais contato com Pedro para ser amiga 
íntima nem inimiga, não tendo mais esse contato com Pedro ela não poderia ter 
interesse no litígio devido ao seu desconhecimento do ocorrido, tendo em vista 
que foi solicitada pela empresa e não ela quem entrou com a ação 
. 
O que complementa essa tese está disposto no: 
Art. 457. Antes de depor, a testemunha será qualificada, declarará ou 
confirmará seus dados e informará se tem relações de parentesco com a parte 
ou interesse no objeto do processo. 
§ 1º É lícito à parte contraditar a testemunha, arguindo-lhe a incapacidade, 
o impedimento ou a suspeição, bem como, caso a testemunha negue os fatos 
que lhe são imputados, provar a contradita com documentos ou com 
testemunhas, até 3 (três), apresentadas no ato e inquiridas em separado. 
§ 2º Sendo provados ou confessados os fatos a que se refere o § 1º, o juiz 
dispensará a testemunha ou lhe tomará o depoimento como informante. 
§ 3º A testemunha pode requerer ao juiz que a escuse de depor, alegando 
os motivos previstos neste Código, decidindo o juiz de plano após ouvidas as 
partes. 
Em vias de confirmação da tese, o caput dispõe que no momento de coleta 
de dados para a qualificação da testemunha, cujo compromisso é prestar 
informações verídicas no processo, dessa forma fica aparente que ela não 
possui relações de parentesco e interesse no objeto do processo. 
Tendo em vista que a relação matrimonial não se concretizou e desse fato 
em diante passaram-se dois anos, um período que não se caracteriza como 
recém ocorrido e poderia gerar forte influência sobre sua motivação no processo 
em que ela deveria dispor de imparcialidade. 
Vale ressaltar a questão da subjetividade da relação anterior dela com o réu 
é decidida pelo júri, portanto a jurisprudência é quem decidirá, entretanto o ponto 
em questão é que ela não é cônjuge do réu e não tem mais nenhuma relação 
pessoal com Pedro. 
Em questão a participação de Rosana neste processo é visto como 
estritamente profissional levando em consideração que ela foi solicitada pela 
empresa por possuir domínio técnico na área de informática e programação 
nesse sentido ela possui competência para tratar da matéria, pois a empresa de 
Pedro vende artigos do mesmo âmbito. 
Logo fica evidente que sua participação no processo é de cunho técnico e 
não pessoal pois este foi o objetivo da empresa em solicitar a participação como 
testemunha então Rosana não introduziria uma Lide no processo para envolver 
questões pessoais.

Continue navegando