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Tema 04 Módulo 02

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PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF): Como vimos, com a criação da Atenção Primária à Saúde e, tendo em vista a alta complexidade do sistema, identificou-se a necessidade de reorganizar o Sistema Único de Saúde. Portanto, em 1994, foi criada a Estratégia Saúde da Família (ESF), considerada como estratégia para expandir, qualificar e consolidar a Atenção Básica. Tudo isso a fim de possibilitar a ampliação e o aprofundamento dos princípios da Atenção Primária, com o intuito de elevar a resolução dos problemas de saúde e o impacto na situação de saúde no âmbito individual e coletivo, além de propiciar uma importante relação custo-efetividade.
A Estratégia de Saúde de Família aumentou a abrangência e contribui atualmente para a reorganização do modelo assistencial em saúde do Brasil. A ESF possui seus princípios baseados nas diretrizes da Atenção Básica e do SUS, configurando um processo progressivo e singular, que considera e inclui as especificidades de cada localidade.
Essas equipes são compostas por profissionais de diversas áreas, caracterizando uma atenção multiprofissional, e deve ter no mínimo:
· médico generalista, ou especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e Comunidade;
· enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família;
· auxiliar ou técnico de enfermagem; e
· agentes comunitários de saúde. Podem ser acrescentados a essa composição os profissionais de Saúde Bucal: cirurgião-dentista generalista ou especialista em Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal.
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO NÚCLEO DE ATENÇÃO À SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF): Dentro desse escopo, foram criados os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), compostos por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, que atuam de maneira integrada com as Equipes de Saúde da Família, com as equipes de Atenção Básica para populações específicas e com o Programa Academia da Saúde. É importante pontuar que o objetivo desse último programa é a implantação de polos para a orientação de práticas corporais e atividade física e de lazer, bem como outros modos de vida saudável.
O NASF foi criado com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da Atenção Básica, bem como sua resolubilidade, compartilhando entre as equipes práticas e saberes em saúde com as equipes de referência apoiadas. Dessa forma, busca auxiliá-las no manejo ou resolução de problemas clínicos e sanitários, além de agregar práticas na Atenção Básica que ampliem o seu escopo de ofertas.
Os núcleos devem buscar contribuir para a integralidade do cuidado aos usuários do SUS, principalmente, por intermédio da ampliação da clínica, auxiliando no aumento da capacidade de análise e de intervenção sobre problemas e necessidades de saúde, tanto em termos clínicos quanto sanitários.
São exemplos de ações de apoio desenvolvidas pelos profissionais dos NASF: discussão de casos, atendimento conjunto ou não, interconsulta, construção conjunta de projetos terapêuticos, educação permanente, intervenções no território e na saúde de grupos populacionais e da coletividade, ações intersetoriais, ações de prevenção e promoção da saúde, discussão do processo de trabalho das equipes, entre outros.
Inúmeras e complexas são as responsabilidades atribuídas aos profissionais do NASF, dentre elas:
· A definição de indicadores e metas que avaliem suas ações.
· A definição de uma agenda de trabalho que privilegie as atividades pedagógicas e assistenciais.
· Ações diretas e conjuntas com a ESF no território.
A organização do NASF: o NASF está organizado em duas modalidades: NASF 1 e NASF 2, e a composição de cada uma delas deverá ser definida pelos gestores municipais, a partir dos dados epidemiológicos, das necessidades locais e das equipes de saúde que serão apoiadas. Os profissionais que compõem o NASF 1 e 2 são:
Médico acupunturista; Assistente Social; Profissional/Professor de Educação Física; Farmacêutico; Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Médico Ginecologista/Obstetra; Médico Homeopata; Nutricionista; Médico Pediatra; Psicólogo; Médico Psiquiatra; Terapeuta Ocupacional; Médico Geriatra; Médico Internista (clínica médica); Médico do Trabalho; Médico Veterinário; profissional com formação em arte e educação (arte-educador); e profissional de saúde sanitarista, ou seja, profissional graduado na área de saúde com pós-graduação em saúde pública ou coletiva ou graduado diretamente em uma dessas áreas.
De acordo com a Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011, cada equipe do NASF 1 deverá ter uma equipe formada por uma composição de profissionais de nível superior escolhidos dentre as ocupações listadas abaixo que reúnam as seguintes condições:
· I - a soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve acumular no mínimo 200 horas semanais;
· II - nenhum profissional poderá ter carga horária semanal menor que 20 horas;
· III - cada ocupação, considerada isoladamente, deve ter no mínimo 20 horas e no máximo 80 horas de carga horária semanal.
O NASF 2 deverá ter uma equipe formada por uma composição de profissionais de nível superior escolhidos dentre as ocupações listadas abaixo que reúnam as seguintes condições:
· I - a soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve acumular no mínimo 120 horas semanais;
· II - nenhum profissional poderá ter carga horária semanal menor que 20 horas; e
· III - cada ocupação, considerada isoladamente, deve ter no mínimo 20 horas e no máximo 40 horas de carga horária semanal.
É importante observar que não há diferença entre o NASF 1 e 2 quanto aos profissionais que os compõem, diferindo apenas na carga horária semanal e no número de Equipes de Saúde da Família e/ou Equipes de Atenção Básica para populações específicas. Esses núcleos devem funcionar em horário de trabalho coincidente com o das referidas equipes que apoiam, além de estar vinculados aos polos do Programa Academia da Saúde de seu território de abrangência.
De acordo com o Caderno de Atenção Básica, número 27, Diretrizes do NASF (BRASIL, 2010), a integralidade pode ser considerada a principal diretriz a ser praticada pelos NASF. Ela pode ser compreendida em três sentidos:
· 
A abordagem integral do indivíduo levando em consideração seu contexto social, familiar e cultural e com garantia de cuidado longitudinal.
· As práticas de saúde organizadas a partir da integração das ações de promoção, prevenção, reabilitação e cura.
· A organização do sistema de saúde de forma a garantir o acesso às redes de atenção, conforme as necessidades de sua população.
Além disso, outros princípios e diretrizes devem orientar as ações a serem desenvolvidas pelo NASF, com reflexos óbvios no processo de trabalho das Equipes de Saúde da Família: 
· TERRITÓRIO
· EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE
· INTERDISCIPLINARIDADE
· PARTICIPAÇÃO SOCIAL
· INTERSETORIALIDADE
· EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE
· HUMANIZAÇÃO
· PROMOÇÃO DA SAÚDE
PROGRAMAS DE NUTRIÇÃO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: A partir da Constituição Federal de 1988, a alimentação e a nutrição passaram a ser um direito assegurado pelas leis nacionais. Segundo a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, fica determinado que compete ao SUS, formular, avaliar e apoiar as políticas de alimentação e nutrição. A alimentação saudável e adequada é um requisito básico para a promoção e a proteção da saúde, sendo reconhecida como um fator determinante e condicionante da situação de saúde de indivíduos e coletividades.
Tendo em vista essas novas diretrizes para a alimentação e nutrição, novas políticas, programas, marcos, documentos e diretrizes foram elaborados com o objetivo de garantir e efetivar o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA), vigilância, prevenção e promoção da saúde da população, prevenção e controle de carências e necessidades nutricionais no âmbito individual e coletivo, contribuindo para o fortalecimento das ações do SUS.
Em consonância com esses aspectos, o Ministério da Saúde disponibiliza diversos Cadernos de Atenção que orientam e estabelecem condutas para as ações de intervenção no campoda alimentação e nutrição.
A atuação do nutricionista na Atenção Básica deve-se pautar pelo compromisso e pelo conhecimento técnico da realidade epidemiológica e das estratégias e das ferramentas de ação em saúde coletiva. De acordo com a Resolução do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) 600/2018, que dispõe sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições, compreende-se que:
Anexo II, Inciso IV - Compete ao nutricionista, no exercício de suas atribuições na área de Nutrição em Saúde Pública: organizar, coordenar, supervisionar e avaliar os serviços de nutrição; prestar assistência dietoterápica e promover a educação alimentar e nutricional a coletividades ou indivíduos, sadios ou enfermos, em instituições públicas ou privadas, e em consultório de nutrição e dietética; atuar no controle de qualidade de gêneros e produtos alimentícios; participar de inspeções sanitárias.
Políticas: 
Política Nacional de Alimentação e nutrição (PNAN): propor ações de melhoria das condições de alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, mediante a promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição.
 Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN): assegurar o direito humano à alimentação adequada a todas e todos os habitantes do território brasileiro, promovendo a soberania e a segurança alimentar e nutricional. Tudo isso de modo que tenham acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis.
Política Nacional de Atenção Básica (PNAB): estabelecer a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), tendo na Saúde da Família sua estratégia prioritária para expansão e consolidação da Atenção Básica.
Programas:
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE): oferecer alimentação escolar e ações de educação alimentar e nutricional a estudantes de todas as etapas da educação básica pública.
• Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT): garantir a oferta subsidiada de refeições ou cestas básicas de alimentos para trabalhadores, proporcionar uma melhoria na alimentação, prevenir doenças e promover qualidade na saúde dos trabalhadores.
• Programa de Alimentação Popular (PAP): organizar a venda de alimentos comprados pela Companhia Brasileira de Alimentos (Cobal) e distribuir à população urbana de baixa renda a preços baixos. Os alimentos eram vendidos diretamente às cooperativas de consumo.
• Programa de Aquisição de Alimentos (PAA): incentivar a agricultura familiar no Brasil, favorecendo agricultores, cooperativas e associações a venderem seus produtos para órgãos públicos.
• Programa Bolsa Família: combater a pobreza e a desigualdade no Brasil por meio de transferência de renda e do estímulo ao desenvolvimento humano, melhorando o acesso aos direitos.
Vigilancia Alimentar e Nutricional:
Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN): descrever, acompanhar e monitorar o estado nutricional da população com atenção a grupos populacionais vulneráveis; monitorar programas e políticas públicas no contexto da alimentação e nutrição, e avaliar sua efetividade; prover informação que irá contribuir para a análise das causas e fatores associados.
• Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN): assegurar o DHAAS; possibilitar a articulação entre os três níveis de governo para a implementação e execução da Política de Segurança Alimentar e Nutricional.
Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional: promover um campo comum de reflexão e orientação da prática no conjunto de iniciativas de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) que tenham origem, principalmente, na ação pública, e que contemple os diversos setores vinculados ao processo de produção, distribuição, abastecimento e consumo de alimentos.
Guia alimentar para a população brasileira: apresentar um conjunto de informações e recomendações sobre alimentação que objetivam promover a saúde de pessoas, famílias e comunidades e da sociedade brasileira como um todo, hoje e no futuro.
• Guia alimentar para crianças menores de dois anos: fornecer recomendações e informações sobre alimentação de crianças nos dois primeiros anos de vida com o objetivo de promover saúde, crescimento e desenvolvimento para que elas alcancem todo o seu potencial; apoiar a família no cuidado cotidiano; orientar os profissionais de saúde no desenvolvimento de ações de educação alimentar e nutricional.
Essas ações visam garantir: o consumo de alimentos de qualidade, a promoção de práticas alimentares saudáveis, a compreensão do estado nutricional e o consumo alimentar da população brasileira, a prevenção e o controle de carências e as necessidades nutricionais no âmbito individual e coletivo. Tudo isso em busca da prevenção e da promoção da saúde dos indivíduos.
Verificando o Aprendizado
1.As Estratégias de Saúde da Família (ESF) e o Núcleo de Atenção à Saúde da família (NASF) foram criados para expandir, qualificar e consolidar a Atenção Básica, portanto, é correto afirmar que:
R: O NASF é composto por uma equipe multiprofissional e deve atuar de maneira integrada com as Equipes de Saúde da Família, Equipes de Atenção Básica e com o Programa Academia da Saúde.
· O NASF é composto por uma equipe de profissionais de diversas áreas e foi criado para ampliar a abrangência e o escopo das ações da Atenção Básica, bem como sua resolubilidade, de modo a compartilhar práticas e saberes em saúde entre as equipes.
2. De acordo com a Resolução do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) 600/2018, que dispõe sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições, compete ao profissional nutricionista da área de saúde coletiva, exceto:
R: Realizar visitas domiciliares à população em situação de vulnerabilidade social.
· De acordo com a resolução citada na questão, não compete ao nutricionista realizar visitas domiciliares a população em situação de vulnerabilidade social. O profissional nutricionista na Atenção Básica tem como atribuição realizar o acompanhamento integral a toda a população da respectiva região em que o profissional está alocado.

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