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1 Nathália Brendler | Med. Vet. | Unidade do conhecimento 10: sistema linfático e medula óssea Vasos linfáticos a) Ruptura do ducto torácico: geralmente ocorre por trauma e gera liberação de quilo no espaço pleural (quilotórax). b) Neoplasias: podem ser benignas (linfangioma) e malignas (linfangiossarcoma) c) Inflamação (linfangite): é uma patologia infecciosa de caráter bacteriano que provoca intumescências múltiplas (similares a cordões) nos vasos linfáticos aferentes da pele. Timo a) Atrofia: redução patológica do tamanho do órgão por ação de agentes infecciosos (p. ex., herpesvírus equino tipo 1), toxinas, quimioterápicos, desnutrição e neoplasias. Obs.: não é a mesma coisa que a involução, processo fisiológico que começa na maturidade sexual. b) Inflamação (timite): relatada na doença do envenenamento pelo salmão em cães e circovírus suíno tipo 2. c) Aumento de volume: resultado de hemorragia, hematomas ou tumores. d) Neoplasia: timoma (benigno) e linfoma tímico (maligno). Baço a) Esplenomegalia congestiva: também chamada de “baço sangrento”, gera um acúmulo de sangue em decorrência de septicemia, torção gástrica ou esplênica, uso de barbitúricos, salmonelose e carbúnculo hemático. Na necropsia, o órgão está aumentado de tamanho, tem aspecto escuro, com as bordas arredondadas e ocorre sangramento e protrusão da polpa ao corte. 2 Nathália Brendler | Med. Vet. | Unidade do conhecimento 10: sistema linfático e medula óssea b) Esplenomegalia não congestiva: ou “baço carnoso” tem relação com neoplasias, septicemias e doenças hemolíticas crônicas. Na necropsia, o baço tem consistência firme e há pouco extravasamento de sangue na superfície de corte. c) Nódulos esplênicos: podem ser sangrentos ou firmes. Os distúrbios que os dão origem são hiperplasias, neoplasias, infartos e abscessos, os quais são atribuídos à migração errática de Strongylus spp. d) Hipoplasia: inanição pode resultar em baço pouco desenvolvido. É hereditário em potros da raça árabe. e) Hemossiderese: acúmulo de ferro acentuado em casos de anemia hemolítica ou após a administração de ferro dextrano. f) Neoplasias: hemangiomas e hemangiossarcomas afetam com grande frequência o baço das espécies domésticas, principalmente cães e gatos, e podem acometer exclusivamente o baço ou envolver vários órgãos. Macroscopicamente, as neoplasias vasculares são vistas como nódulos ou massas, focais, multifocais ou difusos que podem atingir grandes dimensões. g) Infarto esplênico: na rotina é muito atrelado à trombose esplênica em decorrência da estagnação de sangue pouco oxigenado ou da ausência do sangue arterial. h) Ruptura esplênica: comumente causada por traumas. Pode ocorrer se forma espontânea no carbúnculo hemático. Na necropsia, há presença de sangue na cavidade abdominal. i) Placas siderofibróticas: placas brancas ou amarelas na cápsula esplênica. São sequelas de hemorragias antigas. 3 Nathália Brendler | Med. Vet. | Unidade do conhecimento 10: sistema linfático e medula óssea Linfonodos a) Linfadenite: infecção de um ou mais linfonodos. Na necropsia, apresentam-se aumentados de volume, com superfície de corte avermelhada em decorrência da hiperemia dos vasos. Quando crônicos, podem desenvolver uma cápsula. Algumas causas são: Garrotilho: causado pelo Streptococcus equi. Os linfonodos mandibulares dos equinos são os mais afetados pela formação de abcessos. Linfadenite caseosa ovina: a bactéria Corynebacterium pseudotuberculosis provoca abscessos nos linfonodos que contaminam outros animais quando rompidos. b) Linfoma (linfossarcoma): gera um notável aumento de volume dos linfonodos e a superfície de corte é pálida e homogênea. Linfossarcoma em felinos tem relação com FIV e FeLV. 1 A nomenclatura correta seria “pancitopenia aplásica”, pois não se limita aos eritrócitos. a) Aplasia e hipoplasia: há ausência ou redução, respectivamente, do tecido hematopoiético. A aplasia acomete apenas determinada linhagem celular, caso afete todas, chama-se anemia aplásica1. Estão relacionadas à intoxicação por samambaia (Pteridium spp.), doenças infecciosas e reação a certos fármacos. Os achados de necropsia são hemorragias petéquias e equimoses na pele, mucosas, subcutâneo e serosas; sangue nas cavidades abdominal e torácica; palidez das mucosas, descoloração das vísceras e sangue com aspecto aquoso. Microscopicamente, incluem necrose, degeneração de células hematopoiéticas e aumento de macrófagos fagocíticos. b) Hiperplasia: produção exacerbada de linhagens celulares para compensar uma condição patológica. Na necropsia, a medula óssea ativa que ocupa não apenas as extremidades, mas também a porção central da cavidade medular. 4 Nathália Brendler | Med. Vet. | Unidade do conhecimento 10: sistema linfático e medula óssea c) Necrose: não são diferenciadas clínica ou hematologicamente de aplasia medular. As principais causas são a síndrome da resposta inflamatória sistêmica e a coagulação intravascular disseminada. d) Inflamação (mielite): quase sempre é granulomatosa e ocorre em áreas multifocais. Geralmente o agente patológico adentra o organismo por lesões externas e chega à medula através da corrente sanguínea. e) Fibrose (mielofibrose): deposição de colágeno na medula óssea que substitui gradativamente o tecido mieloide. Normalmente associada à necrose e acomete mais cães. f) Neoplasia: as linfoproliferativas são originadas de linfócitos e plasmócitos e inclui a leucemia linfoide, linfoma e tumores plasmócitos; as mieloproliferativas vêm de células anormais de linhagem hematopoiética não linfoide (eritroide, granulocítica, monocítica e megacariocítica) inclui também as várias formas de leucemia mieloide, síndrome mielodisplásica e neoplasia histiocítica.
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