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Patologia - Atividade 2 MT2-P7

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MORFOFUNCIONAL – PATOLOGIA
ATIVIDADE 2 MT2
Profa. Ana Paula Fernandes
ana.fernandes@soufits.com.br
Aneurismas
● Mecanismo de formação dos Aneurismas
● Caracterização Morfológica dos Aneurismas
● Tipos de Aneurismas
Pode construir na forma de mapa mental, tabela ou resumo contemplando as informações dos
tópicos listados anteriormente.
Trio: Milena Maria da Silva Aguiar, Larissa Aldenora de Almeida Magalhães, Maria Cecília Freire
da Costa.
MECANISMO DE FORMAÇÃO DOS ANEURISMAS
Os aneurismas (do grego, “dilatação”) podem ser definidos como alargamentos
patológicos nas paredes arteriais com aumento > 50% do seu diâmetro normal, acometendo
todas as camadas do vaso. São geralmente causados por enfraquecimento da parede arterial, a
qual é composta por quatro camadas de fora para dentro: túnica adventícia de tecido conjuntivo,
vasa vasorum, túnica média rica em fibras elásticas, músculo liso e colágeno, e túnica interna ou
íntima. A espessura da parede de uma artéria e o predomínio das fibras elásticas é crucial para
uma maior resistência à energia de distensão. Na medida que o calibre da artéria diminui, sua
proporção de músculo liso aumenta e diminui de fibras elásticas, deixando a parede do vaso mais
propensa à alterações.
Existem diversas patologias que podem causar o enfraquecimento parcial ou total da
parede arterial, culminando em pontos de formação de aneurismas. Dentre as principais causas,
destaca-se a aterosclerose e a hipertensão arterial sistêmica, mas em menor proporção pode-se
encontrar etiologias congênitas, hereditárias, infecciosas, traumáticas, entre outras.
A destruição/enfraquecimento das camadas do vaso ocorrem devido a quatro alterações:
(1) infiltração de linfócitos e macrófagos; (2) destruição da elastina e do colágeno por proteases
(túnica média e adventícia); (3) perda celular do músculo liso; e (4) neovascularização.
CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DOS ANEURISMAS
No aneurisma verdadeiro, macroscopicamente, observa-se dilatação localizada da luz
vascular, a qual pode ser fusiforme (vaso todo dilatado), sacular (só uma parte dilata). Os
aneurismas fusiformes são dilatações uniformes ao longo do comprimento da artéria, costumam
ser encontrados na aorta ascendente, principalmente na porção abdominal infrarrenal, e nas
coronárias. Já os saculares, literalmente em forma de “saco”, são dilatações que se projetam para
fora da parede do vaso, são frequentemente encontrados no polígono de Willis.
Microscopicamente, observa-se graus de desarranjo ou de destruição das lâminas elásticas,
podendo borrar ou impedir a delimitação entre as três camadas. Nos aneurismas inflamatórios,
encontra-se infiltrado mononuclear predominante. Um grande número de plasmócitos são
encontrados nos aneurismas causados pela sífilis e principalmente nos associados à IgG4
(secreção de imunoglobulina). Mastócitos, eosinófilos e neutrófilos são variáveis. Muitas vezes há
fibrose na parede. A aterosclerose acentuada pode estar presente como causa ou como efeito
secundário de inflamação. O padrão histopatológico da maioria dos aneurismas da aorta
ascendente (inclusive na síndrome de Marfan) é semelhante ao encontrado em dissecções da
aorta. Os aneurismas micóticos ocorrem quando microrganismos circulantes (como na
bacteremia da endocardite infecciosa) semeiam a parede do aneurisma ou o trombo associado; a
supuração resultante acelera a destruição medial e pode causar rápida dilatação e ruptura.
TIPOS DE ANEURISMAS
Quanto à morfologia:
1. Fusiformes;
2. Saculares.
Quanto ao envolvimento das camadas:
Verdadeiros
Dilatações que ocorrem na
parede arterial verdadeira, por
enfraquecimento, doenças
degenerativas, traumas ou
infecções.
Falsos,
pseudoaneurismas
ou hematoma
pulsátil
Dilatações que ocorrem fora
da parede arterial verdadeira,
resultado de uma ruptura da
camada íntima, formando um
hematoma entre a parede
arterial e outro tecido (por
exemplo, músculos, tendões),
geralmente causados por
traumas abertos.
Dissecante ou
descolamento
Dilatações por uma separação
da camada íntima do vaso das
outras camadas, havendo
entrada de sangue entre elas.
Forma-se uma luz verdadeira e
uma luz falsa.
*Imagens retiradas do Manual de angiologia e cirurgia vascular e endovascular (Jorge Amorim)
Quanto à localização:
1. Aneurisma de aorta ascendente;
2. Aneurisma de arco aórtico;
3. Aneurisma de aorta torácica descendente;
4. Aneurisma de aorta toracoabdominal;
5. Aneurisma de aorta abdominal (AAA):
a. Infrarrenais:
i. Infrarrenais;
ii. Infrarrenais de colo curto;
iii. Justarrenais.
b. Suprarrenais:
i. Pararrenais;
ii. Paravisceral.
Referências:
Kumar, Vinay, et al. Robbins & Cotran Patologia: Bases Patológicas das Doenças. Disponível em:
Minha Biblioteca, (10th edição). Grupo GEN, 2023.
Filho, Geraldo B. Bogliolo - Patologia. 9 edição. Grupo GEN, 2016.
CHERRI, Jesualdo; JOVILIANO, Edwaldo Edner. Aneurismas arteriais. Manual prático de angiologia e
cirurgia vascular. São Paulo: Atheneu, 2013. Acesso em: 02 abr. 2023.
AMORIM, Jorge Eduardo de; VASCONCELOS, Vladimir Tonello de; NETO, Henrique Jorge Guedes;
et. al. Manual de angiologia e cirurgia vascular e endovascular (1ª edição). Editora Manole LTDA.
São Paulo, 2020.

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