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Anestésicos Locais

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■ Composição
● Podem ser classificados em anestésicos
locais ligação amida ou anestésicos locais
ligação à éster
● Todos os anestésicos locais possuem três
grupos
1. Grupo aromático
2. Grupo amina
3. Ligação éster ou amida
● A estrutura do grupo aromático determina
hidrofobicidade do fármaco- o grupo amina
é responsável pela velocidade de início e
potência do fármaco . A ligação amida ou
éster é responsável pela duração de efeitos
e efeitos colaterais
■ Grupo aromático
● Confere à molécula caráter hidrofóbico
● O interior da membrana plasmática possui
caráter hidrofóbico devido à dupla camada
lipídica
● A hidrofobicidade afeta a facilidade com que
o fármaco atravessa as membranas
● Fármacos com baixa hidrofobicidade
distribuem-se precariamente pela
membrana- visto que sua solubilidade na dupla
camada lipídica é baixa
● Fármacos muito hidrofóbicos distribuem-se
fortemente na dupla camada lipídica de não
conseguem atravessar a membrana
intracelular
● Fármacos devem ter hidrofobicidade
moderada para poderem difundir-se pela
dupla camada lipídica e dissociar-se dela
para se ligar ao sítio de ligação sobre o
canal de sódio no citoplasma
■ Grupo amina
● Pode existir em forma protonada ( carga
positiva- chamado de ácido conjugado) .
Pode existir na forma desprotonada
( neutro- chamado de base conjugada)
● Os AL são bases fracas
● As formas neutras atravessam a membrana
com muito mais facilidade do que a forma
protonada , contudo as formas protonadas
ligam ao sítio com maior afinidade
● Fármacos neutros podem atravessar a
membrana com facilidade e se ligar a um
próton no interior da célula e se ligar ao
sítio com maior afinidade
■ Mecanismo de ação
● Os AL impedem a transmissão de impulsos
nervosos ao bloquear os canais de sódio
dependente voltagem individuais nas
membranas neuronais
● Existem três estados dos canais de sódio
sendo eles : aberto,inativado e em repouso
● Durante um potencial de ação os canais de
sódio se abrem para permitir a entrada de
sódio na célula
● Com o influxo de sódio a membrana despolariza
● Depois de um milissegundo aberto, o canal
espontaneamente torna-se inativado , o que
interrompe o influxo de sódio e repolariza a
membrana
● Após o estado inativado, o canal
espontaneamente retorna ao estado de
repouso
● Durante o tempo que o canal retorna ao estado
de repouso, determina-se o período refratário .
Durante o período refratário absoluto não
existe canais de sódio suficientes em estado de
repouso para serem ativados e assim atingir o
limiar de excitabilidade, logo não se pode existir
outro potencial de ação
■ Hipótese do canal modulado
● Os anestésicos locais possuem maior afinidade
pelos estados fechado, aberto e inativado dos
canais de sódio do que pelo estado em repouso
● Para que o canal retorne ao estado de repouso
é necessário que o AL se dissocie do canal de
sódio
● Quando o AL está ligado ao canal de sódio a
velocidade de retorno para o estado de
repouso é 50-100 vezes mais lenta
● Em altas concentrações os AL se ligam a um
número suficiente de canais de sódio para
impedirem que a condução do impulso
■ Farmacocinética
● Após administração por injeção ou aplicação
tópica, os anestésicos locais difundem-se para
os seus locais de ação
● A quantidade de anestésico local que penetra
na circulação sistêmica e a potência do AL
determinam a toxicidade sistêmica do agente
● A vascularidade do local de injeção, a
concentração do fármaco, a adição de um
vasoconstritor e as propriedades da
solução injetada (como a sua viscosidade)
influenciam a velocidade e a extensão da
absorção sistêmica dos anestésicos
locais
● A absorção é maior a partir dos tecidos
densamente perfundidos ou após
múltiplas administrações
● São administrados vasoconstritores
(como a epinefrina) juntamente com
muitos anestésicos locais de ação curta
ou média. Esses agentes reduzem o fluxo
sanguíneo para o local de injeção,
produzindo contração dos músculos lisos
dos vasos e, dessa maneira, diminuindo a
taxa de remoção do AL. Através desse
efeito, os vasoconstritores aumentam a
concentração de anestésico ao redor do
nervo e diminuem a concentração máxima
alcançada na circulação sistêmica
● A vasoconstrição também pode levar a
hipóxia e lesão teciduais se o suprimento
de oxigênio para a área for
excessivamente reduzido. Por
conseguinte, os vasoconstritores não
são utilizados quando os AL são
administrados nas extremidades, devido à
circulação limitada nessas áreas
● Enquanto estão na circulação, os
anestésicos locais ligam se
reversivelmente a duas proteínas
plasmáticas principais: a glicoproteína
ácidaα-1 (proteína de fase aguda) e a
albumina. Os AL também podem ligar-se aos
eritrócitos. A ligação às proteínas plasmáticas
diminui à medida que o pH diminui, sugerindo
que a forma neutra liga-se a essas proteínas
com maior afinidade
● A ligação tecidual ocorre no local de injeção,
bem como em outros locais. Quanto mais
hidrofóbico o agente, maior a ligação tecidual
● Os AL com ligação éster são metabolizados
por esterases (pseudocolinesterases) teciduais
e plasmáticas. Esse processo é rápido (da
ordem de minutos), e os produtos resultantes
são excretados pelos rins
● Os AL com ligação de amida são metabolizados
por três principais vias de metabolismo
hepático: a hidroxilação aromática, a
N-desalquilação e a hidrólise da amida. Os
metabólitos dos AL com ligação amida
retornam à circulação e são excretados pelos
rins
■ Administração de AL
● O método de administração dos anestésicos
locais pode determinar tanto o efeito
terapêutico quanto a extensão da toxicidade
sistêmica
1. Anestesia tópica: Os anestésicos tópicos
proporcionam alívio da dor a curto prazo
quando aplicados às mucosas ou à pele
2. Anestesia infiltrativa: pele (ou uma superfície
mucosa) através de uma injeção. O
anestésico local é administrado por via
intradérmica ou subcutânea, frequentemente
em vários locais próximos à área a ser
anestesiada. Essa técnica produz
entorpecimento muito mais rapidamente do
que a anestesia tópica, visto que o agente
não precisa atravessar a epiderme
3. Bloqueio de nervos periféricos: O
bloqueio de nervos periféricos pode ser
dividido em bloqueio nervoso pequeno e
bloqueio nervoso grande. O pequeno
normalmente envolve um nervo e
bloqueio grande envolve um plexo
4. Bloqueio nervoso central: Esse tipo de
bloqueio, em que o fármaco é injetado
próximo à medula espinal, inclui tanto a
anestesia epidural quanto a intratecal
(espinal). Os efeitos iniciais desses
procedimentos resultam primariamente
do bloqueio de impulsos nas raízes
espinais; entretanto, nas fases mais
avançadas, o anestésico penetra no
interior da medula espinal, onde pode
atuar
5. Anestesia Regional Intravenosa: Esse
tipo de anestesia local é também
denominado bloqueio de Bier. Um
torniquete e uma faixa elástica colocada
distalmente são aplicados a um membro
elevado, resultando em exsanguinação
parcial do membro. A seguir, o
torniquete é insuflado e a faixa, removida.
Injeta-se então o AL numa veia da
extremidade, para produzir anestesia
local, e o torniquete impede a sua
toxicidade sistêmica ao limitar o fluxo
sanguíneo pela extremidade.

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