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Comentários Pedagógicos - Língua Portuguesa Caro(a) professor(a), A Avaliação Diagnóstica é um instrumento de avaliação formativa que permite sondar as fragilidades dos alunos em determinados saberes para que possamos investir em formas de como melhorar a aprendizagem. Neste documento você encontrará comentários pedagógicos acerca dos 26 itens da Avaliação Diagnóstica de Língua Portuguesa 2023.1. Ele está estruturado em ordem crescente por saberes e habilidades que foram ofertados no teste, apresentando mais informações e detalhamentos sobre a temática de cada um deles. Sumário Saber Habilidade Dificuldade Gabarito Página S01 S01.H03 FÁCIL D 3 S02 S02.H13 FÁCIL E 4 S03 S03.H04 FÁCIL E 5 S04 S04.H12 MÉDIO E 7 S05 S05.H03 DIFÍCIL E 8 S06 S06.H08 FÁCIL A 10 S07 S07.H07 FÁCIL E 12 S09 S09.H01 FÁCIL A 14 S09 S09.H08 MÉDIO C 15 S10 S10.H04 FÁCIL C 17 S11 S11.H08 FÁCIL D 18 S12 S12.H05 FÁCIL B 20 S12 S12.H05 DIFÍCIL B 21 S13 S13.H04 FÁCIL D 23 S14 S14.H05 FÁCIL A 25 S15 S15.H01 MÉDIO E 27 S16 S16.H03 FÁCIL A 28 S17 S17.H02 FÁCIL C 30 S18 S18.H10 FÁCIL A 32 S19 S19.H03 MÉDIO D 34 S20 S20.H01 FÁCIL B 35 S20 S20.H09 DIFÌCIL C 37 S21 S21.H05 MÉDIO D 39 S22 S22.H04 FÁCIL E 41 2 S22 S22.H11 DIFÍCIL D 43 S23 S23.H04 MÉDIO A 44 Saber S01 - Localizar informação explícita. Habilidade S01.H03 - Localizar uma informação explícita a partir da reprodução de ideias de um trecho ou parágrafo em textos verbais, pertencentes a gêneros simples, predominantemente narrativos (ex.: memória, contos de fada, fábula, piada, lenda, canção popular etc.). Nível de dificuldade Fácil Item do Teste 06 Leia o texto a seguir. PAIXÕES Quem entende como as pessoas se apaixonam? Pode acontecer de uma hora para outra. Você conhece uma pessoa a vida inteira e um dia nota alguma coisa, um detalhe que nunca tinha percebido antes, e pimba: amor à milésima vista. O Valter e a Nancy, por exemplo. Amigos desde o tempo de escola, o Valter conta que aconteceu num dia em que os dois vinham pela rua com uma turma, a Nancy um pouco na frente, e de repente ela levantou o cabelo por trás com as duas mãos e segurou no topo da cabeça, mas sobraram alguns fios. Aqueles fios finos e curtos que cobrem a nuca, o Valter diz que foram os cabelos da nuca. Ele foi tomado de um tamanho sentimento de carinho por aqueles fios na nuca da Nancy que chegou a parar, diz ele que para não chorar. Depois correu atrás dela e beijou a nuca, e no dia seguinte estavam namorando firme, para surpresa de amigos e familiares. [...] Como o amor acaba é outro mistério. A Joyce e o Paquette, por exemplo. Namoraram anos, noivaram, casaram e tudo acabou numa noite. Acabou numa frase. Os dois estavam numa discoteca, sentados lado a lado, vendo os mais jovens se contorcendo na pista de dança, e o Paquette gritou: — Viu a música que está tocando? a Joyce: — O quê?! — A música. Estão tocando a nossa música. Lembra? — Hein? — Estão tocando a nossa música! — O quê? — A música. Do nosso noivado. Lembra? — Eu não consigo ouvir nada com essa porcaria de música! — Esquece. VERÍSSIMO, Luís Fernando. O melhor das comédias da vida privada. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004. Por que a história de amor entre Joyce e o Paquette acabou? A) Porque o casal não se entendia mais. B) Porque Paquette não entendia o que Joyce dizia. C) Porque Joyce e Paquette foram a uma discoteca. D) Porque Joyce não lembrava da música que tocou no noivado deles. E) Porque Joyce não correspondeu à investida do beijo no pescoço. Operações Mentais - Item 06 A) O estudante que marcou esta alternativa inferiu, pela leitura geral do texto, que o casal não estava mais se entendendo, devido à música alta Joyce estava com dificuldade de ouvir Paquette e pode ser que isso tenha feito com que o aluno entendesse que o casal não se entendia mais. Isso mostra que esse aluno está com 3 dificuldade para localizar informações explícitas dado que essa informação está dada no texto. B) O estudante que marcou esta alternativa leu no texto o nome dos dois personagens, mas fica explícito pelo diálogo entre eles que é Joyce que não entende o que Paquette diz. C) O estudante que marcou esta alternativa leu no texto que os personagens foram a uma discoteca, porém isso é apenas um fato que está no texto, o local em que eles estão, mas não é o motivo do término do casal. D) GABARITO. E) O aluno que marcou essa alternativa não compreendeu o texto, pois fica explícito que essa parte do beijo no pescoço fez parte da história de outro casal, Valter e Nancy. Fica explícito, portanto, a dificuldade do estudante em organizar as informações do texto. Comentário - Item 06 Caro(a) professor(a), Para que você possa trabalhar esse tipo de descritor, desenvolva em sala de aula estratégias de leitura utilizando gêneros textuais diversificados para que os alunos adquiram familiaridade com temas e assuntos variados. Para isso, você pode se valer de textos que despertem o interesse do aluno e que façam parte de suas práticas sociais. Aqueles que têm maior dificuldade nessa habilidade, que é basilar para as demais, devem trabalhar com gêneros mais simples para que, gradativamente, possa ser introduzido no hábito do aluno textos mais longos, elaborados e com temáticas mais complexas. Saber S02 - Inferir informação em texto verbal Habilidade S02.H13 - Inferir sentimentos ou emoções vinculadas a um trecho ou parágrafo de textos não verbais ou multissemióticos pertencentes a gêneros simples e/ou de grande circulação social, de qualquer sequência discursiva predominante (ex.: placa, fotografia convencional, emoticon, e-mail, fotolegenda, cardápio, mensagem de WhatsApp/Messenger, direct, meme, anúncio ou campanha publicitária, rótulo, embalagem, catálogo, panfleto etc.). Nível de dificuldade Fácil Item do Teste 23 Leia o texto a seguir. 4 Disponível em: https://www.picuki.com/media/2184361760307785000. Acesso em: 18 Dez. 2019. Infere-se pelo texto que o eu-lírico é A) fraco. B) feliz. C) comunicativo. D) superficial. E) autossuficiente. Operações Mentais - Item 23 A) O estudante que escolheu esta alternativa viu que existe na figura o adjetivo “Frágil”, o que pode tê-lo levado a acreditar que o eu-lírico é fraco, porém, pelo texto, pode-se inferir o oposto disso. B) O estudante que escolheu esta alternativa inferiu pela imagem e pelo texto que o eu-lírico parece ser desprendido. No entanto, não existe confirmação por parte do texto de que ele seja desprendido. Seria, portanto, uma inferência não autorizada pelo texto. C) O estudante que escolheu esta alternativa inferiu que, pelo fato de o eu-lírico não demonstrar o que sente, ele deve conter suas emoções, porém ele não contém suas emoções, o que é demonstrado pelo fato de ele chorar. D) O estudante que escolheu esta alternativa inferiu que o fato de o eu-lírico não demonstrar o que sente a outras pessoas faz com que ele seja superficial, porém o eu-lírico sente as emoções com profundidade e, por isso, ele não é superficial. E) GABARITO. Comentário - Item 23 Caro(a) Professor(a), A prática da inferência é inerente ao processo de interação linguística, portanto necessária para que os educandos sistematizem essa habilidade através de contextos diversos de produção. Ao realizar atividades pautadas na leitura de textos variados, na escrita e na exposição oral de situações comunicativas diversas, os estudantes refinam sua percepção acerca dos mecanismos linguísticos responsáveis pelo uso da inferência em suas práticas comunicativas diárias, logo alcançarão a habilidade de inferir informação em texto verbal e não verbal. Assim, antes da leitura completa dos textos, você pode questionar os alunos acerca do que (qual perfil de personagem a partir do desencadear de uma determinada ação) eles esperam encontrar no texto a partir de inferências feitas através de títulos, imagens, cores, entre outros recursos. Saber S03 - Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. Habilidade S03.H04 - Inferiro significado de expressões idiomáticas, frases feitas, bordões ou ditados populares, a partir de seus usos em textos multissemióticos, pertencentes a gêneros simples e/ou de grande circulação social de qualquer sequência discursiva predominante (ex.: placa, fotografia convencional, emoticon, e-mail, fotolegenda, cardápio, mensagem de WhatsApp/Messenger, direct, meme, anúncio ou campanha publicitária, rótulo, embalagem, catálogo, panfleto etc.). Nível de dificuldade Fácil Item do Teste 12 Leia o texto a seguir. 5 https://www.picuki.com/media/2184361760307785000 Disponível em: http://youwannalearnportuguese.blogspot.com/2015/07/expressoes-idiomaticas-iii-idioms-iii.html Acesso em 25 ago. 2022 No texto a expressão “quebra um galho pra mim” significa A) não negar trabalho para alguém. B) pendurar-se em galhos para cair. C) partir um galho de árvore ao meio. D) arrancar um galho de uma árvore.. E) ajudar alguém, realizando um favor. Operações Mentais - Item 12 A) O aluno que marcou essa alternativa extrapolou o sentido do texto porque “quebra-galho” pode ser alguém que faz tudo, entretanto, o texto não nos autoriza a essa leitura. Portanto, o aluno respondeu com base no seu conhecimento de mundo e não com base no sentido permitido pelo texto. B) O aluno que marcou essa alternativa apegou-se apenas no sentido literal da expressão “quebrar-galho” sendo como se o “quebra-galho” fosse o galho de uma árvore. Entretanto, para essa habilidade o aluno precisa ir além do literal e fazer inferência a partir do sentido proposto pelo texto. C) O aluno que marcou essa alternativa apegou-se apenas no sentido literal da expressão. É preciso que ele desenvolva a habilidade de inferir o sentido da expressão a partir do contexto do texto. D) O aluno que marcou essa alternativa apegou-se ao sentido literal “quebrar galho” para ele é arrancar o galho de uma árvore, entretanto, essa interpretação não é permitida pelo texto. Esse aluno precisa desenvolver com maior proficiência a habilidade de inferir o sentido de expressões. E) GABARITO Comentário - Item 12 Caro(a) professor(a), A inferência é uma das habilidades mais importantes para o desenvolvimento da compreensão leitora, pois é através desse recurso que o leitor pode preencher as lacunas do texto através de informações que não estão explícitas na materialidade linguística. O processo inferencial é aquele através do qual o aluno conecta ideias, deduz e cria hipóteses ativando seus conhecimentos acerca do tema apresentado. No item apresentado, a inferência está relacionada ao significado de uma expressão a partir do contexto apresentado, ou seja, é um saber relacionado ao vocabulário escolhido pelo autor. O aluno pode mobilizar os conhecimentos acerca do gênero, do assunto abordado no texto e/ou do propósito comunicativo. A partir da verificação desses elementos, é possível que o aluno seja capaz de identificar o significado de uma expressão que nunca tenha visto antes, consolidando assim um saber importantíssimo para a leitura proficiente. 6 http://youwannalearnportuguese.blogspot.com/2015/07/expressoes-idiomaticas-iii-idioms-iii.html Saber S04 - Interpretar textos não verbais e textos que articulam elementos verbais e não verbais. Habilidade S04.H06 - Reconhecer a ordem cronológica em que fatos acontecem em textos não verbais ou multissemióticos, pertencentes a gêneros complexos, de qualquer sequência discursiva, exceto os predominantemente narrativos (ex.: catálogo, anúncio ou campanha publicitária, charge, cartum, fotografia artística, infográfico, poemas concretistas, etc.). Nível de dificuldade Médio Item do Teste 25 Leia o texto a seguir. Disponível:https://br.pinterest.com/pin/678073287643494957/. Acesso em: 07 de set. de 2022. Podemos dizer que Miguelito está A) triste. B) admirado. C) aflito. D) preocupado. E) acomodado. 7 https://br.pinterest.com/pin/678073287643494957/ Operações Mentais - Item 25 A) O aluno que marcou essa alternativa pode ter atentado apenas à expressão de Miguelito, mas não observou o texto verbal que mostra que ele está apenas esperando algo da vida. B) O aluno que marcou essa alternativa pode ter visto apenas a expressão de miguelito e ter achado que era uma forma de contemplação. Entretanto, para essa habilidade o aluno precisa relacionar o texto não verbal com o verbal e por esse último nós vemos que o Miguelito está apenas esperando que algo aconteça e não está admirado. Mafalda é a personagem que está reflexiva. C) O aluno que marcou essa alternativa não leu o texto como um todo de sentido porque ao analisar o texto não verbal e verbal ele teria que perceber que Miguelito está esperando algo e não está tendo atenção com a vida nem com nada, apenas está esperando que algo aconteça sem fazer nada para tanto. D) O aluno que marcou essa alternativa teve dificuldade de interpretar o texto. Na verdade, Miguelito não está preocupado se algo vai acontecer ou não. Ele está apenas sentado e esperando algo da vida. E) GABARITO Comentário - Item 25 Caro(a) professor(a), O item diz respeito ao Saber 04- Interpretar textos não verbais e textos que articulam elementos verbais e não verbais. A descrição do item faz referência a habilidade de identificar características psicológicas ou estados emocionais de seres retratados, em textos não verbais ou multissemióticos, pertencentes a gêneros simples de qualquer sequência discursiva. Nossos alunos geralmente estão lidando com textos não verbais ou multissemióticos nas duas mais diversas redes sociais. Portanto, é muito importante que possamos trabalhar essa habilidade. Esse item traz um suporte bastante interessante para isso: você pode trabalhar a sequência de quadrinhos, ações, falas e balões, recursos da linguagem. Você pode levar para sala de aula (seja no ensino remoto ou presencial) diferentes textos que mesclam esses elementos, como os cartuns, as charges, as histórias em quadrinhos (HQs), as propagandas, as tirinhas etc. Você pode propor aos alunos pesquisas direcionadas no laboratório de informática da escola para que analisem as características psicológicas e/ou estados emocionais que constroem os personagens. Para tanto, sugerimos o site de alguns chargistas conhecidos: https://blog.bbm.usp.br/2016/caricatura-dos-tempos-as-charges-de-belmonte/ http://ziraldoproducoes.com.br/blog/ https://laart.art.br/blog/cartunistas-brasileiros/ Saber S05 - Identificar o tema ou assunto de um texto. Habilidade S05.H03 - Identificar o tema ou o assunto central de textos verbais pertencentes a gêneros simples predominantemente da ordem do relatar (ex.: reportagem, relato de viagem, diário etc.). Nível de dificuldade Difícil Item do Teste 04 Leia o texto a seguir. Memórias de minha trajetória escolar Entre cinco e seis anos, tive a presença e o primeiro incentivo de minha mãe na minha vida escolar, já que ela teve acesso à escola e tinha o segundo grau completo. Ela me ajudou com os primeiros rabiscos até a entrada na escola. Sua presença foi muito importante em minha vida. Ingressei na escola com sete anos, já conhecendo algumas palavras. No início do Ensino Fundamental I, estudei em uma escolinha pequena que havia na minha comunidade. O Ensino Médio foi cursado em outra escola, 8 https://blog.bbm.usp.br/2016/caricatura-dos-tempos-as-charges-de-belmonte/ https://blog.bbm.usp.br/2016/caricatura-dos-tempos-as-charges-de-belmonte/ https://blog.bbm.usp.br/2016/caricatura-dos-tempos-as-charges-de-belmonte/ na cidade Ouro Verde de Minas, período em que tive as dificuldades com o transporte, pois, com a falta de ônibus, perdia aulas e ficava um pouco prejudicada nas disciplinas. Nas outras séries do Ensino Fundamental I, encontrei apoio da professora Vilma, que me ajudou muito. Como disse, em casa, tinha incentivo desde que era criança: minha mãe, Ivani, me ensinou as primeiras letras, e com sete anos, eu conhecia algumas palavras. Por exemplo, já conhecia o alfabeto e as vogais, já tinha contatocom os números, mas só comecei a praticar a leitura na escola. Desde o Ensino Fundamental, tínhamos os livros didáticos para estudar em casa, entretanto, era muito difícil ter acesso a livros literários. A partir do Ensino Fundamental II, tive acesso à biblioteca da escola, que disponibilizava os livros aos alunos. Entretanto, não tínhamos muito interesse pela leitura e muito menos incentivo dos professores para fazê-la, por isso, não li esses livros. Em muitos casos, os alunos pegavam os livros, levavam para casa e não os devolviam. Por isso, muitas vezes, faltavam livros na biblioteca. Lembro-me que os professores nos mandavam à biblioteca só para assistirmos algum filme e, assim, elaborar um resumo ou atividade sobre ele. Na maioria das vezes, quando algum professor faltava, colocavam-nos para assistir filmes, sem objetivos pedagógicos claros. Isto era ruim, pois perdíamos muitos conteúdos, sobretudo no início do Ensino Médio. Depois do Ensino Fundamental II, minha mãe quis que eu estudasse no período matutino, das 7h às 11h 25 min. Recordo-me de ter aulas aos sábados, porque algum professor havia faltado ou feito greve, requerendo aumento de salário. Sempre me saí bem em todas as disciplinas, mas, ao chegar ao final do terceiro ano do Ensino Médio, tive dificuldades com a disciplina de inglês. De fato, acho que não me adaptei a ela. No final do Ensino Médio, eu não pensava em continuar os estudos, só pensava em conseguir um emprego, mas na minha cidade não há muitas opções de trabalho. Este é um dos motivos que me levou a ingressar na faculdade. Minha mãe, novamente, incentivou-me a ingressar na universidade, pois ela já havia feito o curso de Licenciatura em Educação do Campo, em Viçosa, Minas Gerais. Foi ela quem me deu todo apoio quando prestei o vestibular para a faculdade, em Diamantina. Em 2018, ingressei na Licenciatura em Educação do Campo (LEC-UFVJM), e, hoje, estou no terceiro período do curso, com outra visão sobre Educação, outro olhar para os estudos. Apesar de ter tido pouco acesso à leitura, agora tenho e penso diferente, pois percebo que a leitura é bem gratificante. Percebo que do início de meus estudos até hoje, as coisas mudaram, tenho mais afinidade com a leitura. Tenho necessidade de aprender, de construir algo novo. Entendo que vale a pena continuar, prosseguir rumo ao final deste processo de aprendizagem, mesmo sabendo que não é fácil. Pensar que seria uma educadora do campo é sempre muito gratificante. Memórias de Letramentos II: Outras Vozes do Campo. Disponível em: https://auladigital.net.br/ebooks/. Acesso em: 16 de set. de 2022. O tema principal desse texto é A) o ingresso de alunos na universidade. B) a importância de levar os livros para estudar em casa. C) a importância do apoio dos professores na escola. D) as dificuldades com o transporte público para ir à escola. E) o relato da vida escolar de uma estudante. Operações Mentais - Item 04 A) O aluno que marcou essa alternativa não conseguiu identificar o tema principal desse texto. O ingresso de alunos na universidade é um dos tópicos abordados no texto, no tocante a garota ter terminado o ensino médio e não querer entrar na universidade e depois por incentivo de sua mãe fazer o vestibular e conseguir sua vaga. B) O aluno que marcou essa alternativa não conseguiu identificar o tema principal desse texto. Há um parágrafo dedicado para o fato de como foi importante para a garota levar os livros para estudar em casa, mas essa é uma ideia secundária e não o tema do texto. C) O aluno que marcou essa alternativa não conseguiu identificar o tema principal desse texto, pois a questão da importância do apoio dos professores aos alunos é destacado pela autora em um parágrafo, mas essa menção é pontual, faz parte do universo da vida escolar da narradora, mas não é principal. D) O aluno que marcou essa alternativa não conseguiu identificar o tema principal desse texto, pois a questão das dificuldades que a estudante enfrentou com o transporte público para ir à escola foi mencionada em um parágrafo de forma pontual, mas não foi o tema tratado no texto todo. E) GABARITO 9 https://auladigital.net.br/ebooks/ Comentário - Item 04 Caro(a) professor(a), O texto suporte desse item nos dá possibilidade de trabalhar com as diferentes temáticas dos textos. Como o texto traz um relato, podemos propor ao aluno que também façam relatos de sua trajetória para a partir daí eles pensarem em quais ideias eles poderão usar para sustentar esse tema. Vamos indicar a temática da Olimpíada de Língua Portuguesa que sugere o trabalho com diferentes gêneros a partir da temática “O lugar em que eu vivo”. Segue o link: https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/biblioteca/nossas-publicacoes/revista/artigos/artigo/787/o-lugar-onde-eu-vivo. Professor, você pode usar as atividades sugeridas na página, inclusive, para se inspirar a criar atividades para trabalhar com temas diferentes em sua sala. Sobre isso, podemos citar a BNCC que coloca como é interessante que os alunos participem, produzam, leiam textos de diferentes temáticas. Vejamos duas dessas habilidades: - EM13LP20 Compartilhar gostos, interesses, práticas culturais, temas/problemas/questões que despertam maior interesse ou preocupação, respeitando e valorizando diferenças, como forma de identificar afinidades e interesses comuns, como também de organizar e/ou participar de grupos, clubes, oficinas e afins. - EM13LP45 Analisar, discutir, produzir e socializar, tendo em vista temas e acontecimentos de interesse local ou global, notícias, fotos denúncias, fotorreportagens, reportagens multimidiáticas, documentários, infográficos, podcasts noticiosos, artigos de opinião, críticas da mídia, vlogs de opinião, textos de apresentação e apreciação de produções culturais (resenhas, ensaios etc.) e outros gêneros próprios das formas de expressão das culturas juvenis (vlogs e podcasts culturais, gameplay etc.), em várias mídias, vivenciando de forma significativa o papel de repórter, analista, crítico, editorialista ou articulista, leitor, vlogueiro e booktuber, entre outros. Outra sugestão seria elaborar atividades com textos curtos, mas que trouxessem informações diversas e solicitar ao aluno que destaque o tema desses textos. Gradualmente, os textos podem aumentar de tamanho e complexidade, sempre com o mesmo objetivo de identificar o tema ou assunto central. Uma outra sugestão seria comparar textos que trazem informações semelhantes, mas que têm foco distintos para que o aluno possa compreender as sutilezas que muitas vezes precisam ser percebidas para reconhecer o tema em meio a informações diversas. O trabalho com este Saber está relacionado a outros Saberes, como o S07 - Diferenciar a informação principal das secundárias em um texto, o S10 - Identificar o propósito comunicativo em diferentes gêneros e o S13 - Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos de um mesmo tema. Por isso, o trabalho com textos diversos em uma mesma aula seria uma estratégia válida para o desenvolvimento das habilidades relacionadas com este Saber.. Saber S06 - Distinguir fato da opinião relativa a esse fato. Habilidade S06.H08 - Identificar marcas linguísticas (substantivo, advérbios e locuções de tempo ou lugar, verbos no pretérito perfeito, escolha vocabular etc.) que ajudam a evidenciar um fato expresso pelo enunciador, em textos verbais, pertencentes a gêneros simples de qualquer sequência discursiva predominante (ex.: nota e cupom fiscal, bilhete, convite, aviso, canção popular, mensagem, poema de estrutura e linguagem acessíveis, cartaz, etc.). Nível de dificuldade Fácil Item do Teste 22 Leia o texto a seguir. Fone de ouvido no trabalho... Pode ou Não pode? Esse é um assunto simples, porém, muito polêmico em alguns ambientes de trabalho. Antes de começar a falar do ambiente de trabalho, quero relatar uma cena que vi em uma famosa cafeteria de São Paulo. Era um domingo cedo e após realizar alguns exames fui à essa cafeteria, comprei um café e fui meacomodar no mezanino da loja. Ao sentar, percebi que ao meu redor estavam vários estudantes universitários nas outras mesas, alguns sozinhos e outros em grupos. Em suas mesas laptops e apostilas empilhadas, todos focados em seus estudos e muito concentrados no que estavam fazendo. 10 https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/biblioteca/nossas-publicacoes/revista/artigos/artigo/787/o-lugar-onde-eu-vivo Foi quando eu vi que TODOS estavam com seus fones de ouvido conectados aos seus smartphones ou laptop. Com certeza estavam escutando a sua playlist favorita para estudo, guardem essa cena para depois. Em algumas empresas está escrito em seus regulamentos internos que é expressamente proibido trabalhar com fones de ouvidos e já ouvi falar em pessoas que foram advertidas por isso. Acredito que estamos vivendo um problema de conflito de gerações, pois, as gerações mais antigas foram educadas de que não podiam ouvir música ao trabalhar, pois isso tiraria a concentração nas atividades. Porém, as novas gerações estão crescendo com o fone de ouvido praticamente embutido em seus ouvidos para fazerem de tudo, comer, estudar, brincar, passear, etc... Agora olhem as pessoas que correm nos parques, ali naquele momento só delas, a grande maioria está com o seu fone de ouvido, escutando aquela playlist que motiva e dá força para o seu treino. Opa!!! Que motiva e dá força no seu treino??? Será que essa playlist da motivação só funciona para o treino físico? Será que ela não pode ser utilizada no treino mental? Será que ela não pode ser utilizada naquele relatório mega blaster que você precisa fazer totalmente concentrado? Vou relatar uma experiência que tive no gerenciamento de uma equipe operacional e outra de Business Intelligence. Ao assumir essas equipes, percebi que todos estavam com seus fones de ouvido nas mesas, afinal, eu não tinha costume de utilizar os fones para trabalhar. Fiquei curioso com esse cenário, porém, antes de falar alguma coisa, passei a prestar atenção nas pessoas quando estavam utilizando os fones e quando não estavam. O ambiente de trabalho era muito amplo e com aqueles layouts de mesão, com muito ruído e pessoas andando. Percebi que quando não estavam com os fones, se distraiam e falavam mais entre si, desta forma, exigindo um pouco mais de gestão para que o momento de distração não ultrapassasse o limite do bom, pois, eu sou totalmente a favor de ter esses momentos de distração e relaxamento durante o dia. Porém, quando estavam com os fones de ouvido, naquela playlist da motivação e força, ficavam focados com a entrega, não se distraiam, conseguiam encontrar fórmulas e resolver problemas com muito mais rapidez e com o mínimo de erros, desta forma, também exigindo um pouco mais de gestão para que as pessoas não passassem do tempo e ficassem sem um momento de distração e relaxamento. Um certo dia, precisava realizar um relatório e o ambiente estava com muito ruído, não tive dúvida, peguei o meu fone de ouvido e coloquei numa música bem baixa, mas que era suficiente para isolar o ruído externo. Resultado? Foi excelente, consegui me concentrar no relatório e elaborar da forma que eu desejava, a experiência foi comprovada, o fone de ouvido é bom!!! Guardaram aquele cenário do começo? Dos estudantes universitários? Então, eles são produtivos desta forma, eles aprenderam a dividir o cérebro da música, do estudo e do trabalho. Provavelmente, muitos deles sem o fone de ouvido, poderão ser improdutivos em suas atividades e consequentemente serem advertidos por baixos resultados. O que precisa tomar cuidado é que o relacionamento interpessoal no ambiente diminua, com as pessoas se isolando em seus fones de ouvido. Para vocês que podem fazer a diferença, tenho certeza de que podem conseguir flexibilizar o uso dos fones nas empresas, é claro que sem exageros e que também o volume não chegue a incomodar a pessoa que está ao lado. E também não liberar em atividades de risco. O que proponho aqui é para o pessoal interno, que fica ali em suas estações de trabalho em atividades de concentração. Espero que o post crie a possibilidade de análise, bom trabalho com ou sem o fone de ouvido!!!! Disponível em: https://pt.linkedin.com/pulse/fone-de-ouvido-trabalho-pode-ou-n%C3%A3o-alexandre-horimi. Acesso em: 13 de out. de 2022. No trecho: Antes de começar a falar do ambiente de trabalho, quero relatar uma cena que vi em uma famosa cafeteria de São Paulo.” representa um fato, pois A) descreve uma situação que aconteceu com o autor do texto. B) são utilizados adjetivos e locuções adjetivas na frase em destaque. C) está retratando um ponto de vista do autor sobre São Paulo. D) apresenta um julgamento pessoal do autor sobre a cafeteria. E) descreve uma opinião relativa ao fato ocorrido na cafeteria. Operações Mentais - Item 22 A) GABARITO B) O aluno que marcou essa alternativa pode ter sido atraído pelo uso de palavras específicas da área da Linguística sem atentar-se ao fato de que adjetivos e locuções adjetivas pertencem, em grande parte das vezes, 11 https://pt.linkedin.com/pulse/fone-de-ouvido-trabalho-pode-ou-n%C3%A3o-alexandre-horimi ao escopo de uma opinião. C) O aluno que marcou essa alternativa pode ter levado em consideração, de maneira literal, a expressão ponto de vista com relação à cafeteria. Essa expressão é, no entanto, uma forma de designar uma opinião. D) O aluno que marcou essa alternativa demonstra bastante dificuldade em identificar um fato, pois os julgamentos pessoais são opiniões, contrapondo-se aos fatos, mas ele pode ter optado por esta alternativa uma vez que o autor declara que irá contar algo que aconteceu com ele em uma cafeteria. E) O aluno que marcou essa alternativa demonstra bastante dificuldade em identificar um fato, pois opinião se contrapõe aos fatos. Comentário - Item 22 Caro(a) professor(a), O leitor deve ser capaz de perceber a diferença entre o que é fato narrado ou discutido e o que é opinião sobre ele. Essa diferença pode ser ou bem marcada no texto ou exigir do leitor que ele integre informações de diversas partes do texto e/ou inferindo-as, o que tornaria a tarefa mais difícil. Por meio deste item pode-se avaliar a habilidade de o aluno identificar, no texto, um fato relatado e diferenciá-lo da opinião apresentada sobre este fato. Este saber pode ser explorado de duas formas: solicitar, por exemplo, que o aluno identifique um trecho que expresse um fato ou uma opinião, ou então, a partir de um trecho destacado, solicitar que ele reconheça se é um fato ou uma opinião. Saber S07 - Diferenciar a informação principal das secundárias em um texto. Habilidade S07.H07 - Identificar informação principal expressa pela relação de um agente e seus respectivos eventos por ele desencadeados em textos verbais ou multissemióticos, pertencentes a gêneros simples e/ou de grande circulação social de qualquer sequência discursiva predominante. Nível de dificuldade Fácil Item do Teste 19 Leia o texto a seguir. Chocolate faz bem para a saúde? Quando o assunto é chocolate, até conhecer um pouco de sua história e alguns de seus efeitos em nosso organismo é divertido. Mas o que para alguns é um prazer incontrolável, para outros se constitui em uma tentação, principalmente para os que querem emagrecer. A árvore que dá origem ao cacau é o cacaueiro que tem como nome científico Theobroma cacau, cujo nome Theobroma significa bebida dos deuses. O cacaueiro é uma árvore nativa da América Central e do Sul, que necessita de condições especiais para produzir. Só para exemplificar, as árvores produtoras de cacau são muito sensíveis às variações climáticas e principalmente às doenças. Sua altura não costuma ultrapassar os 10 metros e caso as condições sejam favoráveis, em apenas 5 anos se inicia sua produção, podendo viver até quase 50 anos. A polinização de suas flores é realizada por morcegos! O Brasil já foi um dos grandes produtores mundiais de cacau, contribuindo na época com mais de 30% da produção mundial. Entretanto, problemas relacionados aos custosde produção local e à falta de organização dos produtores cacaueiros contribuíram para a retração desse setor produtivo, representando hoje apenas 4% da produção mundial. A história do cacau é muito antiga, visto que povos pré-colombianos já utilizavam suas sementes para fazer uma bebida usada em rituais religiosos e alguns a empregavam como moeda. Cristóvão Colombo, em uma de suas várias incursões pelo continente, foi o primeiro europeu a tomar conhecimento do chocolate, mas o sucesso do chocolate na Europa só veio a ocorrer em anos posteriores. Inicialmente, a bebida, por ser amarga e oleosa, não 12 era adequada ao gosto europeu, somente com a substituição de alguns produtos, como a pimenta pelo açúcar, por exemplo, foi que se permitiu uma maior aceitação da bebida." Com a popularidade, logo outros países europeus começaram a produzir o cacau em suas colônias, contribuindo para a diminuição dos preços, que eram altíssimos! Desta forma, a bebida que antes era exclusiva dos reis e pessoas afortunadas, aos poucos foi se popularizando. A substituição da água por leite também contribuiu significativamente para melhorar ainda mais o sabor da bebida. A partir do aumento do consumo e do desenvolvimento de novas e modernas técnicas de produção e processamento, o chocolate passou a ser consumido em tabletes e evoluiu até a forma que conhecemos atualmente. Em relação aos efeitos do chocolate em nosso organismo, não existem estudos conclusivos sobre como as substâncias presentes neste alimento agem em nosso sistema nervoso, entretanto, alguns estudos já realizados conseguiram desmistificar a ideia que o chocolate estaria relacionado ao aparecimento da acne e de inflamações cutâneas. Assim, o grande problema em relação ao consumo do chocolate se refere ao excesso de gordura hidrogenada acrescentada durante sua fabricação, que é prejudicial. FERREIRA, Fabricio Alves. "Chocolate faz bem para a saúde?" Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/curiosidades/chocolate.htm. Acesso em 07 de outubro de 2022. A ideia principal desse texto é A) o preço do chocolate. B) a árvore que dá origem ao chocolate. C) a produção de chocolate no Brasil. D) a popularidade do chocolate na Europa. E) a descrição sobre aspectos do chocolate. Operações Mentais - Item 19 A) O aluno que marcou essa alternativa baseou-se no quinto parágrafo do texto que remete à diminuição dos preços do chocolate, que eram altíssimos. Este é um dos tópicos que abordam a história do chocolate, mas não é a ideia principal do texto. B) O aluno que marcou essa alternativa atentou para o segundo parágrafo que fala sobre da árvore que dá origem ao chocolate - o cacau. Entretanto, esse é um dos tópicos do texto, mas não é a ideia principal do texto. C) O aluno que marcou essa alternativa baseou-se no terceiro parágrafo do texto, entretanto, essa não é a ideia principal do texto, já que é apenas um tópico abordado dentro da história do chocolate. D) O aluno que marcou essa alternativa baseou-se no quarto parágrafo do texto, entretanto, essa não é a ideia principal do texto, pois apenas faz parte da história do chocolate. E) GABARITO Comentário - Item 19 Caro(a) professor(a), O item aborda o Saber 07- Diferenciar a informação principal das secundárias em um texto, que dispõe sobre a habilidade 07 - H07- Identificar informação principal expressa pela relação de um agente e seus respectivos eventos por ele desencadeados em textos verbais ou multissemióticos, pertencentes a gêneros simples e/ou de grande circulação social de qualquer sequência discursiva predominante. Para leitura desse texto, o aluno precisará mobilizar sua atenção para todas as informações que aparecem no texto, mas selecionando dentre todas as informações apresentadas, aquela de maior relevância para o assunto tratado. Ou seja, fazendo uma distinção entre as informações e acontecimentos que se desenrolam em torno dessa informação principal. O comando do item pede para que o aluno assinale a opção que corresponde à informação principal do texto. Os distratores foram elaborados com base na associação das informações secundárias com a principal e nas emoções expressas pela narradora. O texto possui uma linguagem simples e fácil de entender, mas o aluno precisará fazer inferências sobre alguns fatos apresentados para chegar a resposta correta. 13 https://brasilescola.uol.com.br/curiosidades/chocolate.htm Para trabalhar o Saber 07, você pode levar diferentes textos para sala de aula e, junto com a turma, promover uma roda de conversa em que possam, após a leitura coletiva, discutir as informações que constituem o texto. Vocês podem fazer uma análise completa dos elementos que constituem o texto para facilitar a percepção dos estudantes quando forem indagados acerca da informação principal e das secundárias. Outra dica é realizar uma dinâmica de grupo em que a partir de uma informação principal apresentada por você, professor(a), os alunos possam ir acrescentando outras, mas sem desvincularem-se do contexto e da informação principal inicialmente apresentada. Assim, como na brincadeira do “telefone sem fio”, a história vai crescendo e outras informações são associadas à principal. Isso também pode ser feito com textos multissemióticos, tanto de maneira oral e escrita como na forma de desenhos. As possibilidades são diversas e acreditamos que, junto com a turma, essas e outras ideias serão de grande valia ao desenvolvimento da habilidade e do saber em questão. Saber S09 - Reconhecer gêneros discursivos. Habilidade S09.H01 - Reconhecer gêneros simples que materializam textos verbais de grande circulação social, predominantemente narrativos ou descritivos (ex.: fábula, piada, lenda, apresentação de seres/lugares/objetos etc.). Nível de dificuldade Fácil Item do Teste 01 Leia o texto a seguir. A estrela de Natal Era a noite de Natal. Os três andavam pela estrada vazia. O pai, a mãe e a filha. Caminhavam sem rumo, de mãos dadas. [...] O pai punha a menina na garupa e a mãe cantava uma melodia antiga que falava sobre a estrela de Natal. A menina quis a estrela como presente de Natal. O pai falou que ela podia pedir ao vento, já que eram amigos. Ele sempre aparecia nessas andanças e a menina se distraía do cansaço das pernas conversando com o vento, que respondia de pronto e animava a menina a continuar. — Sua casa fica logo ali, sua casa está logo ali — soprava ele. Ou quem sabe pedir ao céu, continuou o pai. O céu tem muitas estrelas e pode lhe dar uma de presente. Logo em frente viram um casebre simples. A chaminé soltava fumaça. Resolveram parar, quem sabe um copo de água. — Sejam bem-vindos, sejam bem-vindos — exclamou a mulher da casa. O homem da casa ofereceu um banco para os três e o bebê, que brincava no chão de terra batida, sorriu e estendeu os braços para a menina. Ela abaixou-se e passou a mão na cabeça careca do bebê. Ele era lindo, tinha bochechas gordas e ria. A menina acarinhou o bebê que se deitou no colo dela. Um tempinho só, mas tão confortante. Uma eternidade. Os três cearam com os outros três. Comeram raízes brancas, frutos vermelhos, sementes marrons, pão quentinho, e beberam chá de ervas perfumadas. Despediram-se desejando feliz Natal e tomaram a caminhar. Logo adiante, a mãe lembrou-se de um bichinho de pano que fizera para a filha, quando tinha a idade do bebê. Carregava o objeto na trouxa. Voltaram para entregar o presente à criança, mas a casa não estava mais lá. Nenhum vestígio do fogo, nenhum vestígio dos três. No chão batido a menina reconheceu a marca da mãozinha do bebê e ao lado dela uma estrela brilhante, a mais linda que ela já viu. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/estrela-natal-646955.shtml>. Acesso em 24 set 2014. Esse texto é A) um conto. B) um diário. C) uma biografia. D) uma entrevista. Operações Mentais - Item 01 A) GABARITO B) Para que o estudante tenha marcado esta alternativa, é possível que ele não tenha consolidado seusconhecimentos acerca das principais características do gênero diário. Por esse motivo, a presença da narrativa de uma situação específica que acontece com a personagem principal, uma das características do gênero diário, pode ter induzido o estudante a marcar a alternativa B. 14 http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/estrela-natal-646955.shtml C) Assim como na alternativa B, uma biografia narra acontecimentos específicos que ocorrem com uma pessoa. Assim, ao não ter consolidado as características principais do gênero biografia, esse aspecto pode ter motivado a escolha desta alternativa. D) Diferentemente dos outros distratores, o estudante que marcou a alternativa D mostrou que não reconhece os principais traços de uma entrevista, visto que ela possui características bastante peculiares que representam o gênero. Comentário - Item 01 Caro(a) professor(a), Você pode parar neste item e fazer um trabalho com o reconhecimento do gênero conto e também com o reconhecimento dos outros gêneros citados nos distratores. A ideia seria: o que podemos fazer para que esse texto se tornasse uma biografia? O que poderíamos fazer para que esse texto se tornasse um diário? O que poderíamos fazer para que esse conto se tornasse uma entrevista? Dessa forma, você mobilizaria elementos que são típicos de cada um desses gêneros e trabalharia a produção textual. Outra dica para você trabalhar a partir deste item é a estilística. O texto é bem delicado e trata de um conto fantástico, narrativa curta que apresenta elementos inexplicáveis, como, por exemplo: o vento falar com a menina ou a casa sumir no outro dia. Sobre a questão da estilística da frase em si, temos a repetição “— Sua casa fica logo ali, sua casa está logo ali — soprava ele.”. Essa frase repetida pelo vento, denota quão longe a casa da menina está, se nós a lemos, dedicadamente, vemos que até o ritmo que ela dá ao texto, é diferente. Portanto, não há elementos que faltam para trabalhar com esse texto. Saber S09 - Reconhecer gêneros discursivos. Habilidade S09.H08 - Reconhecer gêneros complexos que materializam textos verbais, predominantemente descritivos, narrativos ou da ordem do relatar. (ex.: currículo profissional, roteiro de viagem, , relato histórico, relato científico etc.). Nível de dificuldade Médio Item do Teste 03 Leia o texto a seguir. No dia dos Povos Indígenas, veja 4 roteiros para conhecer reservas e tribos Quando se fala em cultura indígena, moradores da cidade grande, na maioria das vezes, entendem como algo muito distante, até intangível — ou mesmo como se fosse algo do passado. Alguns acreditam que os indígenas não vivem mais nas aldeias, que já foram totalmente aculturados pela “civilização”. Mas o dia a dia dos povos originais do Brasil, além de ser muito atual, pode ser conhecido ao vivo, in loco, em reservas bem cuidadas e administradas de acordo com os costumes ancestrais — mesmo que as facilidades das novas tecnologias propiciem algum tipo de conforto para os viajantes. Com base em informações do Ministério do Turismo, o EXTRA aproveitou as comemorações do Dia dos Povos Indígenas e selecionou roteiros de viagem para quem tem curiosidades sobre a cultura, o trabalho e a relação com o meio-ambiente nas terras dos indígenas. Reserva Pataxó da Jaqueira, BA A 12 km do centro de Porto Seguro, na Bahia, os visitantes podem ter dois tipos de experiência: um passeio guiado de três horas pela região ou pernoitar na aldeia. Lá, o turista pode caminhar pela área da Mata Atlântica preservada, aprender como são feitas as armadilhas usadas na caça de pequenos animais, manusear o arco e flecha, tomar banho de rio e comer alimentos típicos da região, como o peixe assado na folha de patioba. Além disso, é possível conhecer melhor a cultura indígena com as aulas de artesanato e cerâmica, além das apresentações de música e dança dos pataxós. Terra indígena do Guarani Ribeirão Silveira, SP Na cidade de São Sebastião, a cerca de 200 km da capital paulista, a reserva indígena fica junto à praia de Boracéia, onde vivem cerca de 550 indígenas da etnia Guarani Mbya. O turista pode conhecer mais sobre a 15 cultura guarani através das apresentações de dança e música, aulas sobre artesanato e plantio de espécies nativas, importantes para a agricultura de subsistência da comunidade. As peças de artesanato e as demonstrações de pintura corporal também são destaque. A reserva é tão importante para a cidade que, em abril, a prefeitura realiza o Festival da Cultura Indígena do Rio Silveiras. Fonte: https://extra.globo.com/noticias/viagem-e-turismo/no-dia-dos-povos-indigenas-veja-4-roteiros-para-conhecer-reservas-tribos-2296 4478.html (Adaptado) Sobre o gênero conversa de Whatsapp, podemos dizer que é característica central dele A) reportagem. B) propaganda. C) roteiro turístico D) texto didático de Geografia. Operações Mentais - Item 03 A) Essa alternativa constitui um distrator porque o gênero reportagem mescla discursos, entrevistas, discursos de especialistas, que não temos nesse texto. Desse modo, temos, pois, apenas a exposição de como é um lugar turístico. Todavia, o estudante que marcou essa alternativa pode tê-lo feito por entender que essas informações de roteiros turísticos dizem respeito a uma matéria jornalística sobre excursões à reservas indígenas. B) Essa alternativa constitui um distrator porque, apesar de o gênero propaganda fazer uso de recursos linguísticos que pretendem sensibilizar o leitor, no texto em questão esses recursos não tem o fim específico de divulgar um produto à venda. O estudante que marcou essa alternativa pode ter justamente se apoiado nesse tom de convite que o texto apresenta. Como nos trechos: “tomar banho de rio e comer alimentos típicos da região, como o peixe assado na folha de patioba” . Esse trecho mostra uma linguagem bem convidativa, entretanto, apenas esses não definem uma propaganda, cuja função da linguagem predominante é focada no interlocutor. De modo que as estratégias discursivas visam chamar atenção para o interlocutor fazer algo. No texto em questão, o foco do texto é descrever, expor as atividades exploradas no passeio à Reserva Pataxó da Jaqueira, BA. C) GABARITO D) Essa alternativa constitui um distrator, porque esse gênero apresenta como objetivo principal uma finalidade pedagógica. Todavia, o estudante que marcou essa alternativa pode tê-lo feito por esse texto está repleto de informações geográficas que no caso justificam-se para mostrar a localização das reservas indígenas em destaque. O início do texto já pode trazer essa ideia: “A 12 km do centro de Porto Seguro, na Bahia” e “Na cidade de São Sebastião, a cerca de 200 km da capital paulista, a reserva indígena fica junto à praia de Boracéia, onde vivem cerca de 550 índios da etnia Guarani Mbya”. Comentário - Item 03 Caro(a) professor(a), Reconhecer o propósito comunicativo dos textos é importante para a leitura e entendimento de qualquer texto. Através disso, o aluno poderá identificar os gêneros, fazer inferências mais facilmente além de aprimorar várias outras habilidades para melhor compreender e ler os textos que lhes são apresentados no cotidiano. A partir dessa questão, você, professor(a), pode pensar em muitos outros textos e pedir que o aluno identifique os propósitos comunicativos. Pode trabalhar com textos do cotidiano do aluno. Vale ressaltar que se pode também dar um propósito comunicativo e pedir para o aluno produzir um texto para aquele determinado propósito em determinado gênero e sequência. Dessa forma, você iria além dessa habilidade e, através da produção, o aluno notaria as nuances que estão presentes nesta habilidade. Além disso, veja as propostas de atividades sugeridas nas eletivas das EEMTI da rede estadual de ensino para o estudo com os gêneros textuais. Essas sugestões são voltadas para os gêneros digitais, estando, dessa forma, alinhadas com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Disponível em: https://www.ced.seduc.ce.gov.br/apoio-aos-estudos-domiciliares/eemti/eletivas/generos-textuais/16 https://extra.globo.com/noticias/viagem-e-turismo/no-dia-dos-povos-indigenas-veja-4-roteiros-para-conhecer-reservas-tribos-22964478.html https://extra.globo.com/noticias/viagem-e-turismo/no-dia-dos-povos-indigenas-veja-4-roteiros-para-conhecer-reservas-tribos-22964478.html https://www.ced.seduc.ce.gov.br/apoio-aos-estudos-domiciliares/eemti/eletivas/generos-textuais/ Saber S10 - Identificar o propósito comunicativo em diferentes gêneros Habilidade S10.H04 - Identificar o propósito comunicativo de gêneros simples que materializam textos verbais, predominantemente expositivos/informativos (ex.: verbete de dicionário, verbete de enciclopédia, curiosidades etc.) Nível de dificuldade Fácil Item do Teste 10 Leia o texto a seguir. Disponível em: https://www.dicio.com.br/procrastinar/. Acesso em 03 Mai. 2020. O objetivo principal do texto é A) estabelecer uma comunicação virtual entre pessoas. B) dar um aviso por escrito para alguém. C) apresentar definições e informações de uma palavra. D) registrar uma ação ou uma ocorrência. E) ensinar a utilizar palavras por meio de passo-a-passo. Operações Mentais - Item 10 A) O aluno que marcou essa alternativa atentou, possivelmente, apenas para certos elementos do texto que remeteriam a uma espécie de e-mail, uma vez que o destaque à palavra “procrastinar” e os sublinhados podem remeter a um gênero textual semelhante. B) O aluno que marcou essa alternativa atentou apenas para o tamanho do texto, de pequena extensão, favorecendo, portanto, a uma interpretação de que se assemelha a um bilhete. Isso demonstra que o estudante ainda está distante de compreender o que são gêneros textuais e, sobretudo, seus objetivos. C) GABARITO D) O aluno que marcou essa alternativa leu o texto e pode ter compreendido que se tratava de uma espécie de boletim. Porém é perceptível que o verbete não tem esse perfil de registrar uma informação simplesmente. E) O aluno que marcou essa alternativa leu o texto e atentou para o vocábulo “ensinar”. De fato, de alguma forma, o verbete apresenta esse objetivo de ensinar, mesmo não sendo sua primeira função. No entanto, essa alternativa se torna errada quando se fala que esse ensinamento ocorre por meio de passo-a-passo. A enumeração dos significados do termo “procrastinar” pode ter induzido o estudante a pensar isso.. Comentário - Item 10 17 https://www.dicio.com.br/procrastinar/ Caro(a) professor(a), Para desenvolver nos estudantes a habilidade de identificar o propósito comunicativo em diferentes gêneros, você poderá utilizar estratégias relacionadas à identificação do gênero textual, a partir de um estudo interpretativo deles, envolvendo o trabalho com seu objetivo, tema e assunto, levando ao propósito comunicativo. A percepção desses propósitos, no entanto, só poderá ser efetiva caso os gêneros possam ser trabalhados em situações que sejam as mais reais possíveis para que o estudante possa ver com mais clareza como os textos se comportam em situações reais de uso. Saber S11 - Reconhecer os elementos que compõem uma narrativa e o conflito gerador. Habilidade S11.H08 - Identificar características psicológicas ou estados emocionais de personagens em textos verbais, pertencentes a gêneros simples, predominantemente narrativos (ex.: memória, contos de fada, fábula, piada, lenda etc.). Nível de dificuldade Fácil Item do Teste 17 Leia o texto a seguir. EMERGÊNCIA (Luiz Fernando Veríssimo) É fácil identificar o passageiro de primeira viagem. É o que já entra no avião desconfiado. O cumprimento da aeromoça, na porta do avião, já é um desafio para a sua compreensão. — Bom dia... — Como assim? Ele faz questão de sentar num banco de corredor, perto da porta. Para ser o primeiro a sair no caso de alguma coisa dar errado. Tem dificuldades com o cinto de segurança. Não consegue atá-lo. Confidência para o passageiro ao lado: — Não encontro o buraquinho. Não tem buraquinho? Acaba esquecendo a fivela e dando um nó no cinto. Comenta, com um falso riso descontraído: “Até aqui, tudo bem.” O passageiro ao lado explica que o avião ainda está parado, mas ele não ouve. A aeromoça vem lhe oferecer um jornal, mas ele recusa: — Obrigado, não bebo. Quando o avião começa a correr pela pista antes de levantar voo, ele é aquele com os olhos arregalados e a expressão de “Santa Mãe do Céu!” no rosto. Com o avião no ar, dá uma espiada pela janela e se arrepende. É a última espiada que dará pela janela. Mas o pior está por vir. De repente, ouve uma misteriosa voz descarnada. Olha para todos os lados para descobrir de onde sai a voz. "Senhores passageiros, sua atenção, por favor. A seguir, nosso pessoal de bordo fará uma demonstração de rotina do sistema de segurança deste aparelho. Há saídas de emergência na frente, nos dois lados e atrás." — Emergência?? Que emergência? Quando eu comprei a passagem ninguém falou nada de emergência. Olha, no meu é sem emergência. Uma das aeromoças, de pé ao seu lado, tenta acalmá-lo. — Isto é apenas rotina, cavalheiro. — Odeio a rotina. Aposto que você diz isso para todos. Ai, meu santo. "No caso de despressurização da cabine, máscaras de oxigênio cairão automaticamente de seus compartimentos." — Que história é essa?? Que despressurização? Que cabine? "Puxe a máscara em sua direção. Isso acionará o suprimento de oxigênio. Coloque a máscara sobre o rosto e respire normalmente." 18 Respirar normalmente?! A cabine despressurizada, máscara de oxigênio caindo sobre nossas cabeças - e ela quer que a gente respire normalmente?! "Em caso de pouso forçado na água..." — O que??!! "...os assentos de suas cadeiras são flutuantes e podem ser levados para fora do aparelho e...” — Essa não!! Tudo, menos bancos flutuantes! — Calma, cavalheiro. — Eu desisto! Parem este troço que eu vou descer. Onde é a cordinha? Parem! — Cavalheiro, por favor. Fique calmo. — Eu estou calmo. Calmíssimo. Você é que está nervosa e, não sei por que, está tentando arrancar as minhas mãos do pescoço deste cavalheiro ao meu lado. Que, aliás, também parece consternado e levemente azul. — Calma! Isso. Pronto. Fique tranquilo. Não vai acontecer nada. — Só não quero mais ouvir falar em banco flutuante. — Correto. Ninguém mais vai falar em banco flutuante. Ele se vira para o passageiro ao lado, que tenta desesperadamente recuperar a respiração, e pede desculpas. Perdeu a cabeça. — É que banco flutuante foi demais. Imagine só. Todo mundo flutuando sentado. Fazendo sala no meio do Oceano Atlântico! A aeromoça diz que lhe vai trazer um calmante e aí mesmo é que ele dá um pulo: — Calmante, por que?? O que é que está acontecendo? Vocês estão me escondendo alguma coisa! Finalmente, a muito custo, conseguem acalmá-lo. Ele fica rígido na cadeira. Recusa tudo que lhe é oferecido. Não quer o almoço. Pergunta se pode receber a sua comida em dinheiro. Deixa cair a cabeça para trás e tenta dormir. Mas, a cada sacudida do avião, abre os olhos e fica cuidando a portinha do compartimento sobre sua cabeça, de onde, a qualquer momento, pode pular uma máscara de oxigênio e matá-lo do coração. De repente, outra voz. Desta vez é a do comandante. — Senhores passageiros, aqui fala o comandante Araújo. Neste momento, à nossa direita, podemos ver a cidade de... Ele pula outra vez da cadeira e grita para a cabina do piloto: — OLHA PRA FRENTE, ARAÚJO!!! OLHA PRA FRENTE!!! Disponível em: https://pt-br.facebook.com/logomarka/posts/1053289471400927/. Acesso em: 18/09/2022. O passageiro de primeira viagem parece ser A) atencioso. B) exigente. C) intruso. D) ansioso. E) preguiçoso. Operações Mentais - Item 17 A) Essa alternativa é um distrator, porque o rapaz parece estar dando atenção a tudo por motivo de ansiedade e não por ser uma pessoa atenciosa. B) Essa alternativa é um distrator, o estudante pode ter inferido essa informação com base no trecho “OLHA PRA FRENTE, ARAÚJO!!! OLHA PRA FRENTE!!!”, porém esse trecho demonstra que ele está desesperado com medo do avião cair e não sendoexigente com o trabalho alheio. C) Essa alternativa é um distrator, o estudante pode ter compreendido que se tratava de uma intromissão do passageiro quando ele começa a questionar tudo ao seu redor. Porém, é possível perceber que ele tem essa reação devido ao seu medo do avião. D) GABARITO E) Essa alternativa é um distrator. Ao marcar essa alternativa o estudante parece ter reduzido as informações gerais do texto ao trecho “Deixa cair a cabeça para trás e tenta dormir”, mas fica claro que, logo em seguida, ele não consegue relaxar. Ou seja, o não demonstra ser preguiçoso. Comentário - Item 17 Caro(a) professor(a), 19 https://pt-br.facebook.com/logomarka/posts/1053289471400927/ O item aborda a habilidade de identificar características psicológicas ou estados emocionais de personagens. Para tanto, o texto sinaliza para uma série de características do viajante de primeira viagem. É, portanto, objetivo do aluno concatenar essas características explícitas e implícitas do texto para chegar a um perfil do personagem. O texto é considerado simples, pois ele tem frases sem muitas inversões e com ordens, em grande parte, canônicas. Além disso, o vocabulário não apresenta muitas palavras longe do contexto dos estudantes e não são necessárias muitas inferências para compreender as ideias centrais do texto. Saber S12 - Identificar semelhanças e/ou diferenças de ideias e opiniões na comparação entre textos. Habilidade S12.H05 - Reconhecer ideias e opiniões semelhantes na comparação entre textos verbais, pertencentes a gêneros iguais, simples e predominantemente expositivos, instrucionais ou argumentativos (ex.: verbete de dicionário, curiosidade, nota explicativa, receita médica, receita culinária, regra de jogo, horóscopo, carta de reclamação, carta do leitor, comentário ou postagem opinativo/a em redes sociais etc.). Nível de dificuldade Fácil Item do Teste 08 Leia os textos a seguir. Texto I Assim como Guga no tênis, espero que atletas como Gabriel Medina e Arthur Zanetti, um dos grandes ginastas brasileiros, recebam de nosso país pelo menos 1% da atenção que recebe um jogador de futebol. E que, assim, sirvam de inspiração para que outras crianças deem continuidade ao esporte. Parabéns, Gabriel Medina! Moisés Moricochi Morato, servidor público (Pacaraima, RR) Texto II No caleidoscópio da realidade brasileira, um acontecimento auspicioso aflora. Trata-se da vitória do jovem Gabriel Medina no Campeonato Mundial de Surfe. Que sua disciplina e obstinação sirvam de estímulo para que outros jovens tenham êxitos em suas atividades, que possamos caminhar para a grande nação que tanto almejamos e temos condições de ser. Viva a juventude brasileira. José de Anchieta Nobre de Almeida (Rio de Janeiro, RJ) Em relação à vitória do surfista Gabriel Medina, esses dois textos A) apresentam observações irônicas. B) expõem comentários semelhantes. C) mostram opiniões contrárias. D) usam argumentos inconsistentes. Operações Mentais - Item 08 A) Para que o estudante tenha optado por esta alternativa, é possível que em “recebam de nosso país pelo menos 1% da atenção que recebe um jogador de futebol” seja extraído uma percepção irônica ao fato de haver profundas distinções entre categorias de atletas no Brasil. Por esse motivo, o estudante, ao não articular com as ideias do texto II comete esse equívoco. B) GABARITO 20 C) Ao marcar esta alternativa, percebemos o distanciamento do estudante em alcançar a habilidade de identificar semelhanças e/ou diferenças de ideias e opiniões na comparação entre textos, haja vista que os textos estão, na verdade, tecendo comentários similares. D) Assim como na alternativa C, ao marcar esta alternativa, percebemos o distanciamento do estudante em alcançar a habilidade de identificar semelhanças e/ou diferenças de ideias e opiniões na comparação entre textos, haja vista que o comando do item pede para avaliar os dois recortes de texto e não a consistência dos argumentos. Comentário - Item 08 Caro(a) professor(a) Com esse item você tem a oportunidade de trabalhar a habilidade do seu aluno de reconhecer opiniões semelhantes. Nossa dica é para você levar revistas diferentes que façam referência a uma mesma época. Ao chegar em sala de aula ou multimeios, você pode deixar os seus alunos escolherem e acharem o par da revista escolhida. Isso pode ser feito através da capa ou de uma rápida lida. A partir de então, eles devem procurar notícias que falem do mesmo tema. Em seguida, esses alunos devem identificar opiniões/ideias semelhantes/diferentes nos seus textos escolhidos. Saber S12 - Identificar semelhanças e/ou diferenças de ideias e opiniões na comparação entre textos. Habilidade S12.H05 - Reconhecer ideias e opiniões semelhantes na comparação entre textos verbais, pertencentes a gêneros iguais, simples e predominantemente expositivos, instrucionais ou argumentativos (ex.: verbete de dicionário, curiosidade, nota explicativa, receita médica, receita culinária, regra de jogo, horóscopo, carta de reclamação, carta do leitor, comentário ou postagem opinativo/a em redes sociais etc.). Nível de dificuldade Difícil Item do Teste 15 Leia os textos a seguir. Texto I Tecnologia Para começar, ele nos olha na cara. Não é como a máquina de escrever, que a gente olha de cima, com superioridade. Com ele é olho no olho ou tela no olho. Ele nos desafia. Parece estar dizendo: vamos lá, seu desprezível pré-eletrônico, mostre o que você sabe fazer. A máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo que seja a tapa. Com o computador é diferente. Você faz tudo que ele manda. Ou precisa fazer tudo ao modo dele, senão ele não aceita. Simplesmente ignora você. Mas se apenas ignorasse ainda seria suportável. Ele responde. Repreende. Corrige. Uma tela vazia, muda, nenhuma reação aos nossos comandos digitais, tudo bem. Quer dizer, você se sente como aquele cara que cantou a secretária eletrônica. É um vexame privado. Mas quando você o manda fazer alguma coisa, mas manda errado, ele diz “Errado”. Não diz “Burro”, mas está implícito. É pior, muito pior. Às vezes, quando a gente erra, ele faz “bip”. Assim, para todo mundo ouvir. Comecei a usar o computador na redação do jornal e volta e meia errava. E lá vinha ele: “Bip!” “Olha aqui, pessoal: ele errou.” “O burro errou!” Outra coisa: ele é mais inteligente que você. Sabe muito mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer que sabe. Esse negócio de que qualquer máquina só é tão inteligente quanto quem a usa não vale com ele. Está subentendido, nas suas relações com o computador, que você jamais aproveitará metade das coisas que ele tem para oferecer. Que ele só desenvolverá todo o seu potencial quando outro igual a ele o estiver programando. A máquina de escrever podia ter recursos que você nunca usaria, mas não tinha a mesma empáfia, o mesmo ar de quem só aguentava os humanos por falta de coisa melhor, no momento. E a máquina, mesmo nos seus instantes de maior impaciência conosco, jamais faria “bip” em público. Dito isto, é preciso dizer também que quem provou pela primeira vez suas letrinhas dificilmente voltará à máquina de escrever sem a sensação de que está desembarcando de uma Mercedes e voltando à carroça. Está certo, jamais teremos com ele a mesma confortável cumplicidade que tínhamos com a velha máquina. É outro tipo de relacionamento, mais formal e exigente. Mas é fascinante. Agora compreendo o entusiasmo de gente como Millôr 21 Fernandes e Fernando Sabino, que dividem a sua vida profissional em antes dele e depois dele. Sinto falta do papel e da fiel Bic, sempre pronta a inserir entre uma linha e outra a palavra que faltou na hora, e que nele foi substituída por um botão, que, além de mais rápido, jamais nos sujará os dedos, mas acho que estou sucumbindo. Sei que nunca seremos íntimos, mesmo porque ele não ia querer se rebaixar a ser meu amigo, mas retiro tudo o que pensei sobre ele. Claro que você pode concluir que eu só estou querendo agradá-lo, precavidamente, mas juro que é sincero. Quando saí da redação do jornal depoisde usar o computador pela primeira vez, cheguei em casa e bati na minha máquina. Sabendo que ela aguentaria sem reclamar, como sempre, a pobrezinha. Luís Fernando Veríssimo. VERISSIMO, Luis Fernando. Pai não entende nada. Porto Alegre: L&PM, 1990. p. 58-60. © by Luis Fernando Verissimo. Texto II Ditando e andando POR CARLOS CASTELO É a primeira vez que estou usando uma ferramenta de ditado no meu computador. Eu falo daqui do sofá, ele escreve lá na tela. Pena que vocês não podem ver a situação – que, pelo menos para mim, é bastante inusitada. Dizem nerds e geeks que a ferramenta pode escrever cinco vezes mais rápido do que o seu autor digitando. Confesso estar mesmo encantado ao perceber a minha voz interagindo com a máquina e escrevendo tudo, ou quase tudo, que ordeno. Fico imaginando esse recurso no século XIX. Devido à facilidade de redação é bem provável que os livros de Victor Hugo tivessem, em vez de 800 páginas, bem mais de 1600. E o que dizer da Bíblia então? Traria, no mínimo, uns quatro testamentos: pré-histórico, antigo, novo e premium – com versões apócrifas do Apocalipse. O lado ruim do ditado voz-texto é que só é possível pontuar um discurso na língua inglesa. Para variar, só o Primeiro Mundo tem direito a vírgulas, travessões, dois pontos e parênteses. Os que ficam abaixo do Equador que se contentem usando os dedos. Outra coisa desagradável, para quem é da velha geração, é a falta de ruídos metálicos vindo do teclado. Explico: quem já trabalhou numa redação, à época das Remington, sabe que o barulho era algo intrinsecamente ligado à qualidade final dos textos produzidos. Havia todo um conluio no momento da criação vinda do encontro dos dedos nas teclas. E hoje, em 2017, com um aplicativo escrevendo por você, ganhasse em praticidade, mas perde-se em dramaticidade. Agora, com licença, prezado leitor, vou fazer um teste rápido no software. Quero ver o que ele escreve quando eu solfejo: “Dadadadadadadadá! Dum dê dum dê! Opaleiê, opalaiá! SSSquindum, SSSSquindum, daiê, daiê!” Olha só, ele pegou direitinho a levada da minha voz e ainda enfatizou os “ssss” do “ssssquindum”. É mesmo de ficar de queixo caído, tamanha capacidade de interpretar e expressar o pensamento da gente. Agora eu…vou dizer que… humm, parece que deu algum bug na coisa aqui. Ele… não está querendo me… não, espera um minuto, no seu manual diz que eu falo e você transcreve pra tela. Não é o contrário. O quê é isso? Como? Você…olha, se continuar desse jeito eu aperto o shut down e acabou a palhaçada. Vou dizer a frase, você joga no Word. Entendeu? Para, para. Eu estou mandando e se…é isso mesmo? Então eu sou obrigado a… aaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!! Disponível em: https://emais.estadao.com.br/blogs/cronica-por-quilo/ditando-e-andando/. Acesso em: 23/08/2022. Os textos possuem ideias em comum por A) compararem os softwares mais usados no mercado. B) abordarem um tema sobre tecnologia. C) compararem aplicativos de escrita de textos. D) mostrarem o conhecimento de usuários experientes no computador. E) destacarem como os livros de Victor Hugo foram importantes. Operações Mentais - Item 15 A) Essa alternativa é um distrator porque apenas o primeiro texto faz essa comparação. No segundo texto, temos uma ligeira comparação com o som da digitação de um texto relacionado à qualidade de um trabalho, 22 https://emais.estadao.com.br/blogs/cronica-por-quilo/ditando-e-andando/ entretanto, não fica explícito se esse som é dado por um computador ou por uma máquina de escrever, por isso, não podemos indicar essa alternativa como a correta. B) GABARITO C) Essa alternativa é um distrator, porque apenas o texto II fala de um aplicativo em que você fala e o computador digita automaticamente por você. Essa ideia não está presente no primeiro texto. D) Essa alternativa é um distrator, porque nenhum dos textos transparece que os personagens são usuários experientes do computador. Pelo contrário, mostram as dificuldades e estranhezas de se lidar com a máquina. E) Essa alternativa é um distrator porque no primeiro texto fica claro que o autor sente-se mandado pelo computador e no segundo texto o computador está recebendo ordens do escritor que de certa forma fica encantado. Comentário - Item 15 Caro(a) professor(a) Este item tem como objetivo avaliar se o aluno reconhece ideias e opiniões semelhantes na comparação entre textos verbais, pertencentes a gêneros iguais, simples e predominantemente expositivos. Temos aqui dois textos cujos autores mostram sua relação com o computador. No texto I, a relação é mais complexa. O autor demonstra a dificuldade de se sentir à vontade com o computador enquanto que no texto II é destacado um aplicativo que o autor consegue ditar e o computador digita o que ele fala. Há algumas estratégias para trabalhar com esse saber. Primeiramente, você pode separar diferentes pares de textos que tenham alguma correlação e dividir os alunos em grupo. Em seguida, você pode entregar um texto para cada grupo e pedir para que eles leiam e identifiquem o tema daquele texto. A partir desse exercício, peça para que eles apontem a partir do texto o porquê de identificarem aquele tema. Depois faça um debate para que cada grupo fale o que observou. Após esse momento, pergunte aos seus alunos se eles identificam que outros colegas de outros grupos tenham o mesmo tema que eles. Juntem esses pares e peçam para que preencham uma tabela das ideias que temos em comum ou diferentes entre tais textos. Saber S13 - Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos de um mesmo tema. Habilidade S13.H04 - Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação qualquer, na comparação de textos verbais de um mesmo tema, pertencentes a gêneros diferentes, simples e predominantemente narrativos, descritivos ou da ordem do relatar (ex.: fábula, lenda, classificados, nota ou cupom fiscal, apresentação de seres/lugares/objetos, notícia, diário íntimo, biografia etc.). Nível de dificuldade Fácil Item do Teste 21 Leia o texto a seguir. Texto I “A maior conquista que eu quero é a Mãe Terra”, afirma Cacique Pequena No Dia Internacional dos Povos Indígenas, Brasil de Fato conversou com a Cacique Pequena sobre música, luta e conquista Francisco Barbosa Brasil de Fato | Fortaleza (CE) | 09 de Agosto de 2021 às 18:07 No Dia Internacional dos Povos Indígenas, celebrado hoje (9), Cacique Pequena conversou com o Brasil de Fato 23 sobre sua história, lutas e conquistas indígenas. Você é uma das primeiras caciques mulheres do país. O que isso representa para a luta indígena e, principalmente, para as mulheres indígenas? Em 1995, eu tive a graça de receber a missão de empoderamento de ser uma cacique mulher, a partir de então comecei a viajar. Ainda em 1995, eu fui para Brasília, lá fui discriminada por indígenas do norte e do sul porque não podia uma mulher entrar em um trabalho de um homem. Eu disse “Eu também não tenho culpa se o povo me fez cacique para cuidar do meu povo”. Em 1997, nosso povo e nossa terra foram reconhecidos. Em 1999, recebi a notícia de que nossa terra tinha sido delimitada pelo governo, aí quando foi em 2000 começou a entrar benefícios. Entrou primeiro uma casa de farinha, ainda em 1999, pela Cáritas, aí começaram a entrar os outros benefícios, as conquistas: energia, água, educação, saúde, quando foi em 2005, foi feito o posto de saúde. Começou a entrar nas conquistas, sempre lutando pela Mãe Terra. A maior conquista que eu quero é a Mãe Terra. Ainda faltam alguns processos. Nossa terra foi reconhecida oficialmente, essa terra aqui, o Recanto do Morro do Urubu, no Lagoa Encantada, Aquiraz , no Ceará e em 2011, ela foi demarcada. Eu ser considerada uma das primeiras caciques mulheres do Brasil é um fortalecimento para as mulheres indígenas de hoje. É muito importante elas não abandonarem a luta, ser uma pessoa forte. Nós por si só somos fortes. Disponível em: https://www.brasildefatoce.com.br/2021/08/09/a-maior-conquista-que-eu-quero-e-a-mae-terra-afirma-cacique-pequena.Acesso em: 22/07/2022. (ADAPTADO). Texto II Cacique Pequena, líder indígena no Ceará, é homenageada em campanha mundial do Google Ao lado de nomes como o da cientista Marie-Curie, primeira mulher a ganhar um Nobel, e da empreendedora pioneira Madam C.J. Walker, a líder indígena cearense ilustra a campanha "First of Many — Women’s History Month 2021", em alusão ao Dia Internacional da Mulher Protagonismo e liderança são palavras que definem a trajetória da primeira mulher cacique de um grupo indígena no Brasil. Maria de Lourdes da Conceição Alves, conhecida por Cacique Pequena, é a liderança indígena central na etnia dos Jenipapo-Kanindé, que ocupa parte da região do município de Aquiraz, no litoral cearense. Ao lado de nomes como o da cientista Marie-Curie, primeira mulher a ganhar um Nobel, e da empreendedora pioneira Madam C.J. Walker, a líder indígena cearense ilustra a campanha "First of Many — Women 's History Month 2021", promovida mundialmente pelo Google, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. A Campanha celebra marcos de mulheres do passado e do presente, desde a primeira mulher a quebrar a barreira do som até todas aquelas que continuam quebrando o teto de vidro. Uma das principais lutas vencidas pela cacique Pequena foi tornar as 129 famílias do povo Jenipapo-Kanindé reconhecidas pela Funai como indígenas. Disponível em: https://www.opovo.com.br/noticias/ceara/2021/03/05/cacique-pequena--lider-indigena-no-ceara--e-homenageada-em-campanha- mundial-do-google.html. Acesso em: 28 de abr. de 2022. O Texto I e o Texto II são diferentes, porque o Texto I A) faz uma homenagem à Cacique Pequena enquanto que o texto II apresenta um relato pessoal dela. B) apresenta uma linguagem objetiva enquanto o texto II aparece uma linguagem subjetiva. C) apresenta a história da Cacique Pequena a partir da fala de outra pessoa enquanto o texto II é narrado pela Cacique Pequena. D) é relatado pela própria Cacique Pequena enquanto o texto II é contado a partir de uma fala de outra pessoa. E) apresenta a perspectiva de um jornalista sobre a Cacique Pequena enquanto o texto II apresenta narrativas de seu povo. Operações Mentais - Item 21 24 https://www.brasildefatoce.com.br/2021/08/09/a-maior-conquista-que-eu-quero-e-a-mae-terra-afirma-cacique-pequena https://www.opovo.com.br/noticias/ceara/2021/03/05/cacique-pequena--lider-indigena-no-ceara--e-homenageada-em-campanha-mundial-do-google.html https://www.opovo.com.br/noticias/ceara/2021/03/05/cacique-pequena--lider-indigena-no-ceara--e-homenageada-em-campanha-mundial-do-google.html A) O aluno que marcou essa alternativa não entendeu que, na verdade, a fala da Cacique Pequena está no primeiro texto e que a notícia sobre a reportagem da Cacique Pequena ter sido homenageada em uma campanha mundial está no texto II. B) O aluno que marcou essa alternativa não entendeu que o texto I é mais subjetivo porque a própria Cacique Pequena conta sua história enquanto que o texto II trata da Cacique Pequena de maneira mais objetiva. C) O aluno que marcou essa alternativa não conseguiu identificar a diferença do tratamento da informação nos dois textos, dado que o primeiro é uma entrevista e predominantemente a voz é dada à Cacique Pequena enquanto que no segundo texto estamos lidando com uma notícia sobre a Cacique Pequena. Dessa forma, a fala no texto II não é da Cacique Pequena. D) GABARITO E) O aluno que marcou essa alternativa observou que há uma pequena chamada do Brasil de Fato para a jornalista, entretanto, o que realmente predomina é a fala da Cacique Pequena, em primeira pessoa. No segundo texto, há um destaque para a conquista da Cacique Pequena para seu povo “Uma das principais lutas vencidas pela cacique Pequena foi tornar as 129 famílias do povo Jenipapo-Kanindé reconhecidas pela Funai como indígenas.”. Entretanto, espera-se que o aluno compreenda que quem está falando nesse segundo texto é um jornalista do Jornal O Povo. Comentário - Item 21 Caro(a) professor(a), Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação qualquer, na comparação de textos verbais é uma habilidade que exige que o aluno perceba como é que se pode falar de um assunto por maneiras diferentes, gêneros diferentes, usando maneiras e linguagens diferentes. Sendo mais objetivo ou mais subjetivo, em 1ª ou 3ª pessoa, dando uma ideia de proximidade ou distanciamento com o leitor. Dessa forma, o suporte um desse item destaca uma das grandes lideranças indígenas femininas e pede através de uma entrevista em que predomina a fala dela e o segundo mostra o reconhecimento dessa liderança diante do mundo. Espera-se que o aluno perceba a diferença de uso da linguagem entre os dois textos, perceba que no texto 1 quem fala é a própria Cacique Pequena. E, no texto II, quem fala é o jornalista do Povo usando outro tipo de linguagem. Você, professor, pode através deste exemplo, fazer um quadro com seus alunos e ir apontando as diferenças entre os dois textos. Texto I Texto II Gênero Entrevista Notícia Pessoa do discurso Uso predominante da 1ª pessoa do singular Uso da 3ª Pessoa Singular. Efeito de sentido Subjetividade Objetividade E você pode continuar esse quadro com as diferenças até que seu aluno possa perceber as diferenças. Outra coisa que você pode criar, professor, é um quadro identificando as semelhanças entre esses textos. Essas atividades farão seus alunos desenvolverem de maneira mais eficiente essa habilidade. Saber S14 - Reconhecer as relações entre as partes de um texto, identificando os recursos coesivos que contribuem para a sua continuidade. Habilidade S14.H05 - Reconhecer relações entre partes de um texto estabelecidas pelo uso de advérbios, preposições ou respectivas locuções em textos verbais ou multissemióticos, pertencentes a gêneros simples e/ou de grande circulação social, de qualquer sequência discursiva predominante. Nível de dificuldade Fácil 25 Item do Teste 26 Leia o texto a seguir. Disponível em: https://www.instagram.com/p/CazF7imOGjE/?utm_medium=share_sheet&epik=dj0yJnU9LW1fQk5GRG5ReTZ4cWVHdzM0TVBz bzgxZUFta2RYekUmcD0wJm49dkpyczlzVkkxcTc1NFNJbnJsQU5FdyZ0PUFBQUFBR01HTkd3. Acesso em: 24/08/2022. No trecho “ O que a boca não diz, a cara revela”, a palavra destacada no texto tem o sentido de A) negação. B) tempo. C) modo. D) intensidade. E) afirmação. Operações Mentais - Item 26 A) GABARITO B) O aluno que marcou essa alternativa tem muita dificuldade de reconhecer o sentido de advérbios simples como o “não”, dado que de forma alguma o contexto autoriza esse sentido. C) O aluno que marcou essa alternativa pode ter pensado que o “não” destacado na frase seria apenas um modo de dizer do narrador do texto. Entretanto, “não” está nesta frase com o sentido de negação. D) O aluno que marcou essa alternativa pode ter pensando que o não expressaria para o narrador do texto intensidade, como um destaque: “o que a boca NÃO diz”. E) O aluno que marcou essa alternativa pode ter pensado no contexto da frase:'' O que a boca não diz, a cara revela”. A segunda parte “a cara não revela'' é uma afirmação, entretanto, o comando da questão pede apenas o sentido da palavra “não” presente na primeira oração. Comentário - Item 26 Caro(a) professor(a), Este item tem como objetivo estudar as relações entre partes de um texto estabelecidas pelo uso de advérbios, preposições ou respectivas locuções em textos verbais ou multissemióticos, pertencentes a gêneros simples e/ou de grande circulação social. Temos um meme que circula bastante na internet e pedimos para que o aluno identifique o sentido do advérbio “não” que expressa negação. Para auxiliar o seu trabalho em sala de aula, sugerimos a leitura de um trabalho realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais sobre o ensino dos advérbios. https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36270/1/TCC%20REPOSITORIO1.pdf 26 https://www.instagram.com/p/CazF7imOGjE/?utm_medium=share_sheet&epik=dj0yJnU9LW1fQk5GRG5ReTZ4cWVHdzM0TVBzbzgxZUFta2RYekUmcD0wJm49dkpyczlzVkkxcTc1NFNJbnJsQU5FdyZ0PUFBQUFBR01HTkd3
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