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01 Biomembranas

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Milena Silva Araujo 
MEDUFES 105 
 
Biologia 
Celular 
B I O M E M B R A N A S 
 Membrana: estrutura dinâmica, trilaminar e 
assimétrica, de constituição lipoproteica 
• Funções: 
 Interface de separação/delimitação 
 Manutenção da integridade e das 
diferenças dos meios intra e extracelular 
 Permeabilidade e transporte de 
substâncias 
 Interações célula-célula 
 Reconhecimento 
 Transdução de sinais físico-químicos 
extracelulares em eventos intracelulares 
• Modelo do mosaico fluido: bicamada lipídica, 
dividida em uma porção hidrofóbica média e 
duas extremidades hidrofílicas (uma voltada 
para o meio extracelular e outra para o 
citoplasmático, ambos aquosos) 
 Lipídios da membrana: são anfipáticos e 
podem ser fosfolipídios, glicolipídios ou 
esteroides 
 Proteínas da membrana: estão 
mergulhadas na matriz lipídica, regulam a 
atividade metabólica (funções) da 
membrana e se deslocam facilmente 
(menos se fixadas pelo citoesqueleto) 
o Proteínas integrais/intrínsecas: estão 
firmemente associadas aos lipídios, 
sendo mais dificilmente extraídas. 
Constituem a maioria das proteínas da 
membrana plasmática e nelas se 
incluem enzimas, glicoproteínas, 
proteínas transportadoras e 
receptores. 
1. Proteínas transmembrana: 
atravessam inteiramente a 
membrana, fazendo saliência em 
ambas a superfícies. 
2. Proteínas transmembrana de 
passagem múltipla: são longas, 
dobradas e atravessam várias 
vezes a espessura membranosa. 
o Proteínas periféricas/extrínsecas: mais 
facilmente isoladas da membrana, se 
prendem às superfícies interna ou 
externa desta 
• Criofratura: congelamento rápido, seguido de 
fratura na região entre as duas camadas 
lipídicas, permitindo a visualização das 
proteínas integrais, os locais onde se prendem 
e se encaixam. 
• Unidade de membrana: estrutura trilaminar que 
se repete em todas as membranas da célula, 
mas que pode apresentar diferenças 
morfofuncionais e/ou na composição química. 
Uma mesma membrana pode apresentar áreas 
diferenciadas, como no caso dos microvilos 
das células do epitélio intestinal. 
• Glicocálix: face externa/extensão da 
membrana, é uma camada de açúcares 
oriundos da porção glicídica de glicolipídios e 
glicoproteínas e/ou por glicoproteínas e 
proteoglicanas secretadas e adsorvidas pela 
superfície celular. A composição do glicocálix 
varia de um tipo celular para o outro e de 
acordo com a função de cada célula, podendo 
inclusive sofrer alterações em diferentes 
regiões de uma mesma membrana. 
• As membranas possibilitam que as células de 
um mesmo tecido se reconhecem mutuamente 
e promovem a inibição por contato (a atividade 
mitótica cessa em caso de encontros que 
indiquem a falta de espaço) 
• As proteínas de membrana são imunogênicas: 
em humanos, um grupo de glicoproteínas de 
membrana forma o MHC (complexo principal 
de histocompatibilidade), que difere de pessoa 
para pessoa pois as glicoproteínas de cada 
indivíduo têm sequências de aminoácidos 
distintas 
• Transporte: em geral, os compostos 
hidrofóbicos atravessam facilmente a 
membrana, enquanto os hidrofílicos têm mais 
dificuldade dependendo do tamanho e de suas 
características químicas. Os transportes 
podem ocorrer sem gasto de energia (difusão 
passiva e facilitada) ou com gasto de energia 
(transporte ativo primário e secundário) 
 Permeabilidade à água: a membrana é 
muito permeável à água e a certas 
substâncias hidrófilas graças a proteínas 
transmembrana que formam poros 
funcionais (caminhos hidrofílicos) 
 Difusão passiva: é impulsionada pelo 
gradiente de concentração. A “força 
propulsora” advém da energia cinética 
(agitação térmica da massa de moléculas 
do soluto) 
 Difusão facilitada: ocorre com o auxílio de 
proteínas transportadoras (permeases) e 
possui velocidade maior que a difusão 
passiva. A velocidade não é proporcional à 
concentração (exceto em concentrações 
muito baixas) e, após atingido o ponto de 
saturação, a velocidade não aumenta mais 
Milena Silva Araujo 
MEDUFES 105 
 
 Transporte ativo primário: por efetuar-se 
contra o gradiente eletroquímico, há 
consumo de ATP. 
 Transporte ativo impulsionado por 
gradientes iônicos/ativo secundário: usa-se 
a energia potencial de gradientes de íons 
para transportar uma outra molécula de 
interesse 
o Cotransporte: a passagem do íon e da 
outra molécula é concomitante. Pode 
acontecer por meio de proteínas 
simporte (quando íons e moléculas se 
movimentam na mesma direção) ou 
antiporte (os íons e moléculas movem-
se em direção oposta) 
• Junções comunicantes/em hiato/gap/nexos: 
tubos proteicos que formam poros/canais 
hidrofílicos intercelulares para a passagem de 
pequenas substâncias, ampliando a resposta 
de grupos celulares a estímulos. São formadas 
pela aposição de dois grupos menores, os 
conéxons, presentes um em cada célula

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