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Milena Silva Araujo MEDUFES 105 Embriologia M E M B R A N A S E A N E X O S F E T A I S Âmnio • O âmnio forma um saco amniótico membranoso preenchido por líquido amniótico • Aumenta de tamanho e oblitera a cavidade coriônica, formando a cobertura epitelial do cordão umbilical • Líquido amniótico O líquido inicialmente é produzido pelas células do âmnio, depois passa do tecido materno por difusão através da membrana amniocoriônica Antes da queratinização, água e solutos passam do líquido tissular do feto para a cavidade amniótica pela pele Isso faz com que o líquido amniótico seja parecido com o tissular O líquido também é secretado pelos tratos respiratório e gastrintestinais para a cavidade amniótica, além da excreção da urina • Circulação do líquido amniótico Grandes quantidades de água passam da membrana amniocoriônica para o líquido tecidual materno Também há troca de líquidos com o sangue fetal pelo cordão umbilical O líquido amniótico é deglutido pelo feto e absorvido pelos tratos respiratório e digestório, depois passa para a corrente sanguínea fetal Os resíduos do líquido amniótico atravessam a membrana placentária e vão para o sangue materno Excesso de água no sangue fetal excretado pelos rins fetais • Composição do líquido amniótico Solução aquosa com material não dissolvido suspenso Contém compostos orgânicos e sais inorgânicos Amniocentese: estudo de substâncias excretadas pelo feto e de células. Permite o estudo de anormalidades cromossômicas • Funções do líquido amniótico Movimentação (desenvolvimento muscular) etc no slide Distúrbios relacionados ao líquido amniótico Volume normal: 500 a 1000ml Hidrâmnio: mais de 2000ml. Pode indicar gravidez múltipla ou anencefalia Oligoidrâmnio: menos de 500ml. Pode indicar agenesia renal (ausência de contribuição da urina fetal) ou ruptura prematura da membrana amniótica. Provoca compressão fetal na parede uterina e pouco desenvolvimento do trato respiratório Vesícula umbilical • Bem aparente no período embrionário, depois é reduzida e se liga ao intestino médio pelo ducto onfaloentérico • Identificável no início da gestação, auxilia na mensuração do embrião • Cumpre papel de transferência de nutrientes (ácido fólico, vitaminas A, B e) durante a segunda e terceira semana (circulação uteroplacentária sendo estabelecida) • Desenvolvimento das células sanguíneas (mesoderma extraembrionário que cobre a vesícula) • Endoderma incorporado ao embrião como intestino primitivo • Células germinativas primordiais: endoderma de revestimento • A vesícula é um órgão vestigial, que geralmente se atrofia com o avanço da gestação • O ducto onfaloentérico geralmente se separa do intestino, mas, em alguns casos, parte dele persiste como o divertículo ileal Alantoide • Órgão vestigial, no segundo mês parte dele se degenera • Armazena excretas • Suas paredes originam células e vasos sanguíneos (que persistem como a veia e as artérias umbilicais) • Parte dele persiste e forma o úraco, que futuramente forma o ligamento umbilical mediano Placenta • Parte fetal: se desenvolve do saco coriônico (córion frondoso/viloso) • Parte materna: derivada do endométrio gravídico, a decídua (decídua basal) • Decídua Decídua basal: profunda ao concepto, forma a parte materna da placenta Decídua capsular: recobre o concepto Decídua parietal: demais partes Reação decidual: resultante da implantação do blastocisto • Desenvolvimento da placenta Até a terceira semana: proliferação do trofoblasto, desenvolvimento do saco Milena Silva Araujo MEDUFES 105 coriônico e das vilosidades (aumentam com a evolução do feto, superfície relacionada a transporte e receptores) Quarta semana: rede vascular mãe-feto completa As vilosidades coriônicas recobrem o saco coriônico inteiro até o fim da oitava semana Com o crescimento do saco coriônico, as vilosidades associadas à decídua capsular são comprimidas e degeneradas Córion liso: região sem vilosidades/avascular Córion viloso: área espessa do saco coriônico, com muitas vilosidades e ramificações Capa citotrofoblástica: ancoragem do saco coriônico à decídua basal Artérias e veias endometriais passam por fendas na capa e entram no espaço interviloso Septos placentários: projeções da decídua basal no espaço interviloso. Dividem a parte fetal em cotilédones (duas os mais vilosidades-tronco e ramificações) Conforme o feto cresce, a decídua capsular entra em contato com a parietal e depois é degenerada O espaço interviloso é derivado das lacunas do sinciciotrofoblasto e é dividido em compartimentos pelos septos O saco amniótico cresce mais rápido com o coriônico, levando à fusão do âmnio ao córion liso (membrana amniocoriônica) A membrana amniocoriônica fusiona-se à decídua capsular, depois se adere à parietal É a membrana amniocoriônica que se rompe durante o trabalho de parto Placa coriônica: parte da parede coriônica relacionada à placenta (vasos enrolados) Membrana placentária: tecidos que separam o sangue materno do fetal. Constituída por sinciciotrofoblasto, citotrofoblasto, tecido conjuntivo das vilosidades e endotélio dos capilares fetais • Circulação placentária Sangue fetal pobremente oxigenado sai pelas artérias umbilicais, que se ramificam em várias artérias coriônicas na placa coriônica Extenso sistema arteriocapilar-venoso nas vilosidades, responsável pela troca O sangue fetal bem oxigenado sai dos capilares em direção às veias que se convergem até formar a veia umbilical Sangue materno entra no espaço interviloso através das artérias endometriais espiraladas da decídua basal, o espaço interviloso é drenado pelas veias endometriais (fendas na capa citotrofoblástica) • Funções da placenta Metabolismo: síntese de glicogênio, colesterol e ácidos graxos → nutrientes para o concepto Transporte de gases e nutrientes Secreções endócrinas: hCG, progesterona e estrógenos Proteção Excreção (resíduos fetais) • Anormalidades placentárias Placenta acreta e percreta: penetram o miométrio Placenta prévia: óstio do útero • Cordão umbilical Envolvido pelo âmnio Incorporação do saco vitelínico Duas artérias e uma veia • Parto Dilatação, expulsão e separação Contrações: estimuladas por hormônios • Gêmeos e membranas fetais Dizigóticos: placenta, âmnio e córions separados (córion e placenta podem ser fusionados) Monozigóticos: placenta única e dois âmnios (pode ocorrer anastomose de vasos placentários e um feto ser menos nutrido que outro) Siameses: uma placenta e um âmnio
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