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10 Sistema urogenital

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Milena Silva Araujo 
MEDUFES 105 
 
Embriologia 
S I S T E M A U R O G E N I T A L 
 Órgãos envolvidos na reprodução e na formação e 
eliminação de urina 
 Sistemas intimamente associados 
embriologicamente, derivados do mesoderma 
intermediário 
 Crista urogenital: elevação longitudinal de 
mesoderma. A parte que origina o sistema urinário 
é o cordão nefrogênico, a que origina o genital é a 
crista gonadal 
 Desenvolvimento do sistema urinário 
• Começa a se desenvolver antes do genital 
• Consiste em rins, ureteres, bexiga e uretra 
• Desenvolvimento dos rins e ureteres 
 Três conjuntos de rins sucessivos: 
pronefros (rudimentar), mesonefros 
(funciona brevemente) e metanefros (rins 
permanentes) 
 Pronefros: na 4a semana, células e tubos 
surgem na região do pescoço, ductos que 
vão até a cloaca. Logo se degeneram, mas 
partes persistem e são usadas pelos 
mesonefros 
 Mesonefros: ao final da 4a semana, 
surgem caudais aos pronefros. Funcionam 
como rins temporários até a 9a semana. Os 
rins mesonéfricos tem glomérulos e túbulos 
mesonéfricos, que se abrem nos ductos 
mesonéfricos. Os ductos vão para a 
cloaca. Vesícula + túbulo → se juntam e a 
vesícula se torna um túbulo → vaso 
glomerular vem da aorta → extremidade do 
túbulo forma a cápsula glomerular 
 Metanefro: primórdios dos rins 
permanentes, surgem na 5a semana e se 
tornam funcionais na 9a. Os rins se 
desenvolvem a partir de duas estruturas, o 
broto uretérico e o blastema 
metanefrogênico 
 Broto uretérico: evaginação do ducto 
mesonéfrico próximo a cloaca. Seu 
pedículo se torna o ureter e sua parte 
cranial se ramifica, formando túbulos 
coletores, cálices maior e menor 
 Blastema metanefrogênico: massa 
mesenquimal metanéfrica, derivada do 
cordão nefrogênico. A ramificação do broto 
induz mudanças na massa, formando 
vesículas metanéfricas que se alongam e 
formam os túbulos metanéfricos. 
 As extremidades dos túbulos são 
invaginadas pelos glomérulos (formando a 
cápsula de Bowman). Os túbulos se 
diferenciam em proximal, distal e alça de 
Henle. 
 Cada túbulo contorcido distal faz contato 
com um túbulo coletor arqueado 
 Túbulo urinífero: néfron (derivado do 
blastema) + túbulo coletor (derivado do 
broto uretérico) 
 Os rins fetais são lobulados, aparência que 
desaparece após o nascimento devido ao 
crescimento dos néfrons 
 Ramificação do broto depende da indução 
pelo mesênquima metanéfrico. 
Diferenciação do néfron depende da 
indução dos túbulos coletores. → indução 
recíproca 
• Mudanças posicionais dos rins 
 Inicialmente, os rins primordiais estão na 
pelve, próximos um ao outro 
 À medida que abdome e pelve crescem e 
os membros inferiores se desenvolvem, os 
rins se afastam e sobem para o abdome 
 O hilo dos rins, antes ventrais, passam a 
ser anteromediais 
 Ao se tornarem retroperitoneais, os rins 
entram em contato com as glândulas 
suprarrenais 
• Alterações no suprimento sanguíneo dos rins 
 Inicialmente, os rins recebem artérias 
renais que são ramos das artérias ilíacas 
comuns. Com a mudança de posição, as 
artérias renais passam a vir da aorta 
abdominal 
• Desenvolvimento da bexiga urinária 
 O seio urogenital é dividido em três partes, 
uma vesical (forma a maior parte da bexiga 
é contínua com o alantoide), uma pélvica 
(se torna a uretra no colo da bexiga) e uma 
fálica (cresce na direção do tubérculo 
genital, participando da formação da 
uretra) 
 A bexiga se desenvolve principalmente da 
parte vesical do seio, tendo seu epitélio 
derivado do endoderma. As demais 
camadas da sua parede vêm do 
mesoderma esplâncnico adjacente 
 O alantoide se constringe e forma um 
cordão fibroso espesso, o úraco 
(representado nos adultos pelo ligamento 
umbilical mediano) 
 Conforme a bexiga aumenta, parte dos 
ductos mesonéfricos é incorporada à sua 
parede, formando o conjuntivo do trígono 
da bexiga 
 Os brotos uretéricos passam, então, a se 
ligarem diretamente na bexiga 
 A bexiga, em crianças, fica no abdome. Ela 
desce para a pelve conforme o 
desenvolvimento 
• Desenvolvimento da uretra 
Milena Silva Araujo 
MEDUFES 105 
 
 Seu epitélio é derivado principalmente do 
endoderma do seio urogenital 
 Em homens, há participação do ectoderma 
na formação da parte final da uretra 
 O conjuntivo e o músculo liso vêm do 
mesoderma esplâncnico 
 Desenvolvimento das glândulas suprarrenais 
• O córtex vem do mesoderma e a medula das 
células da crista neural 
• São maiores no feto e regridem após o 
nascimento, devido à degeneração do córtex 
 Desenvolvimento do sistema genital 
• Os sistemas genitais precoces são similares 
nos dois sexos (estágio indiferenciado do 
desenvolvimento sexual) 
• Desenvolvimento das gônadas 
 Derivadas de três fontes: mesotélio, 
mesoderma subjacente e células 
germinativas primordiais 
 Gônadas indiferenciadas: o 
desenvolvimento começa na 5a semana. A 
proliferação de mesotélio e mesoderma 
próximo aos mesonefros produz as cristas 
gonadais (saliências). Cordões gonadais 
(corticais e medulares) crescem para 
dentro do mesoderma da crista, formando 
córtex e medula. Em mulheres, os cordões 
corticais formam os ovários e os cordões 
medulares regridem. Em homens, os 
cordões medulares formam os testículos e 
os cordões corticais regridem. 
 Células germinativas primordiais: grandes 
e esféricas, surgem entre o endoderma da 
vesícula umbilical. Com o dobramento do 
embrião, elas migram para as cristas 
gonadais, sendo então incorporadas pelos 
cordões 
 Determinação do sexo: o desenvolvimento 
do fenótipo masculino depende do gene 
SRY para o FDT (localizado no braço curto 
do Y). O FDT determina a diferenciação 
testicular, estimulando os cordões 
medulares/seminíferos (primórdio dos 
túbulos). 
 Testosterona, diidrotestosterona e 
hormônio antimülleriano determinam a 
diferenciação sexual masculina. 
 A ausência do Y resulta na formação dos 
ovários. 
 A diferenciação sexual feminina primária 
não depende de hormônios (ocorre com 
ovários ausentes). 
 Desenvolvimento dos testículos: o FDT 
induz os cordões seminíferos a se 
condensarem, ramificarem (túbulos 
seminíferos e retos) e anastomosarem 
(formando a rede testicular) 
 A conexão dos cordões com o epitélio de 
superfície se perde com o desenvolvimento 
da túnica albugínea 
 Túnica albugínea: cápsula fibrosa espessa, 
que marca o desenvolvimento testicular 
 Mesórquio: mesentério do testículo, que 
surge quando este se separa do mesonefro 
em degeneração 
 Os túbulos seminíferos são separados pelo 
mesênquima que dá origem às células 
intersticiais/de Leydig (produzem 
testosterona e induzem a diferenciação 
masculina dos ductos mesonéfricos e 
genitália externa) 
 As células de sustentação/Sertoli do 
testículo produzem o HAM, responsável 
por suprimir o desenvolvimento dos ductos 
paramesonéfricos 
 Os túbulos seminíferos não tem luz até a 
puberdade. Suas paredes consistem em 
células de Sertoli (derivadas do epitélio de 
superfície) e espermatogônias (derivadas 
das células germinativas primordiais) 
 A rede testicular se torna contínua com os 
túbulos mesonéfricos (futuros ductos 
eferentes), que se abrem no ducto 
mesonéfrico (futuro epidídimo e ducto 
deferente) 
 Desenvolvimento dos ovários: ocorre mais 
lentamente. Os cordões corticais 
estendem-se do epitélio de superfície até o 
mesoderma adjacente. À medida que os 
cordões aumentam, incorporam às células 
germinativas. 
 Futuramente, os cordões começam a se 
romper, formando os folículos primordiais, 
com suas células foliculares e uma oogônia 
 A túnica albugínea também está presente 
e separa o epitélio da superfície dos 
folículos no córtex 
 O mesentério do ovário é o mesovário, que 
surge com a regressão do mesonefro 
• Desenvolvimento dos ductos genitais 
 Ductos mesonéfricos/de Wolf: importantes 
para o sistema reprodutor masculino 
 Ductos paramesonéfricos/de Müller: se 
desenvolvemlaterais aos ductos 
mesonéfricos, a partir de invaginações dos 
mesonefros. Suas extremidades craniais 
se abrem na cavidade peritoneal. 
Caudalmente, os ductos paramesonéfricos 
são paralelos aos mesonéfricos, até 
chegarem na região do seio urogenital, 
onde se fundem para formar o primórdio 
genital em forma de Y 
 Estruturas vestigiais dos ductos podem 
permanecer e causar patologias (cistos) 
• Desenvolvimento de ductos e glândulas 
genitais masculinos 
Milena Silva Araujo 
MEDUFES 105 
 
 Testosterona induz os ductos e túbulos 
mesonéfricos a se tornarem os ductos 
genitais masculinos (eferentes, epidídimo e 
deferentes), enquanto o HAM estimula a 
regressão dos ductos paramesonéfricos 
 Glândulas seminais: evaginações dos 
ductos mesonéfricos, próximas a região 
final do ducto deferente. A junção do ducto 
seminal com o deferente forma o ducto 
ejaculatório. 
 Próstata: múltiplas evaginações do 
endoderma da uretra prostática crescem 
adentro do mesoderma circundante. O 
parênquima da próstata vem do 
endoderma, o estroma e o músculo do 
mesoderma 
 Glândulas bulbouretrais: evaginações da 
uretra esponjosa. Fibras musculares e 
estroma vem do mesoderma 
• Desenvolvimento de ductos e glândulas 
genitais femininos 
 Os ductos mesonéfricos regridem devido à 
ausência de testosterona, os 
paramesonéfricos desenvolvem-se devido 
à ausência do HAM 
 Estrogênios de origem materna estimulam 
a diferenciação dos ductos 
 As partes não fundidas dos ductos 
paramesonéfricos dão origem às tubas 
 O primórdio uterovaginal deriva útero e 
parte superior da vagina 
 Estroma endometrial e miométrio vem do 
mesoderma esplâncnico 
 A fusão dos ductos também é responsável 
pela formação do ligamento largo, bolsas 
retouterina e vesicouterina e paramétrio 
(conjuntivo e músculo liso) 
 Glândulas genitais auxiliares femininas: 
evaginações da uretra formam as 
glândulas uretrais e parauretrais, 
evaginações do seio urogenital formam as 
glândulas vestibulares maiores. Elas 
secretam muco e são homólogas as 
bulbouretrais 
• Desenvolvimento da vagina 
 A parede fibromuscular se desenvolve do 
mesoderma circundante 
 O primórdio uterovaginal, em contato com 
o seio urogenital, forma o tubérculo do seio 
 O tubérculo do seio induz o endoderma 
adjacente a se projetar, dando origem aos 
bulbos sinovaginais, que se fundem para 
formar a placa vaginal 
 As células da placa formam o epitélio 
vaginal e, com a degeneração dessas 
células, surge a luz da vagina 
 Hímen: membrana que separa a luz da 
vagina do seio urogenital. Geralmente se 
rompe, deixando uma pequena abertura e 
uma fina membrana mucosa 
 Desenvolvimento da genitália externa

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