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Fichamento 08 - Sistema Complemento

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS 
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
RELATÓRIO DE IMUNOLOGIA 
 
Nome: Giovanna Beatriz André Lopes Turma: T03 Data: 31/03/2022 
Fichamento 8: Sistema complemento 
Descreva resumidamente os principais tópicos abordados na aula. 
O Sistema Complemento é composto por pequenas proteínas plasmáticas que são ativadas em cascata, produzidas no fígado. 
Faz parte da resposta imune humoral inata e a função das proteínas é eliminar os padrões moleculares dos patógenos, através 
de opsonização e fagocitose ou lise. O SC possui 3 vias de ativação: Via Clássica: 1ª a ser descoberta por Jules Bordet e é ativada 
por anticorpos (2 IgG ou 1 IgM). Via Alternativa: 2ª a ser descoberta e é ativada se ligando diretamente no microrganismo. Via 
Lectinas: última a ser descoberta, mas a 1ª a existir na linha evolutiva, semelhante à Via Clássica, mas é ativada pelas lectinas 
e ficolina através da ligação na manose. 
O SC é ativado por uma das 3 vias e possuem algumas funções: inflamação (C3a e C5a) e opsonização e fagocitose (C3b). O final 
dessa ativação forma o poro na membrana, chamado de Complexo de Ataque à Membrana (MAC), ocasionando a lise do 
microrganismo. A Via Clássica só é ativada por 2 tipos de anticorpos: 1 IgM ou 2 IgG, com a proteína C1 se ligando a eles. A 
proteína C1 é um heterodímero, e composto por 6 moléculas: 2C1q, 2C1s e 2C1r. Quem possui mais avidez é o IgM, depois são 
os subtipos de IgG (3 > 1 > 2). A via é iniciada com 2 anticorpos IgG, a primeira proteína a ser clivada por C1s é C4, com C4a 
sendo liberada pro sangue e C4b fica fixo na membrana do microrganismo. Depois, C1s cliva C2, com C2a sendo liberado e C2b 
fica fixo na membrana e se liga ao C4b, virando a C3 convertase. Essa enzima cliva muitas moléculas de C3, com C3b virando 
opsonina e C3a virando anafilotoxina (induz a inflamação) e fator quimiotático (atrai células para o local). O outro C3b que se 
ligar à C3 convertase vira C5 convertase. Essa enzima cliva muito C5, com C5a também sendo uma anafilotoxina e C5b dando 
continuidade à cascata. A Via Alternativa é iniciada pelo próprio SC, através de C3 se ligando diretamente na parede do 
patógeno. C3 é clivado naturalmente no sangue (tickover). Se o C3b encontrar um microrganismo ele se liga, se não ele fica 
inativado. O fator B também se liga à membrana do microrganismo. O fator D cliva o fator B em Ba e Bb. Ba é liberado e 
permanece o C3b e Bb na membrana, gerando C3 convertase. A enzima cliva muita C3, C3b sozinho vira opsonina ou se liga ao 
C3 convertase e vira C5 convertase. C5b continua a cascata do sistema e C5a vira anafilotoxina e fator quimiotático. A Via 
Lectina é ativada pela lectina e pela ficolina. Essas duas moléculas possuem as enzimas MASP 1 e MASP 2, que serão utilizadas 
para clivar o C4. O microrganismo tem a manose na sua membrana e é onde a lectina vai se ligar. As MASPs vão clivar C4, sendo 
o C4a liberado e o C4b se ligando à membrana. Em seguida, as MASPs clivam C2, sendo C2b liberado e o C2a se ligando à 
membrana e ao C4b, virando C3 convertase, que cliva muito C3, C3a é liberado (anafilotoxina e quimiotaxia), C3b se fixa à 
membrana, sozinho vira opsonina e ligado à C3 convertase vira C5 convertase. A Via Comum ou Efetora é o final idêntico pras 
3 vias. C5b se liga à C6, que se liga à C7, que se liga à C8 e se liga à 5 moléculas de C9. O C9 forma a MAC (Poli-C9). 
O SC possui proteínas que o regulam porque ele pode se ligar às nossas células. O SC tem baixos níveis de ativação 
naturalmente, podendo causar dano tecidual e celular. Essas proteínas inibem os componentes do SC. A Vias Clássica e Lectina 
se regulam através dos mediadores solúveis: inibidor de C1 (retira C1r e C1s), o fator I, C4BP e receptores DAF, MCP e CR1 
atuam desfazendo a C3 convertase. A Via Alternativa se regula através do Fator H e dos receptores DAF, CR1 e MCP, que 
desfazem a C3 convertase. A Via Comum se regula através das proteínas CD59, que atua impedindo a formação da MAC. O SC 
faz opsonização, lise celular, quimiotaxia, inflamação e ativação de outras células. Também atua na homeostase quando não 
há invasão de patógenos, retirando imunocomplexos e células apoptóticas. Gera amplificação da resposta por anticorpos e 
ajuda a promoção da resposta por célula T. As proteínas C3b, iC3b e C4b induzem a opsonização e fagocitose, se ligando ao 
CR1. As proteínas C3a, C4a e C5a induzem a inflamação, ajudando na fagocitose e na reação alérgica. As hemácias ajudam a 
depurar o sangue se ligando aos imunocomplexos através do C3b, levando-os para o baço ou fígado. A lise celular vai ser pelo 
MAC formado por 5 moléculas de C9. A proteína C3d se liga no receptor da célula dendrítica, que irá se ligar com o receptor 
do linfócito B, potencializando a ativação e transformação do linfócito B em plasmócito. 
A hipercomplementemia é um aumento nas proteínas do SC, que ocorre em processos inflamatórios sistêmicos, causados pela 
liberação de IL-6 que induz o fígado a produzir essas proteínas. A hipocomplementemia é a diminuição nas proteínas do SC, 
causadas por alguma hepatopatia crônica ou por lúpus e doença do soro (doenças de consumo – consumo das proteínas do 
Sistema Complemento sem reposição das mesmas), acarretando na diminuição de IL-6 para o fígado. A hemoglobinúria 
paroxística noturna se caracteriza como a perda da função da proteína CD59, causando lise na hemácia continuamente.

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