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Hipersensibilidades e Reações Imunes

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HIPERSENSIBILIDADES 
Existe um padrão pra alguns tipos de doenças imunes. Esse padrão é classificado como 
doenças de hipersensibilidade (porque são pessoas que fazem um tipo de resposta ou 
que não precisa ser feita ou que é muito exacerbada). “Sensibilidade” significa que a 
pessoa já entrou em contato com esse antígeno, aí ela ficou sensível a ele. Se essa 
sensibilidade for muito alta, passa-se a chamar de “Hipersensibilidade”. 
 
- Reações de Hipersensibilidade = o indivíduo precisa ser sensibilizado, precisa 
responder a esse antígeno (essa resposta é chamada de “sensibilidade”). Só que ele 
responde de forma inadequada, de uma forma imune-exacerbada. 
Esse exacerbamento pode ser contra um patógeno. O organismo vai tentar matar o 
patógeno e acaba matando as células pulmonares (COVID-19), as células do fígado 
(Hepatite A fulminante), tendo uma resposta imune exacerbada. 
Mas pode ser também contra um antígeno que o organismo não precisa responder, 
mas mesmo assim acaba respondendo. É o caso do níquel, presente em bijuterias; é o 
caso de antígenos alérgicos, antígenos próprios... 
Essa resposta imune vai causar danos teciduais e danos a órgãos, uma degradação dos 
tecidos do corpo. Isso vai levar o indivíduo a uma doença, como hepatopatia, 
insuficiência pulmonar, artrite (imunocomplexo que se deposita nas articulações), 
nefrite (imunocomplexo que se deposita nos rins), anemia hemolítica autoimune 
(anticorpo contra uma hemácia)... A doença vai depender do local que está sendo 
atingindo. 
Então, essas reações de hipersensibilidade são reações do sistema imune que vão gerar 
doenças. 
Giovanna Lopes 
 
Existem alguns antígenos que podem desencadear isso. 
Essa resposta não desencadeia em todo mundo, algumas pessoas fazem e outras não. 
- Autoantígenos = não é preciso fazer resposta aos autoantígenos. Existe o processo de 
tolerância central e tolerância periférica justamente pra não responder aos 
autoantígenos. Mas se o organismo responde aos autoantígenos, ele vai gerar 
doenças autoimunes. 
- Microrganismos = muito comum de ver em pacientes que hiper reagem, possuem 
essa exacerbação. Podemos ver nos casos de sífilis (endocardite), hepatite B, hepatite A 
fulminante, tuberculose (formação de granulomas). Tudo isso vai lesionando o tecido. 
No caso do granuloma, eu deixo de ter espaço pra trocas gasosas e passo a ter um 
espaço de reação imune. 
- Antígenos ambientais ou alimentares = vai desencadear as alergias. 
 
O tipo I, II e III são mediados por anticorpos. 
O tipo IV são mediados por linfócito T. 
Quais são as células, quais são os anticorpos e qual o mecanismo de ação de cada tipo? 
- Tipo I = Vamos ter o IgE, o mastócito inicialmente e depois muda para o eosinófilo. 
- Tipo II = Vamos ter o IgM e o IgG, ligados a um antígeno particulado (o antígeno 
faz parte de uma partícula). O exemplo é a hemácia que vai ser lisada. 
- Tipo III = Vamos ter o IgM e o IgG, mas ligados a um antígeno não particulado, o 
antígeno solúvel (antígeno fica solto mesmo). Onde esse antígeno se depositar, vai 
ocorrer uma inflamação. 
- Tipo IV = É mediado por linfócito TCD4 e TCD8. O TCD4 faz uma inflamação por 
mediadores de citocinas. O TCD8 mata as outras células (célula T citotóxica). 
 
Hipersensibilidade imediata 
Aqui, o indivíduo entra em contato com o antígeno (alérgeno) e poucos minutos depois 
o organismo inicia uma resposta. Então, se a pessoa com alergia ao camarão come ele, 
depois de 20 a 30 minutos ocorre as reações de alergia. 
Se a pessoa tem alergia ao dipirona e injetam dipirona nela, a reação de alergia ocorre 
em 5 minutos, demora menos. 
Dependendo da porta de entrada do antígeno, a reação alérgica ocorre em mais ou 
menos minutos. 
Alergia e atopia são sinônimos. Alguns autores dizem que “atopia” é uma alergia de 
causa desconhecida. 
As respostas da hipersensibilidade do tipo I são Th2 mediadas, produzindo o IgE, 
que pode se ligar ao mastócito (induz uma alergia aguda), e se o alérgeno persistir 
pode virar uma alergia crônica, se ligando ao eosinófilo. Tanto na parte aguda 
quanto na parte crônica vai ser mediada por IgE, só muda as células. 
Atualmente, há um aumento do número de caso das alergias, bem como aumento da 
intensidade e da duração delas. 
As alergias estão mais severas e durando mais. Antigamente, uma criança com alergia a 
ovo e ao leite com 2 anos já estava curada. Hoje em dia, com 5, 6, 7 e até 10 anos ainda 
persiste essa alergia. 
 
- Alérgenos de contato = se a pessoa encostou nele, o local de contato é onde vai reagir 
a alergia (plantas, animais, látex, pólen). 
- Alérgenos injetáveis e orais = são os mais perigosos. São capazes de fazer a 
anafilaxia, o pior quadro de alergia. Se uma pessoa tem alergia ao dipirona, e é injetado 
nela, vai demorar menos pra manifestar os sintomas e a chance dela ter o choque 
anafilático é maior do que se ingerir. No processo de ingestão ainda ocorre a tolerância 
central e periférica, que vai ajudar a não ter uma resposta tão exacerbada pra induzir o 
choque anafilático. 
Anti-histamínico não funciona pra quadros de anafilaxia. 
Exemplos de alérgenos injetáveis = picada de carapanã (lesões distróficas – a pessoa é 
picada e a pessoa faz várias lesões embaixo, em cima e próximo do local – reação 
alérgica). É muito comum a picada de abelha nos Estados Unidos darem muita alergia. 
Exemplos de alérgenos ingeridos = leite, castanha, amendoim (nos Estados Unidos é 
muito comum), peixe, camarão e muitas alergias a medicação 
- Alérgenos inalatórios = são as alergias mais difíceis de serem sanadas. Exemplos 
podem ser o mofo, bolor, poeira, poluição. Geralmente, as alergias que cronificam são 
as alergias aéreas (rinite, asma...) 
 
O ácaro vive nos lençóis da cama. Ele não gosta de sol. Assim, quem é alérgico tem que 
ter sua cama na janela pra pegar sol, sempre com o quarto bem ventilado. Trocar o 
travesseiro a cada 12 meses, trocar os lençóis da cama toda semana, não pode ter 
bichinhos de pelúcia e nem cortinas de pano (tem que ser aquelas persianas de plástico). 
Não pode ter muitos nichos e prateleiras porque acumulam poeira. 
O ácaro come nossa pele e nós fazemos anticorpos contra partes do ácaro e contra o 
cocô do ácaro. 
 
É uma alergia aguda, mediada por mastócitos e IgE e pela histamina (principal 
mediador). 
Uma pessoa sempre comeu camarão e nunca foi alérgica a ele. Mas, teve uma vez que 
foi comer o camarão e não se sabe o porquê que o linfócito B (APC – endocita – no 
caso do linfócito B – e apresenta pro linfócito T) que era tolerante ao camarão passa a 
reagir contra ele. O linfócito T vai se sensibilizar, por meio da resposta Th2 vai produzir 
o IgE. Mas até ele se sensibilizar e produzir o IgE, já se passou 5 dias e não há mais 
camarão no organismo. Então, no dia que a pessoa comeu não houve reação alérgica, 
mas foi o dia que ela se sensibilizou ao camarão. 
Passou um tempo, e essa pessoa foi comer camarão novamente. O IgE vai estar na 
membrana dos mastócitos. Quando o mastócito se encontrar com esse camarão, ele vai 
desgranular, já que agora o organismo está sensibilizado ao camarão. Ele desgranula 
principalmente a histamina e mediadores lipídicos. 
Com isso, ocorre a reação mais clássica de alergia, que é eczema (pele vermelha devido 
ao prurido), coriza, dores abdominais, hipermotilidade intestinal (diarreia), êmese (já 
que é um alérgeno oral), prurido na garganta. 
Aí a pessoa toma um anti-histamínico e melhora, mas aí ela já pode se considerar 
alérgica ao camarão. 
 
Dependendo da entrada do alérgeno, a pessoa vai ter reações variáveis. 
Se é por via oral, a pessoa pode ter hipermotilidade intestinal. 
Se é por via aérea, a pessoa pode ter broncoconstrição. 
Mas, em geral, ocorre alterações vasculares, principalmente a vasodilatação, gerando o 
edema devido o extravasamento vascular (de glote, de face...), podendo estar gerando 
um quadro de anafilaxia. 
Na pele, a pessoa pode ter inflamação, que vai causar aquelasplacas vermelhas, 
prurido... 
 
É uma alergia crônica que é mantida pelos linfócitos Th2, os eosinófilos, o IgE e as 
citocinas (principal mediador). 
Se existe um alérgeno que a pessoa não se afasta e continua entrando em contato com 
ele, a alergia se torna crônica. 
No exemplo acima, a célula dendrítica apresenta o alérgeno e vira linfócito Th2, vira 
IgE e se liga no mastócito, todos desgranulam e todos morrem. Quem mantém a alergia 
são os linfócitos Th2 e os eosinófilos, através das citocinas. 
 
Essas doenças causadas por alérgenos inalados podem ser agudas ou crônicas (maior 
parte dos casos). 
Entre os efeitos sistêmicos dos injetáveis está o choque anafilático. 
 
Esse quadro mostra a frequência das alergias por idade. 
A criança nasceu, o mais comum é ficar com a pele vermelha, o eczema. Isso tende a 
melhorar, a partir dos 3 anos vai diminuindo. 
Ela começa a se alimentar e começa a dar alergia alimentar nela (gastrointestinal), 
diminuindo a partir dos 2 anos. 
A asma e a rinite começam a partir dos 3 anos e vai aumentando. 
É comum ter asma quando criança e ir melhorando com o tempo, no final da 
adolescência e na vida adulta. 
Existe algo que faz com que a pessoa naturalmente. Pra você ser alérgico, o organismo 
produz IgE pra se ligar no mastócito ou no eosinófilo. A pessoa pode voltar a ser 
tolerante àquele alérgeno como era antes (a pessoa era tolerante ao leite, produziu IgE e 
passou a ser alérgica ao leite, mas pode voltar a ser tolerante). Para isso acontecer é 
preciso que eu converta IgE em IgG. Então, quando ocorre a mudança de classe dos 
anticorpos, a pessoa pode voltar a ser tolerante àquele alérgeno novamente. 
Tem pessoas que fazem isso sozinhas e sem intervenção clínica nenhuma. Uma criança 
com alergia ao leite e que com 2 anos ela já passa a tolerar o leite, muito provavelmente 
ela fez a conversão de IgE pra IgG sozinha. 
No caso da asma também acontece isso, mesmo que nem todos os IgE se transforme em 
IgG, apenas uma quantidade. 
 
Quando se fala de alergia alimentar, se fala em faixa etária. 
Quando é criança, as principais alergias são o leite e ovo (mas pode ter outros) 
Nos adultos, temos o peixe, camarão, crustáceos, castanhas, amendoim, trigo e soja 
(menos comum). 
Quando as alergias são alimentares, dependendo de qual seja, a pessoa não precisa parar 
de comer o alérgeno. Uma criança foi diagnosticada com alergia ao peixe, mas era algo 
que ela sempre comia, então foi orientada a não deixar de comer o peixe toda semana, 
pois já que ela não tinha uma alergia exacerbada, era mais branda, isso ia induzir uma 
troca de classe, de IgE para IgG. 
Quando as alergias são causadas por alimentos consumidos de forma esporádica 
(camarão, castanha...), existe mais chance da pessoa desenvolver um choque 
anafilático. Isso ocorre porque a pessoa acaba produzindo e condensando muito IgE e 
muita histamina de uma vez, e quando ela entra em contato com esse alérgeno 
esporádico, ocorre um boom desses elementos, produzindo o choque anafilático. 
Se a pessoa alérgica ao peixe come ele toda semana, a histamina e o IgE vão sendo 
constantemente utilizados, dizendo ao organismo que isso não faz mal, induzindo-o a 
soroconverter o IgE em IgG. 
Geralmente, a pessoa sente o prurido na garganta porque ela pode já estar sentindo um 
edema de glote começando. 
 
Alergia é diferente de intolerância. 
- Alergia = Resposta Imune, Th2, IgE. As alergias são feitas à proteína. Os indutores 
alérgicos sempre vão ser uma proteína. 
As reações à proteína do leite de vaca geralmente ocorrem em crianças e dura até os 2 
anos de vida, algumas vão até 5. A criança então vai ter sintomas alérgicos, como 
inchaço, prurido... 
- Intolerância = a lactose não é uma proteína, e sim um açúcar presente no leite. Esse 
açúcar é degradado pela enzima lactase. Todo mamífero tem a enzima lactase em níveis 
elevados quando nasce. Conforme ocorre o desmame, ele tem essa enzima em níveis 
muito mais diminuídos. Na fase adulta, existe poucos níveis de lactase no sangue. Esse 
pouquinho que sobra é suficiente para degradar o leite que as pessoas ingerem após o 
desmame. 
Algumas pessoas, por consumirem muitos derivados do leite (iogurte, requeijão, bolos, 
manteigas, queijos), passam a ter sintomas de intolerância (dores abdominais, inchaço 
do abdome, náuseas, flatulências e diarreia). Uma pessoa foi comer em um rodízio de 
pizza com bastante queijo e depois teve diarreia. Isso pode ter acontecido em razão de 
não ter tido enzima lactase suficiente para degradar esse horror de queijo de uma vez. 
A única coisa a fazer é diminuir a quantidade de leite e derivados ingeridos e ir dosando 
conforme os sintomas da intolerância diminui. 
Com 5 ou 6 anos de idade, a criança ainda possui altos níveis de lactase se comparado 
aos níveis dos adultos. 
Uma pessoa asiática não ingere muito leite após o desmame com os ocidentais. Assim, 
eles não têm esse problema de intolerância à lactose. Se essa pessoa vem para o Brasil, 
começa a passar mal ao comer as comidas daqui porque não está acostumado a esse tipo 
de alimentação com bastante leite, não possui lactase o suficiente para degradar tudo 
isso. 
 
É muito comum. As pessoas tem uma qualidade de vida diminuída por conta disso. 
A pessoa com rinite alérgica respira mal e oxigena pouco. Então, ela vive cansada. 
Como existe muita secreção na área nasal, isso diminui a audição dela. Ela tem a 
respiração oral, garganta seca, roncos à noite. Não sente o gosto dos alimentos, em 
crianças pode gerar astenia (dificuldade pra comer). Diminuição da concentração e da 
memória. 
As pessoas não percebem isso e acabam nem tratando. 
É uma doença crônica, que causa muito muco e secreções nas fossas nasais. Pode causar 
otite e conjuntivite. 
A pessoa já acorda com coriza e coçando o olho, então tem a Linha de Dennie-Morgan 
bem aparentes. 
 
Muita gente que era do interior e não tinha rinite alérgica, quando vem pra cidade passa 
a ter. Isso acontece por conta da poluição da cidade. 
 
- Urticárias = aparecimento de placas vermelhas, muito prurido. Geralmente, é causado 
por algo ingerido, injetado ou tocado. Melhora com anti-histamínico, dura algumas 
horas e raramente dura alguns dias. 
- Dermatite atópica = é crônica. Acompanhada de asma e rinite. Doença de caráter 
genético muito forte. Quem tem essa doença tem uma mutação na filagrina, uma 
proteína da barreira cutânea. Então, a pessoa tem prurido, apresenta lesões secas e forma 
crostas. O tratamento é crônico e pra vida inteira. 
 
É uma doença muito comum em crianças, mas adultos podem ter também. 
É uma doença crônica. 
É mediada por Th2 e IgE. 
No bronquíolo normal, ventila normal com lúmen normal. 
No bronquíolo asmático, ocorre uma hipertrofia das paredes e com espessamento do 
muco no lúmen. O ar passa com muita dificuldade, fazendo um som característico, o 
sibilo asmático. 
 
No bronquíolo asmático, encontramos os linfócitos e os eosinófilos mediando por meio 
das citocinas. 
Não adianta tomar anti-histamínico no caso da asma. 
Em crianças com asma, que estão no momento com brônquio constrição, vai ser 
administrado primeiramente um brônquio dilatador, e depois se entra com corticoide pra 
tratamento crônico (bombinhas). Essa bombinha diminui as citocinas no pulmão e a 
pessoa vai melhorar as crises de ar. 
O corticoide deve ser usado com cautela, pois em grandes quantidades pode ter ação 
imunossupressora. Se for usado corticoide oral em grandes quantidades, vai ocorrer uma 
imunossupressão sistêmica, gerando uma má resposta imune em todas as áreas do 
corpo. Se for usado o corticoide na bombinha vai ocorrer uma imunossupressão local 
(só no pulmão), pode ser que tenha mais intercorrências de imunossupressão, mas não 
vai ser sistêmica, porque o corticoide está agindo apenas localmente. 
O tratamento é crônico. Não dá pra melhorar e a pessoa parar de usar a bombinha, se 
não as crises voltam de novo. 
 
- Alergias físicas =são alergias que não possuem um alérgeno definido, como um 
alimentar ou por contato. 
Nessas alergias colinérgicas, por exemplo, ocorre um aumento da temperatura 
corporal e a pessoa sua, tanto fazendo exercício, em estresse emocional, algumas 
bebidas ou alimentos picantes. O suor vai desencadear essa alergia. Assim, ocorre o 
aparecimento de várias urticárias, várias placas vermelhas. 
As alergias induzidas por pressão é quando você pega um pouco mais forte na pessoa 
e o local da pressão fica muito vermelho por muito tempo. 
Dermografia é o aumento da pele, pode ser por pressão ou por gelo. É recorrente e vai 
embora depois de algumas horas. 
A alergia atagênica é aquela induzida quando entra em contato com a água. Também 
tem tratamento com anti-histamínico. Tem pessoas que tem essa alergia mais por água 
quente e outras mais por água fria. Não tem idade pra aparecer. 
 
Existe uma corrente que diz que nós temos que nos expor a bactérias boas = Hipótese 
dos velhos amigos 
Prevenção de doenças inflamatórias = alergias e doenças autoimunes 
Hoje em dia, nós temos os fatores de proteção e de suscetibilidade desde a barriga da 
mãe. Se a grávida se alimenta bem e tem a flora microbiana boa, quando ela for ter o 
parto vaginal ela vai passar essa flora pra criança. Assim, essa criança já nasce com um 
fator protetivo. 
A criança que nasce por parto cesárea, já nasce estéril e sem contato com nenhum 
microrganismo, muito mais suscetível a desenvolver doenças alérgicas. 
Se a mãe usa antibióticos na gravidez que pode matar a flora da mãe, também deixa a 
criança suscetível a doenças alérgicas. 
A criança nasceu e não tem contato com jardim ou terra também é um fator de 
suscetibilidade. 
Então, pra prevenir isso devemos nos alimentar bem (descascar mais, não usar 
corantes e conservantes) e ter contato com a natureza. 
 
Causa de morte de crianças e adultos. 
É grave e pode matar rápido. 
Uma pessoa morreu por alergia à proteína do camarão. Era um adulto que não sabia que 
tinha alergia, sensibilizou, e o primeiro contato com o camarão após essa sensibilização 
ele já fez um choque anafilático. 
No choque anafilático, ocorre uma explosão de histamina. Vários mastócitos são 
desgranulados ao mesmo tempo. Essa explosão de histamina vai causar vasodilatação 
periférica e sistêmica, não ocorre só em alguns locais, vai ocorrer na maioria dos vasos 
do corpo. 
Na vasodilatação, ocorre o aumento do volume do vaso e o aumento da permeabilidade 
vascular, o que aumenta a saída de líquido do vaso para os tecidos, ocorrendo edema de 
glote (coceira e aperto na garganta sugerem fortemente um edema de glote), edema de 
face, falta de ar, pressão cai, desmaio. 
A pressão cai porque o vaso aumentou de calibre, mas o volume sanguíneo continua o 
mesmo (muito pouco pro tamanho do lúmen que ficou) = hipotensão. 
A perda de líquido do vaso pro tecido também potencializa a queda da pressão = 
hipotensão 
A partir disso, a pessoa entra em um estado de hipovolemia (pouco sangue para um 
calibre de sangue muito aumentado). A pessoa pode morrer em menos de 1 hora. 
Assim, precisamos observar, perceber e correr com essa pessoa pra um Pronto Socorro, 
em busca de adrenalina. 
Exemplo: Quando um aluno vai apresentar um trabalho e fica nervoso, ele começa a 
liberar muita adrenalina. O coração acelera, ele começa a ficar vermelho, pés e mãos 
frias (vasoconstrição periférica), a circulação é redirecionada para os órgãos (cérebro, 
tórax e abdome – por isso o rosto tende a ficar muito vermelho), fazendo o contrário da 
histamina. 
Pra quem tem grande risco de choque anafilático, é orientado ao paciente a compra de 
uma caneta dos Estados Unidos, chamada de “EpiPen”. Nos EUA, eles não usam a 
adrenalina, e sim epinefrina que possui o mesmo efeito. 
Em crianças, quando percebemos que ela está entrando em choque anafilático, pegamos 
a caneta e injetamos na coxa dela por cima da roupa mesmo. Se for muito pouco, dá pra 
injetar a segunda caneta também. 
 
A alergia nunca é diagnosticada apenas por laboratório, é necessário a clínica também. 
Podemos pedir um hemograma, que seria bem subjetivo, só daria pra ver a eosinofilia 
periférica. Podemos pedir a dosagem do IgE total, que é muito elevado em pessoas 
alérgicas. Podemos pedir a dosagem de IgE específico (IgE pra castanha, pro peixe, pra 
camarão, pro leite, pra ácaro...). 
Quando o IgE dá positivo, tem o positivo alto, médio e baixo. 
Só o fato de ter o IgE alto ou positivo ou reativo não significa que a pessoa não tem 
alergia, é necessário o aval da clínica também. Às vezes, uma pessoa tem o IgE alto pra 
proteína do leite, mas toma ele e se sente muito bem, normal. Assim, não é preciso 
excluir o leite da dieta dela, mesmo que ela tenha o IgE, porque os linfócitos Treg vão 
estar atuando e não deixando que esses mastócitos desgranulem. 
- Teste de tolerância oral = o alérgeno é administrado por via oral. Geralmente, esse 
teste é feito quando achamos que o indivíduo curou. É feito no consultório médico. 
Uma criança com alergia ao leite vai ao médico e toma o leite na frente dele, se ela tiver 
alguma reação o médico já vai intervir. 
- Fric Teste = a médica pega o braço da pessoa e pinga os alérgenos no antebraço. Com 
uma lanceta, a médica vai furando o local onde ela pingou para os alérgenos entrarem. 
Espera-se 15 minutos e depois é analisado o que reagiu ou não. 
 
- Anafilaxia = é sempre tratada com adrenalina (Brasil) ou epinefrina (EUA). Aqui 
acontece o antagonismo da histamina: vasoconstrição, taquicardia, irrigação dos órgãos 
principais. 
- Asma brônquica = é usado o brônquio dilatador pra relaxar o músculo da parede do 
brônquio e a pessoa voltar a respirar e o corticoide (no pico da crise é administrada uma 
dose alta, mas durante o tratamento deve-se manter doses baixas). 
- Doenças alérgicas em geral = é usado o anti-histamínico. Quem toma 
esporadicamente fica com mais sono do que quem toma sempre. 
Existe uma vacina para alergias que visa a dessensibilização. É administrado doses 
baixas e repetidas do alérgeno. Se tem alergia ao ácaro, a pessoa vai tomar a vacina que 
tem um pouquinho de ácaro. Se tem alergia ao leite, a pessoa vai tomar uma vacina com 
um pouquinho de leite. Essa vacina não é dose única. Pode ser por via oral e o objetivo 
é induzir a troca de classe dos anticorpos e induzir uma tolerância. Se for oral, troca de 
IgE para IgA, em outros locais se troca o IgE para IgG... Essa vacina é tomada de 2 a 5 
anos. Não existe no SUS, é paga. Existe nos consultórios de alergistas. Tem apenas 70% 
de eficácia. A pessoa pode tomar por 5 anos e mesmo assim não melhorar, ou melhorar 
e continuar tendo crises, ou melhorar 100% e depois voltar depois de alguns anos... 
É sempre bom procurar segundas opções, principalmente com crianças. 
 
 
 
Já não é mais alergias, são outros tipos de doenças agora. 
Antígeno é particulado (ligado a uma célula ou tecido), mediado por IgM e IgG, o 
mecanismo de ação é opsonização, fagocitose e ativação do sistema complemento. 
Pode ter anticorpos ligados a receptores que vão causar funções celulares anormais 
(modulação dos receptores) e isso tudo vai causar uma inflamação e doenças (dano 
tecidual). 
 
Todos esses antígenos são ligados a células ou a tecidos. 
O organismo faz anticorpo contra esses antígenos alvos. 
Anticorpos contra os receptores de acetilcolina causa destruição tecidual e contra o 
receptor de TSH causa a Doença de Graves, uma doença de receptor agonista. 
 
Imagine que a célula do exemplo é uma hemácia e o organismo faz anticorpo contra 
essa hemácia. Esse anticorpo vai induzir opsonização e vai gerar a fagocitose. O 
anticorpo contra a hemácia também vai ativar a via clássica do sistema complemento. 
Então, ocorre a lise, as anafilotoxinas que causam inflamação e chamam os neutrófilos, 
que vai tentar fagocitar e não vai conseguir, então vai desgranular em cima do tecido, 
destruindo esse tecido. 
Então, tem a fagocitose, a inflamaçãoe a lise mediada por sistema complemento, e 
atuação de receptores. Na tireoide, existe células com receptores de TSH. O TSH vem 
do cérebro e reage com a tireoide. Quando o TSH se liga nos receptores dessas 
células, é produzido o T3 e o T4. Se o TSH não se liga, o T3 e T4 não é produzido. 
Existem anticorpos que se ligam no receptor de TSH. Ao invés desse receptor ser 
bloqueado, o anticorpo acaba ativando da mesma forma esse receptor, ninguém sabe o 
porquê, e a pessoa passa a produzir muito T3 e T4. 
Outro exemplo da modulação do receptor, na junção neuromuscular, o neurônio 
conversa com o músculo através de uma proteína, chamada acetilcolina, que é liberada 
pelo neurônio e recebida pelo músculo. Com isso, nós podemos realizar vários 
movimentos físicos. 
Uma pessoa que produz anticorpo contra os receptores de acetilcolina bloqueia a 
chegada dela nos receptores musculares. Isso gera dificuldade para realizar movimentos. 
 
 
“Hemolítica” = as hemácias serão lisadas 
Pode ser autoimune, quando é feito anticorpos contra as hemácias, ou induzida por 
drogas, como o uso da penicilina. A penicilina é usada no tratamento da sífilis, é uma 
droga bem pequena, como se fosse um hapteno, se liga na hemácia e o organismo faz 
anticorpo contra a penicilina ligada na hemácia, o que acaba lisando a hemácia. A 
hemácia é lisada pela ativação do sistema complemento e causa a hemólise. Ou a 
hemácia pode ser fagocitada também pela ação dos anticorpos. Pode ser IgM ou IgG. 
 
Na pele existe as junções das células epiteliais feita pelos desmossomos que possuem a 
proteína desmogleína. A pessoa que mora em um local com cerca de 800 metros acima 
do nível do mar, tem contato com um tipo de mosquito que pica a pessoa, fazendo com 
que ela produza um anticorpo contra a saliva do mosquito. Depois que a ameaça da 
saliva do mosquito acaba, o anticorpo se liga na região da desmogleína dos 
desmossomos e vai descolando as células. A pessoa vai formando bolhas, chamadas de 
“pênfigo”. Quando essas bolhas estouram, a pessoa fica com lesões com aspecto de 
queimadura, por isso é chamado de “Fogo Selvagem”, pois também pode ocorrer a 
destruição do tecido. 
 
Na junção neuromuscular, um anticorpo vai se ligar no receptor de acetilcolina, vai 
bloquear o receptor, vai ativar o sistema complemento e desgranulação dos neutrófilos, 
causando um dano tecidual maior. Esse bloqueio da acetilcolina vai gerar dificuldades 
de movimentos na pessoa, causando grande dano ao músculo. 
Um exemplo é a ptose (o olho com a pálpebra mais caída) que ocorre nos dois olhos. 
Geralmente, a pessoa com essa doença amanhece bem, porque quando estamos 
dormindo não nos movimentamos, acumulando muita acetilcolina e os receptores 
conseguem segurar um pouco. Ao longo do dia, conforme a pessoa se movimenta mais, 
a pálpebra começa a cair e perde as forças musculares. 
Tem tratamento, mas não tem cura. 
 
Também é uma doença de receptores. 
A tireoide possui os receptores de TSH, hormônio produzido no cérebro e vai até a 
tireoide para produzir T3 e T4. Se a tireoide tiver com muito T3 e T4, o TSH não 
precisa se ligar nele. 
O linfócito B produz o anticorpo que vai se ligar nesse receptor. Mas ao invés de 
bloquear, esse anticorpo acaba ativando esse receptor, agindo com agonista e não 
como antagonista do receptor. A partir disso, a pessoa passa a produzir muito T3 e 
T4. Quando dosamos o T3 e T4 de alguém com essa doenças, eles estão em níveis 
altíssimos e o TSH tá zerado (ele tem um feedback negativo – se tem muito hormônio lá 
na tiroide ele para de ser produzido). 
O pescoço fica largo devido à inflamação da tiroide e os olhos ficam protusos pra fora 
(exoftalmia). 
Não há tratamento para hipertireoidismo, só dá pra fazer com que um hipertireoidismo 
se torne hipotireoidismo. O remédio vai queimando a tiroide, fazendo com que ela 
morra aos poucos, virando um hipotireoidismo. Depois que chegou nessa fase, o 
tratamento é feito tomando comprimidos que contém o T4 (tiroxina). 
 
É outra doença mediada por anticorpos que também causa hemólise. 
A icterícia pode ser causada por problemas hepáticos ou por lise das hemácias. O 
problema acima foi por hemólise. 
Toda mulher Rh- que engravida precisa tomar um cuidado especial, pois a criança que 
ela gera é Rh+. No nascimento há uma troca de sangue da mãe com a criança, e a 
criança passa as hemácias com Rh+ pra mãe. Depois de alguns dias a partir do 
nascimento, a mãe passa a produzir os anticorpos anti-Rh. A primeira criança que nasce 
dessa mãe não nasce com a doença, pois a mãe não estava sensibilizada ainda. Ela só se 
sensibiliza após o nascimento da criança. O segundo filho Rh+ vai conseguir ser gerado, 
alguns anticorpos podem passar via transplacentária, e no momento do parto é onde 
mais passa esses anticorpos da mãe para o filho, que vão se ligar nas hemácias da 
criança, que nasce com uma hemólise intravascular muito elevada, ocasionando a 
doença. 
Pra evitar tudo isso, a mãe deve tomar um soro depois do nascimento da 1ª criança 
(dentro de 48h). Esse soro é um anticorpo anti-Rh pronto que vai se ligar nas hemácias 
da criança presente no sangue da mãe. Esse anticorpo vai esconder essas hemácias, o 
soro se liga, é fagocitado e retirado. Isso acontece pra que depois a mãe não se 
sensibilize, fazendo com que ela não produza anticorpos (ou bem pouco, caso produza), 
e a 2ª criança vai nascer sem problema nenhum. Mas, se a mãe não tratar, a 2ª criança 
Rh+ também pode nascer com essa doença. 
Se a 2ª criança for Rh- (não tem Rh, não tem onde se ligar) não tem problema. 
 
 
Também é mediada por IgM e IgG. 
Aqui o antígeno é solúvel (não está ligado a nada). Quando o antígeno solúvel se liga 
aos anticorpos ele forma o imunocomplexo. 
Aqui é produzido muito anticorpo, com a dificuldade de retirar eles do organismo. 
Assim, os imunocomplexos vão permanecer e onde se depositarem vai ocorrer uma 
inflamação e danos teciduais. 
 
O antígeno da sífilis é liberado e se deposita no coração, gerando a endocardite. 
No Lupus temos muito antígeno solúvel, anti-DNA, anti-histona, anti-RO e anti-LA. Se 
deposita e pode causar artrite, vasculite, nefrite... 
 
Dependendo do lugar onde ele se depositar, vai causar doenças naquele lugar. 
 
Exemplo da reação da vacina da difteria e do tétano que acontece alguns dias depois da 
tomada dela. 
Aqui, a pessoa já tem o anticorpo anti-difteria e tétano e em grandes quantidades, que 
foram reativados por algum motivo. A vacina entrou (que é um antígeno) e se ligou, 
fazendo com que a pessoa faça vários imunocomplexos grandes (o de 3 é mais difícil de 
tirar do que o de 1), começando a chamar várias células pro local. O macrófago e 
neutrófilo vão tentar fagocitar e não vão conseguir, então vão ter que desgranular, 
começando a inflamação nesse local (pode ser a desgranulação do mastócito também). 
Várias células se direcionam para o local da injeção, provocando inflamação mediada 
por citocinas, com a tentativa de retirada desse monte de anticorpo que tá presente ali no 
local. 
Algumas pessoas fizeram essa reação para a vacina do COVID também. É uma reação 
esperada. 
É necessário esperar 30 dias depois da infecção pra tomar vacina pra poder baixar os 
anticorpos no organismo, evitando a formação dos imunocomplexos e baixando as 
chances de ter uma reação severa à vacina. 
Quem faz essa Reação de Arthus na pele (vasculite com lesão na pele) são pessoas que 
já tinham anticorpos mais elevados pro coronavírus. Aí tomaram vacina, os anticorpos 
fizeram o imunocomplexo e fizeram essa reação. 
 
 
Aqui nós temos o antígeno solúvel que formou imunocomplexos bem grandes (bem 
difícil de ser retirado). Aí onde ele se depositar vai ativar o sistema complemento, 
liberando anafilotoxinas e chamando células pro local, fazendo lise na parede do vaso. 
Os neutrófilos vão tentar fagocitar e não vão conseguir e vão desgranular. Causa 
vasculite (inflamação no vaso) e trombos (cascata de coagulação estáativada). Quando 
esse trombo se solta ele vira um êmbolo e pode parar em qualquer lugar (pode ter uma 
embolia pulmonar, embolia renal, pode ir pro cérebro causando isquemia...) 
 
As hemácias são as responsáveis por retirar os imunocomplexos. 
Quando os imunocomplexos estão no vaso e ativam o sistema complemento, a hemácia 
tem o seu receptor do sistema completo, o CR1, que se liga na proteína do sistema 
complemento e direciona para o fígado e para o baço, fazendo a retirada desses 
imunocomplexos, principalmente os grandes que são mais difíceis de retirar. Esse 
processo pode demorar um pouco. 
 
 
Imagina que a pessoa foi picada por uma cobra e teve que tomar o soro (soro de coelho, 
por exemplo). Aí a pessoa faz o imunocomplexo (liga o soro de coelho ao veneno da 
cobra). Depois de 5 dias, a pessoa começa a fazer anticorpos contra o imunocomplexo. 
Esse anticorpo vai formar um imunocomplexo maior e vai se depositar, causando 
inflamação no local onde se depositar (nefrite, artrite). Isso acontece pelo 7º e 10º dia, 
com melhoras a partir do 14º dia. 
Assim, a doença do soro é fazer anticorpos contra o soro que a pessoa tomou. 
 
Geralmente, a cobra pica na região das pernas, então foi o lugar onde mais houve a 
deposição de imunocomplexos. 
No segundo exemplo, a pessoa fez anticorpo contra a medicação e houve a deposição 
dele no abdome, ocasionando lesões de tecido. 
 
É uma doença mediada por neutrófilos. Um dos componentes dessa doença é o 
anticorpo anti-neutrófilo. 
O organismo faz o anticorpo contra o citoplasma do neutrófilo. Aqui é tipo II porque 
está ligado a uma célula. Quando a proteína é liberada vira tipo III. Os anticorpos são 
chamados de ANCA. 
Nessa doença, ocorre a deposição de uma parte desses imunocomplexos, e o resto vão 
atacar os neutrófilos. Aí vão lesionar a parede do vaso, causando uma inflamação que 
gera uma hipertrofia que pode até ocluir o vaso. 
 
É a doença que mais produz imunocomplexo. 
É muito diverso. Os pacientes com lúpus possuem sintomas diferentes, não existe um 
padrão, porque essa doença ataca várias coisas. Assim, tem pacientes com anemia 
hemolítica, outros com problemas nos rins, artralgia, problemas de pele. 
 
 
 
O paciente com lúpus produz muito anticorpos (anti-DNA, anti-Smith, anti-RNP, anti-
RO, anti-LA). 
Esses imunocomplexos podem se depositar no glomérulo, causando uma nefrite ou 
glomerulonefrite. O macrófago e o neutrófilo tentam fagocitar, não consegue e 
desgranulam. O sistema complemento começa a agir também. Isso pode ser tão grave 
nesse paciente que ele pode precisar fazer uma hemodiálise até controlar essa resposta 
imune e melhorar. 
 
Também tem vários anticorpos. IgM ligado ao IgG (fator reumatoide)... 
Todos esses anticorpos citados na imagem vão se depositar na cartilagem. Aí ocorre a 
destruição óssea (“pannus”) e destruição na cartilagem, gerando deformação. Para se 
defender, o organismo aumenta os sinoviócitos, que recobrem a cartilagem, para tentar 
proteger a articulação dessa degradação mediante a deposição desses imunocomplexos 
na cartilagem. 
 
 
Nesse tipo, os anticorpos não possuem papel prevalente. 
É uma resposta que envolve muito os linfócitos Th1 e Th17, que vão induzir então a 
inflamação e os danos teciduais. 
As inflamações são mediadas por linfócitos TCD4 e TCD8. 
É chamado de Hipersensibilidade tardia, porque ao entrar em contato com o antígeno, 
demora cerca de 48h ou 72h pra ter as reações. Não é uma reação rápida como as 
alergias. Só vai ser alergia quando for Th2 mediado. 
 
Existem 3 tipos de hipersensibilidade tardia CD4 mediadas. O CD4 vai produzir as 
citocinas que vão causar as inflamações. Os 3 tipos são as de contato, a tuberculínica e a 
granulomatosa. 
Existe 1 tipo CD8 mediado. O CD8 dá o “beijo da morte”, induz as células à apoptose e 
vai matando-as. 
 
As pessoas chamam de alergia (alergia a bijuterias, à produtos de limpeza, ao látex, Á 
plantas). Mas essa alergia não aparece na hora que a pessoa entra em contato. 
Uma pessoa coloca um brinco de bijuteria, mas ela só vai ver as lesões de inflamação na 
pele onde o brinco está 2 dias depois de colocá-lo. Então, não uma resposta Th2 
mediado. Assim, não é uma alergia, pois não é imediato. Então, é uma sensibilidade 
tarde. 
A sensibilidade de contato é onde vai encostar. Tem pessoas que tem sensibilidade ao 
esmalte (passa e ao redor de onde passou fica todo vermelho), é uma sensibilidade a 
cosméticos, por exemplo. 
Todas as reações não acontecem no momento, demoram mais pra ser manifestadas. 
 
O níquel é um hapteno e se solta da bijuteria, entra em contato com a pele, se liga a uma 
proteína maior e desencadeia uma inflamação. Th1 mediados com liberação de citocinas 
que vão chamar outras células pro local e vai causar a vermelhidão no local. 
Tende a melhorar quando é retirada a bijuteria, encerrando a entrada do sensibilizante 
(níquel). Geralmente, se passa uma dexametasona em pomada também pra aliviar. 
 
A planta tem catecol que vai se ligar numa proteína maior e vai iniciar uma resposta 
imune. Depois de uns 3 dias começam a aparecer umas bolhas na mão. 
Tende a melhorar com o tempo. 
 
Encontrado nos médicos alergistas. 
Diferente do Fric Teste, que possui a leitura em 15 minutos, nesse aqui é colocado a 
bateria com cosméticos, produtos de limpeza, planta, medicação, o que a pessoa tiver de 
sensibilidade. Aí cola essas coisas na costa do paciente, manda ir pra casa e voltar em 
48h. No retorno, o médico retira essas fitas e vai olhar onde ficou vermelho, onde vai ter 
a sensibilidade. 
 
É um teste onde o patógeno morto é injetado na pessoa, manda ir embora e voltar em 
48h. No retorno, o médico observa se reagiu ou não. O teste que mais se faz hoje em dia 
é o da tuberculose, por isso o nome. 
O antígeno da tuberculose é injetado na parte subcutânea. Se a pessoa já tiver entrado 
em contato com a tuberculose ela vai ativar a resposta imune. Com 2 a 3 dias, já 
apresenta o local da injeção bem vermelho e bem endurecido. Se a pessoa não entrou 
em contato com a tuberculose ainda, a área da injeção fica bem pouquinho vermelho ou 
então nem fica vermelho, a pessoa nem reage. 
 
A injeção do bacilo inativado da tuberculose pode ser subcutânea (maioria das vezes) ou 
intradérmica. Depois de 48h a 72h o médico vai observar se houve reação ou não. 
Com 4 horas, já dá pra notar uma pequena vermelhidão, geralmente tem muito 
neutrófilo no local, trocando pra macrófago depois de 48h. 
Se a pessoa já entrou em contato, vai ter uma reação grande, mediada por macrófagos 
(principalmente), linfócitos TCD4 e Th1, com bastante citocinas. 
 
Só serve pra dizer se o indivíduo entro em contato prévio ou não. Geralmente, essas 
doenças não geram anticorpos, então não dá pra detectar bem. 
Esse teste analisa a resposta celular, e não a resposta humoral. 
 
Quando existe um patógeno que persiste no organismo e não conseguimos tirar ele de 
lá, o organismo tende a isolar ele lá mesmo. A função do granuloma é uma reação de 
isolamento. 
O granuloma é mediado pela resposta Th1 e ele vai tentar conter o patógeno e o corpo 
estranho, fazendo um granuloma ao redor dele. Mas, o organismo acaba trocando um 
tecido saudável por um tecido de granuloma, ocasionando perda de função do tecido. 
Existe granuloma contra corpos estranhos também, não só contra patógenos. 
 
Tem um macrófago que está infectado pela M. tuberculosis, então ele está super ativo 
aqui, e vai sair do fagossomo e pula pro citoplasma, deixando ativo. O macrófago não 
consegue degradar esse bacilo, então todos os macrófagos que estão infectados vão se 
fundir, formando o gigantócito. Ao redor deles vão ficar os macrófagos que não foram 
infectados. Em volta dos macrófagos saudáveis vão ficar os linfócitos T, que vão estar 
ali contendo aquele granuloma. Então, essa reação é mediada por linfócitos TCD4, 
macrófagos não infectados, e no centro existe os macrófagos infectados que vão estarsendo contidos. 
Quando a tuberculose é tratada, os macrófagos infectados e os gigantócitos morrem. 
 
Esses pontinhos brancos na radiografia são sugestivos de granulomas. 
No exemplo, aparece vários gigantócitos, com vários macrófagos e os linfócitos ao 
redor deles. 
O tipo desse granuloma é o de resistência, sendo paucibacilar (o paciente vai conseguir 
conter). Quando esse esquema de granuloma não é formado, as células ficam 
desordenadas, formando a necrose caseosa, deixando a pessoa mais suscetível à 
tuberculose. 
O remédio só mata o bacilo, a estrutura do granuloma caseoso permanece no tecido. Ele 
tem vários furinhos e pode ser que um fungo possa adentrar esses espaços e se instalar 
ali. Assim, o paciente pode achar que a tuberculose voltou, mas na verdade ele está com 
algum tipo de micose (anos depois). 
 
O último tipo de hipersensibilidade do tipo IV. 
Mediado pelo linfócito TCD8, que induz as células a entrarem em apoptose. Esse é o 
seu mecanismo de ação. 
 
Exemplo da diabetes tipo I. 
Temos no pâncreas as células alfas, beta (produtoras de insulina) e gama. 
Algumas pessoas possuem linfócitos TCD8 que se ativam contra essas células beta, 
matando-as. Quando uma célula beta morre, as outras passam a produzir mais insulina 
pra compensar a que morreu. Mas isso vai acontecendo com mais frequência, e a pessoa 
não sente as mortes das células e o surgimento da doença. 
Na imagem, vemos um pâncreas de uma pessoa no momento do diagnóstico da diabetes 
tipo I. 
Geralmente, a pessoa inicia esse processo de morte das células ainda quando criança, 
com o diagnóstico no final da infância e início da adolescência. Se torna diabético 
insulino-dependente (não consegue mais produzir insulina o suficiente pra manter o 
organismo) = diabetes infantojuvenil ou diabetes imunomediado. Vai ficar injetando 
insulina pelo resto da vida. 
Geralmente, são pessoas magras e que não comem muito. 
 
Doença muito comum. 
Existe 2 mecanismos de ação: O tipo 2 acontece quando o anticorpo se liga na tireoide 
destruindo-a. O tipo 4 ocorre quando o linfócito TCD8 vai destruindo as células da 
tireoide aos poucos. 
Ocorre um hipotireoidismo. 
O bócio é onde fica o edema. 
O paciente vai ter um TSH muito alto e não vai ter nada de T3 e T4. Vai ter que fazer 
uso dos comprimidos de tiroxina com a dose ajustada. 
 
É uma doença que ocorre a destruição da mielina dos neurônios. 
Essa destruição é feita mediante anticorpos, de novo o tipo 2, ou mediante linfócito 
TCD8. 
A função da mielina é acelerar a passagem do impulso nervoso. Com a esclerose 
múltipla, essa passagem fica mais lenta ou então fica rompida, com a perda da 
comunicação com o próximo neurônio (a mielina foi tão destruída que o neurônio foi 
encurtando). 
Pode ocorrer diversos tipos de sintomas, como dificuldade de falar, de mastigar, 
incontinência urinária, problemas de memória, depende do local que está sendo afetado. 
 
Os linfócitos TCD8 que vão na cartilagem e no osso, começam a destruir essas 
estruturas, deixando-as deformadas. 
Mãos deformadas, pequenas articulações deformadas, dores no joelho...

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