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10- Reações alérgicas

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Objetivo:
Conhecer as principais reações adversas com destaque para as reações alérgicas em pediatria - é 
muito importante a gente fazer essa diferenciação, do que é uma reação alérgica, ou seja, uma 
reação imunológica daquilo que não é. Isso acontece muita confusão na prática diária por conta 
dos pacientes ou mesmo por conta de alguns profissionais que confundem as coisas. Confundem 
uma reação alérgica com uma reação adversa que não tem comprometimento do sistema 
imunológico; 
-
Conhecer o tratamento das reações alérgicas emergenciais. Uma vez que o paciente está com 
uma anafilaxia grave não importa o antígeno, não importa qual que foi o gatilho, se foi picada 
de inseto, se foi um camarão, se foi o benzetacil. O tratamento será sempre o mesmo na 
emergência, o que muda é a conduta em logo prazo ou naquela reação que não é muito grave.
-
Reações Alérgicas:
É uma Reação adversa (toda vez que a gente tem uma reação que não é boa, que não é 
esperada - mas nem toda reação adversa é alérgica, mas toda reação alérgica é adversa) a 
determinada substância (gatilho) que envolve um ou mais elemento do sistema imunológico -
Para dizer que uma reação é alérgica o sistema imunológico tem que estar envolvido de alguma 
forma, seja através das imunoglobulinas, seja através das células, do sistema complemento, 
alguma coisa no sistema imunológico tem que estar envolvido; 
-
Existem reações adversas a determinadas substâncias que não envolvem o sistema imunológico.-
Temas Abordados:
Reações adversas aos alimentos;-
Reações adversas à picada de insetos;-
Reações adversas aos medicamentos;-
Reconhecimento e tratamento emergencial das reações alérgicas graves.-
Reações Adversas aos alimentos:
São mais comuns em criança do que no adulto.
Reações Adversas: Então dentre as reações adversas a gente tem uma classificação:
- Tóxicas: ocorrem em qualquer indivíduo devido a alimento contaminado - Está relacionada ao 
alimento em si. Então se todos nos comermos uma maionese contaminada com salmonela todos 
nós teremos sintomas de acordo com aquele germe que está contaminando o alimento. Então 
ela não tem a ver com o indivíduo;
-
○ Mecanismo imunológico. Alérgicas ou imunológicas que são aquelas que o sistema 
imunológico está envolvido. 
• Alergia ou hipersensibilidade:
Intolerância alimentar (não imunológicas):
Não tóxicas: dependem da sensibilidade individual e podem ser:
Clara Aguiar e Raissa Novelli T.67
Reações alérgicas
segunda-feira, 5 de outubro de 2020 14:12
 Página 1 de PED 2 
○ Intolerância à lactose, reação a cafeína, tiramina de queijos maturados, dentre outras 
(glutamato, corantes-comida oriental). Aqui temos uma grande confusão na pediatria 
pois a mais comum delas é a intolerância a lactose, e ela não é considerado uma 
alergia, ela é uma dificuldade de absorção a lactose, e na criança tem uma 
importância maior pois ela se alimenta basicamente de leite. Tirar a lactose de um 
bebe de 3 meses fica mais complicado do que um adulto, pois a lactose é o açúcar 
natural de todo leite de origem animal, inclusive o leite humano. Então se um bebe 
tem intolerância primária, desde que nasceu, a lactose, ele não pode tomar nem o 
leite materno. Então não é tão comum assim como a gente pensa, não na criança. 
• Intolerância alimentar (não imunológicas):
Intolerância à lactose (reação não imunológica): Não é o objetivo da nossa aula, mas eu 
coloquei aqui pela frequência que se confunde com a alergia ao leite de vaca.
• Primária (rara) ou secundária (processos infecciosos intestinais, desnutrição). A secundária 
geralmente resolve em poucos dias; Essa redução da lactase ocorre de maneira fisiológica 
no decorrer da vida então uma boa parte dos adultos tem intolerância a lactose, porque 
na realidade, o ser humano é um dos poucos mamíferos que tomam leite na fase adulta, 
então é natural essa redução da lactase. Mas na criança que é o problema, e ela pode 
acontecer de uma forma primária que é extremamente rara, a criança não pode tomar 
nenhum tipo de leite que tem lactose. Já a secundária é um pouco mais comum, e 
geralmente é secundária a processos infeciosos, como rotavírus, aqueles vírus que dão uma 
diarreia exagerada e acabam fazendo uma descamação exagerada do epitélio intestinal e a 
criança perde, temporariamente, a capacidade de produzir lactase. Então as vezes a 
diarreia acaba prolongando por conta disso. E a desnutrição grave que pode ter redução da 
lactase, só que ela geralmente se resolve em poucos dias e aqui é um grande erro que a 
gente vê, as vezes tirar a lactose da criança, por exemplo com 6 meses e a criança fica o 
resto da vida sem; 
- Há redução na lactase (enzima que quebra a lactose):
Pergunta: Melhorando a infecção melhora a intolerância? Resposta: Isso, exatamente. Ela 
geralmente não é tão imediata, seria só o tempo da cicatrização do intestino, em média 
melhora em torno de 15 a 20 dias depois de melhora da infecção. 
Paciente não hidrolisa lactose com consequente fermentação e formação de fezes ácidas ➔
diarreia e dermatite perineal; 
-
- É dependente da quantidade de lactose ingerida – paciente pode tolerar bem produtos 
derivados do leite - é muito depende também da quantidade que toma, por exemplo, a criança 
tolera muito bem os derivados do leite, e ela se dá super bem, mas se der um copo de leite 
pode ser que ela tenha diarreia com fezes ácidas, por conta da lactose não ter sido degradada. 
Ai geralmente a gente aguarda, pois ela vai melhorar e depois a gente retoma o leite pra essa 
criança, até porque se ela ficar sem a lactase por muito tempo a gente vai adiantar aquele 
processo natural de diminuição da lactase. Então é importante que a gente volte com o leite.
Então aqui é um capítulo a parte, só coloquei porque a intolerância a lactose é muito 
 Página 2 de PED 2 
Então aqui é um capítulo a parte, só coloquei porque a intolerância a lactose é muito 
confundida com a alergia ao leite de vaca.
Reações Imunológicas aos Alimentos:
- Considerada um problema de saúde pública com evidências de aumento na incidência nas últimas 
décadas - É considerado um problema de saúde pública pois está tendo no mundo inteiro um 
aumento dessas reações, apesar dos dados não serem muito consistentes, porque geralmente 
depende muito do habito de cada população, como um árabe que tem um tipo de alimentação 
completamente diferente de um europeu, africano e brasileiro. Então depende muito dos 
hábitos alimentares, o desenvolvimento da alergia. Também depende um pouco da genética da 
população. Então muito difícil fazer comparações; 
- Os dados epidemiológicos são conflitantes no mundo todo e no Brasil existem dados em 
pequenos grupos - Aqui no brasil os dados epidemiológicos os dados são muito escassos e a 
gente tem determinados grupos.
- Estudo realizado por gastroenterologistas pediátricos mostrou prevalência de 2,2%-5,6% de 
alergia a leite de vaca - essa prevalência está até um pouco alto, então as vezes aqui eles 
fizeram a entrevista com crianças que já tem algum sintoma e não com as crianças em geral;
Outra coisa que acontece é que algumas pesquisas são só questionário tipo “você tem alguma 
coisa?” e a pessoa fala que tem. E se depois for tentar fazer algum teste, seja o teste de 
provocação oral, ou o de dosagem de imunoglobulinas, daquele percentual que disse que tem 
alergia, cai para menos de 10%. Então as pessoas acham que tem mais alergia do que elas 
realmente têm. Então mesmo assim tem evidências que está aumentando;
• Leite de vaca (é o primeiro alimento a ser introduzido), ovo, trigo e soja; 
• Em geral, são transitórias. Menos de 10% persistem na vida adulta - Na maioria das 
vezes na criança elas são transitórias e estão mais relacionadas com a imaturidade do 
intestino, então a IgA secretora não está sendo produzida em quantidades suficientes, ai 
acaba absorvendo proteínas muito grandes e acaba desenvolvendo uma alergia que depois 
com o amadurecimentonatural do intestino isso pode ser resolvido; 
- Na infância os alimentos mais relacionados são:
- Entre os adultos os alimentos mais identificados são amendoim, castanhas, peixes e frutos do 
mar. 
• Mais comum por ser o primeiro alimento a ser introduzido na dieta das crianças - Os 
outros alimentos são muito claros, por exemplo a criança comeu o camarão e ela 
apresentou urticária logo após. Aqui no leite de vaca a gente precisa entender um 
pouquinho, primeiro temos que diferenciar da intolerância a lactose e tomar providências 
quanto a isso, pois a criança é muito dependente do leite como alimento. Então é o mais 
comum por ser o primeiro alimento, e pelo leite ser mais alergênico, apesar de ser um 
alimento complexo ele tem várias cadeias proteicas, é um alimento muito alergênico, tem 
muitas substâncias sob as quais a criança pode criar alergia;
- Reações Alérgicas - Leite de vaca:
 Página 3 de PED 2 
muitas substâncias sob as quais a criança pode criar alergia;
• 60% das crianças manifestam sintomas após a primeira mamada. Apenas 2% apresentam 
sintomas após 2 semanas - Só 60 % das crianças já manifestam sintomas após a primeira 
mamada, então porque isso se ela é dependente de IgE? Pois o que sabemos hoje em dia, 
é que mesmo através do leito materno a mãe consegue passar algumas sequencias de 
aminoácidos do leite de vaca e com isso ela sensibilizar a criança. 
Então a manifestação característica do leite de vaca é aquela criança que estava amamentando 
e ai de repente a mãe precisa dar uma fórmula (lembrando aqui que leite de vaca não é só o 
leite da caixa ou que vem no saco plástico, é a fórmula infantil também, a maioria das 
fórmulas infantis o extrato dela é o leite de vaca, aptamil e todas fórmulas que damos para 
criança de primeiro semestre). Então a criança toma a primeira mamadeira e já manifesta 
sintomas. E os sintomas geralmente vão ser mediados por IgE, É O MAIS COMUM.
Pergunta: A reação imunológica vem da mãe então? Resposta: Não necessariamente vem da 
mãe, por exemplo, depois a gente vai ver ali na prevenção: vamos imaginar que a gente está 
acompanhando uma criança ela tem ALDV (Alergia ao leite de vaca) e ai a mãe fica gravida de 
outro bebe e o que a gente pode fazer para diminuir a possibilidade daquele outro bebe ter 
alergia? A gente pede a mãe para não tomar leite, pois sabemos também que a mãe consegue 
passar os anticorpos. Mas vamos imaginar que a mãe não de o leite dela, vamos supor que a 
mãe morreu, mas ai alguém deu o leite de vaca para aquela criança, ela nunca tomou o leite 
materno mas tomou a fórmula, ela vai desenvolver ALDV também. Na realidade é a criança 
que vai desenvolver os anticorpos, mas esse desenvolvimento pode ser a partir do momento que 
ela tomou a primeira mamadeira ou mesmo naquelas crianças que a mãe já passou alguma 
sequência de aminoácidos, pois a gente pensa, as alergias mediadas por IgE a gente precisa ter 
um contato prévio, você tem que entrar em contato com o antígeno para começar a produzir 
anticorpos e na próxima vez que entrar em contato com o antígeno a gente vai ter a liberação 
das substâncias. Só que aqui no leite pode acontecer isso, essa sensibilização já ser feita pela 
mãe, mas não é uma coisa que a acontece sempre. 
Pergunta: Então a mãe deve evitar tomar leite? Resposta: A gente pede a mãe para não 
tomar quando a gente já sabe que tem uma família muito alérgica, por exemplo, o pai com 
alergia importante a leite de vaca, então orientamos a mãe para não tomar. Se a mãe já tem 
alergia ela não vai tomar. É uma forma de prevenção, mas a criança pode desenvolver mesmo 
assim. Pois na realidade, nos primeiros meses de vida, como o intestino ainda não está 100% 
preparado, a chance da criança vir a desenvolver alergia é maior, por isso que a gente pede pra 
mãe não dar a fórmula ali com 2, 3 meses. E assim, não precisa muito, por exemplo, a mãe 
vai voltar a trabalhar aí ela dá 1 mamadeira por dia, mas essa 1 mamadeira é capaz de 
sensibilizar a criança, ai ela pode desenvolver alergia e a partir dali ela ficar alérgica ao leite de 
vaca. A gente sabe que uma boa parte não vai ficar até a fase adulto, mais ainda existem 
aqueles que vão ficar. 
A gente vê muito erro diagnóstico sobre ALDV, alergia a lactose (a lactose é muito pequena 
para o organismo vê-la e criar anticorpos contra ela, a maioria dos antígenos são de origem 
proteica de 200 aminoácidos), então geralmente o problema da lactose é intolerância, não 
alergia. Então aqui vem todo o problema por geralmente alergia independe da quantidade, 
 Página 4 de PED 2 
alergia. Então aqui vem todo o problema por geralmente alergia independe da quantidade, 
então uma criança que é a ALDV ela não pode tomar os derivados, ela não tolera, pois 
qualquer quantidade pode dar uma reação grave.
Eu tive um paciente uma vez que foi interessante, a mãe chegou correndo falando que a 
criança era alérgica e caiu leite na mão dela, ai eu pensei mais uma maluca. Aí ela jogou um 
monte de folha na mesa e era o prontuário da UNESP, e eu li o relatório, e falava realmente 
que a criança tinha uma alergia altíssima ao leite de vaca a ponto de não poder ter contato 
nem cutâneo. E nisso a criança começou a fazer obstrução de via aérea superior. Então, nessa 
criança se caísse leite na mesa e ela colocasse a mão ela fazia reação anafilática grave, choque 
anafilático. Então a reação ao leite de vaca, assim, dependendo da quantidade de IgE que a 
pessoa produz, da individualidade da alergia, ela pode ser extremamente grave. 
Classificação das reações alérgicas segundo o mecanismo imunológico (3 tipos)
-
○ Reações cutâneas (urticária, angioedema), gastrintestinais (edema de glote e prurido 
de lábios, língua ou palato, vômitos ou diarreia (geralmente com sangue, o que 
diferencia bem da diarreia de intolerância a lactose que não tem sangue, é só fezes 
ácidas gerando uma dermatite importante e não lesão da mucosa), respiratórios 
(broncoespasmo, coriza) e reações sistêmicas (anafilaxia, choque anafilático) - pode 
ser tudo junto, ou pode ter uma ou outra separada;
• As manifestações surgem logo após a exposição a alérgeno que o organismo previamente se 
tornou sensibilizado:
Mediadas por IgE: A mediada por IgE é a mais grave e temos 3 mecanismos 
histopatológicos/imunológicos: mediada por IgE, que é logo depois da exposição; Ela dá as 
manifestações mais graves e pode ser por tudo, frutas, leite... o paciente precisa de uma 
sensibilização prévia, que pode ser a passagem de uma sequência de aminoácidos pelo leite 
materno e a criança na hora que toma a primeira madeira vai ter reação. 
-
• Mediadas por IgE e hipersensibilidade celular - Esse tipo de reação é interessante pois 
temos conhecido mais dela nos últimos 10 anos e a esofagite eosinofílica é uma das suas 
manifestações. Então é um tipo de manifestação imunológica, logo tem várias células 
envolvidas, como os eosinófilos;
• As manifestações mais comuns são a esofagite eosinofílica, gastrite eosinofílica, dermatite 
atópica e asma. 
Reações mistas:
• Não são de apresentação imediata e são mediadas geralmente por células - Essas aqui são 
as mais difíceis de fazer diagnóstico, pois não se apresentam imediatamente, são mediadas 
por célula; 
• Manifestações mais comuns são proctite, enteropatia induzida por proteína alimentar e 
enterocolite induzida por proteína alimentar - Então, geralmente como que a criança 
manifesta no caso da ALDV por reação não mediada por IgE, ela vai ter uma proctite ou 
- Reações não mediadas por IgE:
 Página 5 de PED 2 
manifesta no caso da ALDV por reação não mediada por IgE, ela vai ter uma proctite ou 
uma enteropatia induzida por proteína alimentar ou uma enterocolite. No caso da 
proctite, ao invés da criança ter diarreia ela vai ter constipação intestinal. Então como a 
gente desconfia disso? A criança começa a ficar constipada e não ganhar peso 
corretamente. É um diagnósticomuito difícil tanto do ponto de vista clínico quanto 
laboratorial. 
Então são as 3 manifestações comuns, sendo a reação mais comum é a anafilática. E areação 
mista a gente está conhecendo um pouco mais, entendendo um pouco a prevalência dela 
Exames Complementares:
-
• Indicado em reações mediadas por IgE. O resultado positivo indica sensibilização e não 
doença alérgica - Ele avalia se o paciente tem IgE contra aquele antígeno inoculando no 
braço, então é importante entender a interpretação desse teste. Porque na hora que 
dosa você vê se o paciente tem IgE, significa que a diarreia do paciente é o por causa 
disso? Não, de repente ele tem uma doença celíaca e não tem nada a ver com alergia. 
Então esse teste é para ver se o paciente tem IgE contra aquele antígeno, ai de acordo 
com o contexto e a clínica eu vou dizer se aquilo ali tem significância ou não; 
Tem valor preditivo negativo: 95% - Então não é um teste definitivo. Mas ele tem um 
valo preditivo negativo de 95%, que é importante, logo, se eu estuo achando o paciente 
alérgico e o teste deu negativo, provavelmente ele não é, pelo menos não a mediado por 
IgE.
•
Teste in vivo: Teste comum, é feito para Alergia a alimento, poeira, para tudo. Então eles 
perguntam o que você acha que tem alergia, pois eles têm vários para testar. 
• Mede níveis de IgE específicos no soro. Mais caro que teste cutâneo. Indicada quando 
houve anafilaxia grave. Aqui eles têm a mesma interpretação. Então, no in vivo eu vou 
olhar através da pele se o paciente tem reação ou não, mas não consigo quantificar. Já 
aqui eu consigo quantificar e fazer ater um escalonamento em termos de gravidade da 
alergia, normalmente aqueles que tem uma dosagem de IgE maior contra o antígeno, ele 
tem uma alergia mais grave e maior probabilidade de desenvolver uma reação mais grave. 
- Teste in vitro:
Esses testes não fecham diagnóstico.
Diagnóstico:
Teste de provocação oral: dieta de exclusão do alimento e reintrodução com antígeno 
- Padrão ouro:
Paciente teve uma reação anafilática grave ai ele comeu 
camarão no dia, mas ele estava tomando ibuprofeno, o que 
pode ser? Faço o teste pro camarão e não deu reação, 
então foi o ibuprofeno provavelmente. Mas não posso 
afirmar com certeza que os sintomas que eu estou 
investigando são por aquilo.
 Página 6 de PED 2 
• Teste de provocação oral: dieta de exclusão do alimento e reintrodução com antígeno 
liofilizado em doses crescentes (ambiente hospitalar). Se a gente acha que a criança tem 
ALDV, a gente exclui completamente o leite de vaca e coloco ela dentro do ambiente 
hospitalar e vou dar as principais proteínas do leite de vaca que são causadoras de alergia 
em extrato purificado (só aquela proteína) e dá para a criança. O teste tem risco, a 
criança pode ter uma reação grave, por isso ele é feito em ambiente hospitalar.
Exclusão do alimento leva a regressão dos sintomas e a reintrodução leva ao retorno dos 
sintomas (confirma diagnóstico) - Aí começamos a entender porque o diagnóstico de 
alergia é difícil e porque tem tanto erro. Primeiro, não vai ter extrato purificado de 
todos alimentos, tem só dos mais comuns, como leite, soja. De lagosta, camarão não 
tem. Então o que pode ser aceito, ao invés de fazer a provocação oral, a gente exclui 
completamente o alimento e depois retorno o alimento e se o paciente voltar a ter 
sintomas a gente fecha mais ou menos o diagnóstico.
•
- Na impossibilidade de fazer provocação oral:
Então assim que é feito o diagnóstico de alergia: a gente faz a dosagem de IgE, mas a gente 
sabe que ela não é definitiva e posso fazer esse teste de provocação.
• 7-14 dias nas reações mediadas por IgE;
• Até 12 semanas em outros casos.
- Reinício dos sintomas:
Tratamento:
Eliminação do antígeno e seus derivados da dieta ➔ remissão dos sintomas até 3 semanas -
Uma vez que fazemos o diagnóstico, temos que eliminar qualquer resquício daquele alimento. Aí 
vem o problema do leite, pois quase tudo tem leite no nosso dia a dia. A dieta da exclusão de 
leite, exemplo: bolo tem leite, biscoite tem leite, pão tem leite, a maioria dos alimentos tem 
leite. É difícil, mas tem que eliminar, pois enquanto a criança consumir isso ela vai sensibilizar 
e produzir IgE, então a chance dela melhorar vai diminuindo. A gente pode tentar voltar com 
o alimento, como a gente sabe que a maioria das crianças melhoram, a gente pode tentar por 
volta de 1 aninho. Mas ela tem que ficar esse período sem, aqui temos um problema com as 
avós que ficam com dó e dão; 
-
• Em famílias com atopia, a mãe deve fazer dieta com restrição de proteínas mais 
alergênicas - já orientamos a mãe para não tomar leite, para evitar de induzir algum grau 
de alergia na criança;
- Aleitamento materno exclusivo:
- Uso de fórmulas infantis especiais.
○ Crianças com alergia ao leite de vaca mediadas por IgE constituem a minoria dos 
casos de alergia. Os casos não mediados pela IgE (enterocolite e enteropatia) 
• Fórmula hipoalergênica e não alergênica:
- Fórmulas infantis especiais indicadas na alergia ao leite de vaca:
 Página 7 de PED 2 
casos de alergia. Os casos não mediados pela IgE (enterocolite e enteropatia) 
geralmente são sensíveis também a proteína da soja - Essa costuma durar o primeiro 
ano de vida inteiro e as vezes até a vida inteira... é diferente da intolerância;
As fórmulas hipoalergênicas contêm proteínas extensamente hidrolisadas e as não 
alergênicas são constituídas de aminoácidos - Temos dois tipos de fórmula: a 
Hipoalergênica que é quando pegamos o leite de vaca e fazemos uma hidrólise 
bastante intensiva desse leite. De forma prática vamos imaginar que as proteínas 
têm uma sequência de 200 aminoácidos e quando é hidrolisado fica com várias 
sequências de 20/15 aminoácidos, cadeias pequenas de proteínas. Esse tipo de 
fórmula a gente geralmente usa pra quem ter alergia. Só que tem crianças que 
mesmo essas fórmulas ela tem alergia, pois as vezes coincide de a criança ter 
formado aminoácido exatamente para aquela sequência pequena de aminoácidos, então 
passamos para a fórmula não alergênica que é uma fórmula só com aminoácidos, sem 
cadeias, completamente hidrolisados. 
○
Obs.: O problema dessas fórmulas é o valor, o Nan infantil normal de 3L é 50/60 reais. A 
semi hidrolisada é em torno de 150 reais e a hidrolisada é 250 reais. Consegue normalmente 
pelo SUS, com um documento de comprovação da alergia pelo menos até quando a criança é 
dependente de leite.
Pergunta: Uma criança que tem sintoma de alergia na introdução alimentar, mas ainda está em 
aleitamento materno, quando para de mamar pode melhorar? Se o anticorpo pode passar pelo 
leite? Resposta: Não. A mãe passa uma sequência de aminoácidos, uma vez que a criança está 
sensibilizada, ela está sensibilizada pra sempre. Mesmo que a mãe pare de amamentar não 
adianta, é preferível ela continuar amamentando e ela parar de tomar o leite de vaca, a 
solução é essa. E pode acontecer com outros alimentos, tipo a mãe comer carne de pouco e a 
criança der alergia, a gente para a mãe não comer mais aquilo. O leite materno passa algumas 
sequências, então pode causar alergia.
Evolução:
- 1/3 resolve após 1-2 anos de suspensão do alimento - mas sabemos que até a vida adulta só 
10% vão manter;
- A gravidade não se relaciona com perda da reatividade - as vezes a criança que teve o choque 
anafilático mais grave melhora e as vezes a que teve só urticária não melhora; 
- O não cumprimento da dieta e o tipo de alérgeno influenciam na melhora: exposições 
frequentes levam a retardo na melhora e alérgenos como amendoim, peixe e frutos do mar 
geralmente não melhoram - por exemplo, o amendoim, peixe e frutos do mar não melhoram 
muito. No hemisfério norte é mais comum alergia a amendoim, pois lá eles consomem muitas 
frutas secas.
Pergunta: Como a criança pode manifestar os sintomas na primeira mamada? Resposta: A 
criança, para poder desenvolver a reação dotipo IgE você precisa ter o primeiro contato com o 
antígeno, e aí nesse contato você produz IgE contra aquele antígeno. Então na próxima vez que 
você entrar em contato com aquele antígeno ele vai se ligar a IgE e ela vai liberar as 
 Página 8 de PED 2 
você entrar em contato com aquele antígeno ele vai se ligar a IgE e ela vai liberar as 
substâncias vasoativas que estão dentro, principalmente dos eosinófilos e dos mastófilos e ai vai 
desencadear todo processo alérgico, e como que a criança vai manifestar os sintomas na 
primeira mamada? Geralmente como o leite é muito usado no nosso meio, a maioria das mães 
tomam o leite de vaca. Agora imagina o leite como uma sequência de proteínas, a gente deve 
ter no leite pelo menos umas 5 ou 6 proteínas que são importantes fontes de produção de 
anticorpo. Então quando faz a reação de produção de anticorpo não é contra o leite e sim 
contra uma proteína do leite como Betolactoalbumina ou a alfolactoalbumina ou a caseina, etc. 
E a mãe quando produz o leite materno usa as proteínas do leite de vaca, então o leite 
materno tem muita proteína, ela usa todos os substratos que ela come. E muitas vezes no 
leite materno, esse leite de vaca que a mãe tomou não foi hidrolisado, então vai algumas 
proteínas do leite de vaca. Então a criança está mamando no leite materno, mas ela está 
tomando a sequência de aminoácidos, então ela já está produzindo o IgE dela e na hora que ela 
começa a beber o leite de vaca ela manifesta. Ela vai manifestar a primeira vez que tomar o 
leite de vaca, não é a primeira vez que toma o leite materno não.
Pergunta: Pode manifestar só em aleitamento materno? Resposta: Pode, mas não é comum. 
Até porque o leite materno tem algumas proteções, até uns 10 anos atrás não podia dar ovo 
nem glúten pro bebe no primeiro ano de vida, hoje se sabe que é preferível dar esses alimentos 
que são alergênicos para criança enquanto ela está em aleitamento materno pois de alguma 
forma o leite materno protege. Isso provavelmente explica o porquê mesmo que a criança 
esteja tomando aquela proteína que está vindo pelo aleitamento materno, e que está fazendo 
ela produzir anticorpo, mas enquanto ela está só no peito ela não manifesta, mas ela já estpa 
sensibilizada.
Alergia a Insetos
Reações Alérgicas: No Brasil é difícil achar estatísticas de alergia a insetos. Já os americanos 
têm muita preocupação com isso.
• Sintomas respiratórios por inalação de substância particulada: manifesta como rinite, 
asma - são partículas do inseto que ficam na poeira, pode ser as fezes do ácaro, a asinha 
do pernilongo. Pois a poeira é um amontoado de coisas e a gente cria alergias sobre ela; 
• Reações cutâneas à picada dos insetos (estrófulo): lesões papulosas, vesiculosas e 
eritematosas - diagnóstico diferencial principal: varicela;
• Reações anafiláticas aos insetos com ferrão devido à inoculação de veneno com substâncias 
vasoativas – abelhas (principal), marimbondo e, raramente, formiga.
- São possíveis 3 formas de manifestação de alergia aos insetos:
Manifestações Clínicas:
• Febre baixa, mal-estar, náusea e vômito - reação ao veneno inoculado. Para uma pessoa 
que não é alérgica, o veneno do inseto dificilmente vai matar a pessoa, pois é pequena a 
quantidade de veneno. Mas se for mil abelhas você morre pela toxicidade, tendo alergia ou 
- Reação tóxica não imunológica:
 Página 9 de PED 2 
quantidade de veneno. Mas se for mil abelhas você morre pela toxicidade, tendo alergia ou 
não, pela quantidade de veneno que foi inoculada. Essa reação a insetos geralmente é para 
o resto da vida e não melhora. Se for um alérgeno só pode tentar fazer a 
dessensibilização, mas o que geralmente acontece é ter que andar com adrenalina o tempo 
todo, para fazer uma intramuscular até chegar ao hospital.
Diagnóstico:
- Testes cutâneos estão indicados para crianças com reação sistêmica - Para tentar identificar o 
alérgeno para ver se tem possibilidade de dessensibilização. 
Tratamento: Orientar a pessoa não andar com roupa muito colorida, espalhafatosa, para o 
inseto não confundir com flor, ou perfumes adocicados, para evitar que o inseto pique.
• Anti-histamínico sistêmico (alivia o prurido) ou medicamentos tópicos (geralmente 
corticoides passando somente em cima de cada lesão, não igual creme hidratante) para 
aliviar desconforto local e evitar contato com inseto - esse é o caso dos estrófulos. 
- Reações cutâneas leves:
• Tratamento igual para outros alérgenos.
- Reação anafilática:
- Imunoterapia para dessensibilização - Está indicada só quando a pessoa é alérgica a algum 
alérgeno especifico que é identificado e pode ser que tem como prevenir com vacinação.
Reações adversas às drogas
Já sabemos que uma reação adversa não é necessariamente uma reação alérgica, a reação 
adversa é aquela reação desagradável. 
Definição:
- OMS: A reação adversa a um medicamento (RAM) é qualquer efeito nocivo, não intencional e 
indesejado no decorrer do uso clínico de um medicamento - na realidade qualquer medicamento 
pode dar reação adversa e alérgica.
Reações Adversas ao Medicamentos:
- Menos comum na criança que no adulto - medicamento é o contrário de alimento, mais comum 
no adulto, pois adulto tem mais sensibilização, já tomou mais medicamentos. Responsabilidade 
de evitar de usar ATB em criança para evitar essa sensibilização precoce. Só passar remédio 
quando necessário;
- 5-15% dos pacientes podem ter uma RAM;
- Em pediatria, os antibióticos beta lactâmicos são o grupo farmacológico relatado com mais 
frequência. O segundo grupo com maior incidência é o de anti-inflamatórios não esteroidais -
ATB penicilina, amoxilina são as que mais dão, porque são as mais utilizadas. Claro que existe 
fator genético envolvido, mas temos que se preocupar. 
Obs.: Alergia a medicamentos geralmente não some quando adulto. E as pessoas subestimam 
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Obs.: Alergia a medicamentos geralmente não some quando adulto. E as pessoas subestimam 
essa alergia, e tomam anti-histamínicos e fazem uso daquilo que tem alergia, NÃO ADIANTA.
Obs2.: Plasil na maioria das vezes na criança não é alergia, é a reação adversa, dá uma reação 
extrapiramidal. 
- Dos pacientes que referem “alergia à penicilina”, esta situação só se confirma em 1-10% dos 
pacientes. 
Tipos de Reação:
• Geralmente dose-dependentes, relacionadas à ação farmacológica do fármaco e ocorrem em 
indivíduos saudáveis (toxicidade, efeitos colaterais, efeitos secundários e interações 
medicamentosas) - muito comum em criança é a taquicardia com uso de Beta-2, é um 
efeito farmacológico, é previsível, não é alergia.
- Tipo A – Previsível:
• Podem ser mediadas por mecanismos imunológicos (alérgicas) com ou sem envolvimento de 
IgE(acontece muito com contraste, e relaxantes musculares, anestésico...), idiossincráticas 
(alterações inesperadas no metabolismo, excreção ou biodisponibilidade) ou intolerância ao 
medicamento - Ex: Paciente foi fazer uma cirurgia e morreu de choque anafilático. 
- Tipo B - Imprevisível:
Existe também o Tipo C, que é o aumento estatístico de uma determinada situação em uma 
população que usa determinados medicamentos. Por exemplo, 60 pessoas vão tomar anti-
inflamatório por 10 dias, e daqui 10 dias ou antes disso, vários vão estar apresentando gastrite 
ou sintoma dispéptico, pois sabemos que anti-inflamatório dá isso. Não é uma reação alérgica e 
nem farmacológica, pois sabemos que algumas pessoas não vão ter, mas a gente sabe que 
existe. É o que mais ou menos ocorre com o PLASIL, ele pode dar síndrome extrapiramidal em 
criança, mas a gente não sabe que criança pode ter, e não é alergia. 
Reações Pseudoalérgicas: .
Hoje em dia existe uma tentativa de retirar esse nome, pois quando falamos alérgico significa 
que o sistema imunológico está envolvido, e aqui está envolvido, mas ao invés de liberar IgE 
para liberar histamina, a liberação dela ocorre por conta da própria substânciaque a pessoa 
toma. O tratamento e a manifestação clinica é igual ao de choque anafilático, não conseguimos 
distinguir. Só que não consegue prever, por exemplo “a eu vou dosar IgE” e vai estar negativo. 
- Há liberação histamina pelos mastócitos sem que haja participação de IgE;
- Formas clínicas indistinguíveis da anafilaxia;
- Não é passível de ser diagnosticada pelos testes cutâneos;
- Principais substâncias envolvidas: radioconstrastes, opiáceos, relaxantes musculares, anfetamina -
tudo que utilizado em anestesia.
Fatores de Risco:
Mães perguntam isso muito.
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Mães perguntam isso muito.
- Um genitor com alergia a antimicrobiano: maior probabilidade - por exemplo, a mãe é alérgica a 
amoxicilina, talvez a chance da criança seja 1,5% de ter, e na população geral seria 1%, então 
você não deixa de dar por isso;
- Pacientes Atópicos: o risco não é maior, porém reações são mais graves;
- Alergia a um antibiótico ➔ maior risco com outra substância;
- Via parenteral é mais alergênica que VO.
Manifestações Clínicas:
○ 30 minutos a 2 horas da exposição - aqui é onde está o tipo de reação que mais 
tememos, o choque anafilático e o edema de glote. Então se toma benzetacil, a 
pessoa deve ficar lá 2 horas para ver se não tem reação. É assumido que quanto 
mais rapidamente começa a alergia, mais grave ela será, mas mesmo essa reação 
depois de 1 hora e meia pode ser muito grave.
• Imediatas:
•
○ 2-48 horas (urticária -mais comum-, broncoespasmo, febre). 
Aceleradas:
•
○ Após 48 horas (erupções cutâneas -urticárias-, febre, doença do soro, anemia 
hemolítica) - Chama doença do soro pois tem aquela manifestação igual toma soro 
heterólogo, geralmente vai ter um edema de articulação com dor, febre, mal estar 
geral.
Tardias:
- Classificação quanto ao tempo de aparecimento:
Eu aplicava 5/6 benzetacil por dia e nunca vi reação anafilática, o ATB que mais vi dar é 
ceftriaxona e foram a óbito, então temos que tomar cuidado. A penicilina é o que tem mais 
relato de reação pois é o mais usado, mas a criança pode ter com qualquer um. Se a criança 
tem uma alergia importante a penicilina, deve evitar de dar cefalosporina de qualquer geração, 
para não dar reação cruzada por causa do anel beta lactâmico, não é sempre, mas pode. Você 
não pode fazer medicação venosa em paciente dormindo, deve acordar para ver se ele sente 
algo. 
Obs.: Manifestação respiratória geralmente significa gravidade e vai evoluir pior.
•
○ Desde reações urticariformes até reações graves como síndrome de Stevens-Johnson e 
necrólise epidérmica tóxica - A urticária aparece em qualquer uma delas. Stevens-
Johnson (SF) é uma reação grave, e normalmente por medicamento, raro dar por 
outra causa, e ela faz um envolvimento de mucosa importante e faz uma descamação 
Erupções cutâneas: mais frequentes. 
Manifestações:-
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outra causa, e ela faz um envolvimento de mucosa importante e faz uma descamação 
da pele. A diferença de SJ para a necrólise epidérmica tóxica (NET) é o percentual 
da pele acometida.
○ Hepatite, granulocitopenia (dipirona, oxacilina, vancomicina, captopril), eosinofilia, 
plaquetopenia, obstrução de vias aéreas, nefrite intersticial. 
• Outros:
• Pápulas e placas eritematoedematosas fugazes que aparecem e desaparecem em locais 
diferentes - Não é uma lesão sólida, é vasoativa, é por edema dos capilares. E é muito 
fugaz, as vezes está na perna as vezes passa pro tronco, pois é só uma vasodilatação. Se 
não coça, não é urticária. É extremamente pruriginosa.
Urticária:
• Comprometimento mais profundo da derme e subcutâneo - Pega geralmente locais de 
maior flacidez, mas pode dar na laringe com edema de glote; 
• Mais frequente em pálpebras, lábios, língua, pés e mãos. Pode atingir laringe.
Angioedema ou Edema Angioneurótico ou de Quincke:
• Medicamentos mais relacionados: AINE, paracetamol e anticonvulsivantes (fernobarbital, 
carmabazepina).
Síndrome de Stevens-Johnson:
Acometimento de mucosa. As bolinhas vermelhas na pele, se 
pegarmos com a unha e der uma escarificada a pele solta. É 
muito grave. Se eu colocar um esparadrapo e puxar a pele solta. 
Boca extremamente dolorosa, não consegue comer geralmente e o 
acometimento da pele ela tem o sinal de Nikolsky positivo 
(escarificar e a pele solta por disjunção da camada mais 
A urticária e o angioedema podem vir 
juntos, são as manifestações mais comuns 
em todas as alergias.
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Já aconteceu de ter SJ sem a criança tomar nenhum medicamento, e a única coisa na história 
era que a criança tinha comido Chester. E ele é uma ave modificada geneticamente, e desde o 
momento que a ave nasce até o abate ela toma amoxicillina, pois ela tem muito infecção, 
então a gente imagina que essa criança fez SJ por isso.
Diagnóstico:
• Indicado principalmente em reações do tipo imediata. Avalia hipersensibilidade a substância 
testada - tem para alguns ATB, mas não tem para todos.
- Teste cutâneo (prick-teste):
• Avalia hipersensibilidade tardia (mediada por células) principalmente para 
anticonvulsivantes e AINEs. Ainda não tem indicação bem estabelecida em pediatria - É 
umas plaquinhas que colocamos nas costas por ter que ficar mais tempo ele vai dar uma 
reação.
- Patch teste:
Obs.: dermatite atópica é diferente de urticária. Geralmente a DA ocorre nas zonas de flexão, 
acontece normalmente no bebê lactente, tem um certo prurido (difícil de identificar por ser 
bebê) e ele dá uma liquenificação, e tem relação com asma por ter o mesmo mecanismo 
imunológico. E é crônico geralmente.
Tratamento:
• Exantema não urticariforme em lactentes - pode-se tentar manter medicação e observar.
Pergunto isso muito em prova... sempre deve parar a droga, e as vezes o pessoal fica “a 
reação está leve, vou continuar com a droga e entrar com um anti-histamínico”. Isso tá 
muito errado. A única possibilidade que pode acontecer é nos lactentes novinhos (no 
primeiro ano de vida), quando ao invés dele ter a urticária ele tem um exantema (lesão 
solida, fica tudo vermelho igual de sarampo e rubéola) a gente pode tentar manter a 
medicação, pois nesse caso não estamos pensando em reação alérgica. Tem algumas crianças 
que apresentam isso quando usam ATB, e um exemplo clássico desse é a mononucleose 
infecciosa, isso é só em lactente menor de 1 ano, criança de 4/5/6 anos tem que 
SUSPENDER.
- Interrupção da droga: SEMPRE!!
• Adrenalina, anti-histamínico, corticoide, broncodilatador 
- Tratamento de acordo com as manifestações clínicas:
- Os anti-histamínicos podem melhorar os sintomas cutâneos nas manifestações menos graves. Se 
tiver só urticária ele é ótimo pois ajuda a eliminar o prurido. Quando temos reação anafilático 
a histamina é o primeiro mediador liberado, ela é a responsável pela morte quando a evolução 
Boca extremamente dolorosa, não consegue comer geralmente e o 
acometimento da pele ela tem o sinal de Nikolsky positivo 
(escarificar e a pele solta por disjunção da camada mais 
superficial da pele). Seria como se a criança fosse um grande 
queimado.
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a histamina é o primeiro mediador liberado, ela é a responsável pela morte quando a evolução 
está nessa forma, porque ela faz uma vasodilatação drástica aí o paciente entra em choque, 
tem vasodilatação dos capilares e faz edema na glote. Não só isso, mas junto com isso, a 
histamina começa a recrutar outros mediadores inflamatórios, mas quem é responsável pelo 
prurido é ela. Se for prurido apenas, anti-histamínico é o melhor medicamento que tem.
Emergências Alérgicas
Manifestações Clínicas:
- Sintomas se iniciam comumente de 5-10 minutos da exposição com antígeno - até duas horas, 
mas quanto mais rápido começam os sintomas, provavelmente mais grave começa a reação; 
•
○ Prurido, eritema, urticária, angioedema (mais comuns) - 90% dos casos de alergia e 
ajuda no diagnóstico.
Pele e mucosa:
•
○ Tosse, dispneia, taquipneia,rouquidão, estridor, chiado ➔ preditores de gravidade.
Respiratório:
•
Náusea, vômito, diarreia, dor abdominal.○
Gastrintestinal:
○ Taquicardia, hipotensão, má perfusão, choque - Síndrome vaso vagal é o principal 
diagnóstico diferencial, pessoa vai tomar benzetacil e desmaia por nervosismo e medo 
da dor, e na síndrome vaso vagal temos bradicardia, não taquicardia.
• Cardiovascular:
○ Irritabilidade, tontura, cefaleia, aura, desorientação, síncope, convulsão. 
• SNC:
○ Incontinência urinária. 
• Geniturinário:
- Podem ocorrer sintomas em alguns sistemas ou todos podem ser acometidos:
Critérios Clínicos para Reconhecimento da Emergência:
• 1. Envolvimento do tecido mucocutâneo (urticária generalizada, prurido, eritema, edema 
de lábio-línguaúvula); 
• 2. Acometimento respiratório: dispneia, chiado/broncoespasmo, estridor, hipoxemia;
• 3. Redução da pressão arterial ou sintomas associados: hipotonia, síncope, lipotimia 
(manifestações hemodinâmicas);
4. Sintomas gastrintestinais: cólica abdominal, dor, vômito.
- Dois ou mais dos seguintes fatores que ocorrem rapidamente após exposição de provável 
alérgeno (minutos a horas), sendo pelo menos 1 respiratório ou hemodinâmico:
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• 4. Sintomas gastrintestinais: cólica abdominal, dor, vômito.
2 ou mais, desde que um deles seja a queda da pressão ou sintoma respiratório. Isso vale para 
adultos também. O tratamento é o mesmo em adultos e crianças, só muda a dose. 
Tratamento:
Famoso ABCDE. 1º via aérea, pois na alergia um dos principais problemas é o edema de glote.
-
• Em caso de comprometimento da via aérea devido a angioedema pode ser necessária 
intubação ou cricotireoitomia - Se tiver angioedema faz adrenalina intramuscular e 
adrenalina nebulizada, para diminuir o edema, se não melhorar intuba com tubo menor do 
que seria normalmente ou até cricotireoitomia.
Permeabilizar via aérea: A 
• Ofertar oxigênio de acordo com a necessidade e da forma melhor tolerada pelo paciente;
• Casos graves pode ser necessário ventilação com pressão positiva.
- Respiração: B
• Medicamento: epinefrina 1:1000 – 0,01mg/kg (máximo 0,5 mg no adulto e 0,3 na 
criança) IM na face ântero-lateral da coxa. Pode ser repetida após 5-15 minutos. Não 
cobro dose em prova;
• Paciente em posição supina com membros inferiores elevados e obtenção de acesso venoso 
(preferencialmente duas veias de grosso calibre) - Para favorecer a circulação no coração e 
já pega o acesso venoso, e se não conseguir venoso faz intraósseo.
- Circulação: C - Adrenalina imediata, a única coisa que salva o paciente é isso. Adrenalina 
imediatamente após sintomas.
• Fluido endovenoso: solução salina em bolos de 10- 20ml/kg sempre que não houver 
resposta com adrenalina ou se houver hipotensão à admissão - Aplicada sempre que houver 
choque ou sempre que o paciente não respondeu a adrenalina. A resposta da adrenalina é 
imediata, mas também depende da quantidade de histamina liberada. Então primeiro eu 
dou adrenalina para contrapor a vasodilatação da histamina e coloca o soro. E próximo 
passo aqui é para neutralizar a histamina que ainda não ligou aos receptores.
Então é ABC, mas enquanto uma faz o AB o outro ao mesmo tempo providencia o C.
• Considerados medicamentos de segunda linha. Só devem ser aplicados após adrenalina -
pois não atuam na vasodilatação, e é o que mata o paciente. Se o paciente começar a 
melhorar do choque, faz o anti-histamínico para a histamina livre não se ligar aos 
receptores;
○ Difenidramina ou Prometazina (no SUS tem mais) EV lento associado à Ranitidina. 
• Associação de antagonista H1 e H2: 
- Anti-histamínicos:
Obs.: Se voltar ao edema de glote, repete adrenalina. Pode repetir de 5 em 5 minutos, pegar 
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Obs.: Se voltar ao edema de glote, repete adrenalina. Pode repetir de 5 em 5 minutos, pegar 
acesso venoso e fazer ela venosa... fazer de tudo, pois é ela que salva o paciente.
• Administrado apenas nos casos onde há broncoespasmo associado. Se tiver só estridor ou 
edema de laringe ai o broncodilatador não funciona, mas se tem sibilo funciona com dose 
igual da asma;
• Fenoterol: 1 gota/3kg em 3-5 ml de soro fisiológico ou 
• Salbutamol pressurizado: 1-2 jatos a cada 5 minutos
- Broncodilatador:
• Pouca utilidade na anafilaxia aguda, porém pode ajudar a prevenir o fenômeno bifásico. A 
reação alérgica pode ser imediata, um pouco mais lenta, isso para picada de inseto e 
medicamento injetável.... O medicamento oral demora mais tempo pois ele precisa ser 
absorvido, então a absorção demora mais ou menos 2 horas e aí o efeito dele pode durar 
um pouco mais de tempo. Só que tem algumas pessoas que fazem Fenômeno bifásico, que 
é uma reação grave, aí você trata e depois mesmo que você tenha tirado o alérgeno, não 
se sabe o mecanismo envolvido, mas ela faz uma nova reação. E o corticoide previne isso, 
a gente não tem como saber quem vai fazer isso. O corticoide só entra quando está tudo 
sob controle. 
• Metilprednisolona: 1-4 mg/kg/dia , hidrocortisona, ou qualquer outro.
- Corticosteroide: Por último 
Prevenção:
• Administração prévia de corticosteroides e anti-histamínicos - para fazer uma reação um 
pouco menos grave;
- Radiocontrastes (aquele que faz a reação imprevisível): 
• Teste antes da vacina de febre amarela. nas situações de surto.
- Alergia ao ovo:
A vacina de febre amarela tem contraindicação em paciente com alergia a ovo e acaba não 
fazendo a vacina, mas há 2 anos atrás teve surto de febre amarela e nessas situações de surto 
deve fazer, mas em ambiente hospitalar.
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