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No estudo da história da arte utilizamos ferramentas que nos auxiliam a tornar mais objetiva a nossa análise. A periodização e os estilos são exemplos de instrumentos empregados para tornar este processo mais concreto e imparcial. A periodização consiste em segmentar o tempo em faixas, delimitando um início e um �m para cada período. É importante lembrar que, apesar da relevância das datas que determinam começo e �m, a transição de um período para o outro não é feita do dia para noite, mas sim através de um processo gradual. E o estilo, o que ele signi�ca? Segundo Coli (2006), o estilo pode ser entendido como uma recorrência de constantes. Elementos construtivos, técnicas, temas, formas, sistemas plásticos, entre outros, quando são empregados por um artista com determinada frequência, con�guram-se como característica do estilo do artista. Neste sentido, iremos perceber que as obras de um mesmo estilo artístico apresentam características em comum. Entre os diversos estilos compreendidos na história da arte, o Renascimento é talvez aquele que até hoje desperta grande curiosidade e atração. Este período teve início em meados do século XIV e se estendeu até o �m do século XVI. A região norte da Itália é considerada o berço do Renascimento. Quando pensamos na arte produzida pelos artistas renascentistas, normalmente nos lembramos de Leonardo da Vinci, Michelangelo, Donatello, todos italianos. Esta associação não é feita por acaso, além do papel pioneiro das cidades italianas frente ao Renascimento, o país também abrigou um grande volume de obras neste período. O Renascimento apresentou como principais características o resgate da estética Greco-romana, o ideal humanista e a racionalidade, além de descobertas técnicas, como a perspectiva. Os mestres italianos foram responsáveis por três importantes contribuições tangíveis para a arte da RENASCIMENTORENASCIMENTO Renascença e que posteriormente foram transmitidas para os demais países: a descoberta da perspectiva cientí�ca, o conhecimento da anatomia humana e o conhecimento das formas clássicas de construção (GOMBRICH, 1999). A pintura, que até o �m da Idade Média era uma arte tratada como um complemento à arquitetura, passa a ser compreendida como uma arte autônoma, uma manifestação independente. Algumas técnicas, como a perspectiva e o claro-escuro, passam a ser empregadas como uma forma de trazer realismo para as obras. O artista busca compreender a sua realidade de modo cientí�co. Apesar de estas características serem comuns ao estilo renascentista, é possível apontar que cada região da Europa assimilou o estilo de determinada forma. A difusão das ideias difere de país para país, e o resultado é uma multiplicidade de estilos Renascentistas na Europa. No norte da Europa, por exemplo, durante o século XV os artistas continuavam �éis à tradição e estética gótica. Jean Fouquet, um dos pintores de maior destaque na França, fazia uso de fortes tonalidades cromáticas, aspecto que não era observado na pintura italiana (GOMBRICH, 1999). Durante o século XVI, enquanto os italianos exploravam suas construções a partir da perspectiva e realizavam pesquisas para dominar as representações do corpo humano, na Europa setentrional o artista tinha o anseio de entender os novos princípios da arte e decidir sobre a sua utilidade (GOMBRICH, 1999). Referências COLI, J. O que é arte . 15. ed. São Paulo: Brasiliense, 2006. GOMBRICH, H. A história da Arte . 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999. Vamos Praticar Convido você, caro estudante, a realizar uma pesquisa selecionando um �lme ou série de TV que retrate o período do Renascimento. Analise quais manifestações artísticas você consegue identi�car na obra selecionada (pintura, escultura, arquitetura) e elabore um texto apontando se elas se aproximam mais do Renascimento Italiano ou do Renascimento desenvolvido no restante da Europa. Ao �nal, disponibilize seu trabalho no fórum da seção.
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